Siga este blog também

Quanto tempo é preciso para uma igreja apostatar?

Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, (Gl 1:6) 

(A data, obviamente, é aproximada. Estima-se que Paulo plantou a igreja na Galácia em sua primeira viagem missionária (46-47 d.C.) e escreveu a epístola aos Gálatas antes do concílio em Jerusalém (48-49 d.C.)

Em pouco tempo (cerca de 3 anos!) a igreja da Galácia havia deixado o evangelho da graça. Paulo, admirado, escreve: "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho," (Gl 1:6)
 
Que alerta é este para nós! Três anos e uma igreja inteira praticamente apostatou. Como cresce a erva daninha da heresia! E, para nosso espanto, uma igreja plantada pelo próprio apóstolo Paulo! Não devemos estar todos atentos? Pastores, vocês estão atentos ao fato de que tão depressa as ovelhas que lhe foram confiadas podem estar crendo em heresias? Pais, vocês estão alertas à possibilidade de que em três anos seus filhos podem estar apostatando? E, não só aqueles que estão em posição de liderança. Você, membro de igreja, não fica preocupado com o que alerta Hebreus 3:12,13? Você o pratica? Encoraja seu irmão a cada dia e é encorajado por seu irmão a cada dia?
 
Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. (Hebreus 3:12,13)
 
Será que não menosprezamos o poder enganador do pecado para endurecer nossos corações? Lembremo-nos dos vários episódios no Antigo Testamento – escrito para nosso ensino (Romanos 15:4) – onde, em poucas gerações, a nação de Israel abandonara o Senhor e Seus preceitos (o livro inteiro de Juízes, especialmente, 2:10,11 e os reis em Crônicas). Não dizemos todos que destruir é muito mais fácil que construir?
Mas não desanimemos. “Atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados” (2 Co4:8). E o motivo de nosso ânimo é que embora grande seja o poder enganador do pecado, maior é o poder de Deus, o qual fazer grandes coisas por seu povo e em pouco tempo, como nos testemunha o reinado de Ezequias:
Ezequias e todo o povo regozijavam-se com o que Deus havia feito por seu povo, e tudo em tão pouco tempo. (2Cr 29:36)
 
Oremos para que Deus traga tal graça à nossa geração a fim de voltarmos ao Evangelho a cada dia. Oremos para que possamos vigiar e orar (Mc 14:38), vigiar e ensinar, vigiar e encorajar. Lembremos que para edificar algo esforço e energia são necessários. Precisamos ativamente lutar contra a tendência do nosso coração tão propensa a desviar-se, através da leitura da Palavra, da oração e do encorajamento mútuo entre os irmãos. Precisamos manter um equilíbrio saudável de alerta e confiança – cautela contra os enganos do pecado, do mundo e do diabo e esperançosos no poder de Deus. Sem cair no extremo da confiança ingênua, que não vigia e, portanto, não ora, pois é a angústia da tribulação que nos leva à oração (como bem nos exemplifica os salmos), nem no outro extremo do temor paralisante, que não vigia, nem ora, pois não confia no poder libertador de Deus.
Vigiai e orai!
 

Porque eu não creio em apóstolos contemporâneos.

Há quem defenda que nos dias de hoje Deus tem levantado uma geração apostólica, restaurando “ministérios perdidos” durante séculos através de novos apóstolos, supostamente com os mesmos poderes (e até maiores) que os escolhidos por Jesus na igreja primitiva. Muitos deles chegam a declarar novas revelações extrabíblicas, curas e milagres extraordinários, liberando palavras proféticas e unções especiais, vindas diretamente do “trono de Deus” para a Igreja. Seus seguidores constantemente ouvem o termo “decretos apostólicos”, dos quais afirmam que uma vez proclamados por um apóstolo, há de se cumprir fielmente a palavra profética, pois o apóstolo é a autoridade máxima da igreja, constituído diretamente por Deus com uma unção especial diferenciada dos demais membros.

No site de uma "conferência apostólica" ocorrida há alguns anos, narraram a seguinte declaração de um apóstolo contemporâneo:“A segunda noite de mover apostólico invadiu os milhares de corações presentes nesta segunda noite de Conferência Apostólica 2006. Com a ministração especial do Apóstolo Cesar Augusto a respeito do “Ser Apostólico”, todos ficaram impactados com mais esta revelação vinda direto do altar do Senhor para seus corações. Ser Apostólico é valorizar a presença de Deus, é ser fiel, é crer que Deus pode transformar, é ter uma unção especial para conquistar o melhor da terra e, por fim, é crer que Deus age hoje em nossas vidas. [...] Todos saíram do Ginásio impactados por esta revelação, saíram todos apostólicos prontos para conquistar o Brasil e o mundo para Jesus.” [1]

Peter Wagner, um defensor do apostolado contemporâneo, define o dom de apóstolo nos dias de hoje da seguinte forma: "O dom de apóstolo é uma habilidade especial que Deus concede a certos membros do corpo de Cristo, para assumirem e exercerem liderança sobre um certo número de igrejas com uma autoridade extraordinária em assuntos espirituais que é espontaneamente reconhecida e apreciada por estas igrejas. A palavra chave nesta definição é AUTORIDADE, pois isto nos ajuda a evitar um erro muito comum que as pessoas fazem ao confundirem o dom do apóstolo com o dom de missionário." [2]

Com estas declarações, podemos deduzir logicamente duas coisas: Ou o ministério apostólico contemporâneo é uma realidade na Igreja nos últimos dias, ou estamos diante de uma grande distorção bíblica, na qual precisa ser rejeitada e combatida urgentemente. Se a primeira hipótese estiver correta, então obviamente não devemos questioná-los, além de aceitar como verdade de Deus tudo o que vier dos mesmos. Caso contrário, resta-nos rejeitar totalmente as palavras e as reivindicações proféticas destes apóstolos contemporâneos por serem antibíblicas.

Para ter plena certeza do que se trata, não existe alternativa a não ser partir para a análise bíblica, pois a Palavra de Deus é a nossa única regra de fé e conduta, base normativa absoluta para toda e qualquer doutrina. Portanto, da mesma forma que os bereianos de Atos 17:11 fizeram quando receberam as palavras do Apóstolo Paulo, devemos também analisar esta questão sob à luz das escrituras.

A primeira pergunta que devemos fazer é: existem apóstolos nos dias de hoje? Para chegar à resposta, primeiramente precisamos entender quem foi os apóstolos na igreja primitiva. Para tanto, é necessário verificar o fator etimológico da palavra Apóstolo. Biblicamente, esta palavra significa “enviado, mensageiro, alguém enviado com ordens” (grego = apostolos), é utilizada no Novo Testamento em dois sentidos: 1º - Majoritariamente de forma técnica e restrita aos apóstolos escolhidos diretamente por Cristo; 2ª - Em sentido amplo, para casos de pessoas que foram enviadas para uma obra especial. Neste último, a palavra utilizada provém da correlação verbal do substantivo “apóstolo” e o verbo em grego “enviar” (grego = apostello).[3] Das 81 vezes que a palavra apóstolo e suas derivações aparecem no texto grego do Novo Testamento, 73 vezes é utilizada no sentido restrito ao grupo seleto dos 12 apóstolos de Cristo, apenas 7 vezes no sentido amplo (Jo 13:16, 2Co 8:23, Gl 1:19, Fl 2:25, At 14:4 e 14, Rm 16:7) e uma vez para Jesus Cristo em Hb 3:1. [4]

Podemos perceber que, em tese qualquer pessoa que é “enviada” para um trabalho missionário é um apóstolo. Porém, os problemas aparecem quando alguém propõe para si a utilização do termo no sentido restrito ao ofício de apóstolo.

Biblicamente, havia duas qualificações específicas para o apostolado no sentido restrito: 1ª – Ser testemunha ocular de Jesus ressurreto (Atos 1:2-3, 1:21-22, 4:33 e 9:1-6; 1Co 9:1 e 15:7-9); 2º - Ter recebido sua comissão apostólica diretamente de Jesus (Mt 10:1-7, Mc. 3:14, Lc 6:13-16, At 1:21-26, Gl 1:1 e 1:11-12 ). Este fato leva-nos a questionar: quem comissionou os apóstolos contemporâneos?

Depois da ressurreição, Jesus apareceu para os apóstolos comissionados por ele próprio e também para várias pessoas, sendo Paulo o último a vê-lo: “Depois foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo. Porque eu sou o menor dos apóstolos...” (1Co 15:7-9). No grego, as palavras “depois de todos” é eschaton de pantwn, que significa literalmente “por último de todos”. [5]

Paulo foi o último apóstolo comissionado por Jesus (At 9:1-6). Posteriormente, não encontramos base bíblica para afirmar que exista uma sucessão ou restauração ministerial de apóstolos. Todas as tentativas para justificar uma suposta restauração do ofício apostólico nos dias de hoje, partiram de interpretações alegóricas, isoladas e equivocadas de textos bíblicos.[6] Na história da igreja, não temos nenhum grande líder utilizando para si o título de apóstolo. Papias e Policarpo, que eram discípulos dos apóstolos e viveram logo após o ministério apostólico, não utilizaram esse título. Nem mesmo grandes teólogos e pregadores da história como Agostinho, Calvino, Lutero, Wesley, Whitefield, Spurgeon - entre tantos outros, utilizaram para si o título de apóstolo.

Os apóstolos tiveram um papel fundamental para o estabelecimento da Igreja. Nesta construção, Jesus foi a pedra angular e o fundamento foi posto pelos apóstolos e profetas, conforme descrito em Efésios 2:19-20: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”. Esta passagem é o contexto direto de Efésios 4:11“E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”. Ora, se já temos o alicerce pronto, qual a necessidade de construí-lo novamente? Na verdade não há possibilidade, pois tudo o que vier posteriormente deverá ser estabelecido sobre esta base, conforme alertado pelo apóstolo Paulo: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (1Co 3:10-11)

Como fundamento da Igreja, os apóstolos possuíam plena autoridade dada pelo próprio Jesus Cristo para designar suas palavras como Palavra de Deus para a igreja em matéria de fé e prática. Através desta autoridade apostólica mediante o Espírito Santo é que temos hoje o que conhecemos como cânon do Novo Testamento, escritos pelos apóstolos. Além disso, faziam parte das credenciais dos apóstolos: operar milagres e sinais extraordinários como curas de surdos, aleijados, cegos, paralíticos, deformidades físicas, ressurreições de mortos etc. (2Co 12:12). Eu creio que Deus opera curas em resposta à orações conforme a vontade soberana d’Ele, porém não creio que as mesmas aconteçam através do comando verbal de novos apóstolos, da mesma forma que era feito pelos apóstolos na igreja primitiva de forma extraordinária.

Outro grande problema que encontramos no título de apóstolo nos dias de hoje é que, automaticamente as pessoas associam o termo aos 12 apóstolos de Jesus. Quem lê o Novo Testamento, identifica a grande autoridade atribuída ao ofício de apóstolo e consequentemente esta autoridade será ligada aos contemporâneos. Quem reivindica o título de apóstolo, biblicamente está tomando para si os mesmos ofícios dos apóstolos comissionados por Jesus, colocando as próprias palavras proferidas ou escritas em pé de igualdade e autoridade dos autores do Novo Testamento. Afinal, os apóstolos tinham autoridade para receber revelações diretas de Deus e escrevê-las para o uso da Igreja. Se admitirmos que existam “novos apóstolos”, devemos assumir que a Bíblia é insuficiente e que as palavras dos contemporâneos são canônicas, o que é absolutamente impossível e antibíblico!

Não podemos deixar de citar o festival de misticismo antibíblico praticado por muitos apóstolos contemporâneos, tais como: atos proféticos, novas unções, revelações extrabíblicas, maniqueísmo, manipulação e coronelização da fé através do conceito "não toqueis nos ungidos", judaização do evangelho etc. Além disso, o próprio modo de vida deles mostra o oposto dos originais, os apóstolos de Cristo tiveram vida humilde, foram presos, açoitados, humilhados e todos (com excessão de Judas Iscariotes que suicidou-se e João que teve morte natural) morreram martirizados por pregarem o evangelho. Ao contrário disso, os contemporâneos vivem uma vida com patrimônios milionários, conforto e prosperidade financeira. Quando sofrem algum tipo de "perseguição", as mesmas são decorrentes à contravenções penais com a justiça.

Após esta breve análise, concluo que não há apóstolos hoje! O apostolado contemporâneo é uma distorção bíblica gravíssima que reivindica autoridade extrabíblica, da mesma forma que a sucessão apostólica da Igreja católica romana e os Mórmons. Por isso, devemos rejeitar a “restauração” do ofício apostólico, pois os apóstolos contemporâneos não se encaixam nos padrões bíblicos que validam o apostolado, bem como não existe base bíblica que autorize tal restauração

Viciados em facebook

Volta e meia, leio algum artigo ou mais um estudo falando sobre os efeitos negativos do facebook. Já chegou até ao ponto de ser associado a casos de depressão. Coisa de louco! E aí comecei a pensar sobre o assunto…
 
Qual é a grande graça do facebook? Qual é a jogada que deu certo? Qual é o segredo do Mark Zuckerberg? Bem, ele simplesmente enxergou uma necessidade primordial do homem e trabalhou em cima disso. Ou será que foram os irmãos Winklevoss? Enfim. Isso aí é conversa para os tribunais.
 
Por que será que as pessoas não conseguem ficar longe do facebook? Entram para passar uns dez minutinhos, e quinze minutos depois passaram-se três horas. Não vemos o tempo passar. Mas somos fisgados por essa ferramenta social. Por que? Bem… pessoas. Simplesmente. O homem não nasceu para viver só, seja casamento ou amizade. Eu preciso me socializar com outros. E o facebook “permite” justamente isso. E não só o facebook. Desde as épocas de ICQ, MSN, orkut, fotolog, fotolist, blogs, vlogs, twitter, skype, Hi5, linkedin e por aí vai. As ferramentas sempre foram das mais variadas. O objetivo continua sendo o mesmo.
 
Mas será que essas ferramentas são eficazes em alcançar esse objetivo?
 
Vamos viajar um pouco…
 
Quantos conhecem a Mona Lisa, o famoso quadro de Leonardo da Vinci? Difícil não conhecer. Aquela jovem sentada com vestido escuro e cabelos negros lisos com um esboço de sorriso. Tipo Gioconda. Já virou, inclusive, até piada no nosso querido facebook numa suposta propaganda de alisamento de cabelo (Mona lisa X Mona crespa). Você sabe de qual quadro estou falando. Porém, reza a lenda que quando as pessoas vão visitar o quadro em si, a tela exposta no museu do Louvre, ficam um pouco desapontadas. Como? Acham a tela pequena. Ou seja, pessoas que nunca viram a tela pessoalmente se decepcionam com o tamanho reduzido do famoso quadro. Desapontamento vem de uma esperança ou expectativa frustrada. De onde veio tamanha expectativa em torno de algo que jamais se conheceu? Bem, a fama, a reputação da senhora Lisa Gherardini se tornou algo numa proporção tão grandiosa que superou o próprio quadro em si. Não faz sentido. A origem da reputação (o quadro) está aquém da reputação construída em torno da obra. Ou seja, a origem do frisson deixa a desejar. Devido a tantas reproduções e, de certo modo, falsificações da obra, o quadro original perde valor. Cria-se um simulacro, uma reprodução imperfeita, uma simulação a tal ponto que aquilo que inicialmente lhe conferiu sentido torna-se vazio. O quadro em si, por mais que nunca tenha-se verdadeiramente conhecido, se torna uma decepção.
 
O que o facebook está fazendo com nossos relacionamentos? O quanto será que essa ferramenta de socialização está criando um simulacro de amizade ou até corrompendo a maneira como nos relacionamos com o próximo?
 
Tenho vários amigos no facebook. Amigos? Olhando para esta lista, eu talvez conheça (e por conhecer quero dizer com quem troquei palavras ao vivo, no mínimo) metade. Dessa metade, talvez alguns (estou chutando alto) sejam pessoas que vejo face a face algumas vezes por ano. Há muitos colegas de colégio com quem não falo há anos. Há outros que conheci numa viagem que fiz. E há outros com quem se quer troquei uma palavra na vida. Não faço a mínima ideia de quem são! Nunca houve papo. Nunca conversamos. No lugar de começarmos uma conversa nova e criarmos algo a partir do zero, fica aquela reputação, uma ideia de que já somos amigos. Será???
 
 Estou “por dentro” da vida de pessoas que, na vida real, não fazem parte da minha realidade. Faz anos que eu não vejo aquela pessoa. E aí? Alguém fez aniversário, logo, mando um recado e tá tudo certo. Quando foi a última vez que você ligou para alguém no seu aniversário? Pior, quando foi a última vez que você encontrou alguém na semana do seu aniversário e pensou: “Ih caramba, não dei parabéns. Mas deixei recado no face, então tá legal.” Como é que a gente foge de encontros reais e saudáveis lançando mão da praticidade do facebook? É só postar uma foto, entrar no chat, mandar uma mensagem, criar um evento e tá tudo certo.
 
Fico pensando em quando lançaram o cinema 3D e muitos começaram a ter dor de cabeça e náuseas. Li um estudo que fala que isso acontece porque o cérebro percebe o movimento e se prepara para que o corpo responda. Na falta de resposta, da reação normal à percepção de movimento, essa mistura de sinais causa esses efeitos colaterais. Será que o mesmo não acontece com o facebook? O meu cérebro percebe uma realidade e se prepara para uma interação social, mas o meu dia a dia não corresponde àquilo. Será que é daí que vem o mal estar?
 
Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Deus é um Deus relacional. Pai, Filho e Espírito Santo vivem numa eterna comunhão relacional perfeita. Ao enviar Cristo para morrer em nosso lugar, o Pai quebrou a barreira entre os mundos divino e material (dando um nó na cabeça da filosofia platônica) e se colocou como homem, ao nosso lado, para morrer em nosso lugar. Fomos criados, tanto biologicamente quanto emocionalmente, para isso. A Bíblia fala tanto da necessidade de interagir, aprender e servir o próximo e tantas coisas mais.
 
Por que será que o facebook causa depressão? Qual será o desapontamento causado por esse site de relacionamentos? Ele toma o lugar (teoricamente) das nossas relações humanas. Por mais que estejamos em contato com nossos amigos ao redor do planeta, continuamos a mercê da telinha intermediária que tira nosso sono com “apenas mais cinco minutinhos antes de dormir”.
 
Facebook é legal, é prático. Mas nenhuma mídia, por mais social que seja, é capaz de transmitir a nuança de um sorriso, a firmeza de um aperto de mão, uma gargalhada constrangedora, um espirro dado fora de hora, uma palavra balbuciada, uma voz trêmula, um choro engasgado, um cheiro gostoso ou um abraço apertado.
 
Temos que reaprender a nos relacionar com pessoas!

VIAJANDO

Meus amigos,

Por enquanto postarei em um ritmo menor por motivo de viagem.

Abração pra todos!

Preferências de uma igreja apóstata

1- Prefere o show, no lugar da cruz;

2 – Prefere os ídolos (homens), no lugar de Cristo;
3 – Prefere a religião (sistemas humanos), no lugar do evangelho;
4 – Prefere o imediato, no lugar do eterno;
5 – Prefere o engano, no lugar da verdade;
6 – Prefere pular do pináculo do templo (para serem vistos e aplaudidos), no lugar da submissão a Deus;
7 – Prefere a fama, no lugar da humildade;
8 – Prefere os apláusos, no lugar das lágrimas;
9 – Prefere as festas, no lugar do luto;
10 – Prefere o palco, no lugar do altar.
11- Prefere um Deus capacho e banana que engole tudo e recebe ordens de aopóstolos surtados e ganaciosos.
12 - Prefere vender votos da igreja, porque nunca confiou em Deus.
13 - Prefere os pregadores de mentiras pra não perder dizimistas.
14 - Prefere a teologia de Geazi, menos a vontade de Deus.
15 - Prefere um pastor safado que ganha dinheiro fácil do que um que tenha um bom testemunho diante dos homens e de Deus.

Essa igreja tem gangrena, é uma filial da igreja em Laudicéia.

Dia 12/12/12 – Dia de macumbaria gospel


Pra quem não acredita veja o link: http://www.reneterranova.com.br/blog/?p=10798. É uma postagem do blog do “patriarca” Renê Terra Nova, líder de uma vertente do G12, o M12.

Resumindo, resumindo, o “patriarca” tupiniquim está fazendo uma convocação para atos proféticos (ou patéticos?) a serem realizados nos dias 7 de setembro, 15 de novembro, culminando com a data cabalística-numerológica-celular-gospel: 12/12/12.

Segundo o blog, esses atos proféticos mudarão radicalmente a história do Brasil e de muitas nações, fora que é um privilégio desta geração, pois vai demorar bastante para ter outro 12/12/12. Assim, o “patriarca” Terra Nova mostra que o poder do negócio está na tal data, que inclui o número da sua visão celular, onde se formam grupos de 12.

Para combinar com a data, tudo vai ser de 12: doze horas de vigília, 12 horas de jejum. Vai ter toque de shofar, que para eles é concebido como algo poderoso, que anuncia grandes coisas, e é claro, tem hora certa: aos 12 minutos do dia 12/12/12 e às 12:12h. Mas aí fiquei na dúvida: e como ficam os Estados onde haverá horário de verão? Devem postergar uma hora ou devem seguir o horário de Brasília? Isso é muito importante, já que do jeito que eles colocam no blog, qualquer coisa que não for feita segundo as ordenações deles pode por tudo a perder. E se perder desta vez, só em 12/12/2112.

E mais! Vão proclamar o “feriado da Visão”. Só não explicaram como convencer os patrões dos proletários do M12 disso.

É muito, muito, muito triste ver que a macumbaria gospel está a pleno vapor em nosso meio. Sim, macumbaria. Afinal, qual outro nome devemos usar para isso?

Pense bem. Tire o contexto evangélico da história, e analise friamente. Algum religioso diz que o poder está em se fazer trabalhos específicos religiosos no dia 12/12/12, ou na sexta-feira 13. Os ritos têm que ser rigorosamente seguidos, senão o trabalho não funciona. O rigor está até nos horários dos ritos (ou seja, se eu quiser orar pela nação no dia 12/12/12 às 10 da manhã não funciona, pois o horário que dá certo é do meio-dia em diante). Por favor, alguém teria a coragem de me dizer que isso não é um ritual de magia (só não sei de que cor)?

O mais triste disso tudo é que não veremos grandes lideranças gospel denunciando essas heresias. Afinal, todas estão irmanadas ao Renê Terra Nova num propósito muito maior: arrecadar dinheiro e conseguir poderio terreno. Clik e veja o video abaixo:

http://youtu.be/7lH6LfaIKMY

A verdadeira Igreja precisa se levantar e alertar sobre essas práticas, que desvirtuam a obra redentora de Jesus Cristo. Ele não veio para que fôssemos donos de nações, mas para que sejamos como Ele, apenas servos uns dos outros. Se alguém quer o poder e as riquezas deste mundo, basta dizer SIM ao diabo, que fez essa proposta para Jesus no deserto. Tenhamos em mente que, antes da vinda de Jesus, os santos não apenas não reinarão nessa terra, como serão VENCIDOS pelo inimigo:

“E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.” – Apocalipse 13:4-7

Fazer atos patéticos não serve para nada, apenas para mostrar a superstição que muitos evangélicos ainda trazem de suas antigas religiões. Esses atos são motivo de vergonha para o Evangelho. Dizer que o Brasil ou o mundo será do Senhor Jesus, antes de Sua vinda gloriosa, é totalmente herético, pois fere as profecias bíblicas. Que possamos ler mais a Bíblia, e deixar de depender das visões e visagens de líderes inescrupulosos, que buscam utilizar o rebanho com o fim de realizar seus próprios interesses mundanos na igreja.
VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES,
O $HOW TEM QUE PARAR!

Com um foco místico, pai-póstolo chama seguidores para momento de vigília e oração, apostando numa unção sobrenatural. Entendeu?

Material disponível no blog do patriarca Renê Terra Nova diz que o dia 12/12/2012 marcará o ato profético onde o Brasil e todas as nações da Terra serão restauradas. O que vai acontecer nesse dia, irmãos? É o que queremos saber. A única pista que o pai-apóstolo dá é sobre a macumbaria gospel que será feita nos dias anteriores a esse momento mais que especial e sobre o processo mágico que dominará o mundo nessa data. A meta é conquistar 1 milhão de vidas.
Segundo Terra Nova, 2012 é o ano apostólico, o ano do seu milagre. É difícil até escrever sobre isso, porque me faltam palavras para argumentar sobre algo tão sem noção.

Renê Terra Nova se sente uma importante peça para a pregação do evangelho. Ele cria dogmas, como a Santa Convocação. Em outro texto, o “apóstolo” fala que tem atuado para a implementação do Reino de Deus na Terra. Quem será esse homem que recebeu de Deus essa missão, gente? Será ele uma espécie de Messias?

Ando pesquisando muito sobre o significado de toda essa liturgia do Ministério Internacional da Restauração no Modelo dos 12 (MIR 12). No entanto, com toda sinceridade, é complicado encontrar embasamento bíblico para qualquer questão doutrinária imposta pela seita. O movimento surgiu do G-12, mas conseguiu piorar o que já era problemático.

No comunicado (anexado abaixo), o pastor convida a nação cristã para um ato profético, que beira atitudes patéticas. O que chama atenção é a combinação da data. Soa-me como algo cabalístico, focado na numerologia. É uma mistura de magia, com rituais judaizantes e com a obsessão pelo número 12.

De acordo com o texto, tudo vai começar com uma vigília, no dia 7 de setembro, para remissão das vergonhas do Brasil e para a restituição do país com a manifestação do Milagre (sic). Qual seria esse Milagre (sic)? No dia 15 de novembro, haverá outro ato profético para a “Conquista do nosso inóspito território”.

No dia mais importante, os seguidores terão que fazer jejum de 12 horas e ao mesmo tempo vão orar pela “quebra da hegemonia de principados e potestades”. Instaurando uma espécie de dogma, assim como várias religiões pseudas-cristãs, ele chama o movimento de Santo Jejum e ele será capaz de expelir todas as “castas” que atormentam o povo da cidade. Renê, no texto, ainda afirma que só estará concentrado em que se envolver no principio da honra e na obediência da Santa Convocação.

Ele afirma que nesse dia haverá o anúncio de um tempo novo e a proclamação da vitória por meio do shofar, um instrumento antigo utilizado pelo povo de Israel. Ele pede que ao toque do shofar as pessoas marchem em direção da conquista sobrenatural. Segundo ele, o instrumento é tocado por anjos, na visão apocalíptica.

Renê também fala que nesse dia será decretado feriado para que ocorra o maior “Avivamento da História” (sic).

“Deixamos claro que a geração dos nossos avós, pais e ascendência próxima não viveram um 12.12.12 e, lamentavelmente, os nossos descendentes até a quarta geração e outras gerações não vão viver outro 12.12.12. Isso significa que somos extremamente privilegiados por estarmos vivendo um ato profético tão poderoso e, ao mesmo tempo, um mover histórico na história da Igreja de Jesus, especialmente honrando a Visão Celular no Modelo dos 12 que foi um legado dado pelo Eterno nas nossas vidas”, disse Renê.

Irmãos, afirmo à luz da Bíblia, que o milagre já aconteceu. Nem outro milagre em relação à Igreja vai acontecer. O verdadeiro milagre é a possibilidade de salvação do homem trazida por Jesus, quando ele deixou seu trono no céu, para assumir a forma de homem e morreu numa cruz pelos pecados de toda a humanidade, e ressuscitou no terceiro dia, vencendo a morte. E temos que deixar claro que nenhuma outra profecia se cumprirá a não ser a deixada por Deus, através das Escrituras. E a maior delas é a volta do Rei dos reis. Esse, depois da primeira vinda de Cristo, será o maior marco histórico.

“Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo” 1 João 4.1.

Nenhum pastor, apóstolo, profeta têm o poder para restaurar a humanidade, nem para expandir o Reino de Deus na Terra. Ninguém tem poder para estabelecer metas de quantas vidas poderão ser salvas ou não. Essa ação cabe ao Espírito Santo. É ele quem define quantas vidas serão tocadas pelo seu mover.
 
Mas uma coisa que não posso deixar de concordar com ele: vai demorar muito mesmo para que um novo 12/12/12 ocorra. Assim, como vai demorar para outro 9/9/9 ocorra, 10/10/10 e 11/11/11…

Aniversário com direito a um bolo recheado de heresias
 
Aniversário de 51 anos do Renê – Isto seria um presente?
Em junho, no seu aniversário de 51 anos, uma celebração estranha, Renê parece ter sido coroada pelos seus ungidos. Ele ganhou um manto de rei e uma coroa. Nas fotos em seu blog, também chama atenção um rapaz que entrou na igreja com um bezerro (meio tonto, parece), relembrando uma espécie de sacrifício. Espero que não tenham matado o bichinho. Numa outra cena, há um homem com um cajado.



Ainda no blog, seguidores o homenageiam, dizendo que Renê é um “profeta ousado para as nações… Um pastor amado por suas milhares de ovelhas… Um líder de multidões… Um General vencedor do Exército de Deus… Seguido por milhares… Influenciador de Gerações… Adorador de Deus por Excelência… Amante de Sião…” (sic).

Nossa opinião

As heresias de Renê Terra Nova não são novas. Muitos falsos profetas surgiram no mundo e até a Segunda Vinda de Cristo, muitos outros vão apontar por aí. Mas todas as doutrinas mentirosas vão ao encontro da vontade do homem de enxergar coisas sobrenaturais. Todas as heresias surgem da necessidade do homem ir além do que Jesus quer dar. As pessoas querem ser avivadas por algo maior do que Cristo, fazendo uma doutrina para satisfação própria e negando a soberania de Jesus. No entanto, Ele é o algo maior, que trouxe vida em abundância para todo aquele que crer. Não há nada além de Jesus. Ele é o único caminho que nos leva a Deus. Temos que nos preocupar em nos aprofundarmos no relacionamento com Jesus para cada dia nos tornarmos mais parecido com Ele. Precisamos ler as Escrituras e buscar entendê-las para não sermos enganados por falsas doutrinas.


"Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens." Marcos 7:7
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”. Mateus 24:24

“Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos”. Marcos 13:22

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores”. Mateus 7:15

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição”.
2 Pedro 2:1

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”
. 1 João 4:1

Quem é pior, o falso profeta ou quem se alimenta das maluquices?