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O segredo da felicidade



felicidade1O mundo ficou chocado com o anúncio do suicídio do genial ator Robin Williams. Uma série de fatores contribuíram para que sua morte fosse especialmente chocante, mas creio que podemos resumir tudo a uma causa só: Williams tinha tudo o que o mundo diz que devemos almejar em nossa vida e, mesmo assim, esse tudo não foi suficiente para que ele desejasse seguir vivendo. Que contradição estranha! Veja se não é verdade: quando você pensa em felicidade, que conceitos vêm à sua mente? Em geral, nossa sociedade prega que, para sermos felizes, devemos ser ricos, famosos, bem-sucedidos profissionalmente e ter uma pessoa ao nosso lado a quem amemos e que nos ame. Robin Williams tinha tudo isso. Era milionário, conhecido internacionalmente, reconhecido na carreira, casado com uma esposa que o amava... ele cumpria todos os requisitos para ser considerado uma pessoa feliz. Mesmo assim se matou. Quem explica?
O comediante sempre era visto sorrindo e fazendo piadas, numa aparente alegria que se revelou ser apenas uma máscara. Mas, se você for além das aparências e examinar os bastidores da vida de Robin Williams, vai descobrir que ele sofria de depressão, lutava contra o alcoolismo e era dependente de drogas. Seu casamento já era o terceiro. Algo estava errado no coração daquele ser humano.
felicidade2O suicídio de Williams me fez pensar também no de outras pessoas que, aparentemente, tinham tudo o que o mundo considera fundamental para a felicidade, como bens materiais e notoriedade. Lembra, por exemplo, de Kurt Cobain? O astro da banda de rock Nirvana tirou a própria vida com um tiro na cabeça e deixou um bilhete explicando que se matava por algumas razões, entre as quais ser uma pessoa triste e não se divertir mais quando estava no palco. Ele tinha mulher, filha, fama, fortuna e era uma rock star (o sonho de milhões de pessoas por todo o planeta). Ainda assim, aquilo não foi suficiente.
Dá para explicar o suicídio de pessoas como Robin Williams e Kurt Cobain, que têm tudo o que o mundo diz ser sinônimo de felicidade e ainda assim não basta? Sim, dá. É que, na verdade, o mundo está errado. Sua proposta de felicidade é mentirosa, uma ficção. Essas coisas simplesmente não fazem ninguém ser verdadeiramente feliz. São valores que valem muito pouco ou quase nada. Se você acredita na proposta mundana de que, para ser realizado na vida, precisa ganhar muito dinheiro, aparecer na capa de revistas famosas, viver distribuindo autógrafos, ter três carros na garagem e coisas do gênero... está acreditando numa mentira. "Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração" (Mt 6.19-21)
É por isso que me preocupo muito quando vejo cristãos correndo atrás de tudo isso. Sim, cristãos. Afinal, os valores do mundo contaminam todos. Preocupo-me porque, como provam as histórias de Williams e Cobain, se acreditarmos nessa definição de felicidade - que não é bíblica - viveremos sempre infelizes. Quando vejo irmãos e irmãs em Cristo ter como alvo a fama, por exemplo, meu coração se enche de tristeza, por perceber que sucumbiram ao engano. "Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1Jo 2.15-17).
felicidade3A notoriedade deve ser consequência de algo bem feito, jamais a causa que nos motiva a fazer esse algo. Se você é, por exemplo, um pregador, artista ou escritor e se torna muito conhecido, deve tomar todos os cuidados possíveis para não se deixar levar pela maldita vaidade, que conduz à autoidolatria e, portanto, é uma desgraça. "Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens." (Fp 2.3-7). Entenda: ser famoso não é o problema, não é crime nem pecado. Se você é alguém conhecido, entende que essa realidade não tem valor real e usa a visibilidade que Deus te deu para a glória desse mesmo Deus, amém. Jesus foi famoso em seus dias, o que ajudou a propagar sua mensagem. Mas se você deixa essa fama contaminar seu coração com sentimentos equivocados... ai de você.
Mature businessman holding scrunched moneyQue dizer, então, do dinheiro? Muitos abrem mão do que de fato tem valor por amar mais o dinheiro, que, como você bem sabe, gera problemas seriíssimos. "De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos" (1Tm 6.6-10). Conheço cristãos bons e sinceros que acabaram cometendo atrocidades por causa de dinheiro, que praticaram atos de desamor por amar as riquezas. Quando vidas caem em segundo plano e são desamparadas, enganadas ou vilipendiadas por aquilo que o dinheiro pode proporcionar é sinal que Jesus não está mais no barco, apenas observa da praia, com muito pesar. "Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: 'Nunca o deixarei, nunca o abandonarei'” (Hb 13.5).
Convido você a analisar o seu coração, por uma razão fundamental: "Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida" (Pv 4.23). O que tem motivado suas ações? Será o dinheiro? Será a vontade de aparecer? Por que você prega? Pelas ofertas e pela notoriedade que estar no púlpito pode te dar? Por que você louva? Pela venda dos CDs e para receber elogios? Por que você faz o que faz? Se a resposta não for "para a glória de Deus", recomendo que reavalie urgentemente as prioridades e os valores da sua vida. "Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus" (1Co 10.31). Caso a proposta de felicidade do mundo tenha conquistado o seu coração, mude tudo, rápido. Caso contrário, você pode acabar rico, famoso, vazio e infeliz.
??????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????Meu irmão, minha irmã, sei que você já ouviu isso muitas outras vezes, mas nunca é demais repetir: só Cristo satisfaz. Só nele encontramos a verdadeira felicidade. É no relacionamento com o Senhor que recebemos paz, alento, tranquilidade e contentamento real. É nas demonstrações de piedade, nas ações de amor ao próximo, que experimentamos alegria inigualável. Regozije-se não por ter um salário alto e muito dinheiro no banco ou por ser reconhecido por onde passa e muitos te convidam para eventos, mas porque você fez o deprimido sorrir, o faminto se alimentar, o atribulado encontrar a paz, o perdido enxergar a luz. Que a sua vida seja devotada não a tornar-se uma pessoa como Robin Williams e Kurt Cobain, mas a levar o amor e a graça de Deus a pessoas como Robin Williams e Kurt Cobain - só então você será verdadeiramente feliz.

Malafaia perde 30 mil ofertantes e barganha a fé para compensar


blog26Na manhã de hoje foi ao ar mais um programa do Pr. Silas Malafaia na Rede TV. Nesse programa, tal (im)pastor gastou quase 25 minutos numa pseudo-pregação com o fim de constranger os fiéis a lhe dar "ofertas especiais".
Como sempre, Malafaia começou com seu manjado bordão: "duvidar, criticar e determinar". Com isso, pretende que todos somos livres para analisar quaisquer propostas que nos cheguem, e então decidir pela sua aceitação, aceitação parcial ou total rejeição. No discurso malafaiano, muito bonito e digno de nota. Na prática, porém, tem efeito placebo total, já que tudo pode ser criticado e analisado, menos as ideias do Malafaia. Para quem decide por rejeitá-las sobram adjetivos, alguns expressos no programa de hoje: mesquinhos, caluniadores, manés, vagabundos, filhos do diabo, trouxas e palavras amáveis do tipo.
A "pregação" começou com Romanos 10.14-15:
"Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas."
Em seguida, Malafaia mostrou algumas obras sociais nas quais sua Associação Vitória em Cristo contribui com certa quantia em dinheiro e a quantidade de países nos quais seus programas televisivos estão disponíveis. E, como nada é por acaso, partiu logo para um resumo do programa "Uma vida de prosperidade", aquele programa que foi um desafio para que se encontrasse nele algo fora da Bíblia. Um desafio de tolo, diga-se de passagem, pois praticamente toda a pregação demonstrava uma interpretação errônea, calcada na escolha de versículos isolados de seu contexto com o fim de afirmar a Teologia da Prosperidade, da qual Malafaia é um dos principais expoentes no Brasil. Enfim, como vale a pena ver de novo, eis o link para tal programa.
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O resumo sobre prosperidade versou sobre alguns versículos de 2 Coríntios 9: os versículos 6, 7, 8, 10 e 11, cada um, isoladamente e por si só, suficientes (segundo Malafaia) para justificar uma das 5 Leis do Ofertante, as leis da semeadura, da abundância, do favor de Deus para o ofertante, do amor de Deus para o ofertante e da multiplicação. Segundo a falsa interpretação de Malafaia, quem oferta em "terra boa" (ou seja, na dele), quase tudo o que tem (pois o que vale é a "qualidade" da oferta, e deu como exemplo a oferta da viúva), para investimento em evangelização receberá de Deus bênçãos materiai$ e espirituais com grande abundância, pois Deus gosta de multiplicação e não de soma, segundo o (im)pastor.
Claro, frisa o Malafaia, ninguém deve ser constrangido ou obrigado a ofertar. Porém, só quem ofertar receberá as bênçãos e favores divinos com abundância. Contraditório, não?
É engraçado que Malafaia usa, na defesa de sua pregação, 2 Coríntios 9.6,7,8,10 e 11. Note que ele pula o versículo 9. Por que será?
"Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre." - 2 Coríntios 9:9
Ou, em outra tradução:
"Como está escrito: "Distribuiu, deu os seus bens aos necessitados; a sua justiça dura para sempre". 
Ou seja, o versículo 9 destroi, aniquila, quebra, estraçalha a péssima interpretação malafaiana de 2 Coríntios 9. Afinal, quem lê todo o capítulo 9 (e o 8 também) percebe claramente que o Apóstolo (de verdade) Paulo fala da importância de se ofertar em prol dos necessitados. Já para Malafaia essa interpretação não é interessante, pois o tal (im)pastor não quer que os fiéis dêem dinheiro para os pobres, mas sim para SEU MINISTÉRIO VITÓRIA EM CRISTO.
E assim, Malafaia age como o ladrão, pois através de um absurdo exercício de exegese (acho que ele nem sabe o que é isso) leva os fiéis a transferirem para ele (ou para sua ADVEC, ou o que o valha) os recursos que, na Bíblia, há ordenamento para que sejam enviados aos que necessitam.
Bonito, né, sr. Malafaia?
O fato de ajudar a manter obras sociais não justifica a NINGUÉM alterar a mensagem bíblica. O fato de fazer o bem não justifica a ninguém deturpar a Palavra de Deus. Bem por bem, os espíritas fazem muito mais do que o (im)pastor Malafaia e muitos de nós.
Bonito, né, sr. Malafaia?
No final da pseudo-pregação, Malafaia explica o porquê de tanto ardor em "ensinar" liberalidade: após a reportagem da Revista Forbes, que o enumera entre os pastores mais ricos do Brasil, Malafaia perdeu cerca de 30 mil "patrocinadores fiéis" (aqueles que, mensalmente, enviam certa quantia para seu ministério).
Pois é, TRINTA MIL. E, talvez por isso, o (im)pastor necessite de algum dinheiro para ajudar a pagar as contas do seu ministério.
Mas, quem ensina algo deve, por um mínimo de coerência, praticar o que ensina. Já que Malafaia gosta tanto de ensinar o povo a ser liberal, dando boa parte do que têm para a igreja em troca das bênçãos financeiras e outras mais, porque o próprio Malafaia não põe a mão no bolso e investe ofertas bem alçadas em seu próprio ministério? Se o que ele prega for verdade, vai ser o maior investimento de sua vida, já que poderá investir uma Mercedes blindada e ganhar em troca umas 10; investir um anel de 4.000 dólares e ganhar outros cem anéis; doar o aviãozinho e receber uma frota em troca. Assim, não apenas cobriria o rombo financeiro de seu ministério, como também garantiria riquezas para umas 4 gerações depois da sua.
Ah, mas liberalidade, "lei da semeadura" e afins são para os pobres fiéis!!!
Bonito, né, sr. Malafaia?
blog27Só para piorar mais um pouquinho (se é que isso é possível), Malafaia é daqueles (im)pastores que sabem que, se suas ovelhas descobrirem o verdadeiro significado da Graça de Deus, não terá sobre elas o domínio cego que possui hoje. Por isso, para mantê-las aprisionadas em seu aprisco, Malafaia usa e abusa de "leis", de normas ditas por ele bíblicas (mas na verdade inventadas por homens sedentos de poder), para que as ovelhas mantenham a obediência às suas ordens. Não à toa, segundo tal (im)pastor, para se obter a própria Graça de Deus é preciso seguir uma Lei específica, que é citada durante a pseudo-pregação. Essa lição Malafaia aprendeu de seu professor de heresia americano, o tal "Doutor" (em quê?) Mike Murdock, além das aulinhas de especialização com o "profeta de deus" (Mamom?) Morris Cerullo. 
Bonito, né, sr. Malafaia?
Nada de bonito. É triste, abominável, execrável, terrível. Isso é zombar de Deus e zombar da inteligência dos fiéis. Está certo que há muitos que acreditam em qualquer baboseira que um líder religioso diga, mas aí a coisa fica ainda pior, pois é se aproveitar da boa fé e ingenuidade de muitos para alcançar seus objetivos financeiros e de poder. Sim, de poder também, pois já começou a corrida eleitoral e, claro, Malafaia e outros (im)pastores como ele já estão articulando apoio a candidatos de todos os níveis, com o fim de alcançar poder em todas as esferas políticas.
Já que o Malafaia gosta de ensinar, de dar conselhos, também vou dar meu conselho ao Malafaia:
Arrependa-se enquanto ainda é tempo.
"Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;
O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.
Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.
Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." - Gálatas 1:6-9
Veja a pregação do Herege: