É inegável o fato de que vivemos dias complicados. Se por um lado vemos os neopentecostais disseminando suas falsas doutrinas através da confissão positiva e da teologia da prosperidade; por outro vemos os teólogos liberais difundindo ensinos absolutamente estapafúrdios e que em muito se opõem a Palavra de Deus. Nada se ouve quanto a inerrância e inspiração das Sagradas Escrituras; morte de Cristo como propiciação pelos nossos pecados; necessidade de arrependimento e fé no sacrifício de Cristo para a redenção do pecador; juízo final, como resposta inevitável da santidade divina ao desamor humano; igreja pura, que não negocia a verdade em nome do amor ecumênico.
Infelizmente esses falsos profetas tem propagado ensinamentos espúrios que de forma veemente e desavergonhada negam tanto a suficiência das Escrituras como a Cristo. Lamentavelmente tais pregadores possuem por "mentores" espirituais, teólogos como Rudolf Bultmann, Friedrich Schleiermacher, Paul Tillich, Richard Shaull , dentre tantos outros mais que deturparam sorrateirmente as doutrinas inquestionáveis da ortodoxia cristã.
Se não bastasse isso, existem àqueles que defendem a existência de um "outro Deus", e que em nome de um amor piegas, relativizaram a Soberania do Senhor, transformando o Todo-poderoso , num Deus inepto e "imbecilizado" que nada sabe e que pode ser surpreendido pelas tragédias humanas. Para piorar a situação, boa parte dos nossos pastores trocaram a a Bíblia pelos livros de auto-ajuda, o estudo da teologia pela psicanálise, os ensinos absolutos de Cristo pelo relativismo de Freud.
As consequências diretas e indiretas de tantas distorções teológicas agindo conjuntamente e em polos distintos, é o aparecimento de uma enorme confusão doutrinária nos arraiais evangélicos cujo produto final tem sido a multiplicação dos "desigrejados" que decepcionados com esse "Deus Fake" logararam por caminhos de desgraça e solidão.
Isto posto, a impressão que se tem é de que estamos cercados e de que não existe absolutamente mais nada a ser feito, e que o que nos resta é sermos devorados por esse bicho feroz. No entanto, apesar de todas as adversidades, ainda acredito seja possível virar o jogo ao nosso favor, afugentando dos nossos arraiais esse bicho feio que tanto nos apavora. Para tanto, torna-se absolutamente necessário um definitivo regresso as Escrituras Sagradas.
Caro leitor, não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. Diante do exposto, afirmo sem titubeios que o retorno as Escrituras é o antidoto necessário a apostasia que nos corrói as estruturas. Como bem disse o reformador francês João Calvino o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e ela é o escudo que definitivamente nos protege do erro.
Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento, até porque agindo assim, o bicho foge.
Que Deus tenha misericórdia da sua igreja.
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