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Marcha para Jesus: Para que serve?

Nossa única base segura para qualquer coisa é a Bíblia. A Palavra de Deus fala para os cristãos marcharem por algum motivo? Não encontrei. Portanto não há razão para fazê-lo. Além disso, a idéia de marchar normalmente está associada a demonstrações de poder.

Por isso os exércitos fazem aquelas grandes paradas com milhares de soldados e equipamentos. Há grupos que também querem mostrar que são influentes na sociedade, e fazem suas marchas, como ocorre com a Parada Gay. Há também as marchas de protesto e de reivindicação.

E o cristão, vai marchar para quê? Para mostrar poder no mundo cujo príncipe é Satanás e onde sua luta não é contra carne e sangue? Para mostrar que é influente numa sociedade que rejeitou seu Salvador? Para protestar contra perseguições ou reivindicar direitos em um lugar onde ele é estrangeiro? Isso faria tanto sentido quanto um brasileiro querer reivindicar direitos no Afeganistão.

A idéia de reunir muita gente para causar impacto ou influência pode funcionar em outras áreas, mas que resultado tem nas coisas de Deus? Muito bem, vamos imaginar que uma marcha dessas realmente impressione as pessoas e as autoridades e todos venham a achar que o cristianismo é uma coisa para ser levada a sério.

Aí temos um problema, porque o Senhor mesmo disse que no mundo sofreríamos perseguições, mas que não deveríamos temer isso porque não somos do mundo. Teria o Senhor se enganado ou se esquecido de contar que haveria um dia quando os cristãos ganhariam tapinhas nas costas por causa de sua fé?

Se o mundo, como uma instituição, aceitar o cristianismo, é porque há algo de muito errado com o evangelho que esse cristianismo está pregando ou com o próprio mundo. Sim, porque como alguém vai gostar de algo que prega que o homem é pecador, que há uma condenação esperando por ele, que precisa crer nAquele que o próprio mundo rejeitou e que virá um dia quando este mundo e tudo o que nele há, que a humanidade mais preza, será destruído pelo fogo?

"Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. Do mundo são, por isso falam do mundo, e o mundo os ouve". 1 Jo 4:4

O evangelho é algo para atingir indivíduos, não coletividades. Ainda que muitas pessoas possam se converter em um mesmo dia, não existe algo como uma conversão coletiva. Cada pessoa é alcançada individualmente, tocada individualmente pelo Espírito Santo, convencida individualmente de seu pecado. São pessoas que nascem de novo, não países, instituições, governos ou até mesmo religiões.

Qualquer resultado que uma marcha ou manifestação assim pode conseguir é um resultado político, cultural e exterior. Nada que interesse os propósitos de Deus. O Senhor não nos disse "Ide e marchai", mas "Ide e pregai o evangelho". E é isso que importa fazer. Ou será que os cristãos estão engajados em uma competição para ver se conseguem mobilizar mais gente do que a Parada Gay ou o desfile do 7 de setembro?

IGREJA MARCHE PARA OS HOSPITAIS, PRESIDIOS, ORFANATOS, EVANGELISMO NA RUA , PRAÇAS, VISITAS AS VIUVAS, ORFÃOS,


MARCHEM PARA A SANTIDADE, PARA A UNIÃO, MARCHEM PARA BUSCAR O PODE DE DEUS JUNTOS, MARCHEM PARA O AMOR, MARCHEM PARA A HUMILDADE, MARCHEM PARA A REALIDADE.

ACORDEM SEJAMOS CONHECIDOS COMO HOMENS E MULHERES DE DEUS QUE FAZEM A DIFERENÇA TODOS OS DIAS DAS NOSSAS VIDAS E EM TODOS OS LUGARES.

CHEGA DE HIPOCRISIA, INVISTAM SEUS RECURSOS EM MISSÕES DE VERDADE.

A Ironia do Legalismo

Nós devemos tirar o chapéu para os legalistas. São eles os responsáveis por reduzir o Evangelho a um rígido e massacrante código de leis. E isto é um feito e tanto. É como colocar as Cataratas do Iguaçu dentro de uma xícara de café, ou sendo mais fíel a uma expressão bíblica, é por vinho novo em odre velho.

O evangelho, ou o pseudo-evangelho, que seus ardilosos pregadores anunciam, é um verdadeiro híbrido, uma mistura bem interessante. Bom, quais são os ingredientes? Uma grande dose de lei mosaica, um punhado de ética-moral estadunidense, raízes fortes do coronelismo nordestino, e não pode falar uma boa dosagem de regras eclesiásticas inventadas por homens. Ah... quase esqueci... uma "pitadinha de nada" da graça para parecer que é Evangelho.

Quem toma esta poção envenenada, quem que abraça esta mensagem adulterada, se torna discípulo de Moisés em nome de Jesus. É triste, mas esta é a realidade de muitas comunidades autoritárias.

No entanto, este legalismo mortal que embriaga mediante a culpa e o medo, tem seu lado irônico. Foi o teólogo Erasmo de Roterdã (1466-1536) que sacou a ironia deste movimento inimigo da cruz e da graça redentora. Ele diz que os legalistas, estes que se orgulham de sua santidade própria e obediência cega aos códigos da lei, desejam ser mais santos que Jesus. Ora, veja só, como pode isso? É ou não uma ironia? Bom, vou deixar Erasmo explicar melhor:

A maioria desses homens têm tanta confiança em suas cerimônias e pequenas tradições humanas que estão convencidos de que um paraíso é pouco para recompensá-los de uma vida passada na observância dessas coisas. Eles não pensam que Jesus Cristo, desprezando tais práticas vã, lhes perguntará se observam o grande preceito da caridade, sobre o qual está fundada a lei que deu aos homens. Um mostrará a barriga cheia de toda espécie de peixes; outro, a lista dos salmos recitados a tantas centenas por dia; um terceiro fará uma longa enumeração dos jejuns e contará quantas vezes sua barriga esteve a ponto de rebentar por ter feito só uma refeição na jornada; outros dirão que ficaram roucos de tanto cantar. Mas Jesus Cristo, interrompendo enfim essa série inesgotável de presunções, dirá: "Que nova espécie de judeus é essa? Dei somente uma lei aos homens, é a única que reconheço, e a única pela qual essa gente não me fala. Não foi a hábitos, orações, abstinências, dietas contínuas que prometi outra o reino do meu Pai, mas ao exercício de todos os deveres da caridade ... Não reconheço essa gente que se gaba de suas boas obras e quer parecer mais santa que eu. Que vão procurar um paraíso diferente do meu... Quando ouvirem esta sentença e virem que são preteridos por marujos e carroceiros, com que cara imaginais que se olharão uns aos outros?"

A Igreja Precisa de Regeneração

Nesses 1700 anos de História Cristã Romana, da qual a própria Reforma Protestante não deixou de ser herdeira, rompendo com muitas coisas, mas não com todas, tornando-se assim, de certa forma, apenas uma Re-forma, mas não uma Revolução de sentidos, conteúdos, e, sobretudo, de simplificação não de formas, mas de espírito — é ainda algo totalmente insatisfatório; posto que seja ainda um reformar, mas não uma ruptura de conteúdos, de dogmas, de doutrinas humanas, de lógicas mundanas, todas elas criadas pelo Pai do Cristianismo e seus auxiliares históricos: o Imperador Constantino.

O que provocou a Reforma nos dias dos Reformadores do Século XVI, tornou-se algo revivido com ênfases e disfarces de maldade ainda maior entre nós, hoje; posto que agora tudo seja feito com máscaras do “nome de Jesus”, porém, com modos que fazem as vendas de Indulgências que deram pavio ao fogo da Reforma, tornarem-se temas inocentes de presépio infantil.

As barganhas, as negociatas, as campanhas de exploração da credulidade do povo, o uso perverso da Bíblia, o espírito de troca e comercio, as maldições e ameaças pronunciadas “em nome de Jesus”, os novos apóstolos do dinheiro e da prosperidade, o desenfreado comercio da fé como produto, a utilização de todos as formas de manipulação e engano, as inegáveis manifestações de ações criminosas em nome da fé, o uso político da igreja e do nome de Jesus, e tudo quanto entre nós hoje se define como “igreja” e sua prática histórica, não mais é que um estelionato sem tamanho e medida, e que faz a Igreja Católica do Século XVI uma entidade de bruxos aprendizes daqueles que entre nós hoje são pastores, bispos, apóstolos e candidatos diabólicos à divindade.

Não é mais possível usar termos como “evangélico”, que deveria significar “aquilo que carrega a qualidade do Evangelho”, nem termos como “Igreja”, que deveria apenas ser a assembléia dos crentes no Jesus dos Evangelhos — posto que “evangélico” tenha se tornado aquilo que no Evangelho é descrito como sendo anti-evangélico, e “Igreja” tenha se tornado aquilo que no Evangelho é apenas uma multidão perdida e sem pastor, tamanho é o descaminho dos seus guias e condutores do engano.

Não é mais possível conviver passivamente com tamanho engano blasfemo, sob pena de nos tornarmos indesculpáveis diante de Deus, desta geração, e das que ainda virão.

Hoje se ouve a Voz de Deus, dizendo como fez antes muitas vezes, e no futuro ainda voltará a dizer: “Sai do meio dela, ó povo meu!” Sim, pois “o Senhor conhece os que Lhe pertencem”; e deseja separar Seu Povo do convívio perverso não no “mundo”, mas, sobretudo, no “ambiente chamado ‘igreja’”; posto que, pela anuência silenciosa, estamos corroborando o engano para aqueles que não sabem discernir entre a mão direita e a esquerda.

Portanto, convidamos a todo aquele que ainda crê em Jesus segundo a pureza do Evangelho, que assuma hoje, e para sempre, uma total ruptura com tudo aquilo que se disfarça sob o nome de Jesus, mas que nada mais é do que manifestação do engano, até que chegue o Dia quando todo “Senhor, Senhor” que não teve correspondência de obediência ao Evangelho, de Jesus ouvirá o terrível “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim todos vós que praticais a iniqüidade”.

SEM AMOR NÃO HÁ DEUS!

Se amar fosse solução contra a dor, o desapontamento, a espera, a paciência e o sacrifício — não se diria que o amor tudo sofre, tudo crê e tudo suporta.

Afinal, o amor agüenta tudo porque jamais acaba.

Amar não é a solução da existência, mas da vida.

Na existência e para aqueles que apenas alimentam-se do conceito de existirem, o amor não é a solução, pois, no conceito de existência o mais importante é que não venha a doer.

Entretanto, quando se fala de vida, o amor é o único alimento que ela possui.

Sim! Sem amor a existência não tem vida!

Porém, quando o amor se impõe como fundamento da vida, então, toda dor de amor é alegre, pois, para quem de fato ama basta a recompensa de amar.

É assim com Deus, que é amor, e, para Quem, amar é a “recompensa de Deus”.

Recompensa de Deus?

Sim! Deus é amor e se mantém como amor, pois, no dia em que Deus não mais for amor, já não será Deus.

Deus é amor. Se deixar de ser amor deixa de ser Deus!

Portanto, se Ele deixar de amar eu deixo de existir.

Todavia, para fins práticos, a morte do amor entre os homens é a morte de Deus.

Quem ama tem Deus. Quem não ama não tem Deus!

O mais é texto...

QUANDO A IGREJA NÃO É “IGREJA”...

Igreja tem que ser coisa de gente de Deus, de gente livre, de gente sem medo, de gente que anda e vive, que deixa viver..., que crê sempre no amor de Deus...; e, sobretudo, é algo para gente que confia..., que entrega..., que não deseja controlar nada...; e que sabe que não sabe, mas que sabe que Deus sabe...

Somente gente com esse espírito pode ser parte sadia de uma igreja local, por exemplo...

Entretanto, para que as pessoas sejam assim seus pastores precisam ser assim...

Se o pastor é assim..., tudo ficará assim...

Ou, então, o tal pastor não emprestará a sua vida para o que não seja vida, e, assim, bem-aventuradamente deixará tal lugar de prisão disfarçada de amor fraterno...

Em igreja há problemas... É claro... Afinal, tem gente...

Mas nenhum problema humano tem que ser um escândalo para a verdadeira igreja de gente boa de Deus.

Numa igreja de Deus ninguém tem que ser humilhado..., adúlteros não tem que ser “apresentados” ao público..., ladrões são ajudados a não mais roubarem..., corruptos são tratados como Jesus tratou a Zaqueu..., e hipócritas são igualmente tratados como Jesus tratou aos hipócritas...; ou seja: com silencio que passa..., mas, ao mesmo tempo, não abre espaço...

Na igreja de gente boa de Deus fica quem quer e até quando deseje... E quem não estiver contente não precisa ser taxado de rebelde e nem de insubordinado... Ele é livre para discordar e sair... Sair em paz. Sem maldições e sem ameaças; aliás, pode sair sem assunto mesmo...

Na verdadeira igreja não há auditores, há amigos.

Nela também toda angustia humana é tratada em sigilo e paz.

Igreja é um problema?...

Sinceramente não acho...

Pelo menos quando a igreja é assim, de gente, para gente, liderada por gente, com o propósito de fazer de toda gente um humano maduro — então, creia: não há problemas nunca, pois, os problemas em tal caso nada mais são do que situações normais da vida, como gripe, febre ou qualquer outra coisa, que só não dá em poste de ferro...

Não é teoria...

Pode ser assim em todo lugar...

Mas depende de quem seja o pastor...

E mais: se o povo já estiver viciado demais nem sempre tem jeito...

Entretanto, se alguém decide começar algo do zero, então, saiba: caso você seja gente boa de Deus, e que trate todos como gostaria de ser tratado..., não haverá nada que não seja normal, pois, até as maiores anormalidades são normais quando a mente do Evangelho em nós descomplicou a vida.

Pense nisso!...

Fã é coisa de pagão!

Dá muita pena... Dá pra ver o que está acontecendo na mente das pessoas...

Não existe na Terra nenhum metro quadrado mais doido do que o do ambiente da “igreja”.

Meu Deus! Quanta loucura...!

Esse fenômeno já tão bem conhecido no mundo foi recentemente apresentado de um modo soberbo no filme “O Assassinato de John Lennon”

Recomendo a todos que vejam o filme, pois, de fato, por ele dá pra se ter uma idéia do processo fantasioso que pode levar uma pessoa a ações de natureza impensável em razão de suas viagens pessoais.

Fica aqui, porém, uma advertência:

Quando você vir que sua mente está girando o dia todo em torno de uma pessoa que não é alguém real no seu mundo concreto, íntimo e, portanto, real — abra o olho; pois, isso pode significar que você estabelecerá uma relação fantasiosa com a pessoa; e o grande mal será sempre em quem desenvolver tal fixação na mente.

Você pode amar alguém pelo que ela é, faz ou diz. Mas tal amor ainda não é amor; é apenas profunda identificação. Mas é aí que as coisas ficam quando há saúde em tal pessoa.

Detesto fãs...

Fã é coisa de pagão!

Fã vem de fantasia, de phanton... de fantasma.

Portanto, quando alguém diz que é fã, o que ele diz é que você é a fantasia dele ou dela.

No Evangelho, ninguém é fã de ninguém.

No Evangelho a gente não é nem mesmo fã de Jesus!

O fã de Jesus jamais será um discípulo.

Os fãs são os que no fim ajudam a matar...

No Evangelho quem não é discípulo não é nada...

Para mim, tudo o que busco é ver gente amando a Jesus e ficando capaz de andar com as próprias pernas segundo o Evangelho.

O que passar disso é doença para a qual eu digo: “Xô, fã!”

Nele, acerca de Quem todo aquele que o ama diz: “Convém que Ele cresça e que eu diminua!”.

GRIPE ESPIRITUAL…: a gripe crentina…

Gripe é uma desgraça… Não mata [pelo menos as gripes normais], mas, não deixa você viver também.
Quase todos os estados de enfermidade, exceto aqueles terminais, incomodam muito menos do que o sintoma da gripe, que, hoje, não nos aflige apenas porque se sabe que “gripe é normal”, pois, incomoda..., mas já não mata.

Porém, as gripes em geral incomodam muito, e as pessoas vivem com os gemidos de seu desconforto, do nariz escorrendo, das juntas quebradas, do corpo doendo como se você tivesse brigado na rua, com os olhos escorrendo, com a cabeça oca, com um desânimo de morte.

Existe, todavia, um estado gripal/espiritual, que é a doença mais comum dos crentes.

Não mata, mas ferra a existência...

A maioria dos crentes que eu conheço vive espiritualmente gripada.

É dor, desconforto, cansaço, corrimento, juntas quebradas, falta de ânimo, e uma total má vontade com tudo quanto seja trabalho...

Os sintomas da gripe no crente são os seguintes:

Falta de esperança;

Medo de morrer;

Angústia em relação a Deus;

Necessidade dos chás da vovó “igreja”;

Cinismo quanto ao fato que o normal da vida não é viver gripado;

Imunidade baixíssima, daí a gripe nunca ir embora...

E mais:

O lugar mais impregnado de gripe de crente é o ambiente da “igreja”.

Lá é uma câmera de gripe crentina.

O cara entra até bem..., mas logo começa a coriza e, logo depois, os espirros... Então vem a febre alta, e, com ela, os delírios...

O fato é que dentre as gripes, contando a aviária, a suína e outras, nenhuma delas mata mais gente do que a gripe crentina, pois, de fato, seu vírus é resistente a quase tudo, e, em muitos casos, está desenvolvendo resistência até mesmo ao Evangelho.

O que pode nos salvar deste estado á apenas vitamina C e cama...

Cristo e cama, só que de joelhos ao lado dela!

Pare a agitação... Descanse e beba de Cristo...

Ele é a cura para esse estado que não mata e não deixa viver!

Nele, que nunca gripou.

O DIABO ADORA FALAR EM DEUS

“Deus” como tema é o diabo da História!

Sim! Porque em nome do diabo nunca se guerreou, nem se tomou reinos, ou tribos ou qualquer coisa. Porém, seja pela via da ação pagã mais primitiva, ou mediante a ação cristã mais que pagã, a História testemunha que todas as calamidades não naturais, tiveram no tema “Deus” suas justificativas ou seus álibis de morte, domínio, homicídio, inquisição, tortura, chacina, espoliação de bens, terras e recursos; assim como a destruição das culturas encontradas, as quais foram e são substituídas pela cultura do “Deus tema”, a qual mata mais que qualquer outra força histórica.

Desse modo, pelas evidencias da História, não há como não dizer [concordando com Baudelaire] que “se há um ‘deus’ é o diabo”.

Esse “Deus” dos temas da morte nada tem a ver com Jesus. Pode ser “cristão”, pode ser o pai do “Cristianismo”, pode ser o Deus dos “iluminados ocidentais” que construíram o presente mundo em chamas — todavia, mesmo assim, ou, justamente por tais razões, “ele” é o diabo.

Fica impossível pensar que o ladrão vem para matar, roubar e destruir [em contrapartida Jesus veio para dar vida, e vida em abundancia] — e não pensar que esse “Deus” das guerras, das verdades que matam, do reino que esmaga e destrói, das conquistas que roubam tesouros, que destroem vidas, acervos e culturas..., e não ver que tais ações, em nome de “tal Deus”, foram e são obra do diabo.

O diabo é o grande pai das ações feitas “em nome de Deus” e que só acontecem para matar, roubar, destruir, julgar, culpar, amargurar, enviuvar, criar órfãos, dizimar povos, aniquilar pessoinhas ingênuas; e gerar o “Cristianismo”, que é uma potestade criada nos porões da Roma Imperial, e que se mantém cada vez mais viva como poder de ódio e discriminação, apesar da chamada Era Pós Cristã.

Assim, quem quer que queira servir ao diabo faça de “Deus” o tema das batalhas!

Digo isto com toda responsabilidade; e o digo sem medo de equivoco; pois, tanto a Palavra me diz que estou certo, como também a História dá horrível testemunho acerca dessa minha certeza.

Deus sem Jesus é o diabo dos povos!

E “Jesus” sem Evangelho é o demônio mais disfarçado que o diabo já viu ser criado; isso para não falar que no processo humano da “criação do Deus cristão”, quem animava tais arquiteturas e modelamentos era o próprio diabo.

Jesus expulsa esse “Jesus” como quem expulsa ao diabo; e repreende esse “Deus” como quem repreende Satanás.

Quem disse que o Templo se tornara morada de demônios humanos e também invisíveis, é o mesmo que inspirou Paulo a dizer que os sacrifícios oferecidos em nome de Deus e realizados no espírito da religião de pedras, leis e morte, eram sacrifícios feitos aos demônios, e não a Deus.

Assim, a macumba está onde ela é vista; porém, a pior de todas é aquela que usa “Deus” como mascara para o diabo.

Leia a Palavra, a História e a vida. Então, ouse dizer que estou exagerando. Mas não antes disso. Ou seja: se você é ignorante, fique calado; e se não é, pense sem preconceitos, e veja se seu ânimo nazi-religioso ou nazi-cristão procede de Deus, conforme Jesus, ou se vem diretamente da agencia de estelionato do inferno.

Nele, em Quem reside toda autoridade.

GENTE DO CAMINHO E GENTE DA ESTRADA... Quem é você?

Tem gente supostamente andando no Caminho, mas que vive a neurose da Estrada de modo continuo...

Não entendem que o Caminho é interior...

Não compreendem que os sinais da Estrada não fazem o Caminho...

Não entendem que os sinais acabaram..., que eram coisas da administração publica de Moisés...

Enquanto isto, os irmãos brigam no Caminho...

Odeiam-se...

Discutem pelos seus direitos de travessia...

Lutam sempre o mal/combate...

Doam-se sempre ao imediato e acabam atropelados ou atropelando-se...

Ah, que pena!...

O Caminho aberto, mas os irmãos viciados na guerra não seguem a viagem. Param aferrados ao direito do morrer sem vida...

O Caminho segue os sinais do amor, que são livres e nunca fixos...

Mas o ser da Estrada não sabe como é apenas andar com o bom senso da fé e do amor; e, por isto, qualquer pisada fora da linha será objeto de vingança.

O ser da Estrada odeia a quem erra os sinais...

Irmãos da Estrada..., convertam-se ao Caminho!

Irmãos do Caminho..., tenham amor pelos irmãos com Síndrome de Estrada!

A IGREJA QUEBRA GALHO DA VIDEIRA

Jesus disse que Ele está para nós assim como a Videira está para os ramos.

Sem videira todo ramo é pedaço de pau e somente isto.

Sim! É madeira morta, boa para ser queimada.

Os cristãos, no entanto, foram enganados e deixaram-se enganar, pois, desde que se determinou que "fora da igreja não há salvação", que a Videira passou a ser a "igreja", e, também, desde então, o Agricultor, que, segundo Jesus é o Pai, entre os cristãos é o Pastor, ou, em alguns grupos, o Corpo de Doutrina pelo qual se faz a "poda" de membros.

Assim, para o crente, "permanecer em Jesus", [João 15], é permanecer firme na "igreja", freqüentando, participando e se submetendo a tudo.

Do mesmo modo, "dar fruto", segundo os crentes e suas emoções condicionadas por anos de engano religioso, é evangelismo como programa, é acampamento como devoção, é célula de crescimento, é cantar no grupo de louvor, é ir à reunião de oração, e, sobretudo, é dar o dízimo em dia.

E o mandamento de amar uns aos outros é algo que os crentes entendem como amar os que são iguais a eles enquanto os tais não ficarem diferentes. Nesse dia eles viram desviados.

Ainda no mesmo andar de engano, os crentes pensam que "ser lançado fora" da Videira é ser disciplinado pelo Agricultor Pastoral ou pelo Conselho de Agricultura que aplica o Corpo de Doutrinas disciplinadoras e excludentes, aos quais supostamente não se equivocam ao separar o joio do trigo no campo do mundo-igreja.

Ser “amigo de Jesus” [João 15], para os crentes é estar em dia com a doutrina, o dizimo e a freqüência.

Assim, para a maioria dos crentes, emocionalmente, é assim que João 15 é sentido e praticado.

Ora, o resultado é o desastre cristão desses quase dois mil anos!

De fato, a religião cristã é um estelionato espiritual, pois, chama para si, como se fora Deus, aquilo que é de Deus e somente passível de realização Nele.

O que Jesus dizia era tão simples.

O que Ele dizia é apenas isto:

Absorvam a minha Palavra; o meu ensino; e o pratiquem com amor por mim e por todo ser humano. Se vocês sempre crerem que a Vida de vocês está em mim e vem da obediência ao mandamento do amor, então, vocês serão meus amigos; e, assim, toda a verdade de minha Palavra será fato e bem na vida de vocês. Mas, sem mim, sem vida em meu amor, sem absorção do Evangelho no coração, por mais que vocês tentem viver e buscar o bem, de fato vocês serão apenas como galhos soltos, secos e mortos; existindo sob o engano de que existe vida em vocês, quando, de fato, pela própria presunção de vocês, estarão mortos sem o saberem.

O resto a História do Cristianismo nos conta.

Igreja com propósitos ou o propósito da Igreja?

1. Daqui a cem anos, se meu português ainda for compreendido pelos brasileiros vivos, a Palavra estará realizando o mesmo efeito. Mas os métodos atuais estarão todos sepultados.

2. A Palavra permanece. Os métodos se desgastam.

3. A Palavra e o Método, em Cristo, devem ser uma coisa só: “Assim como Pai me enviou, assim também eu vos envio”. Encarnação da Palavra é o Meio.

4. Quando o método vira um fim-em-si-mesmo, é porque a Palavra já virou meio de vida, não a encarnação da vida, no meio das coisas.

5. Jesus andava e levava em Si a Palavra e o meio: Ele mesmo.

6. Os apóstolos não se preocupavam com métodos como métodos, mas apenas como meios circunstanciais e momentâneos. Paulo diz: “Fiz-me de tudo para com todos, a fim de salvar alguns”. E, para ele, o meio era a encarnação: aos judeus, como judeus; aos gregos, como grego...tudo, para com todos...mudava conforme a esquina, não conforme a década, ou a moda. Não é mole...é duro mesmo. Mas só é duro para quem não tem o molejo da Graça e da Vida. Para quem tem, é simples como respirar.

7. A fixação nos modelos e métodos apenas denuncia duas coisas: a falta de conteúdo (Palavra) e a cobiça de poder (Crescimento).

8. Nem tudo o que tá certo, dá certo. E nem tudo o que dá certo, tá certo. Se o critério fosse esse, teríamos que dizer: Viva o Islã!

9. A Igreja está no mundo para crescer também em número, mas não à qualquer preço, muitos menos como sacrifício da Palavra—que é o que sempre acontece! Tudo isto te darei se prostrado me adorares, não procede da boca de Deus. Também não vale transformar pedras em pães e nem pular do Pináculo do Templo.

10. Qquem tem a Palavra, lida com os meios como simples meios, mas não oferece pacotes e, muito menos, procura um pacote. A criação de pacotes, sacraliza os meios e corrompe a Palavra, que fica subordinada aos meios.

Assim, Digo:

1. O meio só tem hoje tanta importância para quem a Palavra virou um meio de vida.

2. A ênfase no crescimento é uma mentira que esconde a sede de Poder e de Aparecer. Se a questão é espalhar o Evangelho, por que, então não se vai por todo o mundo e se o prega a toda criatura? No Brasil—como na maior parte do mundo—, o crescimento da “igreja” é apenas um concurso de quem tem “uma maior”. Coisa de menino. Quem quer ver a gloria de Jesus faz como Paulo em Romanos 16: “Não fui ainda aí, ó romanos, porque já tem muita gente aí...tenho me esforçado para não perder tempo...vou passar por aí indo para a Espanha”.

3. O que estamos assistindo não é novo, no meio evangélico se tornou apenas mais feio. Mas é tão velho quanto Roma e Constantino. É o mesmo espírito imperial de poder que continua a corromper a “igreja”, que mesmo sendo evangélica, continua católica de nascimento e alma: Constantino é constantemente o contínuo continuador da continuação do contínuo constantinianismo: o poder do poder, prevalecendo sobre o poder da Palavra.

4. Sem medo de errar: quem quiser ser do Evangelho, pregue a Palavra da Graça e deixe o Espírito dar a ela o tamanho que ela tem, e que não se pode medir com estatísticas, mas pela manifestação de graça e vida.

5. O exemplo brasileiro mais puro—não perfeito—do que digo, é a Congregação Cristã do Brasil. Ninguém sabe dela. Mas é maior que a maioria. Há métodos? Há marketings? Não! Há Palavra. Há honra ao Espírito. Há a certeza de que o corpo efetua o seu próprio crescimento, conforme Paulo.

6. O que assistimos hoje é uma “igreja” no CTI e que está feliz com a modernidade das máquinas e tubos que a mantêm artificialmente viva. Os atuais vendedores de método, são fabricantes de material hospitalar e que conseguem fazer o paciente se sentir bem por estar todo ligado nos aparelhos, sentindo que à todo tempo sai uma máquina velha e entra outra mais nova, mas o paciente nunca recebe alta.

7. De minha parte, digo: ME TIRA O TUBO!

A DOUTRINA DE JESUS

O que é uma doutrina?

Ora, do ponto de vista clássico uma doutrina é a sistematização de um ensino ou pensamento que se torne oficial como conteúdo de um grupo ou pessoa; e, portanto, seja carregada de valor dogmático.

Teologicamente uma doutrina é o corpo de pensamento e crença de uma pessoa ou grupo humano.

Para os cristãos uma doutrina é um corpo de ensino fundado em Jesus e nos Seus ensinos [dos apóstolos também], e, além disso, é a própria representação da verdade de Jesus feita corpo de letras, bem como a sua sistematização lógica.

Quando Jesus ensinava, dizem os evangelhos, muitas vezes se perguntava acerca do Ele dizia: “Que doutrina é esta?”

Ora, quando os judeus assim perguntavam sobre o ensino de Jesus, o que eles tinham em mente era o ensino de um rabino, mestre ou guru. Nesse sentido eles perguntavam: Que novo pensamento é este? E que sistematização da verdade é esta, que nós não conhecemos?

Ora, assim perguntavam embora Jesus não oferecesse nada que fosse clássico, ou teológico ou organizado como um corpo convencional de ensino.

Desse modo, do ponto de vista “clássico” ou “teológico-filosófico”, o que Jesus ensina não é uma doutrina, mas sim um ensino não sistematizado.

Jesus nunca sistematizou nada e jamais o faria, a menos que desejasse “matar Deus”. Quem sistematizou o ensino de Jesus, corrompendo-o, foram os religiosos do Cristianismo Constantiniano.

Um ensino não sistematizado, por definição ocidental não acidental, não faz uma doutrina. Dos gregos para cá que no Ocidente uma doutrina é um corpo de pensamento que se fecha em lógicas de suposta satisfação intelectual não acidental. Ora, por tais critérios Jesus não tem uma doutrina.

Afinal, quem, ao seguir a Jesus, encontrará lógicas que sejam entendidas de modo linear?

Não! Em Jesus as lógicas lineares morrem cedo no processo de ser, pois, o que se requer sempre na vida é a coragem em fé que transcenda as lógicas do morrer.

Que lógica há na ressurreição de Jesus se ela não se repete para ser verificável e estudável?

E mais:

Quem consegue fazer o ensino de Jesus “fechar-se em lógicas” que sejam manuais sobre uma vida previsível?

A única lógica no ensino de Jesus é crer para além de toda lógica, pois, é de Deus, do Deus não-lógico, que se está falando.

Quando Jesus disse que quem desejasse saber se Sua “doutrina” era verdadeira ou não, esse deveria “provar para saber” — Ele falava não de um corpo sistematizado de ensinos, mas sim de uma decisão de render-se em fé, na pratica da vida, à experiência com a Vida segundo Deus. Pois, assim, disse Ele, se saberá se o que Ele ensina é verdade ou não; visto que segundo o Seu ensino, somente se sabe se a verdade é Verdade se a experimentarmos pela fé antes mesmo de sabermos os resultados.

Ora, o Evangelho de Jesus é o próprio Jesus; e, assim, pode-se dizer que a doutrina de Jesus somente pode ser compreendida a partir de uma relação pessoal de fé com Jesus, pois, do contrario, não se fica sabendo ou conhecendo nada do que Jesus diz que existe para ser provado como Vida.

Por isto é que a doutrina de Jesus somente pode ser conhecida de duas maneiras: para quem prova, provando; e, para quem vê, somente vendo os fatos resultantes, se comprovam ou não as declarações.

Esta é a razão porque não existe valor algum em discursar sobre Jesus como poder de constrangimento pelas lógicas de palavras e de sabedoria humana.

Jesus fazia e falava. Quem cria se tornava discípulo; e quem não cria se tornava mais cego ainda. Ele, porém, não tentava vencer nada pelo esmagamento da lógica, posto que Ele soubesse que as lógicas humanas somente funcionam acerca daquilo que não seja Deus, pois, Deus não está dentro de tais processos aprisionantes do pensar.

Entendeu? Ou você apenas entenderá se compreender tudo?

Eu não compreendo quase nada, mas a cada dia entendo mais.

A MACCUMBA VENCEU A MACUMBA!

Nunca pensei que um dia, estando eu vivo na Terra, associaria a “macumba” não mais aos ritos de esquina e de terreiros apenas, mas, sobretudo, à feitiçaria ensinada em nome de Jesus.

É claro que eu sabia que o cristianismo foi, historicamente, uma Religião de Mágica e de Feitiços. E isto porque a fé do cristianismo na macumba era tão grande e tão certa de sua importância, que, matou de modo macumbeiro aos bruxos e feiticeiros, a maioria dos quais mais cristãos do que os seus algozes ortodoxos de tanto ódio do diabo animando-lhes o coração e as ações.

Jesus viu a grande macumba em Seus dias não nos cultos pagãos, acerca dos quais Ele nada diz em lugar algum nos evangelhos, mas sim, no Templo e entre seus donos; assim como nos discípulos dos Dogmas que matam — visto que foi acerca desses que, em João 8, se diz que Ele fez dura referencia, chamando-os de “filhos do diabo”; e mais: afirmando que o diabo era o pai deles, e não Abraão, de quem eles, na cegueira da macumba de ódio que lhes cegava a mente, afirmavam ser filhos.

Hoje os macumbeiros andam retraídos, vencidos, rendidos, pobres, não mais apavorantes — pois, o cetro do medo por eles usado por séculos lhes foi tirado; e, agora foi posto não em terreiros, mas em tronos de “poder cristão”; exercido pelos que dizem aos homens, em nome de Jesus, que se eles não ficarem sob sua “cobertura espiritual”, todos os males lhes acometerão.

Entre os sofisticados, os ortodoxos históricos, a cobertura não é feita pelo “líder” [quase não há carismas entre eles], mas sim pela base doutrinaria correta. Mas é macumba do mesmo jeito, posto que seja controle pelo medo e não uma caminhada livre movida por uma consciência adulta em fé.

Entretanto, como a Nova Macumba do Cristianismo é carismática e neo-pentecostal em seus contornos mais explícitos [embora, como já disse, esteja presente em todos os aplicativos da subserviência ao medo] — a grande influencia original veio dos Pentecostais dos Estados Unidos [o pai do fenômeno no Brasil foi um “MacMissionário”..., no inicio dos anos 60, com as suas mágicas suaves, como o “ponto de contato”, enquanto a mão dele ficava estendida na tela da televisão — fonte de onde vieram MacCedo, MacSoares, MacÂngelo entre outros, e, depois desses, todos os milhares que aprenderam na escola que eles criaram] — e os contornos atuais já foram o resultado de misticismo manipulador do pentecostalismo americano + as magias populares das crendices do povo brasileiro.

As macumbas que são feitas aos milhares nos cultos do medo e das manipulações são infinitamente maiores e mais danosas do que as que ainda são feitas nos terreiros falidos pela Nova Macumba, a qual, de fato, é uma MacCumba: bem americana e bem brasileira.

Todos os dias tem gente que sofre sob o poder dos “Guias Evangélicos” que praticam as MacCumbas com apelidos de cultos.

Ou, então, são as Pró-Maccumbo-fecias que assolam as mentes fracas, as quais se entregam ou às vaidades de profetas doentes, ou, então, oferecem a mente ao controle de para-normais “evangélicos” travestidos de profetas.

O fato é que hoje as pessoas têm mais medo de maldição de pastor do que de bruxaria de macumbeiro.

Por que será, hein?

Afinal, a maior Macumba é sempre a que se imanta do maior medo!

Mas como cristão não é macumbeiro, então, sua versão da bruxaria é apenas uma coisa mais sofisticada, como uma MacCumba.

Na prática, porém, é gestão do inferno sobre a vida humana, como o diabo gosta.

Pense nisso!

A BÍBLIA SERVE A JESUS, NÃO JESUS À BÍBLIA!

É estranho como Jesus e os apóstolos não usaram a Bíblia como argumento de fé, exceto para os que cultuavam o Livro, no caso, os judeus; e olhe lá...

O máximo que Jesus disse foi “são as Escrituras que testificam de mim...”; e mais: “...mostrou o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras...” — mas não gastou tempo algum supostamente fazendo apologia de nada.

Afinal, a Bíblia jamais seria a apologia de Jesus; posto que Jesus fosse o Verbo vivo e falando o que a Bíblia nem poderia sonhar em falar, revelar e dizer...

Cristãos que vivem para defender a Bíblia ainda não conheceram Jesus mesmo!

Por isso não se vê Paulo, Pedro, João, Lucas e ninguém tentando provar Jesus em razão da Bíblia ser fidedigna!

Não! Fidedigno era o testemunho que eles davam...

Da Bíblia o que se pode dizer é que ela é fiel como Palavra apenas porque afirma que Jesus é Deus e eu sou dos pecadores o principal!

O mais é um diletantismo ao qual Jesus jamais teria tempo e animo para se dar...

Depois que o Evangelho entrou em mim a Bíblia passou a ser apenas um Testemunho, mas não o Testemunho!

Sim, pois em mim o Testemunho é o do Espírito!

Afinal, é tudo tão simples!...

Sim, o que se diz é que o testemunho de Jesus é todo o espírito da profecia; ou seja: da revelação na Bíblia.

O mais não passa de mera ilustração...

É nessa fé/certeza que me sinto a cada dia mais inabalável Nele; e Nele apenas...

Seguidor e Discípulo

Você sabe a diferença entre Seguidor e Discípulo?, para muitos não existe diferença, porém não são a mesma coisa. Jesus por onde passava levava consigo multidões, porém escolheu a dedo 12 pessoas que passaram então a serem seus discípulos.

O seguidor espera pães e peixe; o discípulo é um pescador.

O seguidor luta por crescer; o discípulo luta por reproduzir-se.

O seguidor se ganha; o discípulo se faz.

O seguidor gosta do afago; o discípulo gosta do serviço e do sacrifício.

O seguidor entrega parte dos seus desejos; o discípulo entrega sua vida.

O seguidor espera que lhe apontem a tarefa; o discípulo é solicito em tomar a responsabilidade.

O seguidor quase sempre murmura e reclama; o discípulo obedece e nega a si mesmo.

O seguidor reclama que o visitem; o discípulo visita.

O seguidor vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.

O seguidor sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer a igreja real.

O seguidor diz: Que bonito!; o discípulo diz: Eis-me aqui.

O seguidor espera por um avivamento na igreja; o discípulo é parte do avivamento.

O seguidor é forte soldado na trincheira de defesa; o discípulo é soldado invasor da trincheira inimiga.

O seguidor é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercitar sua fé.

O seguidor é valioso; o discípulo é indispensável

Vós já estais limpos. . .

Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho falado” — disse Jesus na noite em que foi abandonado, negado e traído pelos mesmos discípulos que o ouviram dizer isto.

Minha pergunta é: Como? Sim! Como? Limpos? De que modo?

Na mesma noite, quando Ele se aproximava dos pés de Pedro a fim de lavá-los, como já tinha feito a outros discípulos na mesma sala onde estavam reunidos, o amigo pescador Lhe disse: “Tu me lavas os pés a mim? De modo nenhum”.

A resposta de Jesus é outra vez chocante; chocante para quem pensa em impureza, santidade e limpeza com as categorias da perfeição, conforme a religião.

Isto porque esses aos quais Ele diz já estarem limpos, são os mesmos seres humanos cujas manifestações aparecem no Evangelho — gente simples, infantil, mantendo suas próprias disputas de terreno, e almejando proeminência; sem falar na capacidade de desejar fazer fogo do céu para consumir os diferentes, como foi o caso de João em relação aos samaritanos.

“Se eu não lavar você, você não tem parte comigo” — disse o Senhor a Pedro.

“Então, não somente os pés, mas também a cabeça...” — e tudo o mais...era o desejo dele.

“Quem já se banhou não necessita lavar senão os pés” — foi a resposta.

Ora, se aplicarmos os critérios cristãos de santidade e limpeza, nenhuma dessas afirmações finais, consumadas, e definitivas de limpeza e pureza, poderiam ser imputadas a eles. E Pedro sabia disso. Por isto ele quis um banho total.

“Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado” — era o que Ele dizia.

Minha questão perdura: Como? Sim! Como?

Tal limpeza não era fato antes... e nem seria em algumas poucas horas... quando abandono, negação e traição aconteceriam. Apesar disto Ele os dá como limpos pela Palavra. E diz que no Caminho os irmãos lavam apenas os pés uns dos outros; limpando o pó do chão da jornada, e que se apega aos pés de qualquer um que Caminhe.

Assim, já estou limpo pela Palavra, não porque eu a encarne, mas porque ela se Encarnou toda em meu favor, em Jesus.

Eu creio, e nisto está a minha justiça!

Desse modo, sigo limpo; embora suje os pés na Caminhada.

Esse pó, todavia, não está em mim, mas apenas nos meus pés; tanto quanto não estava mais neles, mas apenas em seus pés...no prosseguimento da jornada.

É por isto que Ele declara limpos os que haveriam de se sujar em algumas horas.

O encantador é que continuaram limpos, mesmo tendo se sujado. E não há palavras no reencontro entre Ele e os sujos... Há, sim, Palavra; mas não há palavras... Há um olhar...há uma pergunta:Tu me amas? O resto é trabalho entre irmãos, lavando os pés uns dos outros; não como quem purifica pecados, mas como quem dá conforto, recebe em casa, e afirma o irmão como irmão, não importando a jornada...

Quem não traiu ou negou!... — fugiu, se escondeu, se omitiu, ou, simplesmente, assumiu a impotência contemplativa... Ou não quis ter que decidir...sem deixar de decidir...

Toda-via...

Entre os cristãos a “cena” de João 13 é vista como uma “lição de humildade”. É por isto que em certos ritos de culto há a cena do lava-pés...

Mas como é fácil lavar os pés dos nossos bispos e autoridades religiosas na hora em que o rito faz da cena uma obra de teatro, e com uma enorme audiência assistindo!

O difícil é lavar os pés em silêncio, sem cena, e sem ser como um rito litúrgico, mas como uma liturgia de vida e de existência...todos os dias.

É obvio que Jesus não está preocupado com os nossos pés, nem com a sujeira do chão do asfalto. O que Ele está ensinando como humildade é o serviço mútuo e constante que um irmão faz ao outro, não com água e tolhas; porém, como Ele o fez: nu, e baixado junto aos pés dos irmãos que se sujaram na jornada; visto que na Caminhada não há ninguém que não suje os pés.

Por isto, ninguém lavou os pés Dele; Ele, porém, lavou os pés de todos.

Vou andar com esta Palavra, forte, serena, consumada, e desafiadora.

“Você já está limpo, Paulo, pela Palavra que tenho falado a você!” — Ele me garante.

“Eu creio Senhor!” — é o que respondo apenas porque creio.

“Então, lave os pés aos seus irmãos!...” — Ele me incita outra vez.

Assim, noto que a questão de minha alma muda...

Pergunta: “E se não lavarem os meus pés quando eles se sujarem na Caminhada?”

Resposta: “Haverá sempre alguém para lavar os seus pés enquanto você, mesmo com os pés sujos da jornada, não deixar de lavar os pés dos irmãos”.

Então, peço perdão, pois me lembro que já estou limpo pela Palavra; e que a sujeira da jornada é apenas coisa entre os irmãos, pois, aos olhos Dele, estou limpo de antemão. E todo discípulo Dele também está!

COM A MORTE DO “PAI CRISTIANISMO”, DEUS ESTÁ ÓRFÃO

Neste inicio de século há entre os cristãos uma crescente agonia. A tão propalada Era Pós Cristã, já há algum tempo presente em localidades da Terra, hoje é uma realidade Global, mesmo nos lugares onde as mais diversas formas de Cristianismo ainda são fortes como religião.

A questão é que o Cristianismo não acabará, mas apenas perderá seu poder histórico, já desde há muito usado e abusado, sempre se servindo do nome de Deus a fim de fazer as coisas conforme as ambições dos homens exercendo o poder de tornar as coisas de seu interesse em ordem divina ou em Direito Canônico.

Na realidade o Cristianismo já nasceu sob o signo da perversão. Ele não foi fundado por Jesus, que não era idiota, mas Deus; e, portanto, jamais fundaria uma religião.

O Cristianismo é criação humana do pior tipo, fruto da mistura franksteiniana feita no laboratório dos interesses políticos terrenos do Dr. Constantino, no quarto século.

Aliás, o nome dessa religião atribuída a Jesus deveria ser “Cristantinianismo”, pois seria muito mais próximo tanto da motivação original do Imperador Romano, como também seria um nome muito mais digno e sincero para designar os interesses que de fato o Cristianismo representou na Terra nos últimos 17000 anos; ou seja: desde que nasceu no leito palaciano de Constantino, mas nunca na manjedoura de Belém.

O Cristianismo acabou por virar uma besta de muitas cabeças e chifres, onde Jesus não é e nunca foi o Cabeça. Isto porque se Deus criou o Cristianismo Histórico e o patrocinou todos esses anos, então, creiam-me, o diabo pede licença para apresentar sua alternativa: o anticristo, o qual, não poderia nascer senão nos ambientes da manjedoura de Constantino.

Enquanto isto os cristãos discutem o que fazer. Uma nova mensagem. Uma reavaliação do conceito de “Deus”. Uma releitura do Evangelho. Um novo Deus. Uma nova espiritualidade. Novos paradigmas. Novos etcs...

Tudo para salvar aquilo pelo que Jesus não morreu!

Sim, porque Jesus não deu a Sua vida para criar o Cristianismo. Jesus não morreu para salvar nenhuma religião da Terra, nem mesmo aquela que tomou Abraão como “pai”.

Jesus é Senhor e Salvador de todos os homens, não dos filhos do Cristianismo.

Se Deus tem algum interesse em religião, então, certamente, de duas, uma: ou Ele, em tendo tais estranhos interesses (próprios da mais medíocre finitude), escolheria outra religião para representa-Lo na Terra, o que seria muito estranho (e, para mim, razão de total descrença a cerca desse “Deus”); ou, então, Ele não é Ele, mas apenas uma fabricação humana, e, nesse aspecto, não haveria em minha alma qualquer estimulo a adorá-Lo.

E o Deus Verdadeiro sabe que falo sério!

De fato, ao contrário do que parece, a salvação da verdadeira fé está justamente no desaparecimento do Cristianismo como Potestade na Terra!

Enquanto o Cristianismo Histórico for o guardião da crença cristã, não haverá lugar para Jesus na “hospedaria” desse reino feito de pequenos Herodes, os quais amam tanto o seu próprio poder, que nem mesmo Jesus desperta mais interesse neles.

É por esta razão que os cristãos-de-herodes haverão de ficar perplexos ao verem que gente que segue estrelas com sinceridade, chega no lugar da adoração Dele com muito mais rapidez dos que os que discutem o “livro santo”, e não tiram a bunda do lugar a fim de irem também adorar.

Enquanto a Terra geme e se contorce, vivendo seus piores dias, os cristãos discutem se Deus muda, se sente ciúmes, se volta atrás, se se esvaziou de vez e não sabe mais voltar..., se depende de nós o entende-Lo e explicá-Lo aos habitantes do mundo, se o Cristianismo chegou ao fim, se se deve lutar pela sua preservação, e um monte de outros “ses”... a mais.

“Ri-se dele o Senhor!” — diz a Escritura acerca da triste ironia de Deus, embora, na intimidade, o que se diga seja apenas: “Jesus chorou”.

Ah, amigos! Não me chamem para discutir nada. Não há nada a ser discutido. Há apenas muita coisa a ser crida e vivida, não criada e discutida.

Sim, tem que ser criado, pois os criados obedecem!

Entretanto... há um Evangelho eterno para pregar, segundo o Apocalipse, e, quem brada pelo meio do céu anunciando tal hora é um anjo que já voa pelo ares invisíveis do planeta, clamando: “Temei a Deus e dai-lhe glória! A Ele que criou os céus, a terra, o mar, e as fontes das águas”.

Ora, a esse anjo desejo unir a minha voz, sem discutir a mensagem, sem teologizar suas palavras, sem perguntar onde, sem querer saber de nada...

Quero apenas gritar junto como anjo!

Não há tempo a perder!

Olho as discussões teológicas que me enviam pela internet e choro com a perda de tempo e energia. Isto enquanto a Terra acaba e a civilização humana corre sérios riscos...

Sim, somos como os egoístas do Titanic, capazes de brigar e matar enquanto o navio inteiro afunda.

Que tristeza! Nem mesmo o fim do mundo tem o poder de acabar com nossa enraizada babaquice!

De fato, seguindo Tiago, eu diria que quem quer que deseje uma religião, não tem que discuti-la, mas apenas praticá-la de modo simples, o que, para o apóstolo, significava visitar os órfãos e as viúvas em suas necessidades e acolher os mais fracos. Ora, nos nossos dias, além disso, certamente Tiago incluiria “preservar a Terra e toda a criação de Deus”, conforme João o faz no Apocalipse, ao dizer que o juízo do Cordeiro virá sobre os que destroem a Terra e escravizam almas humanas.

Mas não! Os caras querem é preservar “Deus”, o “Cristianismo Histórico”, as “sãs doutrinas dos “sãos”, e um monte de outras coisas.

Sim, o Grande Órfão da religião deles é Deus, o qual, sem cuidados e sem redefinições de Sua “identidade”, fica perdido no cosmos sem saber o Seu santo lugar.

Assim, os teólogos cristãos criam e afofam um leito para esse novo Deus repousar enquanto eles decidem Sua crise de identidade, a qual, não é dos teólogos — todos mais do que conscientes de quem são —, mas sim desse pobre e combalido Deus, o qual tem sido mantido vivo pela respiração boca-a-boca que Seus médicos-teólogos fazem em Seu Santo Corpo-Conceito.

Já está tudo consumado, em todas as coisas, mas os caras ainda querem acrescentar novos valores a Deus. Coisas que nem mesmo Deus conhecia.

Deus É! E quem mexer nisso está brincando com um fogo que a tudo extingue! Portanto, cuidado!

De saco cheio de tanto tempo perdido e de tanta bobagem discutida,

Jesus, chave hermeneutica para entender a Bíblia

"Cristo é o Mestre, as Escrituras são apenas o servo. A verdadeira prova a submeter todos os Livros é ver se eles operam a vontade de Cristo ou não. Nenhum Livro que não prega Cristo pode ser apostólico, muito embora sejam Pedro ou Paulo seu autor. E nenhum Livro que prega a Cristo pode deixar de ser apostólico, sejam seus autores Judas, Ananias, Pilatos ou Herodes" — Martinho Lutero

É mais simples que pensar. Basta olhar para Jesus. Veja como Ele tratou a vida, as pessoas, a religião, os políticos, os pobres, os ricos, os doentes, os parias, os segregados, os esquecidos, os seres proibidos, os publicanos, as meretrizes, os santarrões, e o que mais você quiser...

Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e Nele estão TODOS os tesouros da sabedoria e do conhecimento.

O resto, meu irmão, é invenção de quem não quer lidar com Deus, consigo mesmo e com gente e prefere lidar com letras.

A Deus/Verdade não existe como Explicação, mas tão somente como Encarnação.

A Verdade Absoluta só pode ser vivida, não pensada.

Todo pensamento acerca dela decorre da experiência; ou seja: do processo de encarnação.

Assim, para enxergar a Verdade tem-se que vê-la na Única Vida na qual ela habitou cheia de Graça, e também tem-se que vivê-la.

E o Verbo se fez carne...

Por isto é que posso discernir a Verdade em Jesus, mas ainda assim só posso discernir se eu mesmo a experimentar na vida.

A Verdade que vejo em Jesus, Encarnada Nele — eu mesmo tenho que conhecer na minha própria vida/encarnação, que é o único estado de existência que eu tive até hoje.

Quando vejo Jesus, vejo a Verdade.

Quando vivo sabendo que Ele é a Verdade, mesmo que minha existência não encarne toda a Verdade que vejo em Nele, até nos meus movimentos contra ela, eu a conheço; visto que não tenho mais como não conhecê-la, mesmo que a negasse.

Foi assim com Pedro. Ele conheceu a Verdade em Jesus, e teve que experimentá-la em si mesmo. E, provavelmente, o dia no qual ele negou Jesus, tenha sido um dia, para ele, de muito mais verdade que a noite da Transfiguração.

Assim, Jesus é a chave hermenêutica para se discernir a Palavra, mas mesmo assim, eu só a conhecerei como Verdade, se eu mesmo a provar na minha carne; e isto é o que acontece quando a gente anda no Caminho; e assim é também mesmo quando a gente tropeça.

Desse modo, a Encarnação é a chave hermenêutica, mas essa chave tem que abrir antes o meu coração. E isto só acontece no encontro entre a Verdade e a Vida. Ora, tal encontro só se dá no Caminho e no caminhar...

Jesus não fundou o Cristianismo

Jesus não fundou o Cristianismo.

O Imperador Constantino o fez.

Jesus não fundou uma Religião.

A Terceira Geração o fez.

Jesus nos chama para o Caminho, a Verdade e a Vida.

O Caminho é Ele e também passa por gente.

A Verdade é Ele, e passa pela gente, e encontra gente também fora de nós.

E a Vida é Ele, e em em-si ela é apenas nEle. Mas para todas as outras criaturas implica em relacionamento.

Portanto, quem é discípulo de Jesus é esse ser do Caminho, da Verdade e da Vida.

Não é um caminho religioso; é apenas um caminho de reconciliado com Deus, conosco mesmos, com o próximo e com a criação!

O Cristianismo é uma Religião. Assim como o Islamismo. E anda em grandes desvantagens.

Possivelmente o Cristianismo tenha se tornado a Religião menos atraente que o Ocidente e o mundo já produziram nos últimos 1700 anos — especialmente pelos “subprodutos” que ele gerou.

Honestamente, o Cristianismo é feio; eu, pelo menos, acho!

Sou discípulo de Jesus, amo a Sua Palavra, reconheço a irmandade profunda na comunhão com aqueles que discerniram o mistério de Deus em Cristo, e tenho prazer em anunciar esse Amor, bem como vivê-lo, especialmente com aqueles que também amam o mesmo Amor que a eles se revelou em Cristo.

No livro de Atos, no início, esse andar comunitário e esses que a ele pertenciam eram chamados de "os do Caminho".

Paulo diz que perseguiu "os do Caminho" e que também "perseguiu a Igreja de Deus" -- portanto, os termos são equivalentes.

E no Caminho cada um faz o seu próprio caminho pessoal, e também o faz de modo comunal e coletivo.

O discípulo é o indivíduo.

A Igreja é a comunhão dos discípulos.

Cansei. . .

Cansei! Entendo que o mundo evangélico não admite que um pastor confesse o seu cansaço. Conheço as várias passagens da Bíblia que prometem restaurar os trôpegos. Compreendo que o profeta Isaías ensinou que Deus restaura as forças dos que não tem nenhum vigor. Também estou informado de que Jesus dá alívio para os cansados. Por isso, já me preparo para as censuras dos que se escandalizarem com a minha confissão e me considerarem um derrotista.

Contudo, não consigo dissimular: eu me acho exausto.

Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação. Continuo entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus, bem como minha família e amigos.

Permaneço esperançoso. Minha fadiga nasce de outras fontes.

Canso com o discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra de Deus. Já não agüento mais que se usem versículos tirados do Antigo Testamento e que se aplicavam a Israel para vender ilusões aos que lotam as igrejas em busca de alívio. Essa possibilidade mágica de reverter uma realidade cruel me deixa arrasado porque sei que é uma propaganda enganosa.

Cansei com os programas de rádio em que os pastores não anunciam mais os conteúdos do evangelho; gastam o tempo alardeando as virtudes de suas próprias instituições. Causa tédio tomar conhecimento das infinitas campanhas e correntes de oração; todas visando exclusivamente encher os seus templos. Considero os amuletos evangélicos horríveis. Cansei de ter de explicar que há uma diferença brutal entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas.

Canso com a leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem da realidade. Sinto-me triste quando percebo que a injustiça social é vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma construção social perversa. Não consideram os séculos de preconceitos nem que existe uma economia perversa privilegiando as elites há séculos. Não agüento mais cultos de amarrar demônios ou de desfazer as maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo.

Canso com a repetição enfadonha das teologias sem criatividade nem riqueza poética. Sinto pena dos teólogos que se contentam em reproduzir o que outros escreveram há séculos. Presos às molduras de suas escolas teológicas, não conseguem admitir que haja outros ângulos de leitura das Escrituras. Convivem com uma teologia pronta. Não enxergam sua pobreza porque acreditam que basta aprofundarem um conhecimento "científico" da Bíblia e desvendarão os mistérios de Deus. A aridez fundamentalista exaure as minhas forças.

Canso com os estereótipos pentecostais. Como é doloroso observá-los: sem uma visitação nova do Espírito Santo, buscam criar ambientes espirituais com gritos e manifestações emocionais. Não há nada mais desolador que um culto pentecostal com uma coreografia preservada, mas sem vitalidade espiritual. Cansei, inclusive, de ouvir piadas contadas pelos próprios pentecostais sobre os dons espirituais.

Cansei de ouvir relatos sobre evangelistas estrangeiros! que vêm ao Brasil para soprar sobre as multidões. Fico abatido com eles porque sei que provocam que as pessoas "caiam sob o poder de Deus" para tirar fotografias ou gravar os acontecimentos e depois levantar fortunas em seus países de origem.

Canso com as perguntas que me fazem sobre a conduta cristã e o legalismo. Gente me perguntando se pode beber vinho, usar "piercing", fazer tatuagem, se tratar com acupuntura etc., etc. Canso com essa mentalidade pequena, que não sai das questiúnculas, que não concebe um exercício religioso mais nobre; que não pensa em grandes temas. Canso com gente que precisa de cabrestos, que não sabe ser livre e não consegue caminhar com princípios. Acho intolerável conviver com aqueles que se acomodam com uma existência sob o domínio da lei e não do amor.

Canso com os livros evangélicos traduzidos para o português. Não tanto pelas traduções mal feitas, tampouco pelos exemplos tirados do golfe ou do basebol, que nada têm a ver com a nossa realidade. Canso com os pacotes prontos e com o pragmatismo. Já não agüento mais livros com dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa. Não consigo entender como uma igreja tão vibrante como a brasileira precisa copiar os exemplos lá do norte, onde a abundância é tanta que os profetas denunciam o pecado da complacência entre os crentes. Cansei de ter de opinar se concordo ou não com um novo modelo de crescimento de igreja copiado e que vem sendo adotado no Brasil.

Canso com as vaidades religiosas. É fatigante observar os líderes que adoram cargos, posições e títulos. Desdenho os conchavos políticos que possibilitam eleições para os altos escalões denominacionais. Cansei com as vaidades acadêmicas e com os mestrados e doutorados que apenas enriquecem os currículos e geram uma soberba tola. Não suporto ouvir que mais um se auto-intitulou apóstolo.

Pode ser que outros estejam tão cansados quanto eu. Se é o seu caso, convido-o então a mudar a sua agenda; romper com as estruturas religiosas que sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Ainda há tempo de salvar a nossa.

CAIM E ABEL FORAM AO TEMPLO ORAR...

Toda perspectiva de relacionamento com Deus proposta e praticada pelo homem, parte do pressuposto de que é pelo mérito que o homem se achega a Deus.

A diferença entre Caim e Abel reside aí.

Caim representa a tentativa humana de cultuar a Deus pelo mérito do trabalho e da estética; pois, essa era a sua justiça. Assim, ele trouxe da terra os frutos mais belos. Abel, todavia, das primícias do rebanho que cuidava, trouxe sua oferta de declaração de que sem derramamento de sangue inocente não há remissão de pecados.

Em Caim o homem oferece o seu melhor!

Em Abel o melhor que o homem tem a oferecer é a confissão de sua culpa com o rogo de remissão de pecados.

Acontece que inevitavelmente a busca de relação com Deus que tem nas motivações de Caim a sua própria, acaba por gerar comparação, inveja e espírito homicida. Por isso Caim matou seu irmão Abel.

Assim se sabe que toda busca espiritual baseada no mérito, no nível relacional gera competição, disputa, inveja e, por fim, homicídio.

Se o homem acreditar que é pela estética, pela lei, pelos modos exteriores, ou pela força do trabalho que ele agrada a Deus, sempre que ele vir alguém que é agradável a Deus apenas por andar pela fé, imediatamente seu coração ficará possuído pelo espírito de Caim. E o que daí decorre a História da Religião explica muito bem.

Isto porque não há como a Religião [e todas são criação humana] não gerar comparação!

Sim! Como o critério dela é estético [ou seja: visível e aparente] torna-se impossível evitar o espírito de comparação. Comparação entre os devotos de tal espírito [assim, tipo: dentro do mesmo grupo]; e comparação entre e contra os que, mesmo sendo do mesmo espírito de Caim, expressam isto por outras mídias, modos, flâmulas e bandeiras...; ou seja: mediante modo religioso diferente.

Exemplo: Cristianismo versus Islamismo!

Somente a fé conforme Abel, cujo critério é a fé na Graça de Deus, e que opera na confissão da impossibilidade humana de agradar a Deus por si mesmo, é que pode fazer um homem adorar a Deus ao lado de outro homem sem que entre eles se estabeleça o espírito de comparação.

Caim e Abel subiram ao templo para adorar.

Caim dizia: “Graças te dou, ó Deus, porque não sou como Abel e os demais homens; dou o dízimo de tudo o que tiro da terra; e esta é minha justiça”.

Abel, porém, dizia ao derramar o sangue de cordeiro imolado: “Ó Deus! Tem misericórdia de mim pecador!”.

Foi por esta razão que Abel voltou justificado para sua casa, enquanto Caim elaborava a sua morte.

Para pensar e decidir:

Em que espírito você anda? No de Caim ou no de Abel?

Nele, que nos remiu pelo Seu Sangue e por Sua inteira Graça.

ANSIEDADE...

A ansiedade é uma Droga. Uma das piores que existem. Foi por esta razão que Jesus dedicou tanta atenção a ela.


Mateus 6 expressa bem a preocupação de Jesus com o poder adoecedor da ansiedade.

A ansiedade essencial é fruto da desconfiança básica de todo homem.

O que se crê é que ele, o homem, é o responsável pela sua própria vida e saúde, enquanto é ameaçado de todos os lados, tanto pela competição horizontal, como também pelo sentimento de abandono em relação a Deus.

Daqui nascem todos os males!

Então, entra em campo o time da ansiedade, com todos os seus infindos craques de angustia e surtos de insegurança e carência; e, paradoxalmente, tomado de ambição e desejos fantasiosos de segurança e poder.

Ansiedade gera neurose assim como também produz uma mente paranóica.

A pessoa cai no “responsabilismo neurótico”; ou, então, entra no estado de desconfiança essencial [paranóia], amedrontado em relação ao que possui, e que pode lhe ser tirado, tanto por homens, como por doenças ou pragas invisíveis.

Ora, essas coisas nascem da ansiedade assim como a retro-alimentam.

Então a ansiedade-neurótico-paranóica gera a Síndrome do Pânico, a Hipocondria, a Depressão e os surtos de perseguição ou de angustia e medo de morrer.

Na base de quase todas as enfermidades da mente está a desconfiança essencial.

Ora, a desconfiança essencial é a primeira filha da ansiedade do mesmo modo em que é a sua mãe.

Sim! Pois o ansioso cai na desconfiança essencial, e a insegurança essencial é o que gera ansiedade. É o ciclo da morte...

A cura para esse mal é a fé.

Por isso Jesus apenas mandou confiar no amor do Pai. E mostrou como é idiota pensar diferente. Afinal, pergunta Ele, quem pode o quê?

E mais do que confiar, Jesus disse que a cura total dessa ansiedade essencial vem de se buscar em primeiro lugar o reino de Deus em nós.

O reino de Deus em nós!...

O reino de Deus em nós é construído do material da confiança que o coração possua quanto ao amor de Deus por nós.

O reino cresce com amor!...

Sim! Ele só se dilata em nós pelo amor e pela confiança no amor de Deus!...

Quem crê que é amado pelo Amado, esse anda sem ansiedades...

Ora, isto muda até mesmo a configuração de nosso cérebro de suas produções químicas...

Muda tudo!

Você quer?

Jesus diria: “Vem e vê!” —; afinal, esse cardápio não é para ser conhecido, é para ser comido como vida — pela fé!

Nele, em Quem tudo já está Resolvido.