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Herói sem medalha

Vivemos uma fase de modismo gospel, isso é evidente. Uma coisa comum é ter como referências “grandes” homens e mulheres que pelo seu poder de persuasão atraem a muitos. Alguns se destacam pela eloqüência, outros pela tamanha habilidade de “liderança”. São os super-heróis gospel.

Aqueles que já não parecem mais seres humanos, que já avançaram o degrau da infabilidade e estão acima dos “simples” crentes.

Entretanto, em alguns lugares que passei nesse Brasil, conheci muitos “heróis”. Heróis despidos de roupas de grife, que não gozavam de conforto ou posses. Homens e mulheres que não tiveram suas vidas por preciosas e abraçaram o chamado de Cristo, o chamado para servir.

Heróis que empunham com arma o verdadeiro evangelho, que transforma o homem pecador.

Heróis que vivem no anonimato, em meio a comunidades ribeirinhas, aldeias indígenas, e povos necessitados.

Heróis que nunca serão conhecidos pelo “movimento gospel”, nunca estamparão a capa de uma revista, nunca saberão o que é ser aplaudido por multidões. Seu slogan é “servir”. São realmente verdadeiros discípulos de seu mestre, que ensinou a não buscar fama ou riqueza, mas viver o amor.

Esses verdadeiros heróis nunca aceitaram serem chamados assim, porque sabem que não possuem força ou brilho próprio. Acreditam que “tudo podem, naquele que os fortalece”. Seu alvo não é a glória humana. Mas que Cristo resplandeça por intermédio deles, onde o amor de Deus é revelado.
"Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas". (Fl 3:20 e 21)

“Sexo é mais que a penetração e as trocas físicas” afirma Caio Fábio

Em uma entrevista dada a um fanzine em 2003 o reverendo Caio Fábio fala sobre sexualidade, critica a forma como a Igreja trata esse assunto e revela momentos de sua vida íntima.

Confira a entrevista:

1) Esta edição do Fanzine fala sobre sexo, então é inevitável fazer algumas perguntas. Qual a função do sexo? E qual o lugar que ele deve ocupar em nossas vidas, e que importância ele tem pra nós?

R: Sexo é a expressão da vida como prazer e sabor. É o ápice da capacidade de sentir, trocar e experimentar todos os sentidos em plenitude. Sexo é bem mais que as pessoas imaginam. É mais que a penetração e as trocas físicas. Pouca gente sabe o que é a experiência sexual em plenitude. A objetização do ato quase sempre impede a viagem ao êxtase e à plenitude do prazer. O mergulho nas águas profundas dessa experiência demanda mais do que corpo. Demanda alma e espírito desinibidos e livres.

Sem profunda intimidade e espiritualidade, nunca haverá êxtase no sexo., mas apenas, no máximo, orgasmo.

O sexo mexe com a essência humana, por isso sua objetização nos dissolve e sua supressão nos achata.

Sexo é parte essencial da vida e do crescimento humano de qualquer pessoa saudável. As exceções existem. São os seres celibatários. Tais exceções, não tendo sido estabelecidas pela repressão, devem ser tratadas como vocações a serem respeitadas, desde que haja voluntariedade e espontaneidade.

2) O senhor foi um dos primeiros evangélicos a falar sobre sexo em seus livros, e com uma linguagem acessível e próxima dos jovens cristãos, e sem ser doutrinária. A igreja evangélica tem se mantido como uma instituição extremamente repressora e vem colhendo muitos frutos contrários aos esperados. Por que os líderes evangélicos (você também se encaixa nisso), não contam suas experiências, percalços e frustrações na adolescência e juventude, e contextualizam a função do sexo para os nossos dias, ao invés de recorrerem a correlações diretas com passagens bíblicas que diziam respeito a sociedade judaica de no mínimo 20 séculos atrás?

R: Meu primeiro livro sobre o tema foi infantil. Foi escrito aos 22 anos de idade e após o “trauma da conversão”. Como “antes” eu poderia ser incluído na categoria dos “dissolutos”—minha atividade sexual começou muito precocemente—, com a conversão fiz um movimento inconscientemente pendular. Fui para o pólo oposto. Então saiu um livro meu que eu não recomendo para ninguém, chamado “Abrindo o Jogo Sobre o Namoro”. Aquele é um livro que deve ser lido ao contrário: quase tudo o que digo que não pode é justamente aquilo que a “conversão” fizera supressão em mim. Assim, minhas “proibições pessoais” viraram cartilha. Em três anos no máximo eu estava querendo tirar o livro do “mercado”. Ele não condizia nem com a Bíblia e nem a condição humana. Depois disso, entretanto, fiz palestras que viraram livros, e que são infinitamente mais próximos do mundo real. Mas tudo foi um processo. Sexo é tema de neurose no ocidente, e na comunidade evangélica ele atinge o clímax de sua expressão como enfermidade.

Eu perdi a virgindade com cinco anos de idade. Minha babá de 13 anos fez o serviço. Daí eu ter crescido sem nunca dissociar a mim mesmo da experiência sexual. O que acontece aos meninos aí pelos 15 ou 16 anos já estava instalado em mim desde sempre. O mais está contado em meu livro “Confissões de um Pastor”. Não posso ser acusado de “falta de contextualização” na minha abordagem sobre sexo e sexualidade desde os 25 anos de idade. E, no meu site, o www.caiofabio.net, tais expressões de “contextualização” atingiram sua plenitude até aqui. Quanto aos “frutos” que a igreja evangélica está colhendo, só posso dizer que são coerentes com a lógica da doença que nela se instalou: quanto mais reprimido for o consciente, mais tarado e adoecido será o inconsciente. A igreja evangélica é o “ente social” sexualmente mais enfermo que eu conheço no Brasil.

3) Promiscuidade sexual, relações homossexuais, com animais, objetos, masturbação, enfim; até onde o uso do corpo é normal e sadio, e segundo o padrão de quem?

R: Sobre esses temas eu recomendo uma visita ao meu site, especialmente à seção de Cartas. Lá trato de tudo, e do mais aberto possível, respeitando os limites da mídia em questão, a Internet. Lá só não publico minhas respostas às questões mais cruentas, como é o caso, por exemplo, de pessoas com a fixação em relacionamento com animais. E também poupo as pessoas das respostas sobre os “fetiches” sexuais.

Os limites para o corpo estão estabelecidos não nele mesmo, mas na alma. O corpo aceita quase tudo. A alma não.

Desde o Éden que a mente humana cogita a possibilidade de encontro com animais. Foi Adão quem percebeu a “impossibilidade” de que isso gerasse algo sadio, e também à sua própria altura—conforme o Gênesis, e antes mesmo da Queda.

É interessante que na narrativa bíblica da criação,a mulher vem como resultado do homem não ter encontrado um par que lhe servisse. E não encontrou, sobretudo, porque no sexo há mais que possibilidade de acoplagem de pedaços do corpo. Tem que haver encontro de seres, de almas, de imaterialidades. Violar esse valor trás dês-construção para qualquer alma humana. Pecado é escolher, conscientemente, a doença como modo de viver.

Mas quando mecanismos de “bestialidade”, por exemplo, se instalam numa pessoa, nada ajudará tal individuo a sair desse buraco se não for justamente o oposto dele; ou seja: a total dês-tensão, que é o que desmobiliza a compulsão, a tara. Tenho casos de pessoas que buscavam animais para ter relações sexuais—gente de igreja e líderes—, e que só ficaram livres da compulsão depois que foram ajudadas a ver que aquilo não era moral, era psicológico. E que o “pecado” não é contra Deus, é contra elas mesmas.

A noção de pecado só ajuda um ser humano em duas perspectivas: quando ele consegue enxergar aquilo contra ele mesmo e como doença; e, sobretudo, quando ele fica sabendo que pode ter paz para caminhar até entrar na Paz em relação à questão. Ou seja: quando você tira a Lei e apresenta a Graça à pessoa, e ela descansa. Ora, tal descanso não dilui o ser, mas ao contrario, o fortalece para tratar a si mesmo sem os rigores da condenação do inferno, que quando presentes drenam toda sua energia para a construção do que seja bom.

Só então o indivíduo caminha para a pacificação e para a saúde. Nunca a repressão fará uma alma melhor. Somente a consciência descansada promove essa elevação.

4) As campanhas falam para usarmos camisinha , para evitarmos as dst´s. Até onde essas campanhas seriam verdadeiras, e o que deveria ser feito sobre o assunto?


R: As campanhas são importantes. A “igreja” não fala do assunto porque parte de uma lógica farisaica. Ele entende que falar significa estimular. Então, a fim de manter o “moralismo” não ajuda a impedir males bem maiores, e que atentam contra a vida. É o tal do “coem o mosquito e engolem o camelo”, acerca do qual Jesus falou. Nosso mundo não é ideal. É apenas real. E enquanto a “igreja” não parar de falar de um mundo que não existe na terra, ela vai estar apenas sendo a mais terrível e desumana participante dos processos que trabalham contra a realidade e a vida. A omissão da “igreja”, sempre presa à sua própria imagem, é o pior ídolo que é cultuado dentro dela mesma. A “igreja” cultua a si mesma: sua imagem e sua própria arrogância como “representante” de Deus. Jesus é apenas o pretexto para o culto de si mesma e para o rigor ascético da “igreja”. Ele diz glorificar a Jesus, mas não se dá conta de Ele é um estranho para ela, e que se entrasse porta à dentro sem dizer que era Ele mesmo, seria expulso logo a seguir.

5) Muitos cristãos defendem a teoria de que todo casal deve gerar pelo menos um filho para multiplicação da descendência. Essa interpretação das Escrituras já não estaria ultrapassada para os nossos dias, principalmente pela superpovoação do planeta e pela condição sócio-econômica de muitos casais; sem falar na miséria? Não seria muito mais justo a adoção, já que a descendência hoje não implica ter o mesmo sangue?

R: Ora, essa é uma idiotice “católica”. Nesse sentido os “evangélicos” são menos neuróticos. Pessoalmente esta sempre foi a minha tese. Gênesis 2: 24-25 nos diz que homem e mulher deixam pai e mãe, se unem, e tornam-se uma só carne. Isto é casamento. O “crescei e multiplicai” foi falado numa terra onde não havia humanos. Nos dias de hoje seria: “Gerai responsavelmente, e adotai generosamente”. Eu tenho uma filha adotada. E sei que não existe diferença. O sangue é menos que um detalhe.

6) O senhor teve um caso extraconjugal que lhe rendeu a exclusão do rol dos grandes líderes evangélicos. Eles não mereciam você e escolheram você como um bode expiatório, ou você se entregou para o sacrifício?

R: Eu não tive um caso extraconjugal. Tive um relacionamento conjugal. Meu “casamento formal”, aos 19 anos, foi muito mais um caso “extra-conjugal” que o “acontecido”, e que “escandalizou” a tantos. Veja como uma coisa é a “aparência” e outra é a “verdade do coração”. Quanto ao “bode” ou ao “cordeiro”—qualquer deles vão para o “sacrifício”. Creio que fui um pouco de ambos.

De um lado o “bode” carregou a projeção das doenças e sombras de uma comunidade que fala de luz, mas prefere as trevas; fala de verdade, mas prefere a mentira; fala, mas vive de “imagem”.

De outro lado, houve a opção de não deixar a minha vida presa ao circo das imagens, ao presépio das falsidades e das farsas. Ninguém me flagrou fazendo nada. Eu contei. E, pela misericórdia de Deus, sobrevivi até aqui às conseqüências. Mas não há nenhuma “messianidade” no meu ato. O fiz por mim mesmo. Não pedia a Deus que aquele fosse um ato “vicário”, e nem tampouco o fiz num acesso de altruísmo, visando abrir caminho para milhões que vivem no jugo da mentira. O que vem acontecendo depois, com milhares e milhares de pessoas me procurando para “abrirem” o coração, é pura continuidade da Graça de Deus. Mas não foi premeditado por mim. Quanto ao “rol dos grandes lideres”, nunca estive lá por conta própria. Fui e sou um caso de tirania da Graça de Deus. Passei a vida falando as coisas que aqui digo, e quanto mais as digo, as faço e as falo, mas sou ouvido. Até os meus “inimigos” sabem que o que estou dizendo corresponde à realidade. Eles não gostam apenas porque fazem parte dessa “coisa”, não porque possam contestá-la, ou dizer que estou exagerando.

7) Depois de ter seu nome envolvido num escândalo político que denegriu sua imagem, qual a lição que você tirou de tudo isso? E o que você diria pra quem está começando um trabalho social hoje e se vê obrigado a lidar com burocracia e política?

R: Nunca confie em nenhum político. Nem nos melhores. E, especialmente, nos mais ideológicos. Esses são os que mais cultuam as suas próprias imagens, e o deus deles pode se camuflar com as roupagens da “ética”; mas, ainda assim, não passa de culto à imagem. Nesse caso sim, mesmo reconhecendo que um homem com minha consciência não poderia ter si permitido ir até onde me foi insistentemente solicitado, sei que a responsabilidade pelo “desfecho” foi de “alguns amigos”, políticos, e que me atormentaram durante meses insistindo em que eu “apurasse” para eles a história. No final fiquei sozinho, e tenho poupado o nome deles até hoje. E por que? Porque aprendi que antes de ser cristão o sujeito tem que aprender a ser homem, e também que cada um faça na vida as suas próprias retratações. As minhas estão feitas. As deles, Deus sabe, ainda estão todas por serem feitas.

Valeu pela entrevista e que Deus continue te abençoando. Fale o que quiser.


R: Gostaria que quem quer que deseje aprofundar esses temas e muitos outros, visitasse o meu site www.caiofabio.net. Temos tido um quantidade assombrosa e espontânea de visitações, e há um processo novo sendo deflagrado à partir dele.

Sugestão ao Silas Malafaia

Um Sábado pela manhã, assistia ao programa do Silas Malafaia pela RedeTV. Lá pelas tantas, ele começou a fazer contas dos dias úteis de fevereiro, tirando sábados, domingos, feriado e dias enforcados. Enfim, sobraram quinze dias úteis. Fiquei curioso sobre o porque das contas, mas logo ele desfez minha curiosidade.

Tendo o mês menos dias úteis, os crentes teriam menos dias para depositar sua oferta. E ele teria que pagar, nos próximos dias, milhões pelos programas de televendas que mantém. Não disse exatamente quanto precisava, mas disse que faltavam milhões para pagar a fatura. E confessou, expressando grande preocupação, que não tinha de onde tirar o dinheiro.

Sinceramente, eu não poderia ofertar (jamais o faria se pudesse). Mas fiquei pensando numa forma de ajudá-lo nessa situação. Então lembrei que a pouco tempo circulou uma notícia de que ele havia comprado um jatinho, que custou, vejam só, milhões. E minha sugestão, caso os milhões ainda não tenham entrado (carnaval, sabe como é, os crentes vão para retiros e não tem caixa eletrônico lá) minha idéia é: venda o jatinho.

John Piper e Brian McLaren discutem se Deus tem culpa no terremoto do Japão

Assim como no Brasil pastores americanos divergem sobre a soberania de Deus em meio a essa catástrofe

Não foi só no Brasil que a catástrofe que atingiu o Japão gerou controvérsia entre pastores. Nos Estados Unidos o jornal  The Christian Post. publica o pensamento de dois grandes líderes sobre o acontecido. De um lado John Piper diz que Deus causou o terremoto no Japão no dia 11 de março, do outro lado Brian McLaren que não acredita que o Criador esteja por trás da morte de mais de 10 mil pessoas.

Em seu blog Piper escreveu que “Nenhum terremoto na Bíblia é atribuído a Satanás … Terremotos provêm, em última análise de Deus. A natureza não tem vontade própria e Deus não dá a Satanás liberdade. A destruição que os demônios causam, eles causam…. com a permissão de Deus. E Deus tem razões para que Ele permita. Suas permissões são propósitos.”

No texto escrito na semana passada o pastor faz uma lista com possíveis propósitos que Deus teria para permitir tamanha devastação em um país: • “Os terremotos do fim dos tempos” são entendidos como as chamadas para os incrédulos ao arrependimento e como uma chamada de despertar ao mundo que Jesus Cristo está vindo e o reino de Deus vai nascer;

• “A tomada unilateral de Deus de milhares de vidas é uma declaração forte de que ‘O Senhor deu e o Senhor o tomou’ (Jó 1:21)”- em outras palavras, a vida é um empréstimo de Deus;

• O poderoso terremoto revela a “magnificência temerosa de Deus” – “a maior parte do mundo não teme ao Senhor e, portanto, carece de sabedoria;”

• Quando a terra treme, há um sentimento de que não há lugar para fugir. Para onde é que você se volta? Para Deus.

Para aqueles que buscam “respostas fáceis” e que “de certo pendor teológico,” McLaren não tem dúvidas de que o que Piper apresentou irá satisfazê-los. Mas não concorda com as respostas que Piper tem sobre o acontecimento que chocou o mundo. Ele acredita que mesmo as melhores respostas para o problema da dor são “muito insatisfatórias.”

O pastor resolveu escrever um texto em reposta ao post de Piper dizendo:

“Deus não é o tipo de rei interessado ​​no controle absoluto. Deus não iria criar esse tipo de relação com o universo, porque Deus não é esse tipo de Deus,” afirma ele. “Em vez disso, Deus cria espaço e tempo para um universo ser, tornar-se, a desdobrar-se em sua própria história, sua própria evolução. O reinado de Deus é compromisso absoluto de estar conosco, aconteça o que acontecer, sempre trabalhando para trazer o bem do mal, a cura do sofrimento, a reconciliação do conflito, e a esperança do desespero.”

Assim como Ricardo Gondim, McLaren coloca a culpa no pensamento calvinista que prega Deus como soberano. Para ele a soberania de Deus não é totalitária. O pastor também não acredita que o sofrimento dos japoneses é algo que tenhamos que aceitar como resposta, mas sim que nesses momentos Deus está presente chorando conosco.

“Como o Dr. Piper, eu vejo uma certa semelhança entre Cristo na cruz e as pessoas que sofrem no Japão. Mas não é que Deus está tomando as vidas de forma unilateral, em ambos os casos: é que Deus, encarnado em Jesus, está presente no sofrimento e no mal da vida, sentindo a nossa dor, chorando conosco em solidariedade, partilhando nossas perdas e levando nossas cicatrizes, movendo-se com e em nós para fornecer empatia e ajuda e muito, muito mais. Isso não é uma resposta no sentido de uma explicação, eu suponho, mas é algo precioso: ele é o reino que não pode ser abalado.”

Eita fogo! Cover da Cassiane faz clip bem humorado sobre o circo non sense pentecostal

Cover da Cassiane faz clip bem humorado sobre o circo non sense que está virando a igreja pentecostal satirizando cantora gospel:

Profeteiros de Araque: Castigo de Deus sobre a nação

Eu sou o profeta, pra ficar mais claro, EU SOU O VERDADEIRO PROFETA DA NAÇÃO. Eu prego o verdadeiro evangelho, o resto é conversa furada. Eu coloco sobre você a minha unção, você penteará seus cabelos com meu pente ungido e abençoado, que elimina caspa e mata até piolhos e outras coisas do gênero. Eu dou a você a garrafa com a minha unção. Você colocará todos os seus problemas dentro do caldeirão da benção, e cada vez que EU mexer, seus problemas começarão a ser extirpados, destruidos e lançados no inferno. E caso sobre algum problema, EU tenho a marreta de fogo, e dela não há mal que resista, pois, ela esmaga tudo, venha e prove a marreta de fogo. E caso queira receber mais bençãos passe pelo tapetão de fogo, pela nuvem de fumaça da benção. Você não nasceu para ser pobre, ficar doente, não possuir carro, pois você é filho (a) do rei, se tiver sede venha a mim e beba da água ungida. EU SOU O PROFETA DA NAÇÃO e prego o verdadeiro evangelho, qualquer duvida me procure!

Bom, antes que você pense que eu sou o "TAL", que fique bem claro, que, "EU NÃO SOU". Pois bem, é lamentavel saber que as afirmativas acima são apresentadas como sendo o EVANGELHO DE JESUS CRISTO.

Em seu sermão O Sistema da Graça sobre Jeremias 6:14 ("Curam Superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: paz, paz , quando não há paz"), George Whitefield disse:

"Do mesmo modo que Deus não pode conceder maior benção a uma nação ou a um povo do que dar-lhe ministros fieis, sinceros e retos, a maior maldição que Deus poderia mandar para um povo seria dar-lhe guias cegos, impenitentes, carnais, mornos e incapazes. Todavia, em todas as épocas, tem havido muitos lobos em vestes de carneiros...que profetizaram palavras mais suaves do que as permitidas por Deus."

Infelizmente, é isso o que o povo deseja.

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?

E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
Mt 7.21-23

Que Deus nos conceda misericórdia e graça, para não sermos seduzidos pela tentação de ser o " EU SOU O VERDADEIRO PROFETA DA NAÇÃO."

O bizarro mundo do neopentecostalismo!

Volta e meia escuto pessoas dizendo que estão experimentando um avivamento em suas igrejas. Segundo estes, os sinais que confirmam o derramamento do Espírito Santo são sobrenaturais, como sapateado, profecias, revelações, dentes de ouro, e muito mais. Infelizmente em nome de uma espiritualidade saudável muitos têm cometido verdadeiras aberrações. Sei da história de gente que urinou nos quatros cantos da cidade, derramou de um helicóptero óleo ungido em uma favela do Rio de Janeiro, fez voto de nazireu raspando a cabeça, enterrou bíblias nos extremos do Brasil, além de cometer inúmeros atos de loucura espiritual.

A igreja de Jesus não é um circo. Chega de ouvirmos absurdos como os ensinados por falsos profetas que ao longo dos anos tem propagado doutrinas que se contrapõem em muito a ortodoxia cristã.

Confesso que estou cansado disso. Não me interessa as elucubrações nem tampouco as viagens esquizofrênicas daqueles que comecializam a fé, a Palavra de Deus me basta!

Fala sério! falta-me palavras para retratar minha indignação! O que fizeram do cristianismo? Que evangelho louco é esse? Ora, este não é, não foi e nunca será o Evangelho do meu Senhor.

Diante do exposto acredito piamente que os conceitos pregados pelos reformadores precisam ser resgatados e proclamados a quantos pudermos, até porque, somente assim, poderemos novamente sair deste momento preocupante e patológico da Igreja evangélica.

Uma nova reforma já!

Um deus EMO

Os EMOS são pessoas sentimentais ao extremo. Por exemplo, se você discutir com uma pessoa e um EMO ouvir, ele vai começar a chorar e se perguntar em voz alta desesperado porque o mundo é tão violento.

Pois é, as vezes eu acho que o pessoal da teologia relacional acredita num Deus emo, até porque, para eles, Deus pode ser surpreendido por catástrofes naturais, levando-o a um profundo estado de desespero. Fico imaginando a TRINDADE santa conversando a respeito de uma tragédia natural:

Pai: - Filho, aconteceu mais uma catástrofe.

Filho ( chorando ) - Aonde? Como foi isso?

Pai: - Ainda não sei. Fui surpreendido! Espirito Santo, você tem alguma notícia?

Espírito Santo: - Ainda não!

Todos (chorando) como isso foi acontecer?

As Escrituras Sagradas em momento algum nos mostram um Deus que possa ser surpreendido. As tragédias da vida não fogem a onisciência do Criador. Os desastres naturais, não podem em hipótese alguma surpreender ao Todo-Poderoso. Como Senhor, ele rege os acontecimentos, fazendo dos dramas da existência um profícuo instrumento de amplificação, cujo propósito é falar ao coração dos homens sobre a brevidade da vida e a sandice de viver sem Cristo.

Ora, a visão de Deus reinando de seu trono é repetida nas Escrituras inúmeras vezes (I Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2). Na verdade, os muitos textos bíblicos possuem a função de nos lembrar em termos explícitos, que o SENHOR reina como rei, exercendo o seu domínio sobre grandes e pequenos. O senhorio de Deus é total e nem mesmo o diabo pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos.

Tenho plena convicção de que o meu Redentor governa soberanamente. Do Gênesis ao Apocalipse, Ele se revela como o sustentador do universo. Acreditar nesta verdade me proporciona a certeza de que absolutamente nada foge ao seu conhecimento. Ele é o único e Soberano Senhor!

RECEBA ESTE SOCO NO MEIO DA CARA COM TODO AMOR!



As pessoas mais significativas deste mundo em geral são as que menos teriam razões para justificar seus feitos, atitudes, realizações e conquistas.

Muitas vezes são órfãos, seres rejeitados, abusados, limitados, doentes, em dor constante...; sem meios, não entendidos, designados para funções menores pela condição que tenham; seja física, mental, psicológica, social, econômica, racial, religiosa, política, étnica, etc.

Enquanto isto a maioria, com tudo em cima, se queixa de tudo; e não tendo do que resmungar na sua própria existência, xingam a vida em razão dos outros, dos que sofrem...

Há ainda os que falam palavrões contra a existência porque não tendo do que queixar-se, queixam-se de que a vida seja muito chata...

O fato que uma boa cura para esse monte de chorões sem causa, para essa miríade de deprimidos em busca de uma razão para a depressão, e dessa legião de murmuradores crônicos, ou até dos “Emo” que se reúnem para chorar... — é dar a eles umas férias no Vale do Jequitinhonha ou até em um campo de refugiados na África, quando, milagrosamente, ficariam curados de toda depressão e surtos de xingamentos existenciais na hora...

A maioria está prostrada por pura frescura!

Só mesmo fazendo a vida ficar definitivamente ruim para ver se tais pessoas realizam o fato de que a ingratidão delas pára as suas vidas; e que faz com que assisti-las seja insuportável.

Dor, queda, tropeço, dificuldade, limitações, inferioridades, impotências, acidentes, calamidades, tristezas, perdas, e tudo o mais, todo mundo tem.

O vídeo acima é um soco no meio do nariz aquilino dos raivosos contra a vida apenas porque têm tudo...

Não admitem que eles é que são umas drogas de gente sem vontade de viver e de servir.

No fim cumpre-se o velho adágio que dizia:

Quem não vive para servir não serve para viver!

Espero que você assista o vídeo e se enxergue!

Réplica do Templo de Salomão no Brasil é vista como uma gozação

O Instituto do Templo de Jerusalém disse que o plano da Igreja Universal de construir uma réplica monstruosa do Templo de Salomão que custará aproximadamente R$ 360 milhões está sendo “para sua própria gloria.”


                                                     Bispo Edir Macedo
 
A Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo controverso Bispo Edir Macedo, anunciou seus planos de construir uma réplica gigante do Templo de Salomão. A estimativa de custo é de R$360 milhões, 55 metros de altura (18 andares), e com lugar para 10. 000 pessoas. O plano também conta com um estacionamento para 1.000 carros, estúdios de TV e rádio, e salas com espaço para 1.300 alunos.

“Vai ser sensacional”, disse Macedo, “ Será lindo, lindo, lindo- a coisa mais bonita de todas. O lado de fora será exatamente igual o que foi construído em Jerusalém”.

O Instituto do Templo em Jerusalém vê isso com outros olhos, para eles é “um ato de arrogância voltado para sua própria gloria. Esse plano é uma gozação que vai diretamente contra tudo aquilo que o Templo Santo de Jerusalém representa.”

A Igreja Universal já gastou em torno de R$ 14,4 milhões para importar pedras deIsrael. De acordo com o jornal britânico, The Guardian, o templo será inspirado no Templo do Rei Salomão e contará uma replica da Arca da Aliança no centro do santuário.

O Rabino Chaim Richman do Instituto do Templo escreve, “Nós somos hoje testemunhas de um fenômeno que tenta tirar a legitimidade da relação de Israelcom Jerusalém. Esse plano de construir uma mega igreja representa o próximo passo de tirar toda essa legitimidade de Jerusalém.”.

“A Bíblia ensina que a essência de Jerusalém é a presença de Deus”, disse o Rabino Richman, que continua citando uma profecia do livro de Isaias 2:2 : ”Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimos dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém.”

“A mega igreja planejada pelo Bispo Macedo”, diz o Rabino Richamn, “é uma usurpação e um abuso ao espaço sagrado e ao conceito de Templo Santo que é representado na Bíblia, e também é uma brusca forma de se apropriar de valores sagrados do Judaísmo. A Divina Presença de Deus não pode ser copiada ou simplesmente usurpada e transportada para outro lugar. Isso não é nada mais que uma tentativa sínica e manipuladora da Igreja Universal do Reino de Deus de encaixar a mensagem universal da Bíblia em sua própria agenda.”

                                                    Templo de Salomão

O Instituto do Templo, uma organização religiosa e educacional sem fins lucrativos, é dedicada para cuidar de todos os aspectos dos mandamentos Bíblicos sobre a construção do Templo Santo de Deus no Monte Moriah em Jerusalém. Seu maior foco e esforço é reconstruir o Templo Santo em Jerusalém.

Em 1992, Bispo Macedo ficou onze dias preso por fraude. No ano passado, um processo de São Paulo alegou que Macedo e outro pastor sênior embolsaram bilhões de doações em dólares e usaram o dinheiro para comprar propriedades e carros. Macedo, um defensor da teologia da prosperidade e dono de um jato particular de R$81 milhões, negou as acusações.

A replica do Templo de Salomão, feita em verdadeiro estilo faraônico para engrandecer e glorificar a Igreja Universal e seu dono, é um símbolo dos sacrifícios de centenas de milhares de pessoas desesperadas por um milagre. Jesus disse:

“Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.” (Mateus 12:7 ACF)

A Igreja Universal, que exige tantos sacrifícos dos membros, não tem nenhuma misericórdia dos bebês em gestação. Tanto o Bispo Macedo quanto sua TV Record têm condenado esses inocentes ao assassinato.

Maçonaria dentro de Igrejas Evangélicas. Batista e Presbiteriana são as preferidas

Ela costuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nos séculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espécie de panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, a maçonaria é normalmente repudiada pelos evangélicos.

Contudo, é impossível negar que a história maçônica caminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidade foram o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e Jean Desaguliers, um cristão francês.

Devido às suas crenças, eles naturalmente introduziram princípios religiosos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava: a filantropia. O movimento rapidamente encontrou espaço para crescer em nações de tradição protestante, como o Reino Unido e a Alemanha, e mais tarde nos Estados Unidos, com a colonização britânica. Essa relação, contudo, jamais foi escancarada. Muito pelo contrário – para a maior parte dos evangélicos, a maçonaria é vista como uma entidade esotérica, idólatra e carregada de simbologias pagãs.

Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonaria em todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspecto enigmático. Não-iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandade assumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a uma antiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom? Na intenção de manter fidelidade à irmandade que abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelo silêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocado rebuliço.

A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro, vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estuda até uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargo eclesiástico.

Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda o assunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveram ligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituição contraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador, conforme as Escrituras”. Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentes serviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológico e bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristão evangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: uma doutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.”

Al Capones evangélicos

Houve um tempo em que Al Capone controlava toda a cidade de Chicago. O notório gangster da década de 1920 subornou o prefeito, comprou a polícia e, como um rei, presidiu um império de cassinos, redes de contrabando e botecos em pleno vigor da Lei Seca. Ele se esquivou das balas por muitos anos e viveu acima da lei – ganhando assim a reputação de “intocável” porque ninguém podia levá-lo à justiça.

Antes que Capone fosse finalmente preso em 1932, ele justificou seus crimes dizendo: “Tudo o que faço é para atender a demanda do público.” Ele nunca assumiu responsabilidade pelo estrago que causou porque prefeitos, policiais, líderes comunitários e estelionatários o apoiaram todo o tempo.

Odeio ter que comparar ministros de Deus a um mafioso. Mas a triste verdade é que atualmente há alguns (talvez mais do que só alguns) pastores que possuem algumas das características mais abomináveis de Al Capone. São mestres do engano e da manipulação. Eles compraram seu espaço na subcultura evangélica carismática e usaram suas místicas habilidades hipnóticas para controlar grandes redes de TV cristãs.

Mas a exemplo de Al Capone, seus dias estão contados. A Justiça logo os agarrará.

Estes falsos profetas provavelmente começaram com um chamado genuíno da parte de Deus, mas o sucesso os destruiu. Eles se desviaram da fé verdadeira e foram seduzidos pela fama e pelo dinheiro; quando seus ministérios cresceram, eles apelaram a táticas questionáveis para manter a máquina religiosa rodando. Mas agora, em meio à Grande Recessão Americana, Deus está tratando com eles.

Mas antes que nos regozijemos por estes impostores estarem sendo despejados de seus púlpitos e varridos das emissoras, pausemos por um minuto e reflitamos: como tais falsos profetas alcançaram tanta popularidade? Jamais teriam conseguido sem a nossa ajuda.

Nós fomos os idiotas. Quando eles diziam: “O Senhor lhes dará riquezas incontáveis se vocês semearem mil dólares agora”, imediatamente pegávamos o telefone e nossos cartões de crédito. Que Deus nos perdoe.

Nós fomos os cegos. Quando eles diziam: “Preciso que hoje vocês façam uma oferta sacrificial para que eu possa consertar meu jatinho particular”, sequer perguntávamos por que um servo de Deus não era humilde o suficiente para voar em classe econômica para alguma nação de Terceiro Mundo. Que Deus nos perdoe.

Nós fomos os tontos. Quando ficávamos sabendo que eles estavam vivendo em imoralidade, maltratando suas esposas ou povoando cidades com seus filhos bastardos, dávamos ouvidos às suas desculpas ao invés de exigir que estes pastores vivessem como verdadeiros cristãos. Que Deus nos perdoe.

Nós fomos os ingênuos. Quando eles imploravam por dois milhões de dólares extras para tapar algum rombo no orçamento, nos sentíamos incomodados em perguntar por que eles precisavam dormir em suítes de hotel cuja diária custava dez mil dólares. Na verdade, sempre que questionávamos algo, outro cristão rapidamente retrucava: “Não critique! A Bíblia diz ‘Não toque o ungido do Senhor!’” Que Deus no perdoe.

Tratamos estes charlatões como Al Capones, como se eles fossem intocáveis, e como resultado a corrupção se espalhou pelas igrejas carismáticas como uma praga. Nosso movimento está contaminado pelo materialismo, orgulho, engano e imoralidade porque tivemos medo de dizer o que estes palhaços realmente são: inseguros, egoístas, egocêntricos e emocionalmente confusos.

Se tivéssemos aplicado discernimento bíblico há muito tempo atrás, teríamos evitado todo este caos. Jamais saberemos quantos incrédulos rejeitaram o Evangelho porque viram a Igreja apoiando pilantras que se gabavam, coagiam, mentiam, manipulavam, subornavam, roubavam e, com lágrimas, conquistavam espaço em nossas vidas – enquanto os aplaudíamos e depositávamos dinheiro em suas contas.

Sempre que cristãos bem intencionados citam 1 Crônicas 16:22 (“Não toqueis os meus ungidos e não façais mal aos meus profetas”) para encobrir a sujeira e o charlatanismo, eles cometem uma injustiça contra as Escrituras. Esta passagem não ordena que nos calemos quando um líder está abusando do poder ou enganando as pessoas. Pelo contrário, somos chamados a confrontar o pecado em amor e honestidade. E certamente não estamos amando a Igreja se permitimos que os Al Capones carismáticos de nossa geração a corrompam.

Zoologia gospel

O reino animal é muito rico em sua diversidade. Temos as aves, os mamíferos, os répteis etc. Existe uma categoria de aves realmente amedrontadora: as aves de rapina. São de arrepiar. Alimentam-se de carne fresca e possuem grandes garras, prontas para apanhar e destruir suas vítimas. Tem também os predadores. Já estes destroem outros organismos e até o meio ambiente. Caçam vorazmente sem a menor piedade. Todavia, tais comportamentos são puro reflexo de seus instintos naturais e teem importância fundamental no ciclo da vida e no processo da cadeia alimentar.

Agora meu amigo, o mais impressionante é que no mundo dos homens existem seres ainda mais cruéis e mortais: o CORRUPTOS MALIGNUS PRAEDATORE e o HIPOCRITUS RAPINARE GOSPEUS. Estes sim são aberrações gritantes da natureza. São elementos totalmente desviados de suas funções naturais e legítimas.

Sucintamente, tentarei explicar alguma coisa sobre estas bestas humanas:

O CORRUPTOS MALIGNUS PRAEDATORE, este predador desgraçado, se alimenta principalmente da necessidade humana. Usa dos sonhos e da esperança alheia para encher seus bolsos sujos de sangue. É uma criatura grotesca e hedionda, muito embora traje os mais belos exemplares de ternos e paletós. É especialista na mentira e na demagogia. Tem um poder de magnetismo que sai de seus lábios e de sua boca fétida. Suas palavras teem o poder infernal do convencimento e do engano. Interessante também é que, tal qual as hienas que se alimentam dos restos deixados pelos leões, existe uma variação inferior do corruptos malignus praedatore: o Bajulladoreos Particulareos, que vive dos restos da espécie mais forte; Ainda, como depende destes, os defendem com unhas e dentes. Infelizmente esta espécie é híbrida, muda a todo instante conforme a sua necessidade (Nota: este processo é denominado de viracionismus casacalis), e por conta disto seu número está em franco crescimento. O Corruptos tem uma facilidade espetacular de procriar de quatro em quatro e de dois em dois anos. Adapta-se a qualquer clima e a qualquer região, visto que com o resultado de sua caça constroem gigantescos e ricos covis, é de dar inveja até no Diabo. Possuem uma tendência migratória para a região centro-oeste, e por conta deste anseio, destroem tudo que encontram pela frente. Mas, felizmente, apesar deste poder satânico de destruição, o corruptos malignus, possui um ponto fraco: a educação e a consciência do povo (suas vítimas). A justiça, quando empregada sem favorecimentos, também pode tirá-lo de circulação. Um voto sem “compromisso” é tudo que esta peste humana não quer ver nem de longe.

Agora, o HIPOCRITUS RAPINARE GOSPEUS, é uma variação mutante do primeiro. Esse é terrível, pois tem pele de ovelha, mas de fato é um lobo. Alimenta-se da fé e da boa vontade dos que crêem. Com o atributo da distorção, usa textos bíblicos para induzir a seus ouvintes a lhe alimentarem. O hipocritus tem uma grande capacidade de mimetismo, é um camaleão, se disfarça de obreiro de Deus, mas serve ao inimigo de Deus. Ultimamente, não se sabe exatamente por qual motivo, está se proliferando. É destemido, aparece publicamente, inclusive em meios de comunicação de alcance nacional, e por que não, internacional. Tem grande poder de mobilidade, visto que anda montado sobre mais de 150 cavalos de força com cabines duplas refrigeradas. Amontoa bens e propriedades. Como quem não come há muito tempo, quando ver comida, fica deslumbrado abraçando tudo quanto puder agarrar; é muito voraz, pois não sabe por quanto tempo vai ter esta facilidade. Não se constrange em saber que utiliza de forma abusiva do suor de simples trabalhadores e que em sua própria comunidade muitos padecem de fome. Quando lhes resta um pouco de sensatez e pudor, oram pedindo que Jesus não volte logo. Com todo o poder e arrogância com que vivem, temem que as ofertas diminuam e que suas vítimas percebam que estão sendo sugadas (sugadas sim, visto que algumas variantes possuem hábitos vampirescos).

Aparentemente, por hora, pensam que não sofrem ameaça de extinção, mas fontes fiéis, escritas há mais de 2000 anos, asseguram que sua destruição será certa, pois o PAI dos oprimidos e sofredores, no momento certo não hesitará em extirpá-los do meio da ekllésia.

Está achando que estas palavras são muito duras? Então está precisando ler a bíblia e permanecer acreditando nela e apenas nela. Veja o que o Apóstolo Paulo escreveu no primeiro século da igreja cristã:

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles. Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou; E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. (II Timóteo 3 – ACR, Fiel).

Meus queridos, não fiquem decepcionados ou tristes. Saibam que estas figuras grotescas não diminuem o valor do VERDADEIRO EVANGELHO e nem do VERDADEIRO DEUS. Antes, mesmo que nem eles mesmos saibam, contribuem com a sua imundície para que a bondade e a verdade sejam realçadas, pois que pela sua maldade e mentira, os sinceros buscam cada vez mais a justiça. A dor que provocam, aumenta a necessidade do bálsamo e a vergonha que nos submetem nos desperta para que não venhamos a ser iguais a eles, pobres bestas humanas. Que o DEUS DE JUSTIÇA, AMOR E PAZ tenha misericórdia de suas almas.

Virou pecado ser protestante

Não, você não leu errado. Virou pecado ser protestante. O máximo que se pode ser é “evangélico”.

Muita gente não sabe, mas os chamados evangélicos nasceram protestantes. Em 1517, Martinho Lutero afixou suas 95 teses na porta da Catedral de São Pedro, onde denunciava algumas doutrinas heréticas da igreja cristã da época, como a venda de indulgências, a simonia, o nicolaísmo. Antes de Lutero, John Wycliffe e John Huss já protestavam, através de seus sermões. Wycliffe defendeu, em 1381, a insurreição camponesa, e Huss foi martirizado na fogueira por defender um Evangelho puro e simples como o de Cristo.

O termo “protestante” se originou do protesto de seis príncipes luteranos alemães, pois o imperador Carlos V revogou a autorização que tinha dado de cada príncipe estipular a religião de seu território. No início, os católicos passaram a chamar os rebeldes de protestantes, e depois os próprios adeptos passaram a se chamar assim.

E assim nasceram as igrejas protestantes, que com o passar do tempo, no Brasil, adotaram outra nomenclatura: evangélicas.

É interessante observar que não só uma nova nomenclatura foi adotada. Com o passar do tempo, foi-se limitando o caráter protestante e reformador do início. Se, com Lutero, houve uma tentativa de volta às raízes do Evangelho, com o passar do tempo esse movimento se reverteu, voltando aos poucos à quase realidade da igreja cristã de 1517, onde protestos e reformas são considerados termos pejorativos, atentados à instituição igreja.

E assim, nos dias de hoje, virou pecado ser protestante. Qualquer um que pense em se levantar contra o ensino de algum “ungido” é automaticamente taxado como “rebelde”, “fariseu” e coisas piores. Hoje, não é permitido ao cristão pensar, como não era em 1517: os “ungidos” pensam por nós, assim como a Igreja Romana pensava pelos fiéis de sua época. Hoje, temos que obedecer à “lei da semeadura”, onde Deus só nos dá se antes lhe dermos nosso melhor em troca, e só Jesus não basta, devendo o fiel fazer um monte de rituais para conseguir ser liberto, assim como em 1517 os cristãos tinham que comprar as relíquias dos santos para receber em troca uma passagem mais curta pelo purgatório. Hoje, dependemos da aprovação dos líderes evangélicos, assim como em 1517 o povo dependia da aprovação papal.

Enfim, voltamos à estaca zero. Todo o trabalho de pessoas como Wycliffe, Huss, Lutero, Calvino, Zwínglio, Wesley e tantos outros, parece que foi em vão. A igreja reformada, onde ainda existe, está limitada a seu gueto, preocupada apenas com seus poucos fiéis. A maior parte da igreja nascida protestante hoje é evangélica, e essa preocupa-se mais em expandir seu território e abarcar o maior número de fiéis debaixo do seu cabresto gospel, onde não é permitido pensar, muito menos protestar. Boa parte da igreja evangélica busca poder terreno, e para isso é preciso de ovelhas cegamente fiéis.

Porém, de 2008 para cá, tem pipocado em várias cidades do Brasil grupinhos de 3, 5, 10 pessoas, que se colocam diante de ministérios e eventos ditos gospel empunhando faixas com versículos bíblicos. São parte de uma tímida tentativa de volta às origens, tanto da igreja protestante quanto do Evangelho de Cristo, porém são considerados pela maioria esmagadora dos ditos evangélicos (pois sequer aceitam serem chamados de protestantes, negando assim sua própria história) como agitadores, fariseus, rebeldes, disseminadores de confusão. Na verdade, repete-se (em menor grau) o que aconteceu com Lutero e tantos outros, que foram excomungados e até mortos por protestar contra as heresias pregadas na época pela Igreja Romana. Agora, como no passado, protestar é um pecado.

Não dá para ser protestante sem protestar contra as heresias em nosso meio, assim como não dá para ser evangélico sem conhecer e pregar o verdadeiro Evangelho de Cristo. Talvez seja a hora de renomearmos boa parte das igrejas cristãs nascidas da Reforma, a partir das suas características, que mesclam misticismo extremo com doutrinas humanas em nome de Jesus. Que não vendem indulgências, mas vendem riquezas em troca de bons dízimos e ofertas, praticando abertamente a simonia. Que, como os nicolaítas, entendem que há crentes superiores a outros, havendo uns mais ungidos do que os outros. Que, como na infalibilidade papal, não permitem confrontações doutrinárias com suas lideranças sob a desculpa de que não se pode tocar num ungido de Deus.

Quem sabe boa parte das igrejas ditas evangélicas não devessem se chamar apóstolicas romanas do século XV?

Televangelista americano faz oração “poderosa” que cancela dívidas, mas fiel tem que dar oferta para recebê-la

Veja o que este pastor está propondo aos crentes americanos. Uma "boa" idéia para o Silas Malafaia e cia.

Eter Popoff, televangelista famoso nos Estados Unidos está lançando uma nova “onda”: Se a pessoa fazer uma doação ao seu programa ele vai liberar o “poder” de livramento de dívidas apenas com oração.

Para receber essa oração o telespectador faz sua doação e recebe um kit de cancelamento de dívidas. “Estou dizendo a você que Deus ensina na Sua palavra que Ele quer cancelar, apagar, remover e destruir a sua dívida”, diz Popoff em um comercial na TV.

Popoff é alemão e ganhou destaque conduzindo uma cruzada nos Estados Unidos que combina espiritualidade e superação de vícios. Sua mansão em Upland (Califórnia) custa 4,5 milhões de dólares e ele também possuí outros imóveis.

Para Ole Anthony, presidente da Trinity Foundation, entidade que fiscaliza líderes religiosos, principalmente os televangelistas, o pastor Popoff é um enganador. “Ele é, fundamentalmente, um enganador. O cancelamento sobrenatural de dívidas é uma bobagem, sem qualquer embasamento bíblico”, disse.

É carnaval!


“O Carnaval é como uma religião. Ir atrás do trio é como ir à igreja”. Essa foi mais ou menos a declaração recente do cantor e ex-ministro da cultura Gilberto Gil, definindo sua paixão pela folia de Momo.

Ouvi a ‘pérola’ do baiano ilustre, quis reagir de forma desaforada, mas controlei-me. Horas depois, conclui: “E não é que a frase do Gil pode ter lá um fundo de verdade”.

Senão vejamos: culturalmente falando, o Carnaval no Brasil é um período marcado pela liberalidade no qual “tudo é permitido”. Um tempo para extravasar a alegria e “soltar a franga” [alguns levam isso ao extremo, diga-se de passagem]. Vale tudo nessa época do ano, pregam os carnavalescos de plantão.

E o que a igreja tem a ver com isso? Tudo a ver. Façamos um comparativo [arriscado, admito] entre a igreja e um trio elétrico, como nos propõe o nosso intelectual ex-ministro. Tanto o trio quanto as igrejas têm na música um de seus atrativos principais. Responda sinceramente: as igrejas do século XXI estariam cheias do jeito que estão não houvesse o apelo da música evangélica e a profissionalização dos ministérios de louvor? No século XIX, Moody atraiu uma multidão de vidas para Jesus à base de Escola Bíblica Dominical. Palavra pura. Mas hoje, não consigo ver uma multidão de jovens empolgada a ir à igreja para assistir a uma aula sobre a Bíblia.

Tudo bem, reconheço que os louvores de hoje têm sido instrumento, até certo ponto, poderoso em favor do Reino, mas a discussão não é essa agora. Voltemos ao paralelo trio/igreja. Em ambos, corre-se o risco da idolatria. Enquanto multidões ensandecidas se espremem atrás do trio da Ivete Sangalo, multidões de crentes se acotovelam em busca da “bênça” do “profeta” “fulano-de-tal-do-fogo-puro”, da “Igreja do Milagre Obrigatório”. Ouvi dizer que tem crente brigando até por suor de pastor por aí! Se isso não for idolatria, não sei o que o é.

Em suma, o perigo é que muitos de nós temos encarado a igreja como Gil, tal e qual o Carnaval: um lugar para se divertir, paquerar, botar a máscara e cair na folia. Mas tem uma diferença vital. No Carnaval, depois dos três dias de fantasia muitos têm o desprazer da ressaca da vida real. Já na igreja, o “carnaval” pode durar toda uma vida, caso não tiremos a máscara - ou a venda dos olhos, como queiram - para enxergar Aquele que nos faz livre para viver a eterna folia da presença de Deus.

Jornalista rasga o verbo e esculacha com o carnaval

Igreja Universal e a troca do anjo da guarda

A Igreja Universal do Reino de Deus não é uma igreja evangélica. Seus ensinamentos são absolutamente antagônicos as doutrinas das Sagradas Escrituras. Se não bastasse as inúmeras aberrações propagadas por essa seita, os adeptos do “Irudianismo” acreditam que o fracasso de algumas pessoas se deve a anjos fracos. Para a IURD se o jovem está nas drogas, se o casamento está em crise, ou se você possui dívidas, isso deve a debilidade do seu anjo da guarda. Para os Iurdianos, você precisa trocar de anjo urgentemente. Para tanto, a IURD tem promovido o culto da troca de anjos.

Falta-me palavras diante de tamanha sandice! Concordo plenamente com a Igreja Presbiteriana do Brasil em considerar a Igreja Universal do Reino de Deus uma seita, visto que suas doutrinas não são cristãs. Ora, promover o culto da troca de anjo da guarda é o fim da picada, é o fundo do poço!

Para sua reflexão, reproduzo abaixo dois textos que por si só se explicam:

“E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos e por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará." (Mateus 24.11,12).

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade e por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (II Pedro 2.1-3).

Que Deus tenha misericórdia desse povo!




No Piauí, padre manda destruir igreja evangélica

O Padre Herculano de Negreiros, que é o prefeito da cidade de São Raimundo Nonato (Piauí), está sendo acusado de mandar derrubar uma Igreja Evangélica sem ação judicial no bairro Baixão da Guiomar. O ato aconteceu no final do mês de fevereiro e deixou os moradores chocados.

De acordo com moradores, o prefeito mandou um trator junto com a Polícia Militar para destruir a igreja. A Sra. Maria Teresa Brito, proprietária do local, ficou bastante abalada, e diz que a igreja estava legalizada e tinha sua documentação registrada em cartório local. Por causa do abalo, sua casa, que fica ao lado, teve paredes rachadas.

A Polícia Militar informou que existe um decreto de n° 153/2001, que solicita a Polícia Militar acompanhar os fiscais para demolir a Igreja com o Ofício de n° 063. Segundo, ainda, o Tenente da Polícia Militar, o proprietário já havia recebido várias notificações.

PODEMOS JULGAR?

Dr. Humberto Junior nos abençôa com mais este maravilhoso artigo.

(Mateus 7:1) - Não julgueis, para que não sejais julgados.
(Mateus 7:2) - Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
(Mateus 7:3) - E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
(Mateus 7:4) - Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
(Mateus 7:5) - Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

É lícito ao homem julgar? Podemos exercer juízo perante os homens sendo nós também tão falhos e imperfeitos?

Jesus recomendava não julgar, mas ele conhecia quem julgava e o tipo de julgamento que estava sendo feito. Jesus nos deu a capacidade de raciocinar, de diferenciar situações e de escolher a melhor. Isto, por si só, já é um tipo de julgamento. Mas julgar outra pessoa por causa de seus atos e pensamentos requer não só raciocínio, mas também destreza, imparcialidade, retidão e discernimento. Às vezes o homem se deixa levar mais pela emoção e outras vezes mais pela razão, e isso pode interferir no julgamento correto e justo.

Conhecendo a natureza humana, Jesus sabia o que estava dizendo. O julgamento humano tenderia para o injusto e tendencioso.

Mas, com o passar do tempo e com a continuação da leitura bíblica, percebemos que, uma vez que as palavras e ensinamentos de Jesus são proferidos e recebidos por muitos, as pessoas começam o processo de transformação e passam a não ser somente levadas pelos ensinamentos da época e do mundo, mas também a ouvir e entender o espiritual. Começam a entender que o amor, o perdão e a tolerância também devem fazer parte do julgamento correto. Assim, acontece o esclarecimento, iniciando a fase do discernimento, do que pode ou não ser julgado e de que forma.

Para termos uma idéia, ainda no texto em que Jesus recomenda não julgar, ele mesmo inicia esta nova fase, recomendando que antes de julgarmos os outros, devemos primeiro julgar a nós mesmos, segundo o reto juízo, para depois vermos mais claramente o que acontece com outros. Devemos reconhecer o erro em nós para então podermos trabalhar o erro do próximo. Temos aí então duas idéias interessantes. A primeira é a do autojulgamento. A segunda é a de julgar, porém não apontar ou condenar, mas ajudar e incentivar o próximo ao autojulgamento, auxiliar-lhe na visão do certo e errado para Jesus e dar-lhe o conhecimento para se analisar.

Mais a frente na leitura bíblica vemos então não só o próprio Jesus, como também alguns apóstolos, ensinando o tipo de julgamento que podemos fazer:

(Lucas 12:57) - E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?
(João 7:24) - Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.
(Atos 4:19) - Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;
(I Corintios 5:12) - Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro?
(I Corintios 10:15) - Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo.
(I Corintios 6:2) - Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?
(I Corintios 6:3) - Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?
(I Corintios 6:4) - Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja?
(I Corintios 6:5) - Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?

Conhecendo a Palavra da Verdade fica claro o julgamento que Jesus recomenda não fazer: o julgamento da condenação, do destino da pessoa. Podemos julgar as atitudes e orientar as pessoas, mas condená-las ao inferno ou desviá-las do caminho do céu pelo nosso julgamento não nos é lícito. Devemos orientar, auxiliar e amparar.

Um ponto interessante para ser discutido é o da crítica (que tem íntima relação com o julgamento). Os maus costumes nos levaram a utilizar as críticas infundadas, as críticas não construtivas, as críticas destrutivas; a crítica pela crítica. Quantas vezes já não pensamos ou já ouvimos alguém dizer:

“Não quero ser crítico; não gosto de criticar; não gosto de críticas”.

A exortação, a admoestação, podem ser resultados de uma observação e avaliação de uma situação, podendo, portanto, serem tipos de crítica e até mesmo de julgamento.

Criticar, no seu real sentido, é exercer o bom senso, é utilizar o pensamento e o raciocínio, que são presentes da Deus na formação do homem.

O espírito crítico nos faz capazes de avaliar e comparar situações, nos permitindo escolher, percebendo o certo e o errado, o bem e o mal, o bom e o mau, o honesto e o desonesto, o agradável e o desagradável. O que temos que fazer é trabalharmos e pedirmos a Jesus a fim de que nosso “espírito crítico” seja guiado pelo Espírito Santo, esteja em sintonia com as vontades de Deus, para que possamos perceber, escolher e agir no que é bom e agradável à Deus, e não somente às nossas vontades da carne. A partir daí passamos a exercer o discernimento, com nosso espírito crítico guiado pelo Espírito Santo, dando-lhe, inclusive, mais sensibilidade e percepção das coisas de Deus.