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Medo

O medo é um dos ingredientes mais fortes da religião. Uma pessoa com medo é uma pessoa sensível, vulnerável, capaz de realizar práticas absurdas em busca de alívio e os líderes religiosos espertos como as serpentes perceberam isso a muito tempo.

Falamos da Graça de Jesus, mas o Deus punitivo sempre aparece em nosso roteiro, o medo nos acompanha desde a classe “cordeirinhos de Cristo”, quem não cantou:

Cuidado, olhinho, com o que vê! / Cuidado, olhinho, com o que vê! / O Salvador do céu está olhando pra você. / Cuidado, olhinho, com o que vê! Cuidado, boquinha, com o que fala! / Cuidado, boquinha, com o que fala! /O Salvador do céu está olhando pra você. / Cuidado, boquinha, com o que fala! Cuidado, mãozinha, no que pega! / Cuidado, mãozinha, no que pega! /O Salvador do céu está olhando pra você. / Cuidado, mãozinha, no que pega! Cuidado, olho, boca, mão e pé! / Cuidado, olho, boca, mão e pé! / O Salvador do céu está olhando pra você.

Imagine uma criança desenhando em seu coraçãozinho esse Deus? Depois não sabemos porque tantos cristãos tem medo de Deus e porque os adolescentes ligam Deus automaticamente a palavra NÃO…

As pregações motivam a viver longe do pecado por causa do grande olho divino e não pela beleza de viver em busca de valores integros e éticos.

Que pena, poderíamos gerar pessoas bonitas, mas por enquanto são apenas medrosas.

Que pena, poderíamos gerar homens e mulheres que vivessem com o coração em Deus, cientes de seu amor impulsionados a mudar realidades, mas o que temos são pessoas tristes fazendo campanhas para alcançar benefícios. Que pena.

Como alguns evangélicos enxergam a Bíblia

Estava vendo mais uma daquelas infindáveis discussões sobre programas de TV em que alguém demoniza qualquer programa que não seja "gospel", achando-se, por isso, mais santo que os outros, que estariam sob "influência satânica" por gostarem de ver uma comédia decente (você já deve ter visto debates assim com o assunto música). Todavia, a Bíblia é clara quanto à necessidade de saber discernir cada coisa e escolher bem.

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma." 1 Coríntios 10.23

Tem uma passagem na Bíblia que diz:
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco." Filipenses 4:8,9

Alguns evangélicos (outros religiosos também, mas não neguemos nossa "pole position" nisso!), entretanto, no afã por viver uma santidade artificialmente projetada, limitada aos ensinos de seu gueto ou mesmo às suas próprias opiniões, alheios a qualquer forma de arte, pensamento ou obra por melhor que seja, talvez enxerguem a mesma passagem como proibitiva de toda e qualquer influência externa, mais ou menos assim:

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, se há alguma GOSPELEZA, e se há algo de GOSPEL, nisso pensai." Ungidenses 4:8

Parece que fora da vida na bolha gospel não há salvação.

Eu me pergunto se esse povo estuda matérias não religiosas, conversa com outras pessoas sobre assuntos normais da vida, lê livros não espirituais, revistas, partituras, rótulos de produtos, bulas de remédios, blogs e jornais, consulta calendários e dicionários, entra em lugares que não sejam templos, toma refrigerante, confecciona listas de compra, canta "Parabéns a Você" em festas de aniversário e joga UNO... (Mas eu não me pergunto se entra no Orkut porque eu já vejo: o Orkut é de Deus, principalmente se for para espalhar boatos contra candidatos a cargos políticos.)

Esse pensamento exclusivista de que tudo que não é "gospel" é mau representa um injusto e leviano julgamento do que é alheio, considerando-o automaticamente nocivo e sem proveito, e isentando-nos da necessidade de sermos criteriosos e maduros, sabendo avaliar todas as coisas e reter o que é bom ao mesmo tempo que influenciamos para que as coisas glorifiquem a Deus e tornem o mundo melhor do que o encontramos.

É como se simplesmente ter prazer em coisas "não-gospel" fosse demoníaco, pecaminoso, não edificante e rendesse milhas aéreas para uma passagem compulsória de primeira classe para o inferno. E como se alguma coisa tivesse que ser chata ou pelo menos não divertida - e ainda por cima "gospel" - para ser automaticamente boa e edificante... (veja Romanos 14.1-17)

Aborto já!


Nunca o aborto, ou melhor, o discurso contrário a ele, esteve tão em alta no Brasil. No jogo do voto, vale tudo para cativar seguidores, até mesmo a mudança descarada de discurso, com direito a carinha de santo e postura religiosa patética. O cenário que ora se desenha no país me faz lembrar o nefasto jogo do vale-tudo-por-dinheiro que temos visto e ouvido por aí no dito mundo cristão. Vale mudar o discurso, a postura e até mesmo rasgar o currículo, desde que isso garanta mais e mais seguidores e, claro, muita “gaita” no bolso.

Diante do tema do momento, resolvi propor a campanha “Aborto Já”. É claro que o título é uma forma apelativa e sensacionalista de garantir a atenção dos leitores, principalmente os preocupados com os “zilhões” de bebês que podem ter suas vidas abreviadas por um procedimento abortivo. Vale frisar que se trata tão somente de um joguete verbal para falar de um “aborto” que se faz necessário, pela sobrevivência da noiva imaculada de Cristo.

Ante à gestação do monstro da prosperidade - estou falando de money, business - que cresce no útero de muitas igrejas, “Aborto Já”. Por uma limpeza espiritual que leve ao resgate do evangelho puro e simples; por uma geração liberta de falsos profetas da barganha, “Aborto Já”. Pela formação de cristãos alicerçados na Palavra e não caçadores de bênçãos, “Aborto Já”. Por uma igreja atuante na área social, na formação de cidadãos decentes, éticos, conscientes, e preocupada com o próximo e não com os próprios interesses, “Aborto Já”. Contra invencionices “bíblicas” e metas absurdas, como as que têm transformado igrejas em organizações, “Aborto Já”.

Versículo da semana !!!


"Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra:
os profetas profetizam falsamente,
e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles;
e é o que deseja o meu povo." (Jr 5.30-31)

Manifesto evangélico ou manifesto de "alguns" evangélicos?

Alguns pastores que votam em Dilma Rousseff assinaram um manifesto em apoio à candidata petista.Até aí tudo bem, pois estamos em uma democracia e as pessoas votam em quem desejam. Mas qual é o grande problema do manifesto? O texto começa dizendo:

Nós, evangélicos e evangélicas, brasileiros, eleitores e cidadãos comprometidos com a verdade e a justiça, manifestamos profeticamente as nossas rejeições e defesas diante da onda de conservadorismo que se abateu sobre o país nesse processo eleitoral.

Ora, quem deu o direito a esses pastores de falarem em meu nome e no seu nome. Ora, sou evangélico e não me sinto representando pelo pensamento desse manifesto. Ninguém pode falar “em nome dos evangélicos”. Portanto, é vergonhoso o título “Manifesto Evangélico”.

E o manifesto ainda insinua que Dilma Rousseff é vítima de boatos. Ora, tirando aquele boato de que ela teria falado que “nem Cristo tira minha vitória”, todo o resto é verdade. Falar que a posição pró-aborto é “mentira de internet” simplesmente brinca com a inteligência das pessoas que já acompanharam as entrevistas da ex-ministra. Por que ela não assume o que pensa? Seria mais digno.

O manifesto defende o “fortalecimento do Estado laico”. Ora, os evangélicos que são contra o petismo e seus métodos por acaso sonham com uma teocracia cristã-evangélica? Que acusação mais ridícula. Eu sempre falei: O Estado deve ser laico, nunca religioso, nem secular. Deve respeitar todas as religiões e os não religiosos. Não deve privar a fé de manifestação pública e nem impor um credo para a nação. O Estado laico conversa com ateus e cristãos, não exclui ninguém. Mas pelo jeito tem evangélico que sonha com um Estado onde a fé é jogada fora da arena pública.

Deixo aqui meu protesto.

A guerra “santa” de Malafaia e Edir Macedo

Malafaia é um cara excêntrico. Em 1995, quando a AEVB - Associação Evangélica Brasileira, negou à Igreja Universal do Reino de Deus o direito de pertencer ao seu rol de associados, o pastor se converteu no maior defensor de Edir Macedo e seus confrades. Não deixou, porém, de denunciar os abusos e desmandos dos teólogos da prosperidade, no que concordo plenamente com ele. A pergunta é: Como alguém pode defender a IURD e Edir Macedo, e ao mesmo tempo ser contra a Teologia da Prosperidade? Segundo Caio Fábio, a explicação é simples: Edir Macedo pagou 40 mil dólares mensais para que o apologista pentecostal pudesse defendê-lo dos seus algozes da AEVB. Até hoje, ninguém comprovou o fato, mas também ninguém – nem o próprio Silas – o desmentiu. Vai saber...

Não passou muito tempo e o pragmatismo tomou conta do pastor Malafaia. Possuidor de uma memória invejável, o pastor passou a sistematizar versículos que corroborem a antes combatida teologia de mamom, e a defendê-la ele mesmo. Aquilo que fora negado com tal veemência no passado passou a ser o carro chefe do seu ministério. Quinze anos depois, lá estava Malafaia na TV, ao lado de Morris Cerrulo, simulando uma profecia na qual Deus pedia uma “semente” de 900 reais para a Associação Vitória em Cristo. Em troca, o fiel receberia a “Bíblia da Batalha Espiritual e Vitória Financeira”, uma espécie de bíblia de Judas que ensina como ficar rico vendendo a verdade e a honra, e a unção financeira dos últimos dias, que desencadearia incontáveis bênçãos financeiras sobre o ofertante à partir de janeiro de 2010.

Novas campanhas financeiras surgiram, como a do trízimo, a dos 1000 reais em que o fiel recebia de “brinde” a salvação de toda a sua família (barbárie tal que não se tem notícia nem nos tempos das indulgencias católicas), e a dos 610 reais. E assim, vendendo o evangelho e contrariando tudo o que pregara ao longo do seu ministério, Silas se transformava em uma metamorfose ambulante, e cada vez mais se parecia ao velho compadre, Edir Macedo.

Mas quando o assunto é grana, o terreno fica estreito. “Amigos, amigos; negócios à parte” parece ser o lema de alguns pastores televisivos, e a corrida presidencial foi o estopim que desencadeou a briga entre os dois arautos do evangelho da barganha. Por um lado estava Macedo, defendendo os interesses do PT, do qual – segundo Silas Malafaia – se beneficiava financeiramente (Cogita-se inclusive que o tal vídeo de Macedo defendendo o aborto seja parte de sua estratégia política de apoiar Dilma Rousseff). Do outro, o próprio Malafaia, que após o papo furado de que Marina é pró-aborto, apoiou o candidato tucano. Na verdade, Silas percebeu que Marina não chegaria ao segundo turno e migrou para José Serra, o qual se for eleito poderá “abençoar” o pastor com a concessão de uma emissora de TV. Macedo, no entanto, não acredita que Silas esteja somente “semeando” para o futuro, e chega a insinuar em seu blog que Silas estaria recebendo algo em troca aqui mesmo no presente. Uma vez que já foi comprovada a “generosidade” de José Serra para com os evangélicos, eu de nada duvido.

Macedo foi o primeiro a lançar as farpas. No dia 16 de outubro o bispo da IURD publicou um texto em seu blog pessoal, com o título: “cuidado com o profeta velho”, no qual acusava Silas Malafaia de ser um falso profeta e de estar confundindo os eleitores cristãos. Silas, pavio curto que é, não deixou por menos e gastou mais de 20 minutos do seu programa para rebater Edir Macedo. E foi assim que os dois velhos compadres, os quais comeram no mesmo prato em tempos remotos, se transformaram em rivais. E como costuma ser sempre, “em briga de elefantes, quem sofre é formiga”, isto é, na guerra de ódio destes telepastores, quem sofre são os crentes, que não sabem de que lado se posicionar. E eu, como não devo nada nem a um e nem ao outro, não tenho nenhum receio em dizer: Silas não crê no PSDB mais que Macedo crê no PT. Ambos crêem em vantagens, concessões, dinheiro, maracutaias em nome de Deus, e em uma versão de evangelho sofrível, capaz de escandalizar Judas, Alexandre Latoeiro, Demas e Barrabás.

Silas Malafaia Responde Edir Macedo

Dois mafiosos falando um contra o outro para ver quem manda mais e tem maior influência política sobre as igrejas.

Um (Macedo) é líder de uma igreja sincretista que mais parece um mercado e que agora é até a favor do aborto para agradar ao segmento político dominante.

O outro(Silas), um ex pregador da ortodoxia cristã que se vendeu para a teologia da prosperidade e que na época da guerra Globo x Record-IURD ganhava quarenta mil dólares para defender Macedo e sua patota, conforme denúncias de Caio Fábio (interessante que Silas Malafaia nunca processou ao Caio Fábio acerca dessas declarações, apesar das mesmas serem tão sérias) e ainda diz que "não se vende".

 Em nome de DEU$ esses cachorros abanam o rabo para qualquer lado.

Santa hipocrisia!



 

Dilma, Serra e o voto de Minerva

Recentemente o ator Kevin Costner protagonizou o filme Swing Vote (Voto de Minerva/tradução livre), que no Brasil foi chamado de Promessas de um cara de pau. Na película estadunidense o personagem de Costner, um pai divorciado que vive em um trailer e sobrevive de um sub-emprego, torna-se o eleitor responsável pelo desempate entre dois candidatos a presidência dos Estados Unidos.

A disputa travada entre os dois candidatos no filme é tão real quanto a que pode ser vista neste segundo turno da eleição a presidência no Brasil. Dois candidatos dispostos a negar tudo o que são ou defendem para ganhar o seu voto.

Se no filme de Costner os candidatos brigavam pelo voto de um homem pouco inteligente. Nossos candidatos agora lutam pelo voto da Marina (dos que votaram nela). Não os 6 ou 7% (ou ainda menos) de votos que Marina teria naturalmente, mas aos outros 12% que foram resultados diretamente da fé professada pela candidata verde.

Não foi a proteção ao meio ambiente e o uso de fontes renováveis de energia que ganharam esses votos. Mas o fato de Marina ser cristã e isso significar, de alguma forma para os que crêem no cristianismo, um governo justo.

O que sobrou?

PT e PSDB sempre foram opostos. O primeiro, que alguma vez num passado muito distante já representou a esquerda, hoje é menos vermelho e mais cor-de-rosa, mantém muitos de seus ideais apenas como ideais, na prática, adapta seu discurso às massas ou aos grupos que podem pesar a balança. O segundo, fiel representante da direita pró-ocidente não faz e nem fará nada diferente. Manterá seu discurso de gente "caucasiana-monoteísta-machista-ocidental" buscando na burocrática e hipócrita sociedade seus votos.

Nessa busca hipócrita por votos e poder, Serra e Dilma constróem suas próprias torres babélicas. Buscando em grupos que não conversam na mesma língua, os dois tem como único propósito chegar ao poder.

Você já pode ver Serra abraçando um homossexual ou a Dilma visitando uma casa lar para jovens mães sem condições financeiras. Podemos escutar o Serra afirmar ser contra o aborto e a Dilma afirmar ser cristã.

Se Dilma e Serra apenas fizessem o de sempre para ganhar, isto é, mentir e manipular, tudo bem... vamos dizer que faz parte do jogo de politicagem barata das eleições. Mas entrar no templo e sacrificar porcos (estou usando , para quem não entendeu, uma figura de linguagem conhecida por metáfora)... aí, já é demais.

Os dois candidatos que restaram não representam e nem podem representar a Igreja de Cristo, pois eles sequer, fazem parte do corpo. Confiar em suas promessas é estupidez. Acreditar no que eles dizem é ingenuidade.

Não estou fazendo defesa do voto branco ou nulo. Não mesmo. Estou apenas alertando. Não defendam essas pessoas e suas propostas. Quem hoje defende a Dilma vai se arrepender muito durante os próximos 4 anos. O mesmo para os que defendem o Serra se ele for o vitorioso. São duas pessoas que não temem a Deus. O temor deles é apenas e tão somente o de perder o poder.

Quando for votar, apenas lembre-se do que escreveu o profeta Jeremias: "Maldito é o homem que confia no homem".

Chegou o segundo turno – e agora? A Hora da Decisão na campanha presidencial 2010.

A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos. Provérbios 14.34

Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira.
Provérbios 29.2



Contrariando as projeções das pesquisas e as expectativas da candidata Dilma Rousseff as eleições presidenciais de 2010 foram remetidas ao segundo turno, possivelmente até para surpresa do candidato José Serra, o segundo colocado.


Os analistas divergem quanto às causas principais desse resultado. Inicialmente, falou-se bastante na influência da intensa campanha movida pela Internet, por evangélicos, católicos e até espíritas, apontando as posições, do partido da líder nas pesquisas, em favor do aborto, da defesa ao casamento homossexual.  Devemos lembrar, também, que o partido da Sra. Dilma suspendeu os direitos partidários de dois dos seus integrantes por manterem convicções contrárias a essas bandeiras defendidas pelos militantes.

Mais recentemente, a imprensa passou a apontar os casos de corrupção na Casa Civil, protagonizados pela família de Erenice Guerra, como sendo o principal fator responsável pela perda de votos da candidata Dilma, frustrando os planos de que a eleição presidencial fosse decidida no primeiro turno.

Qualquer que tenha sido o fator principal, ou, o que é mais realista, a combinação de fatores, a verdade é que ganhamos uma prorrogação na qual podemos refletir adicionalmente em nossas responsabilidades como cristãos.

Escolher governantes é um grande privilégio. O povo de Deus subsistiu debaixo dos mais diversos regimes: monarquia, impérios despóticos, regência militar, etc. A obrigação foi sempre de se manter fiel a Deus, e ao testemunho cristão, e respeitoso para com as autoridades, independentemente de como chegaram ao poder. No entanto, indubitavelmente, ter a capacidade de escolher os representantes, como ocorre em uma democracia representativa, é um grande privilégio. Não devemos desprezar essa bênção e essa liberdade recebida de Deus. O voto é também uma maneira de expressar convicções e de defender posições que mais se aproximem das diretrizes divinas. Se a eleição é uma metodologia instituída na Bíblia até para as questões sagradas, na igreja (Atos 6.1-5; 14.23), não há porque disputar a legitimidade dela para escolhas de líderes, na esfera governamental.

Considerando todas essas coisas, não devemos ser ingênuos e achar que a candidata Dilma é do mal, enquanto que o candidato Serra é do bem. Enquanto que as posições partidárias da Sra. Dilma estão bem explicitadas, e elas claramente contradizem o caminhar cristão; além dos seguidos casos de corrupção governamental, aos quais as autoridades têm dado importância mínima; não podemos esquecer que o Sr. Serra tem a infame honra de ser promotor da promiscuidade sexual, sob o suposto manto da prevenção do HIV, com as terríveis campanhas, quando ocupava o ministério da saúde.

De um lado, a Sra. Dilma procura convencer a todos de que suas posições com relação ao aborto mudaram e que ela, agora, é pró-vida. No entanto sua nova argumentação fala do aborto apenas como sendo “violência à mulher” – nenhuma palavra quanto aos direitos da criança, ou quanto à santidade da vida. Além disso, fala constantemente do aborto como sendo uma questão de “saúde pública”, como se fosse comparável a uma estomatite, ou cárie dentária, sem nenhuma implicação moral. Do outro lado, é possível que as recentes posições conservadoras do Sr. Serra, sobre essa questão, sejam mais estratégia eleitoral, do que fruto de convicções éticas profundas (recente pesquisa mostra que 73,5% dos brasileiros são contra o aborto). Afinal, não podemos esperar muito do antigo líder da UNE que vulgarizou o sexo livre, popularizando o “Bráulio”.

No entanto, sem a ingenuidade de achar que uma eventual eleição do Sr. Serra venha a representar a resolução de todos os problemas e a restauração plena da ética ao governo, vou dar a ele o meu voto. Farei isso apesar de discordar dele em outras questões não morais, mas administrativas, como, por exemplo, sua defesa, idêntica à da oponente, de um estado gigante, paternalista, mas considero ele o menor dos males, na conjuntura atual. Creio também que ele chegou à percepção de que os governantes não podem tripudiar impunes às questões morais universais, impressas por Deus até na consciência dos ímpios (Romanos 2.14-15) e assim trará um melhor governo ao Brasil. Creio, em adição, que as sandices verbais, que hoje são proferidas em aura de impunidade e bajulação, serão melhor controladas. Acredito que, com o Sr. Serra, teremos uma política externa mais coerente e menos aventureira do que a atual, que corteja e engrandece déspotas, assassinos e tiranos. Estarei com a esperança de que o Sr. Serra, se eleito, não apenas lembre a "voz do povo" que o elegeu, sobre essas questões de moral e ética tão importantes ao bem estar da nossa nação, mas que também a respeite, juntamente com seus ministros e equipe. Isto é plausível, pois ele não estará tão amarrado a certas aberrações de uma plataforma oficial de partido quanto está, de certo, a outra candidata.

Em paralelo, espero manter minhas convicções cristãs, independentemente de quem ganhe, suplicando que Deus me ajude a, em intercessão, poder expressar as críticas, quando pertinentes, sempre de maneira respeitosa e fiel à Palavra.

Serra diz que é a favor da união civil homossexual, mas casamento é com as igrejas

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta quinta-feira que é a favor da união civil das pessoas do mesmo sexo. No entanto, disse que o casamento é uma questão ligada à religião.

"Acho que a questão do casamento propriamente dito está ligada às igrejas. A união em torno dos direitos civis já existe, inclusive, na prática, no Judiciário. Eu sou a favor do efeito do direito. Outra coisa é o casamento, que tem o componente religioso. Cabe a igreja decidir sua posição", afirmou o tucano

Questionado sobre a carta que a adversária Dilma Rousseff (PT) pretende divulgar sobre o aborto, Serra preferiu não responder.

"Ela tem os problemas dela. Ela diz uma coisa, depois diz outra coisa", afirmou o tucano.

Ontem, Dilma disse que se comprometeu a estudar a divulgação de uma carta dizendo que não irá mexer na legislação sobre o aborto e que considera o casamento entre homossexuais uma questão das igrejas.

As questões religiosas, como o aborto e casamento gay, têm pautado o debate eleitoral e foram consideradas um dos motivos que levaram a disputa para o segundo turno.

Quando escolhemos Barrabás

Barrabás não era um bandido qualquer (Mt:27:16). Preso por se amotinar contra Roma e estar envolvido em um homicídio (Mc 15:1-13), ele detinha a admiração do povo - à época subjugado pelo Império Romano. Era uma espécie de herói, corajoso ao ponto de enfrentar o poderio do inimigo dos judeus. O povo se identificava com ele.

Do outro lado, estava Jesus. Corpo dilacerado, ensangüentado. O retrato da “fragilidade” humana ante a crueldade de seus algozes. Os dias de curas, milagres, sermões impactantes haviam se apagado da memória do povo ensandecido. Não, aquele não era o herói que eles queriam. As pessoas não se pareciam com Jesus. O povo se parecia com Barrabás.

Talvez inspirados no episódio bíblico, muitos falsos líderes e falsos profetas têm levado vantagem em nosso tempo. Eles têm facilidade de vender um “Jesus” diferente do Jesus da Bíblia. Oferecem Barrabás disfarçado de “Jesus” e muitos crêem. Um falso Je sus que não fala de arrependimento ou de mudança. Um “Jesus” que é parecido com o mundo: vaidoso, ganancioso, egoísta e acomodado em seu pecado.

O Jesus da coroa de espinhos, da cruz, da carne mortificada, do negar-se a si mesmo não é atrativo para a maioria. Mas, o “Jesus” da “prosperidade”, esse sim, é irrecusável. É esse o “Cristo” que muitos almejam, o gênio da lâmpada, sempre disponível para satisfazer desejos.

Queremos um Jesus que se pareça conosco em vez de alguém que precisemos mudar para se parecer com Ele.

Nos evangelhos, o povo escolheu a Barrabás porque se parecia mais com ele do que com Jesus. Muitas vezes, agimos da mesma forma, como imitadores daquelas pessoas. Escolhemos o preso pecador, que se parece conosco, ao invés de Jesus, que exige de nós uma mudança de vida.

Pense nisso.

Dilma, Serra e Marina: Deus entrou na Eleição?

Depois do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais (jogando para o segundo turno a disputa) uma certa polêmica emergiu: a influência da religião na política. É que como ficou evidente, a candidata do PT Dilma Roussef viu escorregar pelos seus dedos o sonho de sagrar-se vencedora já no dia 03 de outubro, em razão de um bombardeio acerca do seu posicionamento sobre o aborto, graças às denúncias feitas pelos chamados “religiosos”.

A revista Época também traz nessa semana como matéria de capa o título “Deus entrou na eleição”, em que debate sobre esse mesmo tema. Eis um trecho da reportagem:

“Agora, atônito, o mundo político discute que tipo de efeito a discussão sobre valores religiosos terá sobre a votação de 31 de outubro. E como ela afetará o Brasil no futuro. Tradicionalmente, o cenário político brasileiro tem sido dominado por temas de fundo econômico – como inflação, desemprego, previdência e salário mínimo – ou social – como pobreza, segurança, educação e saúde. Mas a elevação do padrão de vida dos pobres e a superação das necessidades elementares de sobrevivência podem ter começado a abrir espaço para aquilo que, em democracias mais maduras, é conhecido como “agenda de valores”. Ela reúne temas como fé, aborto, eutanásia, ensino religioso, casamento entre homossexuais ou pesquisas com manipulação genética. “Ninguém mais vai se eleger para um cargo executivo facilmente com um programa que prevê a legalização do aborto”, afirma Ary Oro, estudioso de religião e política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “É impossível ignorar a força numérica, demográfica e eleitoral da religião.”
 
De fato, o que se percebe neste momento não é simplesmente a influência da religião da política, mas sim um debate mais maduro, com temas que envolvem fé, aborto, eutanásia, ensino religioso, casamento entre homossexuais ou pesquisas com manipulação genética. Ora, nas eleições presidenciais anteriores o Brasil nunca discutiu nada. O ponto mais importante sempre foi o carisma do candidato. E agora, quando se elege temas como esses, estão querendo mudar o foco da discussão? Ah. Façam-me o favor.

Dona Dilma está tentando se esquivar daquilo que sempre defendeu: ser favorável ao aborto. Quero ver até onde vai a sua habilidade de desmentir o passado e mudar os registros da história.

As pedras estão clamando



Esquanto pastores evangélicos tiram proveito financeiro durante as eleições, vendendo a igreja em troca de benefícios materiais, sem medir as conseguências desta maldade e ganância, as pedras de Deus começam a clamar.
Assista o vídeo. Vale a pena!

Dilma vai dar um tiro no pé

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


05 de Outubro de 2010
(Marcelo de Moraes)

'Se mentir sobre o aborto, ela vai dar um tiro no próprio pé', diz deputado baiano.

Luiz Bassuma, eleito deputado federal pelo PT da Bahia, mudou-se para o PV quando a antiga legenda o suspendeu por ser contra legalização do aborto.
 
Em setembro do ano passado, o deputado federal Luiz Bassuma teve suspensos seus direitos partidários dentro do PT pelo prazo de um ano por decisão da direção nacional da legenda. O motivo: era contra a orientação do partido a favor da legalização do aborto. Integrante da Frente Parlamentar em Defesa da Vida, Bassuma preferiu pedir sua desfiliação do PT, entrando no PV de Marina Silva e disputando o governo da Bahia pelo partido.

Agora, com a questão da legalização do aborto tirando votos da candidata Dilma Rousseff, Bassuma critica o que considera mudança de opinião da petista em relação ao assunto. "Acho que vai piorar a situação dela se mentir sobre o aborto por razões eleitoreiras. Vai ser um tiro no próprio pé", afirma.

O senhor foi punido pelo PT por ser contra a legalização do aborto. Agora, esse tema passou a ser um dos principais problemas da campanha presidencial de Dilma Rousseff e o PT se esforça para dizer que não defende a proposta. Qual é a sua avaliação sobre isso?

Ninguém pode apagar a história. Fui punido com um ano de suspensão pelo PT apenas por querer continuar a favor de uma ideia que sempre defendi. Não queria que ninguém pensasse igual a mim. Só queria que o partido respeitasse meu direito de ter opinião diferente.

O senhor acha que o PT agiu errado com o senhor?

Cumpri quatro mandatos pelo PT e um dos motivos que me fizeram ser filiado ao partido era justamente o artigo interno que permitia aos integrantes terem direito à liberdade de opinião, de religião, de pensamento. Comigo não valeu.

O senhor acha que há setores do partido que realmente são contra o aborto?

É possível. Mas fui punido quase por unanimidade pela direção do partido por ser contra a proposta. Dilma era a ministra chefe da Casa Civil na ocasião. Durante a análise do meu caso, o PT deixou claro que é a favor da legalização e não concordo.

Nos últimos dias, a candidata Dilma tem negado publicamente ser a favor do aborto. O PT, então, deveria propor uma punição interna para ela como fez no caso do senhor?

Acho que eles têm que assumir a verdade e dizer o que pensam sobre o assunto. Vai piorar a situação dela se mentir sobre o aborto por questões eleitoreiras. Vai ser um tiro no próprio pé. Na minha opinião, ela é materialista. O presidente Lula não. Todo mundo sabe que ele realmente tem uma posição diferente. Ele sempre disse que era contra o aborto.

Esse tratamento mais flexível do PT sobre o tema faz com que o senhor se sinta injustiçado por ter sido punido?

Pelo contrário. Eu me sinto honrado por ter sido suspenso pelo PT por ter defendido a vida. Essa é a bandeira da minha vida. Minha principal causa política. E o PT não respeitou esse meu direito. Envergonhado eu estaria se tivesse defendido o mensalão. Eu acho que o aborto significa matar uma vida.

Sua candidata, a senadora Marina Silva, está fora do segundo turno. Entre José Serra e Dilma Rousseff, quem o senhor pretende apoiar no segundo turno?

O PV e Marina ainda vão definir suas posições sobre a sucessão presidencial. Mas eu vou votar e fazer campanha por José Serra em Salvador. Já estou anunciando esse meu apoio publicamente.

Marco Feliciano e Dilma Rousseff: Uma dupla de matar (de rir)

Dia 08 de Outubro, sexta-feira, foi feita uma "pajelança" em favor da candidatura oficial no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Passaram por lá, entre outros, Ciro Gomes (aquele que disse que Serra é mais preparado do que Dilma), Mercadante, Celso Russomano, Luiza Erundina e... surpresa! Marco Feliciano. Chamado a discursar em defesa da candidata, eis a sua pérola que a imprensa registrou:

"Nesse regime não vai ter assassinato de criança, não vai ter maldades nesse regime (sic). Vou repetir o que os petistas me disseram: vamos primar pelos costumes cristãos deste país. O Brasil continuará cristão".

De pregador triunfalista a demagogo foi só uma eleição. Ele apenas repetiu o que os petistas lhe disseram. Muito crédulo esse rapaz! E olha que ainda não tomou posse!

Deus entrou na Eleição: Matéria da Revista Época

Como o debate sobre Deus e o aborto interfere no segundo turno das eleições e pode inaugurar uma nova fase na política brasileira.

A religião não é um tema estranho às campanhas políticas no Brasil. A cada par de eleições, o assunto emerge da vida privada e chega aos debates eleitorais em favor de um ou outro candidato, contra ou a favor de determinado partido.

Em 1985, o então senador Fernando Henrique Cardoso perdeu uma eleição para prefeito de São Paulo depois de um debate na televisão em que não respondeu com clareza quando lhe perguntaram se acreditava em Deus. Seu adversário, Jânio Quadros, reverteu a seu favor uma eleição que parecia perdida. Quatro anos depois, na campanha presidencial que opôs Fernando Collor de Mello a Lula no segundo turno, a ligação do PT com a Igreja Católica, somada a seu discurso de cores socialistas, fez com que as lideranças evangélicas passassem a recomendar o voto em Collor – que, como todos sabem, acabou vencendo a eleição.

Esses dois episódios bastariam para deixar escaldado qualquer candidato a um cargo majoritário no país. Diante de questões como a fé em Deus, a posição diante da legalização do aborto ou a eutanásia, ou o casamento gay, o candidato precisa se preparar não apenas para dizer o que pensa e o que fará em relação ao assunto se eleito – mas também para o efeito que suas palavras podem ter diante dos eleitores religiosos. Menosprezar esse efeito foi um dos erros cometidos pela campanha da candidata Dilma Rousseff, do PT. Nos últimos dias antes da eleição, grupos de católicos e evangélicos se mobilizaram contra sua candidatura por causa de várias declarações dela em defesa da legalização do aborto.

Numa sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, em 2007, Dilma dissera: “Olha, eu acho que tem de haver a descriminalização do aborto”. Em 2009, questionada sobre o tema em entrevista à revista Marie Claire, ela afirmou: “Abortar não é fácil pra mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização. O aborto é uma questão de saúde pública”.

Finalmente, em sua primeira entrevista como candidata, concedida a ÉPOCA em fevereiro passado, Dilma disse: “Sou a favor de que haja uma política que trate o aborto como uma questão de saúde pública. As mulheres que não têm acesso a uma clínica particular e moram na periferia tomam uma porção de chá, usam aquelas agulhas de tricô, se submetem a uma violência inimaginável. Por isso, sou a favor de uma política de saúde pública para o aborto”.

Tais declarações forneceram munição para uma campanha contra Dilma que começou nas igrejas, agigantou-se na internet e emergiu nos jornais e na televisão às vésperas do primeiro turno. Foi como se um imperceptível rio de opinião subterrâneo se movesse contra Dilma. Esse rio tirou milhões de votos dela e os lançou na praia de Marina Silva, a candidata evangélica do PV. Segundo pesquisas feitas pela campanha de Marina, aqueles que desistiram de votar em Dilma na reta final do primeiro turno – sobretudo evangélicos – equivaleriam a 1% dos votos válidos. Embora pequeno, foi um porcentual que ajudou a empurrar a eleição para o segundo turno, entre Dilma e o candidato José Serra, do PSDB. Mais que isso, a discussão sobre a fé e o aborto se tornou um dos temas centrais na campanha eleitoral.

A polêmica religiosa deu à oposição a oportunidade de tomar a iniciativa na campanha política, pôs Dilma e o PT na defensiva e redefiniu o segundo turno. Na sexta-feira, quando foram ao ar as primeiras peças de propaganda eleitoral gratuita, o uso da carta religiosa ficou claro. Dilma agradeceu a Deus, se declarou “a favor da vida” e disse que é vítima de uma “campanha de calúnias”, como ocorreu com Lula no passado. O programa mencionou a existência de “uma corrente do mal na internet” contra ela. Serra se apresentou como temente a Deus, defensor da vida e inimigo do aborto (apesar de seu partido, o PSDB, ter apresentado nos anos 90 um projeto de legalização do aborto no Senado). Pôs seis grávidas em cena e prometeu programas federais para “cuidar dos bebês mesmo antes que eles nasçam”.

Agora, atônito, o mundo político discute que tipo de efeito a discussão sobre valores religiosos terá sobre a votação de 31 de outubro. E como ela afetará o Brasil no futuro. Tradicionalmente, o cenário político brasileiro tem sido dominado por temas de fundo econômico – como inflação, desemprego, previdência e salário mínimo – ou social – como pobreza, segurança, educação e saúde. Mas a elevação do padrão de vida dos pobres e a superação das necessidades elementares de sobrevivência podem ter começado a abrir espaço para aquilo que, em democracias mais maduras, é conhecido como “agenda de valores”.

Ela reúne temas como fé, aborto, eutanásia, ensino religioso, casamento entre homossexuais ou pesquisas com manipulação genética. “Ninguém mais vai se eleger para um cargo executivo facilmente com um programa que prevê a legalização do aborto”, afirma Ary Oro, estudioso de religião e política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “É impossível ignorar a força numérica, demográfica e eleitoral da religião.”

Silas Malafaia bipolar: Volta para Cristo, Malafaia!

O Malafaia parece que perdeu mesmo o rumo. Nunca vi alguém dar tanto tiro no pé com essa freqüência.

Primeiro ele trai o Evangelho de Cristo vendendo um "evangelho de prosperidade monetária". Agora ele se posiciona contrário a candidata Marina Silva. A menos de uma semana das eleições, os meios de comunicação noticiaram uma “bomba” para o meio evangélico às vésperas do pleito que escolherá, entre outros cargos, o presidente de nosso querido Brasil.

O megaempresário Silas Malafaia (recuso-me a chamá-lo pastor), dono da Assembléia de Deus Vitória em Cristo, homônima de seu programa de TV, voltou atrás de sua declaração de voto em Marina Silva, por “descobrir” que ela apóia, entre outras coisas, um plebiscito nacional em questões controversas como o aborto e a descriminalização da maconha.

Ora, será que só agora o Malafaia descobriu o que Marina vem dizendo desde o início da campanha? Das duas uma: ou este senhor é um camarada totalmente alienado dessas discussões ou há algum outro grande interesse por trás dessa sua decisão. Como há algum tempo Malafaia tem buscado o título de super-herói gospel brasileiro, infelizmente minha conclusão é que a segunda opção tem mais chances de ser a correta.

Aliás, mudar de idéia conforme os interesses parece ser uma constante na vida do Malafaia. Quando a teologia da prosperidade assolava as igrejas brasileiras, ele foi um dos primeiros pastores a “comprar a briga” contra esse mal que invadiu nossos púlpitos, dizendo com toda a sua peculiaridade verbal e gestual que “pastor que promete benção material em troca de ofertas era safado e pilantra!”, mas... logo depois que as coisas começaram a apertar pro lado de suas megaempresas, Malafaia foi enfático em dizer que “planta oferta na casa do Senhor para colher bênçãos materiais” e ainda chamou de “trouxa” quem oferta por amor. Será que o Silas é safado e pilantra? Acho que ele mesmo respondeu.

Depois voltou suas forças contra o G-12, quando ainda era um movimento forte sim, mas sem expressão “numérica” (entenda-se financeira)... mais uma vez o querido empresário “mudou de idéia”, aliando-se aos grandes nomes do G-12 (ou M-12) no Brasil... apresentando-os como “homens de Deus”.

É... pelo visto o conhecido ex-bigodudo dança conforme a música, ou conforme as “po$$ibilidades” que lhe são apresentadas.

Chamar Marina Silva de “cristã dissimulada” foi um disparate. Malafaia, é óbvio, não é a favor da democracia. Se pudesse, ele e seus aliados colocariam um “Aiatolá gospel” no poder, que é o grande sonho dos messiânicos evangélicos nesse país.
Creio que Marina não perdeu um “aliado”, mas ganhou mais respeito ainda entre aqueles que prezam pela democracia e pelo direito de TODOS. Que bom que o Malafaia “mudou de lado”, isso me faz mais ainda ter vontade de ver Marina presidente!

Só espero, de coração, que este empresário, um dia realize a grande mudança de sua vida... aquela que é “sem volta”... que ele mude para a graça de Deus, que pare de pregar esse arremedo de evangelho que prega, atrás de dinheiro e voando pra lá e pra cá em seu “simples jatinho”.

No mais, não me espanta a mudança... esse tipo de coisa é o que se espera de alguém que não tem valores, moral e palavra!

Que Deus tenha misericórdia de nós.

O Caráter do Político Astuto: falsa religiosidade !


É incrível como muitos políticos, mesmo desrespeitando os mais elementares princípios éticos, pretendem, em ocasiões oportunas, demonstrar religiosidade e devoção.

Mas tudo não passa de casuísmo, por parte dos políticos. Eles procuram costurar alianças. Procuram trafegar pelas igrejas realizando os seus contatos, mas a fachada é a sua devoção religiosa.

Pelo amor ao poder, antigos ateus declarados, se apresentaram como religiosos devotos. No campo evangélico deve haver uma grande conscientização de que existe uma significativa força eleitoral e política. Na busca pelo voto evangélico, muitos se declaram adoradores do Deus único e verdadeiro. Não nos prendamos às palavras, mas examinemos a vida e as obras de cada um, à luz das idéias que defendem. Vejamos também se as propostas apresentadas se abrigam ou contradizem os princípios da Palavra de Deus.

Acorda povo de Deus.

ELEIÇÕES 2010: A CONVENIÊNCIA DO PODER TEMPORAL E A INGENUIDADE (OU CONIVÊNCIA) DE IGREJAS E LÍDERES CRISTÃOS

A história está aí para nos ensinar grandes lições, mas muitos insistem cegamente e loucamente em repetir o erro.

A Igreja Evangélica no Brasil é na atualidade, sinônimo de votos e da possibilidade de se manter no poder para muitos políticos. As estratégias destes políticos oportunistas vão desde a criação de datas especiais, até a "compra" de líderes evangélicos através de: cargos comissionados, ajudas financeiras extra-oficiais, beneficiamento de filhos e parentes como assessores, eventuais benefícios e doações feitas à igreja local (terrenos, imóveis, concessões de rádio e tv etc.).

Infelizmente, os exemplos da história não foram suficientes para libertar muitos líderes e igrejas da "sedução constantiniana" de conquistar o poder temporal, ou de se deixar ser por ele conquistado numa relação de vergonhosa promiscuidade.

Muitos líderes já estão "amarrados" politicamente para as próximas eleições, através de acordos de bastidores, que em breve serão enfiados "guela" (ou garganta) abaixo em muitas igrejas (a não ser que já sejam coniventes com a prática).

Insisto que precisamos rever nossa relação com o poder temporal, pois somente desta maneira, líderes e igrejas poderão manter sua autoridade espiritual e profética para testemunhar do Evangelho de Jesus, que não negocia sua essência. É possível ser politizado sem se vender. É possível ser íntegro. É possível ser cristão.

Em muitos países na atualidade, cristãos continuam sendo perseguidos e mortos, em outros são apenas tolerados, enquanto aqui no Brasil são (ou permitem-se ser) usados, abusados, explorados e comprados

Motivos porque eu não voto em Dilma Rousseff

Como todo cidadão brasileiro tenho me inquietado com os rumos da nação. Em outubro, o Brasil elegerá o próximo presidente da república que nos governará pelos próximos quatro anos. Dentre os canditados a presidência, confesso que um deles me preocupa, a Sra. Dilma Rouseff. Na verdade, Dilma não possui preparo e qualificação suficiente para excercer o cargo mais importante do Brasil, isto sem falar que ela possui um temperamento autoritário, que segundo o presidente Lula, a levava a maltratar os ministros brasileiros. Junta-se a isso o fato de que Dilma nunca foi eleita para nenhum mandato público, nem tampouco, ocupou um cargo de peso, como o de governadora ou prefeita, portanto, não tem experiência politico-administrativa relevante.

O passado de terrorista não a recomenda, ela tem o hábito de mentir e não tem muito apreço pelo estado de direito e pelas leis, basta ver a campanha antecipada ilegal que protagonizou. Para piorar a situação, Dilma recebeu apoio do presidente Hugo Chávez. Há pouco o ditador venezuelano afirmou que quer a vitória de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais do Brasil, porque ela é sua "amiga" e os dois tem "muita empatia". A mesma empatia e amizade que ele tem com Ahmadinejad e os irmãos Castro.

Caro leitor, Dilma me dá medo. Confesso que só de pensar na possibilidade desta senhora vir a ser eleita presidente do Brasil, meu coração se angustia.

Que Deus ilumine o povo brasileiro e nos conceda sabedoria na escolha do dirigente desta nação.

Pense nisso!

Fazemos qualquer negócio!



 



 Na década de 80, o famoso comediante Chico Anísio tinha um programa humoristico na televisão Chamado "Escolinha do Professor Raimundo." Na época, um dos personagens que mais chamava a atenção era o Samuel Blaustein, que sempre que entrava em cena dizia: "Fazemos qualquer negócio."

Pois é, o quadro em questão me faz lembrar de algumas pessoas que no afã de alcançarem seus objetivos pessoais mentem descaradamente! Para estas, a mentira faz parte do negócio, afinal de contas o que importa é atingir seus objetivos pessoais. Um exemplo claro disso é a candidata do PT Dilma Rousseff, que para ser eleita, é capaz de jurar de "pés juntos" que é católica praticante. Ora, todos sabemos que Dilma nunca foi religiosa, e que já afirmou inúmeras vezes ser marxista. Em uma entrevista a Folha de São Paulo, ela até defendeu o aborto, só que agora, em virtude da pressão da sociedade, que é desfavorável ao assassinato de crianças, Dilma nega isso, só faltando afirmar para os eleitores brasileiros que é "filha de Maria."

Infelizmente nossa sociedade encontra-se tão adoecida, que para atingir os seus objetivos se faz "qualquer negócio" Na verdade, parece que vivemos debaixo de uma síndrome, onde o que é importa é prevalecer sobre o outro, independente de que pra isso precisemos mentir.

Como cristãos somos desafiados a não vivermos segundo as regras deste sistema. De maneira alguma podemos permitir que valores antiéticos e amorais conduzam nossas vidas.

Na perspectiva bíblica jamais nos será permitido negociarmos o inegociável, nem tampouco, instrumentalizarmos as pessoas com vistas ao nosso sucesso pessoal. Os pressupostos do reino nos motivam a vivermos uma vida justa, reta e equânime, onde nem sempre venceremos.

Pense nisso!

Youtube censura vídeo do Pastor Piragine












A Revista Veja acaba de anunciar que o vídeo protagonizado pelo pastor Pascoal Piragine que foi publicado no YouTube e que já foi visto, por aproximadamente quatro milhões de pessoas foi censurado. No vídeo , o pastor Paschoal Piragine Jr., da Primeira Igreja Batista da Curitiba, expõe os motivos por que os evangélicos, segundo ele, não devem votar no PT— e a descriminação do aborto é uma delas.

Bom, o que acontece é que o Youtube passou a pedir senha ou registro para que o vídeo possa ser acessado. Lê-se a seguinte mensagem: “Segundo a sinalização da comunidade de usuários do YouTube, este vídeo ou grupo pode ter conteúdo impróprio para alguns usuários”.

Ué? Censura? O vídeo foi censurado? Por que agora estão pedindo senha? Caro leitor, será que não vivemos em um país livre? Porventura, a constituição brasileira não concede ao cidadão brasileiro, liberdade de opinião e expressão?

Lamentável isso! Extramamente lamentável. Impor censura a opinião de quem quer que seja é ultrajante e vergonhoso.

Ontem no Jornal da Record passaram uma entrvista da Dilma e de toda a sua equipe montada para a campanha (cujo líder, além do próprio Lulalá, é o intrépido Ciro Gomes) dizendo que a primeira meta do segundo turno é "desfazer boatos religiosos" a respeito da Dilma. Sim, o empenho será em abafar as manifestações livres e legítimas dos que defendem a vida.

Pelo visto já começou!

P.S. O video do pastor Piragine está postado aqui no blog. Veja nos arquivos do mês de Setembro.

A alma do negócio está em alta no meio Evangélico

Chega a ser cômico a atitude de certos líderes religiosos e pregadores que usam de jogada de marketing para se auto-promover, usando, claro, a máscara de “homens de Deus propagando o Evangelho”. Seria como dizer que Jesus precisa de propaganda para que vidas sejam alcançadas por Ele, ou que uma forcinha publicitária é sempre bem-vinda em nome “do Reino”.

Não pensem que estou pondo no mesmo saco todos os pregadores itinerantes. Não é isso. Apenas chamo a atenção dos crentes pensantes para que avaliem a postura dessas pessoas. É pelo fruto que se conhece a árvore. Acho estranho, por exemplo, líderes sem igreja ou que se auto-proclamam profetas com certo ar de soberba; ou pregadores que mais parecem comediantes do tipo stand-up.

Certa vez, um irmão relatou-me ter sido testemunha de um episódio protagonizado por um pregador que, ao fim da mensagem, “profetizou”: “Deus está me revelando que as 40 primeiras pessoas que comprarem o meu DVD vão receber uma bênção especial”. Fala sério?!

Na mesma linha, vi (ninguém me contou) um certo pregador famoso (e adepto de suspensórios) pronunciar, durante um grande evento a céu aberto, a seguinte pérola: “E aí, gostaram? Pois aqui é como num restaurante, primeiro a gente se alimenta, depois tem de pagar a conta”.

Um pastor amigo meu conta como sendo história verídica o caso de uma igreja que afixou na porta o seguinte cartaz: “Aqui o dízimo é só 7%”.

E aqueles anúncios que dão ordens a Deus? Esses são ótimos: “A cruzada vai ser do fogo: Deus vai curar, Deus vai operar, Deus vai abençoar, Deus vai fazer isso e aquilo outro”... Só faltam dizer “...e aí Dele se não fizer o que eu estou dizendo para Ele fazer”.

Em meio à onda de marketing que vem impregnando o Evangelho país afora, oro pela preservação da Palavra pura e simples; pelo fortalecimento de igrejas sérias e comprometidas com a verdade de Jesus; por pregadores que não se vendam aos apelos de Mamon; por missionários genuínos (e louvo a Deus porque há muitos espalhados pelo mundo), cheios da graça, incorruptíveis, firmados na Rocha Eterna. Vibro quando vejo um pregador falar com humildade e graça, cristrocentrando seu sermão na mensagem da cruz, do sangue, da graça, do arrependimento, da mudança, da salvação em Jesus.

Candidata Dilma está mentindo

Preocupada com a perda de votos entre cristãos, atribuída por sua campanha à polêmica sobre o aborto, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reuniu padres e pastores, em Brasília, para negar já ter defendido a interrupção da gravidez.
Diante de 27 líderes de denominações cristãs - católicas e evangélicas -, Dilma desmentiu categoricamente que algum dia tenha afirmado ser a favor do aborto.

É, pelo que parece, Dilma convenceu o pastor José Wellington, presidente das Assembleias de Deus no Brasil, que imediatamente fechou com o PT.



Amados(as), na hora de votar, escolha consciente. Avalie, analise propostas, não se deixe levar por influências e, principalmente, movido pelo inconsciente coletivo. Vote em alguém que você confie, que você acredita, que possa representar bem os seus ideais. Valores cristãos e temor a Deus são, sem dúvida, bons requisitos, mas não bastam. Precisa ter vocação para a vida pública, ter preparo para desempenhar esse papel e, sobretudo, ser sincero.

O lamentável é saber que palanques e igrejas estão cheios de ótimos atores. Mas, como diz a Palavra: “...nada há encoberto que não seja revelado. . . " (Lucas 12:2)”.