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Socorro! Os Levitas Voltaram


Como tirados de folhas amareladas pelo tempo, eles surgem para atrapalhar a já atrapalhada igreja evangélica de nossos dias. São os “levitas”, os grandes homens e mulheres que ministram louvor em várias igrejas pelo país.

Um pouquinho só de conhecimento bíblico já nos faz ver que por trás disso tudo há um grande equívoco. Um movimento re-judaizante, com fortes tendências neo-pentecostais traz em seu bojo, figuras como essa, tema de nosso breve comentário.

Quem se diz levita, não sabe o que está dizendo. Creio que o desejo de ser levita surge, antes de qualquer coisa, de uma vontade de possuir títulos nobres, o que é bem comum em nosso meio. Apóstolos, Bispas, Bispos, que assim se auto-denominam são comuns em nossos arraiais. Gente que carece de profundidade bíblica e de seriedade no modo de encarar a verdade revelada. Gente que fica buscando no Velho Testamento coisas que já foram abolidas há muito tempo, há pelo menos 2.000 anos.

Esse movimento de levitas é um caso clássico que vivenciamos em nosso tempo. Pessoas que mal chegam a estar na frente da igreja dirigindo cânticos, e já se sentindo “levitas”. Já tive problemas por causa disso... fui dizer que não éramos levitas... e foi terrível, e isso numa igreja histórica.

As pessoas precisam disso, afinal, ser levita é ser especial, ser diferente da simples massa mortal que assiste ao culto (isso mesmo!! As pessoas não participam, assistem ao culto). Ser levita é fazer parte daquele grupo seleto, pessoas que surgiram lá no Antigo Testamento, ficaram omissos por 2.000 anos e agora ressurgem assustadoramente. Pra gente assim, sugiro uma leitura rápida (nem precisa ser muito profunda) do livro de Hebreus. Se restar alguma dúvida, leia novamente... se ainda tiver alguma dúvida, sugiro que procure a Sinagoga mais perto de sua casa! Creio que deve se sentir bem lá!!

Nosso meio musical tem passado por momentos terríveis ultimamente... é uma enxurrada de coisas de baixa qualidade (que alguns insistem em chamar de música) que somos obrigados a ouvir tanto nas rádios que se dizem evangélicas, como nas igrejas. Há cânticos que não dizem absolutamente NADA!!! Cantamos porque o ritmo é gostoso, às vezes agitado, às vezes meloso, mas não dizem nada! Há cânticos até heréticos! A coisa é séria !!!

Que saudades de Guilherme Kerr... que pena nossa juventude não ouvir tanto Vencedores Por Cristo, Logos, etc. Gente comprometida não só com a qualidade da melodia, mas também com letras sadias, bíblicas, que nos fazem bem... E graças a Deus, por pessoas comprometidas com esse trabalho sério como João Alexandre, etc.

Engraçado é que nunca vi nenhum deles arrogando o título de “levitas”. Não precisam ! São sérios, comprometidos... não vivem atrás de títulos, nomes, caras e bocas...

Tenho medo de onde podemos parar com essas esquisitices que a cada dia surgem em nosso meio. Tenho medo que aqueles que são comprometidos com algo de mais conteúdo fiquem esquecidos, sendo trocados pelos “levitas” cheios de si e vazios de conteúdo e de mensagem. E tenho mais medo ainda, que com esse movimento re-judaizante, daqui a alguns dias eu seja obrigado a sair de casa para o culto levando não só a Bíblia, mas também um carneirinho para ser sacrificado no altar dos holocaustos...

Que Deus tenha misericórdia...

Apóstolo Valdomiro Santiago agora quer 30% (trinta por cento).

Resolvi ligar a TV para ver o que estava passando na telinha gospel; depois de escutar por trinta minutos o Valdomiro Santiago falando sobre um tal saquitel abençoado e lançando um DESAFIO, e põe desafio nisso, é assim:

Neste mês os fiéis devem fazer um pacto de fé e dar trinta por cento para a obra de Deus, a Igreja Mundial é claro, isso porque em todo o tempo estava aparecendo o número da conta da igreja.

Até aí a gente até engole (não vou dar mesmo) , mas repentinamente ele pede que o pessoal mande suas cartas com seus projetos (isso porque ele quer ter a certeza de quantos irão doar) e ele Valdomiro vai subir 3 noites no monte com as cartas, 3 noites para representar a trindade, e os 30% é exatamente para representar a trindade, aí foi o cúmulo do absurdo.

Já na Rede Record estava os bispos Universais benzendo o copo com água para dar força para os ‘bebuns de água benta’, isso porque ele apresentava a CORRENTE DOS 70 COM O MANTO SAGRADO DE ISRAEL - caramba, eles tem uma imaginação muito fértil.

Ainda tinha os testemunhos da Fogueira Santa de Israel.

É, e tinha também a Noite da Força Interior, com o convite a todos os espíritas, muçulmanos, romanos, macumbeiro etc, todos convidados a buscarem a força interior, até parece que assistiram o Filme “Guerra nas Estrelas” - “Que a força esteja com você”.

E a pessoa precisa Tomar o Banho das Sete Águas na sexta feira e é descrito assim:

- A água do Mar: É salgada e traz o sabor e a conservação.

- A água do Lago: é calma e neutraliza as ações do mal.

- A água do Rio: Está sempre correndo, para que sua vida avance.

- A água da Torneira: é tratada e saudável, você receberá um tratamento que pela fé vai trazer a saúde para sua vida.

- A água da Fonte: representa purificação, a sua vida será purificada.

- A água da Chuva: não depende do homem, para que você dependa somente de Deus.

- A água da Cachoeira: tem o poder de derrubar os obstáculos em sua vida.

A água destes 7 locais tem uma influência específica e definitiva! Assim em um ato de fé faremos o Banho das 7 Águas para a limpeza espiritual daqueles que se sentem vítimas de uma atuação do mal.

Será isso Boacumba?

O que está acontecendo com o Evangelho do Senhor Jesus?

Volto ao Valdomiro, lá está o homem batendo na tecla do trízimo.

Calma, ele explica, por causa da trindade, é 10% para o Pai, 10% para o Filho e 10% por cento para o Espírito Santo e ele, Valdomiro vai para o monte 3 dias representando a trindade com os sacos de cartas nas costas, isso é ele quem disse, é o fim ou não é?

Comecei a digitar essas letras para a postagem aqui no site e mostrar minha indignação a essa miséria que nada acrescenta a alma perdida no pecado.

Sou bereano, e assim disse Jesus: “Acautelai-vos que ninguém vos engane”.

No final você me pergunta indignado: E os testemunhos de cura do Valdomiro? Você não diz nada?

"Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz.

Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras." IICo 11.13-15

Só me resta orar ao Senhor que me ajude a não abandonar a Palavra por ouro.

Igrejas templos de tijolos

Sempre se encontra pessoas que afirmam ser de tal igreja evangélica, que vão a determinada igreja evangélica, que seu pastor é fulano...

Mas, onde encontramos este modelo de igrejas nas Sagradas Escrituras??

Como podemos classificar em nosso tempo presente o que estamos presenciando como testemunhas de um sistema religioso onde, nitidamente é utilizada a Palavra de Deus...

... não para levar as Boas Novas...

... não para pregar o evangelho de Cristo...

... não para ensinar as gentes os ensinamentos de Jesus!

... mas, indo de encontro a este sistema eclesiástico aos moldes medievais, a venda de indulgência, onde, como outrora, prevalece a usurpação a fé alheia...

... na barganha dizimista ou a tentativa de se comprar bênçãos materiais por ofertas de amor, em vão, o enriquecimento jamais cairá dos céus!

Lotam estes locais, milhares frequentam tais templos de tijolos, onde se assenhoreia de homens avarentos que visualizam neste povo, chamado de evangélico, sedento de riquezas, um comércio lucrativo!

Homens que sustentando títulos, enobrecem em serem conhecidos por bispos, pastores, apóstolos, reverendos, verdadeiras hierarquias religiosas criadas pelos homens...

... mas, somente Jesus é o único Pastor!! Deus não habita em templos feitos pelas mãos dos homens, templos de tijolos (1Coríntios 6).

Templos de tijolos, ditas, igrejas evangélicas, com bancos enfileirados na direção de um único e central local, o púlpito, deliberadamente mais alto que os demais... donde os que carregam títulos, proliferam ensinamentos para distorcer que o evangelho seja o anúncio da salvação através da pessoa de Jesus Cristo.

Cultos regrados a músicas, danças...

Voltamos a perguntar: onde encontramos este modelo e sistema de igrejas nas Sagradas Escrituras??

O evangelho de Cristo é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, e jamais será para se incentivar a doar ofertas em prol do enriquecimento e resolver problemas financeiros...

Porque no evangelho de Cristo se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.

Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens que detém este modelo e sistema de igrejas, onde se detêm a verdade em injustiça.

Porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu...

... dizendo-se sábios, tornaram-se loucos!

Evangélicos pagam, enriquecem pastores, igrejas, e querem que Deus os abençoe!!!

Eis uma verdade absoluta e ninguém têm como negar!!

Amontoam-se em igrejas, enquanto uma multidão passa fome e necessidades ao redor do luxo, da fartura, do conforto, da beleza arquitetônica, tecnologica, e prepotente de seus templos de tijolos.

Em seus shows de fé ou gospel, alguns apostólicos, pulam, dançam, alimentam-se das palavras doces de seus líderes religiosos que, em púlpitos iluminados com grandes despesas supérfluas e o gosto excessivo e do prazer, ostentam um ensinamento doutrinário distante da verdade do evangelho de Cristo.

Em uma recusa fingida a fazer ou aceitar algo, estes pastores fundamentalistas, em seus ternos de fino trato, acreditam em seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível, sem abrir-se, portanto, as premissas do diálogo, usam da membresia fiel, cega, surda, para seus ganhos, para enriquecimento ilícito da fé alheia, nas barbas de um governo que a tudo assiste e nada faz.

Pastores milionários, que desfilam poder, status, fama, adquiridos dos evangélicos que assistem a todo este enriquecimento, pois, são eles mesmos que fornecem as condições deste opulento mercado religioso, onde somente os pastores é quem lucra; o mundo dos evangélicos permeia-se com fantasia, barganha religiosa, tudo o que no mundo traz satisfação da carne disfarçado de Jesus, idolatria aos seus líderes e cantores, e pregações que-o-povo-quer-ouvir!!

Por certo que nosso tempo presente, transliterou-se para o religioso carnal, onde para alguns homens são pagas verdadeiras fortunas, no intuito de que outrem, os infelizes dizimistas e ofertantes a igrejas templos de tijolos possam supostamente obter algo de Deus!! Banal esta situação!!

Pela Bíblia, não há relato algum que transmite esta situação, não se encontra nas Sagradas Escrituras que alguém será abençoado por Deus se doar dízimos ou fizer ofertas para os templos de tijolos! Não somos nós que afirmamos tal situação degradante de sujeitar pessoas as contribuições firmadas em mentiras, pois que, não existem passagens bíblicas que afirmem sobre a obrigatoriedade de dízimos e ofertas para manutenção de pastores e igrejas templos de tijolos.

Aliás, não basta escolher versículos isolados para justificar esta ridícula situação de enriquecer pastores, é necessário uma análise pessoal de atitude, se realmente se está vivendo uma vida para Cristo ou se está se vivendo para receber de Cristo...

Jesus não precisa de dinheiro, mas, é certo que o pastor precisa do seu dinheiro!

A obra de Deus não precisa de dinheiro, mas, é certo que as igrejas templos de tijolos precisam do seu dinheiro!

Evangelizar pessoas não precisa de dinheiro, mas, é certo que programas de televisão precisam do seu dinheiro!

Pense bem! Reflita na Palavra de Deus! Nós precisamos pregar o evangelho de Jesus a todas as gentes, Paulo assim o fez, com dificuldades, naufrágios, prisões, perseguições...

Pedro, João, Tiago, os colunas da Igreja [Gálatas 2], também pregaram o evangelho de Jesus; e, nenhum deles relatou a necessidade de se enriquecer pastores e igrejas!

Muitos evangélicos crêem que ser próspero materialmente é ser abençoado, entretanto, o profeta Habacuque afirma o contrário; mesmo que tudo a nossa volta seja roubado, que não tenhamos nada por que alimentar, que nossos campos não produzam alimentos, mesmo assim, nos alegramos no Deus da nossa salvação [Habacuque 3]!

Infelizmente, hoje, ser evangélico é um oba-oba-religioso, milhares se acotovelam em templos de tijolos na busca de solução de problemas que jamais resolverão, pois, o evangelho é o anúncio da salvação; ser crente é ter uma vida de espiritualidade impar, voltada ao nosso próximo [Mateus 25.31-46], pois, Jesus em Seu ministério terreno não tinha onde recostar a cabeça [Mateus 8.20], e isto não é que esta sendo pregado nos púlpitos evangélicos!!

A sua, a minha, a nossa necessidade, é viver para Cristo, e não de Cristo!!!

Cadê a &%$$$*@&% da igreja????

Podem me chamar de herege, me excomungar, me mandar pra sessão de descarrego etc, mas aqueles símbolos do título equivalem a um palavrão, e bem feio.

Cadê a tal da igreja, que prega a felicidade, a riqueza, a conversão a um Cristo que tudo tem e tudo quer dar? Quem mora em São Paulo sabe do frio e da garoa incessante (além da chuva propriamente dita) que não dá trégua desde sexta-feira. Ontem foi um dia muito frio e hoje também, e enquanto nós, a “igreja”, nos aquecemos tomando um belo café ou chocolate quente, além daqueeeela refeição que, afinal, merecemos, dezenas de crianças (para não falar dos adultos) estão nesse exato momento passando fome e frio. Afinal, a culpa não é da igreja, é dessa cambada que não tem onde cair morto e ainda fica botando criança para sofrer no mundo. Mas tudo bem, como “igreja”, vamos orar por eles.

HIPÓCRITAS! MONSTROS! ASSASSINOS SILENCIOSOS! É isso que, como “igreja”, somos, pois a essa hora estamos louvando a Deus alegres e contentes nos cultos de terça-feira, não tendo olhos, ouvidos ou coração para nos colocar no lugar daqueles muitos que estão sofrendo nesse momento, não só os desalojados (que embora sofrendo ainda têm que ter cabeça para ir trabalhar no dia seguinte, senão podem perder o emprego e a situação ficar ainda pior, se é que isso é possível), mas todos os que há tempos estão nas ruas, bueiros, favelas, cortiços, abandonados pelo mundo. A igreja fala de salvação, mas sua salvação é apenas para os ricos e remediados. A igreja não vai evangelizar nas ruas, vai evangelizar nos lares, nos “cultos domésticos”, onde convidamos aqueles que têm uma vida igual ou parecida com a nossa, claro. Igreja desse jeito não precisa existir: melhor oficializar o “clube”, fechar a “igreja” e deixar de envergonhar o Evangelho.

Com sua hipocrisia e luta por seu próprio benefício, a “igreja” brasileira não salva, destrói vidas: torna ainda mais insensíveis os que já têm alguma propensão para o egoísmo, ao prometer-lhe todas as bênçãos de Deus em detrimento dos demais, e mata as esperanças daqueles que, com humildade, tentam se achegar a ela, mas são impedidos por conta de sua classe social. Dizer que a “igreja” não faz acepção de pessoas é ser ou muito inocente ou muito mentiroso.

A essa hora, essas famílias devem estar passando por mais uma tragédia. Se não bastasse seus poucos objetos jogados na rua, a chuva, o frio, a fome, a falta de um lugar para sequer descansar, ainda há a questão de estar chegando ao fim o prazo de 24 horas que a PM lhes deu para deixarem efetivamente o terreno. Mas isso não é um problema nosso, é?

Jesus só não volta hoje porque provavelmente não teria igreja nenhuma para levar consigo. Que possamos nos voltar a Ele enquanto houver tempo.

Esmagadora Minoria!

E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. (João 17:3)

É fácil ser honesto no mundo programado para a desonestidade? É fácil manter-se puro, num mundo poluído pela imoralidade e arrasado por filosofias existencialistas, que pregam e ensinam que tudo o que conta na vida é o “aqui e agora”?

A revista Vogue aumentou consideravelmente o número de seus leitores depois de uma grande campanha publicitária que declara: “Vogue é lida pela esmagadora minoria”. A mensagem transmitia a ideia de que o importante não era o número de leitores, mas a qualidades destes. Ser minoria não é problema se a minoria se tornar esmagadora.

O que Jesus estava querendo dizer em Sua oração intercessória, é justamente que Seu povo sempre seria a minoria, mas devia ser uma minoria esmagadora, capaz de revolucionar o mundo, Uma minoria que não fosse contaminada, mas que “contaminasse”, que não fosse influenciada, mais que influenciasse.

Repetidas vezes Ele afirmou essa mensagem ao usar as figuras do sal, que sendo a minoria em meio aos elementos que formam uma comida, é capaz de mudar completamente o sabor dela. Outra vez usou a figura da luz, que sendo apenas um raio insignificante, pode romper o poder das trevas que reinam num quarto escuro.

A esmagadora minoria!

Não Te peço que os tires do mundo, mas que os mantenhas sempre “esmagadora minoria”, capaz de refletir o Meu caráter para os homens.

Todos conhecem a oração do grande pregador Carlos Spurgeon:

Dá-me doze homens, homens importunos, amantes de almas, que não temam coisa alguma senão o pecado, e não amem coisa alguma senão a Deus, e abalarei Londres de extremo a extremo.

A esmagadora minoria de Gideão foi capaz de derrotar o inimigo. A esmagadora minoria dos cristãos primitivos foi capaz de levar o evangelho para todos os cantos do mundo conhecido daquele tempo.

Não tenha medo de formar parte da minoria, mas tenha certeza de que ela é “esmagadora”. Não tenha medo de que todos os seus colegas na faculdade saibam que você não fuma, não bebe e não usa drogas porque ama a Jesus. Não tenha vergonha de que todos os seus colegas de trabalho saibam que você não pode ter “aventuras” imorais porque ama a Jesus. Não sinta vergonha de ser honesto, de defender a virtude, de valorizar princípios, mesmo vivendo num mundo que o faz sentir-se na contramão da vida.

Faça de Jesus o centro de sua vida e permita que Ele viva em você as grandes virtudes do evangelho, sem falso moralismo, mas de maneira natural e autêntica.

ESTÁ INSUPORTÁVEL. . . !

Perdoem-me, irmãos, eu confesso a tão aguardada confissão de minha boca. Sim, eu confesso que não posso mais deixar de declarar a minha alma. Para mim é questão de vida ou morte. Perdoem-me, irmãos, mas eu preciso confessar.

Sim, eu confesso…

Está insuportável. Se eu não abrir a minha boca, minha alma explodirá em mim.

É insuportável ligar a televisão e ver o culto que se faz ao Monte Sinai, que gera para escravidão. Os Gálatas são o nosso jardim da infância. Nós nos tornamos PHDs do retrocesso à Lei e aos sacrifícios. Pisa-se sobre a Cruz de Cristo em nome de Jesus. Insuportável! Seja anátema!

É insuportável ver o culto à fé na fé, e também assistir descarados convites feitos em nome de Deus para que se façam novos sacrifícios, visto que o de Jesus não foi suficiente, e Deus só atende se alguém fizer voto de freqüência ao templo, e de dinheiro aos sacerdotes do engano e da ganância. Insuportável!

É insuportável assistir ao silêncio de todos os dantes protestantes—e que até hoje ofendem os cultos afro-ameríndios por seus sacrifícios, sendo que estes ainda têm razão para sacrificar, visto que não confessam e não oram em nome de Jesus—ante o estelionato feito em e do nome de Jesus, quando se convida o povo para sacrificar a Deus, tornando o sacrifício de Jesus algo menor e dispensável. Insuportável!

É insuportável ver o povo sendo levado para debaixo do jugo da Lei quando se ressuscitam as maldições todas do Velho Testamento, e que morreram na Cruz, quando Jesus se fez maldição em nosso lugar. Insuportável!

É insuportável ver que para a maioria dos cristãos a Lei não morreu em Cristo, conforme a Palavra, visto que mantêm-na vigente como “mandamento de vida”, mas que apenas existe para gerar culpa e morte, também conforme a Escritura. Insuportável!

É insuportável ver e ouvir pastores tratando a Graça de Deus como se fosse uma parte da Revelação, como mais uma doutrina, sem discernir que não há nada, muito menos qualquer Revelação, se não houver sempre, antes, durante, depois, transcendentemente e imanentemente, Graça e apenas Graça. Misericórdia!

É insuportável ver a Bíblia sendo ensinada por cegos e que guiam outros cegos, visto que nem mesmo passaram da Bíblia como livro santo, desconhecendo a Revelação da Palavra da Graça do Evangelho de Deus. Insuportável tristeza!

É insuportável ver que os cristãos “acreditam em Deus”, sem saber que nada fazem mais que os demônios quando assim professam, posto que não estamos nesta vida para reconhecer que Deus existe, mas para amá-Lo e conhecê-Lo. Insuportável desperdício!

É insuportável enxergar que a mensagem do Evangelho foi transformada em guia religioso, no manual da verdade dos cristãos, mais uma doutrina da Terra. Insuportável humilhação!

É insuportável ver os que pensam que possuem a doutrina certa jamais terem a coragem de tentar vivê-la como mergulho existencial de plena confiança, mas tão somente como guia de bons costumes e de elevados padrões morais. Insuportável religiosidade!

É insuportável ver gente tentando “estudar Deus”, e a ensinar aos outros a “anatomia do divino”, ou a buscar analisar Deus como parte de um processo, no qual Deus está aprendendo junto conosco, não sabendo tais mestres que são apenas fabricantes de ídolos psicológicos. Insuportável sutileza!

É insuportável ver que há muitos que sabem, mas que nada dizem; vêem, mas nada demonstram; discernem, mas em nada confrontam; conhecem, mas tratam como se nada tivesse conseqüências… Insuportável…

É insuportável ver que se prega o método de crescimento de igreja, não a Palavra; que se convida para a igreja, não mais para Jesus; e que a cada cinco anos toda a moda da igreja muda, conforme o que chamam de “novo mover”. Insuportável vazio!

É insuportável ouvir pastores dizendo que o que você diz é verdade, mas que eles não têm coragem de botar a cara para apanhar, mesmo que seja pela verdade e pela justiça do evangelho do reino de Deus. Insuportável dissimulação!

É insuportável ver um monte de homens e mulheres velhos e adultos brincando com o nome de Deus, posando de pastores, pastoras, bispos, bispas, apóstolos e apostolas, sendo que eles mesmos não se enxergam, e não percebem o espetáculo patético no qual se tornaram, e o ridículo de suas aspirações messiânicas estereotipadas e vazias do Espírito. Insuportável jactância e loucura!

É insuportável ver Jesus sendo tratado como “poder maior” e não como único poder verdadeiro. Insuportável idolatria!

É insuportável ver o diabo ser glorificado pela freqüência com a qual se menciona o seu nome nos cultos, sendo que Paulo dele falou menos de uma dúzia de vezes em todas as suas cartas, e as alusões que Jesus fez a ele foram mínimas. No entanto, entre nós o diabo está entronizado como o inimigo de Cristo e o Senhor das Culpas e Medos. E, assim, pela freqüência com a qual ele é mencionado, ele é crido; e seu poder cresce na alma dos humanos, a maioria dos quais sabe apenas do Medo da Lei, e nada acerca da Total Libertação que temos da Lei e do diabo na Graça de Jesus, que o despojou na Cruz. Insuportável culto!

É insuportável ver seres humanos sendo jogados fora do lugar de culto por causa de comida, bebida, cigarro, roupa, sexualidade, ou catástrofes de existência. Isto enquanto se alimenta o povo com maldade, inveja, mentira, politicagem, facções, e maldições. Insuportável é coar o mosquito e engolir o camelo!

É chegada a hora do juízo sobre a Casa de Deus!

De Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará. A eternidade está às portas. Então todos saberão que não minto, mas falo a verdade, conforme a Palavra do Evangelho de Jesus.

Onde fica o PROCON dos crentes?

Anteontem, enquanto ia para ao centro da cidade, ouvi um senhor comentar bem alto após ler um daqueles folhetos colados em postes de iluminação com a promessa de fazer e desfazer qualquer tipo de “trabalho”: “Isso tudo é enrolação! Um amigo meu deu R$ 100,00 para um pai de santo para fazer a esposa voltar para ele e até agora nada, o idiota perdeu foi os R$ 100,00!” Confesso que, por dentro, também achei o cara citado um completo idiota, mas há pouco me achei um pouco idiota também, após ver uma propaganda no programa matinal da Assembléia de Deus do Bom Retiro.

E mais: se você não participou da edição do ano passado do evento, você pode comprar o avivamento e recebê-lo em sua casa!

A primeira pergunta que me passou pela cabeça: se esse é o nono congresso de avivamento da denominação, onde está esse avivamento que está sendo prometido a quem se inscreve há pelo menos 8 anos? O que São Paulo mudou nesse tempo? O que o Bom Retiro mudou nesse tempo? O que a igreja mudou nesse tempo? Ora, porque espera-se de um avivamento genuíno pelo menos uma mudança significativa no caráter individual e coletivo. Porém, tudo está como antes, ou até pior, se formos pensar bem.

A questão da venda do “avivamento” é tão explícita, que a inscrição no congresso é mais um “produto” do ADBRShop.

A propósito, o que as pessoas que comprarão o “produto” Avivamento Total receberão, de verdade? Avivamento, ou apenas uma maratona de pregações? E se for a segunda opção, não seria mais barato apenas e simplesmente visitar boas igrejas, onde com certeza a pregação seria de melhor qualidade da proporcionada no tal congresso, levando-se em conta as “estrelas” convidadas, e ainda por cima tudo sairia de graça? (pois não se engane: além dos R$ 50,00 da inscrição, em todas as noites do tal congresso serão levantadas ofertas da forma mais absurda possível, apelando para a fé e o amor dos fiéis a Cristo, e atrelando-as à obtenção de bênçãos especiais)

Ah, mas haverá o sorteio de um carro zero quilômetro!!! Aí a coisa muda de figura, né?

E por falar em estrelas, qual é o foco da propaganda do tal congresso? A mensagem de Cristo? Não! As “estrelas” do evento! Note que em nenhum momento fala-se em Jesus, em Deus, no Evangelho. Não fosse o nome da igreja que está realizando o evento, este poderia facilmente passar como um congresso de auto-ajuda. Jesus há muito deixou de ser o principal nas denominações: não se busca mais a Ele, mas aos seus “ungidos”, cada qual na sua especialidade – milagreiros, prosperadores, especialistas em assuntos de família, de cura, de abertura de portas, de libertação ou em profetadas. Assim, colocar o nome de Jesus na propaganda do evento não seria um bom negócio, pois o povão quer mesmo é ver os mesmos “ungidos” de sempre, passar algumas horas em êxtase emocional e voltar para casa com a alma lavada e o espírito de sempre, pronto para a volta do velho homem no final de tudo, afinal avivamento mesmo, esse está muito longe de acontecer e não é vendido por nenhum preço.

Esse é apenas um exemplo. Infelizmente, a grande maioria das denominações têm usado do mesmo artifício para inflamar seus eventos e aumentar seu caixa, seja na forma de congresso, noites de poder, vigílias do sobrenatural, cursos abençoadores. Cria-se a expectativa falsa de avivamento, as pessoas vão em um, vão no segundo, no terceiro, no quarto evento e, vendo que de verdade nada acontece, sua fé passa a esmorecer. Alguns até se desviam de Cristo, pois nesses eventos não se apresenta o verdadeiro Jesus, mas apenas promessas de vitória e poder, em nada diferentes às do pai de santo que vende seus “trabalhos” nos postes das ruas. No fundo, no fundo, vivemos um evangelho de macumbaria gospel, onde promete-se o sobrenatural a quem pode pagar (ou melhor, “tem fé suficiente”).

Onde fica o PROCON dos crentes, para a denúncia das denominações que não entregam os produtos que vendem a esse povo que não tem conhecimento da Palavra?






Reality Show Gospel: 15 minutos de fama mundana

A tevê foi invadida pelos reality shows, programas onde mostram o dia-a-dia de pessoas comuns ou celebridades, uma espécie de zoológico humano. Na Globo temos o famigerado BBB em sua décima edição, na Record temos o Ídolos e A Fazenda, no SBT o Esquadrão da Moda, e temos até canais por assinatura especializados em reality’s, como o Discovery Home and Health e o People and Arts.

Porém, a novidade do momento em termos de reality shows ocorrerá dia 6 de março na Rede TV, com o Desafio da Música Gospel, uma espécie de Ídolos ou Fama para crentes. Apresentado pelo casal neoevangélico Andréia Sorvetão e Conrado, seguirá o mesmo formato de seus antecessores seculares: provas para qualificação dos candidatos e depois treinos, ensaios, aulas de música que aperfeiçoarão seu dom, culminando em apresentações com caráter eliminatório, onde a cada dia um participante deixará o programa, restando um vencedor final. O programa promete distribuir cerca de R$ 5 milhões em prêmios. Segundo o site O Fuxico, a inscrição de cada participante será de R$ 70,00.

Mas e aí? Algum problema?

Todos.

A questão é: quem estará participando? Simples apreciadores do gênero gospel, ou crentes que adoram a Deus através de sua música? Com certeza, serão crentes, e para esses fica a pergunta: é lícito comercializar com um dom que Deus nos deu para Sua adoração? É lícito buscarmos fama e dinheiro em nome de Deus (pois as músicas a serem cantadas serão em Sua homenagem)? Na Bíblia descobrimos que Deus não divide Sua glória com ninguém. Por que queremos agradar a Deus por um lado, mas buscar glória pessoal por outro?

Outra coisa: como selecionar o melhor “adorador”? Será que cantar afinado e bonito significa estar fazendo o melhor para Deus? E se o quesito em questão é apenas o talento musical, não seria mais honesto deixar o nome de Deus bem longe disso tudo?

Infelizmente, Deus hoje tem sido para muitos apenas meio de se obter privilégios. Seja através da luciferiana teologia da prosperidade, seja através de reality shows gospel, o nome de Deus serve apenas como desculpa para sermos mais abençoados financeiramente, o que nos faz mais amigos do mundo, quando na verdade deveríamos, como povo de Deus, ser estrangeiros nele. Viver nesse mundo não significa adotar os valores desse mundo; ao contrário, Jesus nos chama para ser sal e luz, para dar gosto e iluminar o ambiente, não para aceitarmos passivamente o que nos é apresentado. Porém, mais e mais que se dizem crentes em Cristo O trocam pelas benesses que esse mundo que jaz no maligno pode nos oferecer.

Judas trocou Cristo por 30 moedas de prata. Nós o trocamos pelas bênçãos materiais e pelo sucesso pessoal. Em que nos diferimos? Em nada. Minto. Judas é muito melhor do que nós, pois este pelo menos se arrependeu e tentou devolver as moedas. Já nós, que também nos dizemos seguidores fiéis de Cristo, guardamos cada moedinha e ainda buscamos mais, sempre usando o nome de Deus da forma mais manipuladora possível.

Tenho nojo de artistas gospel, seja cantores ou pregadores. Me dá asco ver celebridades gospel usando do nome de Deus para justificar seus ganhos ilegais, a compra do jatinho particular, a venda de ingressos para que os meros mortais possam assisti-los ao vivo e a cores em congressos e shows, como se fossem popstars e não mensageiros do Evangelho. E pensar que Jesus, nosso exemplo maior, nunca buscou fama ou riquezas, ao contrário, buscava apenas nos mostrar o Pai através Dele. Mas quem hoje quer ver o Pai, se pode ver o crescimento de sua conta bancária particular?

Não temos mais o temor de Deus. Isso mostra que nem amor a Ele temos mais, pois Mamom já tomou conta dos nossos corações. A porta está ficando cada vez mais estreita, e cada vez menos cristãos buscam passar por ela. Por outro lado, Mamom está de braços abertos, distribuindo fama e dinheiro para todos os seus filhos odiados, mas que se sentem amados por ele. Mamom não se importa que lhe chamem de Jesus, o nome a que se dirigem é o de menos, o que realmente importa é o que está no coração, e nosso coração está a cada dia mais cauterizado em adoração ao deus desse mundo que tanto amamos, e no qual queremos ter primazia.

Não sei onde fica a Rede TV, sei que é em São Paulo, e sinceramente gostaria de estar lá, na estréia do programa, com uma faixa a ser estendida (mas que sei que não durará 10 minutos):

“VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES. O $HOW TEM QUE PARAR”.

Chorando pela tragédia no Haiti !

As lembranças das inundações de 2008, em Santa Catarina, ainda estavam bem presentes conosco, quando testemunhamos as mortes e prejuízos resultantes de deslizamentos, desmoronamentos e alagamentos nesta transição 2009/2010, em nosso Brasil. Depois, nos últimos dias, estamos sendo impactados com o terremoto no Haiti. Temos testemunhado e chorado com o conseqüente sofrimento chocante, intenso e extremamente abrangente, que nos remete ao Tsunami de 26.12.2004, no Oceano Índico, quando pereceram cerca de 220 mil pessoas.

Não sabemos ainda a extensão da tragédia causada pelo terremoto no Haiti. Alguns falam em 200 mil mortos, sem contar aqueles que ainda enfrentarão as doenças e conseqüências da falta de higiene, alimentos e cuidados médicos. A desagregação de famílias e daquela sociedade, já tão fragmentada pela miséria e ausência de governo, corta o nosso coração. Enquanto vemos as cenas de dor e tristeza, e avaliamos tudo isso, procurando aferir o que podemos e devemos fazer, somos levados às Escrituras para procurar alguma compreensão trazida pelo próprio Deus, para esses desastres.

Acima de tudo, devemos resistir à tentação de procurar respostas que diminuem a bíblica soberania e majestade de Deus, e consequentemente a sua pessoa. Tais “explicações”, “conclusões” e “construções” aparentam ser plausíveis, mas revelam-se meramente humanas, pois contrariam a revelação das Escrituras. Esse tipo de resposta sempre aparece, quando ocorrem tais acontecimentos; elas não são novidade nem têm surgido apenas em nossos dias.

Por exemplo, em novembro de 1755 a cidade de Lisboa foi praticamente arrasada por um grande terremoto. A conclusão emitida por padres jesuítas foi a de que: “Deus julgou e condenou Lisboa, como outrora fizera com Sodoma”. Voltaire (François Marie Arouet), que era um deísta, escreveu em 1756 “Poemas sobre o desastre em Lisboa”. Ali, ele culpa a natureza e a chama de malévola, deixando no ar questionamentos sobre a benevolência de Deus. Jean Jacques Rousseau, respondeu com “Carta sobre a providência”. Nela ele culpa “o homem” como responsável pela tragédia. Ele aponta que, em Lisboa, existiam “20 mil casas de seis ou sete andares” e que o homem “deveria ter construído elas menores e mais dispersas”. Ou seja, procurando “inocentar a Deus e a natureza” ele coloca a agência da tragédia no desatino dos homens.[1]

Sobre o terremoto no Haiti, à semelhança do que ocorreu no Tsunami, vi alguns depoimentos de pastores, falando sobre a “mão pesada de Deus, em julgamento”; opinião semelhante à emitida quando do acidente com o avião que transportava o grupo “Mamonas Assassinas”, em 1996.

Ainda outros, procuram uma teologia estranha às Escrituras, para “isolar” Deus da regência da história. São os mesmos que, quando da ocorrência do Tsunami e do acidente ocorrido com o Vôo 447 da Air France em junho de 2009, emitiram a seguinte conclusão: “Diante de uma tragédia dessa magnitude, precisamos repensar alguns conceitos teológicos” (veja as excelentes reflexões sobre esse último desastre, no post do Augustus Nicodemus, neste mesmo blog). No entanto, em vez de formularmos nossa teologia pelas experiências, voltemo-nos ao ensinamento do próprio Jesus.

Em Lucas 13.1-9 temos instrução pertinente sobre vários tipos de tragédias. A primeira tragédia tratada é aquela gerada por homens (Vs 1-3). Certos galileus haviam sido mortos por soldados de Pilatos. A Bíblia diz que “alguns” colocaram-se como críticos e juízes (a resposta de Jesus infere isso); deduziram que aqueles que haviam sofrido violência humana, sangue derramado por armas (em paralelo às situações que vivemos nos nossos dias) seriam mais pecadores do que os demais. O ensino ministrado é o seguinte: Não vamos nos colocar no lugar de Deus. Não vamos nos concentrar em um possível juízo ou julgamento sobre as vítimas. Jesus, em essência diz: cuidem de si mesmos! Constatem os seus pecados! Arrependam-se!

Mas ele nos traz, também, um segundo tipo de tragédias. Esta que é referida é semelhante, guardadas as proporções, à ocorrida no Haiti. São tragédias geradas por “fatalidades”. Ele fala da Torre de Siloé. O texto (Vs 4-5) diz que ela desabou, deixando 18 mortos. Jesus sabia que mesmo quando, aos nossos olhos, mortes ocorrem como conseqüência de acidentes, isso não impede que rapidamente exerçamos julgamento; não impede que tentemos nos colocar no lugar de Deus. E Jesus pergunta: “Acham que eram mais culpados do que todos os demais habitantes da cidade”? O ensino é idêntico: Não se coloquem no lugar de Deus; não se concentrem em um possível juízo ou julgamento sobre as vítimas; cuidem de si mesmos! Constatem a sua culpa! Arrependam-se!

O surpreendente é que Jesus passa a ilustrar o seu ensino com uma parábola (Vs.6-9). Ele fala de uma figueira sem fruto. Aparentemente, a parábola não teria relação com as observações prévias, mas, na realidade, tem. Ela nos ensina que vivemos todos em “tempo emprestado” pela misericórdia divina.

Figueiras existem para dar frutos - o homem vinha procurar frutos - essa era sua expectativa natural. Todos nós fomos criados para reconhecer a Deus e dar frutos. Esse é o nosso propósito original.

Figueiras sem frutos “ocupam inutilmente a terra”. O corte é iminente, e justificado a qualquer momento.

O escape: É feito um apelo para que se espere um pouco mais, na esperança de que, bem cuidada e adubada, a figueira venha a dar fruto e escape do corte.• Lições para o vizinho? Jesus não apresenta a figueira como um paralelo para comparação com outras pessoas – cujas existências foram ceifadas como vítimas de violência ou fatalidades. Ele quer que nos concentremos em nós mesmos, em nossas próprias vidas, pecados e na necessidade de arrependimento.

Tempo emprestado: O que ele está ensinando e ilustrando, aqui, é que nós, você e eu, como os habitantes do Haiti, vivemos em tempo emprestado; vivemos pela misericórdia de Deus; vivemos com o propósito de frutificar, de agradar o nosso proprietário e criador.

Creio que a conclusão desse ensino, é que, conscientes da soberania de Deus e de que ele sabe o que deve ser feito, não devemos insistir em procurar grandes explicações para as tragédias e fatalidades. Jesus nos ensina que teremos aflições neste mundo (João 1.33) - essa é a norma de uma criação que geme na expectativa da redenção. 1 Pe 4.19 fala dos que sofrem segundo a vontade de Deus. Lemos que não devemos ousar penetrar nos propósitos insondáveis de Deus; não devemos “estranhar” até o “fogo ardente” (1 Pe 4.12).

Assim, as tragédias, desde as locais pessoais até as gigantescas, de características nacionais e internacionais, são lembretes da nossa fragilidade; de que a nossa vida é como vapor; de que devemos nos arrepender dos nossos pecados; de que devemos viver para dar frutos.

Também, não cometamos o erro de diminuir a pessoa de Deus, indicando que ele está ausente, isolado, impotente. Como tantas vezes já dissemos, “Deus continua no controle”. Lembremos-nos de Tiago 4.12: “um só é legislador e juiz - aquele que pode salvar e fazer perecer”. Não sigamos, portanto, nossas “intuições”, no nosso exame dos acontecimentos, mas a Palavra de Deus. Como nos instrui 1 Pe 4.11: “ se alguém falar, fale segundo os oráculos de Deus”.

Em paralelo, não podemos cometer o erro de ser insensíveis às tragédias - Pv 17.5 diz: “o que se alegra na calamidade, não ficará impune”; mesmo perplexos, sabendo que não somos juízes nem videntes. Devemos nos solidarizar com as vítimas, na medida do possível.