Siga este blog também

Edir Macedo e a eugenia neopentecostal

Enojado. É assim que estou depois de assistir ao vídeo do Edir Macedo em que ele defende o aborto como forma de planejamento familiar. Não sei como um indivíduo que diz conhecer a Bíblia propõe uma prática (política, como ele mesmo diz) tão degradante, canalha e desumana como essa.

Mas, Edir Macedo conseguiu. Ele foi além da sua teologia 171. Agora, acha que o aborto pode ajudar as pessoas, levando a sociedade para uma vida com melhor qualidade, com menos violência, menos mortalidade infantil, menos doenças…

Estou enojado por ouvir um cidadão que acha que vai arrumar a sociedade tirando a vida de fetos indefesos, que não pediram para serem gerados. Isso porque me recordo de Hitler e sua ideia da raça superior, com o consequente assassínio de todos aqueles que possuíam algum tipo de imperfeição. É isso o que Macedo propõe: mate os fetos e acabe com os problemas sociais.

Ocorre que para Macedo e todos os seus bispos vasectomizados o ser humano não pode sofrer. É a teologia da prosperidade, lembram? Logo, todos as ideias que tentar acabar com o sofrimento humano são bem vindas, mesmo que para isso tenha que passar por cima da moralidade e acabar com a vida de outros.

O aborto nunca foi, não é, e nunca será planejamento familiar. Ele sempre foi, é, e sempre será o assassinato de vidas indefesas.

Edir Macedo prega o ABORTO como forma de Planejamento Familiar



O bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Edir Macedo, defende publicamente o aborto. Para o fundador da IURD e dono da Rede Record de Televisão o aborto é uma excelente estratégia de planejamento familiar.

Confesso que estou abismado com o discurso deste senhor. Os argumentos usados por ele para defender o aborto afronta a santidade do Eterno. Ora, ninguém possui o direito de tirar a vida de ninguém. Afirmo sem titubeios que abortar é frontalmente contra aos ensinamentos das Escrituras.

Segundo o poeta bíblico, é Deus que tece o ser humano no ventre materno (Sl 139.13-16). Quem ousará interromper sua obra? A razão bíblica defende a vida em todas as suas formas e fases. Se nossa civilização acorda para a questão ambiental e esforços são feitos para a defesa de peixes, animais e florestas em extinção, quanto mais a espécie humana merece igual dignidade e proteção! Que loucura é esta, reduzir o humano a um mero aglomerado de células sujeito ao capricho humoral de alguém?

.Assista o vídeo e comprove você mesmo:

Igreja Mundial do Poder de Deus é fechada novamente

A Justiça determinou na última sexta-feira (20) o fechamento imediato do templo da Igreja Mundial do Poder de Deus no bairro Brás (região central de São Paulo). A Igreja está sujeita a uma multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento. A juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda da Capital, também determinou que a prefeitura não emita mais licenças provisórias de funcionamento e que revogue a licença atualmente em vigor.

A sede já havia sido fechada pela prefeitura no fim do ano passado, mas foi reaberta com um alvará provisório em fevereiro deste ano. Nos dias em que a sede permaneceu fechada, apareceram uma enormidade de cartazes colados nas imediações do Brás. Neles, o prefeito Gilberto Kassab, apontado como um dos artífices do fechamento da Igreja Mundial, aparece com chifres, personificando o “demônio”. Durante os 53 dias em que o megatemplo do Brás ficou lacrado, o prefeito também sofreu duros ataques de Valdemiro Santiago, fundador da igreja, o qual detém várias horas de programação na televisão.

Pedidos exorbitantes e nenhum benefício concreto:

Na primeira vez que a Igreja Mundial teve o templo lacrado, Valdemiro lançou uma campanha de redes ungidas. Como de costume, chorou na frente das câmeras ao convocar 150 mil fiéis a ofertarem 153 reais, simbolizando os 153 peixes da pesca milagrosa, totalizando R$ 22.950.000. A justificativa: O dinheiro seria aplicado na adequação da sede às normas exigidas pela prefeitura e defesa civil. No entanto, apesar da arrecadação, o templo não se acomodou aos padrões de segurança exigidos, sendo novamente clausurado. Fica agora a dúvida sobre o destino dos quase 23 milhões de reais da campanha, uma vez que a sede não foi reparada, como havia sido proposto.

Novo apelo financeiro:

Aproveitando a comoção dos fiéis que têm novamente o templo embargado, Valdemiro Santiago faz um novo pedido, e oferece outro talismã da sorte. Desta vez não se trata de rede ungida, mas um martelinho de madeira, que segundo o líder da seita, representa “decisão”. O preço da bênção é de 1000,00 reais, e o apóstolo se diz confiante em que vai receber ajuda de 10 mil pessoas, contabilizando assim 10 milhões de reais. Pode-se dizer que este é o martelo mais caro que já se viu até hoje. Tudo em nome da “obra”, como sempre.

Segundo a Promotoria que impôs o novo embargo, o local funciona à base de alvarás temporários e não atende normas de segurança. O limite de lotação da sede, de 8,4 mil pessoas, seria descumprido pela Igreja. Com o grande número de pessoas, as "rotas de fuga" ficam bloqueadas, dificultando uma evacuação em caso de emergência.

Martelo da Justiça, do Valdemiro Santiago! Por R$ 1000



Para combater a decisao da juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, que determinou o fechamento do templo da Igreja Mundial do Poder de Deus, o apóstolo suado aposta no Martelão da justiça "divina". Este bibelô pode ser adquirido pelo fiel mediante a modesta ofertinha de 1000 reais, depositados diretamente na conta da igreja.

Quer comprar?

Unção da fronha? Tá de sacanagem, né?




Cada vez que vejo uma idiotice dessas fico me perguntando quem é mais descerebrado: Se o pregador, por inventar uma coisa ordinária dessas, ou se o ouvinte, que cai no conto do vigário... ops, do pastor.

Refletindo um pouco mais, logo me dou conta de que o jumentólogo não é nada bobo, e já está mais que treinado em encher os bolsos vendendo ilusões e falsas promessas. O frequentador destes padieiros gospels também é sujeito malandro, e gosta de tirar vantagem em tudo, até na religião. E como já diz o ditado: "malandro demais se atrapalha", e em casos como esses, é ele quem chora no final.

O sucesso do palhaço não está em si mesmo, mas na platéia que lhe aplaude. Nas igrejas neopentecostais existe uma simbiose, em que pregador e ouvinte se correspondem. Eles se completam, se merecem.

A GRAÇA DA GARÇA !

Gostei do vídeo. Repasso pra vocês.
Um dia abençoado a todos!


Caio Fabio comenta sobre a reportagem “Os novos evangélicos” da Revista Época


Numa exposição corajosa, como lhe é típico, o Pr. Caio Fabio comentou a matéria “Os novos evangélicos”, veiculada na Revista Época.

Corajosa, pois é a fala de alguém que não tem “rabo preso” com nenhuma instituição religiosa. É bom lembrar que os profetas do Antigo Testamento eram odiados pelos sacerdotes e pelo povo, pois falavam aquilo que ninguém queria ouvir. Ao invés de proferirem bênçãos e unções especiais, eles exortavam e advertiam o povo sobre sua má-conduta em relação a Deus. E isso nem naquela época, nem hoje, ninguém quer ouvir. E como não podemos serrar, matar ou exilar os profetas como antigamente, os condenamos ao linchamento moral.

Gostem ou não do Pr. Caio Fabio, é preciso atentar para suas palavras. Devemos ouvir tudo e reter o bem, de acordo com as Escrituras Sagradas. Mas que tem que ter coragem para dizer o que ele disse, isso tem que ter mesmo! Assista o vídeo abaixo:


Nota: "bundão" não é palavrão. É um ser humano com a região glútea avantajada, ou que não tem coragem para dar a cara para bater.

Mais um menino pregador fabricado em série pelo cristianismo apóstata



Ridículo? Triste? Assustador? Faltam-me adjetivos para nomear tamanha apostasia. Infelizmente alguns setores do cristianismo tem fabricado apóstatas com incrível eficácia!

Eu acredito na Bíblia!

Em nosso tempo, os teólogos e “novos pensadores” do cristianismo têm arvorado diversas bandeiras diferentes. O cenário teológico está cada vez mais conturbado, e movimentos estranhos surgem com uma rapidez nunca vista. As linhas que regem as crenças do “nova espiritualidade” são as mais diferentes possíveis, podendo variar do marxismo teológico à espiritualidade medieval, ou mesmo do neoliberalismo ao teísmo aberto. Contudo, parece haver um ponto em que os novos pensadores estão de acordo: Todos eles, em maior ou menor proporção, duvidam que toda a bíblia seja a Palavra de Deus inspirada, e alegam que o texto original foi modificado. Ao que parece, a tendência é conservar o elemento místico do cristianismo, sem contudo submeter-se à autoridade da Bíblia como regra de fé.

Na contramão deste movimento está o filósofo, teólogo e fundador do Southern Evangelical Seminary, dr. Norman L. Geisler. Em seu livro “Não tenho fé suficiente para ser ateu” (Ed. Vida), ele afirma que 99,9% do conteúdo do NT é livre de real preocupação, e que nenhuma doutrina central do cristianismo repousa sobre um texto duvidoso. J. B. Payne em sua obra “Enciclopédia de profecias bíblicas” apresenta 191 profecias relacionadas ao esperado Messias e Salvador judeu, e mostra como todas foram cumpridas literalmente na vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus de Nazaré. Também Josh McDowell, um dos mais importantes apologistas contemporâneos, fala de mais de 300 referências ao Messias contidas no Antigo Testamento, as quais se cumpriram em Jesus. Todos estes fatos somados compõem um forte argumento em favor da autoridade e inspiração das Escrituras.

Até mesmo o agnóstico e crítico do Novo Testamento, Barth Ehrman admite que “na verdade, a maioria das alterações encontradas no início de manuscritos cristãos nada tem a ver com teologia ou ideologia”. Segundo ele, tais alterações em muitos casos não passam de “erros ortográficos e acidentais”. Considerando que o NT possui cerca de 5.700 manuscritos, conclui-se que é possível reconstruir o texto à partir da comparação das cópias existentes, de modo a afirmar que o texto atual é bastante fiel ao que foi o texto original, descartando a hipótese de que o texto foi gravemente modificado para servir aos interesses da religião, teoria que quando avaliada à luz de argumentos sólidos mais se assemelha àquelas esdrúxulas teorias conspiratórias que circulam na internet.

Estas e tantas outras evidências que são apresentadas em favor do cristianismo são suficientes para dizer que o texto da bíblia conserva todas as idéias originais do cristianismo, sendo totalmente digno da nossa apreciação e crença. O argumento dos neoliberais brasileiros, no entanto, carece de confirmação e está baseado em falácias óbvias que já foram amplamente desmascaradas ao longo da história.

Por isso, e por muitos outros fatos que não caberiam neste breve artigo, afirmo sem nenhum receio minha crença na Bíblia. Não crer em tantas evidências seria o mesmo que pecar contra minha própria consciência.

SINCERIDADE NÃO BASTA

Eu posso ser sincero, mas posso estar errado. Isto é verdadeiro e não podemos de forma alguma contrariar esta afirmação.

Quando o “Zé Mané” foi atravessar a estrada de ferro, acreditou sinceramente que não houvesse um trem por perto. Caso contrário, não teria perdido a sua vida naquele instante, esmagado pelo trem.

Numa determinada cidadezinha do interior, um médico receitou sulfato de bário para um paciente. Ao ler a receita, o farmacêutico, por engano, trocou-o por sulfito de bário. A diferença entre os dois nomes é de apenas uma letra. O primeiro é utilizado para fins medicinais, e o segundo é um veneno mortal. O pobre paciente tomou o remédio trocado – e morreu. Evidentemente o farmacêutico usou de sinceridade ao ler a receita, pensando ter dado o remédio certo. Mas em casos de vida ou morte, não é suficiente apenas ser sincero. É preciso ter certeza!

Veja bem, amigo, por mais sincero que você seja, se estiver acreditando numa coisa errada, isto não lhe salvará. E é muito pior crer numa coisa errada do que tomar um veneno mortal. Para este, felizmente, pode ser encontrado um antídoto.

Dizem por aí certo ditado enganoso: “Não importa em que você creia, desde que seja sincero”. Isto, provavelmente, parte do pressuposto de que todas as religiões são boas – desde que seguidas com sinceridade – e todas têm como destino o Céu. Mas a coisa não é bem assim!

Se você conhece um pouquinho de Bíblia, sabe que o apóstolo Paulo, além de zeloso, era muito sincero quando perseguia os cristãos. Mas ele precisava de um novo coração, um novo nascimento espiritual. Por mais zelo que tivesse, e por mais sincero que fosse, se não mudasse de vida, se não tivesse tido um encontro com Jesus, teria perdido a sua alma no fim.

As cinco virgens néscias eram muito sinceras quando foram assistir a um casamento. Elas até imploraram ao Noivo: “Senhor, senhor, abre-nos a porta!” A resposta que elas ouviram de dentro foi: “Em verdade vos digo que não vos conheço” (Mateus 25.1-13).

Os profetas de Baal estavam sendo totalmente sinceros quando clamaram a seus deuses para consumir o sacrifício com fogo – tão sinceros, inclusive, que chegaram a cortar-se com facas e lancetas, até o sangue escorrer, mas não obtiveram qualquer resposta de seus deuses (1Reis cap. 18).

Também os idólatras são muito sinceros quando adoram as suas imagens de gesso, pau e pedra. Os faquires hindus que fazem longas peregrinações, ou se deitam por anos em camas de pregos; e todos os que tomam banhos nas águas “sagradas” do rio Ganges, também são sinceros. Os muçulmanos que param todos os seus afazeres cinco vezes ao dia e caem de joelhos onde quer que estejam e fazem suas rezas a Alá; também eles são muito sinceros, mas sem o Salvador Jesus Cristo estão todos perdidos.

Agora, um aviso aos “evangélicos de carteirinhas”. Jesus deixa bem claro:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7.21).

Muitos acreditam que têm um lugar reservado no Céu porque nesta vida estão profetizando no nome do Senhor, expulsando demônios em Seu nome, e fazendo “grandes” obras com sinais e “maravilhas” que não existem na Bíblia. Mas Jesus dirá naquele dia àqueles que têm suas “unçãos” estranhas e estão engordando cada dia mais: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade!” (Mateus 7.23).

Seja sempre sincero, mas esteja com o certo e verdadeiro – O JESUS DAS ESCRITURAS.

O problema com as bíblias de estudo evangélicas

Louvo a Deus por sua Palavra. O que seria de nós sem as Sagradas Escrituras? A Bíblia é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos, fundamento da nossa fé, bússola para as nossas vidas, espada para as nossas batalhas espirituais. Sem ela, nós nos perdemos, pegamos atalhos, apostatamos. O príncipe dos pregadores Charles H. Spurgeon costumava dizer que "a Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia, é a religião da Igreja de Cristo." Louvado seja o Senhor nosso Deus por sua Palavra.
Isto posto e esclarecido, gostaria de ressaltar que me assusta a quantidade de Bíblias comentadas que surgiram em nosso país nos últimos anos. Na verdade, em nossa tupiniquim nação, encontramos todo tipo de Bíblia para todo tipo de crente.

Infelizmente a impressão que se tem diante de tantas Bíblias comentadas é que algumas destas tenham surgido muito mais com a motivação comercial do que qualquer outra coisa, até porque, a ênfase dada pelos “vendedores espirituais” faz dos comentários em questão poderosíssimas armas de guerra. Junta-se a isso o fato de que muitos dos comentários contidos nelas, possuem uma visão teológica distorcida quanto a ortodoxia cristã levando o povo do Senhor a extremos muto perigosos.

Costumo dizer que enfatizar somente uma verdade da Bíblia é tão grave quanto negligenciá-la. Somos chamados por nosso Senhor a pregarmos a Bíblia toda e toda a Bíblia, como também a proclamarmos todo conselho de Deus.

Pois é, se a coisa continuar deste jeito daqui a pouco teremos no mercado o mais novo lançamento gospel.

Aguarde!

Vendilhões da própria alma

Eu tento imaginar a cara de espanto dos freqüentadores do templo, quando viram um ilustre desconhecido virando as mesas dos cambistas, que afinal de contas estavam ali fazendo seu trabalho, e descendo o chicote nos vendilhões que pululavam nos acessos ao lugar mais sagrado para o judaísmo. Espalhou tudo o que era vendido, esparramou o dinheiro no chão e deu uma bronca: “Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!” Jesus virou a mesa, literalmente, quando encontrou no templo de Jerusalém um verdadeiro comércio que se aproveitava do sagrado para lucrar.

No decorrer de toda a história do cristianismo, por diversas vezes, a igreja fez exatamente aquilo que seu Senhor reprovou: comércio do sagrado. Desde a constantinização da igreja no século IV, já houve comércio de quase tudo, relíquias, perdão de pecados (as famosas indulgências), lugar no céu, títulos eclesiásticos e outras quinquilharias.

Nestes dias mais recentes, há um reavivamento do comércio da fé, com líderes extorquindo fiéis em troca de milagres, comercializando o voto dos fiéis, vendendo, ou doando em troca de uma oferta, rosas ungidas, óleo de Israel, água do Jordão, areia no Sinai, e uma lista sem fim de mercadorias.

O templo era o espaço religioso da época, que Jesus bem disse que agora não se limitava mais ao templo, porque os verdadeiros adoradores adoração em espírito e em verdade, independente do local. Então os cambistas de hoje não são aqueles que vendem algo no templo, apenas. Mas qualquer um que se aproveite do sagrado, da (boa) fé das pessoas e lucre com isso, faça comércio disso.

Mas ainda é mais do que isso. Jesus deixa bem claro que o templo é a pessoa. Diz que Deus vem morar no coração da pessoa, sendo este, portanto, o verdadeiro e mais perfeito templo, não feito por mãos humanas. Sendo assim, é bem capaz que estejamos sendo cambistas no nosso templo, no nosso coração.

Será que não estamos negociando aquilo que é, ou deveria ser, sagrado? Será que, como os vendilhões do templo, não estamos profanando o templo de Deus, que é nossa vida? Quando você negocia um valor moral, quando abre mão de uma virtude, quando escolhe o lucro fácil, em lugar de um negócio honesto, você está na mesma posição que aqueles vendilhões. Profanando o que deveria ser sagrado.

Deus habita em seu coração. Mas será que não há cambistas demais nele? Quanto você tem negligenciado aquilo que realmente deveria alimentar seu coração, suas emoções, por conta de uma busca desenfreada pelo prazer instantâneo e fugaz? Imagine as vezes que você deixou de estar com quem realmente gosta de você, só pra fazer média com quem não te dá a mínima e apenas vê em você alguém útil? Quantas vezes você esteve a ponto de explodir por causa de tantas cobranças, tantas expectativas com relação a você, quando você poderia tão-somente descansar num Deus que é Pai? Vendilhões, cambistas que lhe roubam a alma.

Chega uma hora que você precisa virar a mesa e fazer uma faxina no seu templo, seu coração. Ele é um solo sagrado. Deus habita nele. Faça isso para seu próprio bem.

A desnecessidade do templo

Nunca se vê no Novo testamento uma única ordem para se construir templos. Quando observamos as orientações aos apóstolos, presbíteros percebemos que ás únicas orientações eram para cuidar de si mesmos, da sã doutrina e do rebanho. Não está escrito construam prédios, preocupem-se com isso, de maneira nenhuma. Isso nunca foi dito.

A exigência de um templo, uma sede, está encarnada na alma cristã moderna, e veja bem, não é qualquer templo, pois foi-se o tempo em que cadeiras de plástico, uma caixa de som e um violão eram necessários. O templo tem que ter cadeiras acolchoadas, ar condicionado, púlpito de mármore e por ai vai. Mera estupidez!

Se os cristãos hodiernos percebessem que a existência ou não de templos não faz a mínima diferença para o verdadeiro adorador tudo ficaria mais fácil. Isso não sou que afirmo, mais o próprio Cristo em seu bate papo com a mulher samaritana. Ah! Se os cristãos percebessem que seus lares podem ser um lugar de adoração a Deus, porque afinal de contas a verdadeira igreja não é visível a nenhum olhar humano.

Ah! Se os obreiros percebessem que construir templos não glorifica a Deus, mas ás suas instituições, e que no final, elas não se lembrarão do suor derramado por eles quando construíam os palácios, que de maneira nenhuma poderiam ser para Deus, pois o Todo Poderoso não pode habitar em construções feitas por mãos humanas.

Ah! Se voltássemos aos tempos antigos, onde cada lar era uma igreja e cada pessoa era um verdadeiro adorador, poderíamos dizer assim: Aqui se reúne uma parte da igreja de Cristo.

Jonny Deep em Blow: Uma conversa sobre o que realmente importa

No filme Blow, o ator Jhonny Deep interpreta George Jung, um jovem que migra de Massachussets para Califórnia para se converter no maior traficante de drogas dos Estados Unidos. Neste processo, ele é preso diversas vezes não somente por tomar um caminho errado, mas também por confiar nas pessoas erradas.

Assistir pela segunda vez a história de George Jung me fez refletir em certos valores que precisamos cultivar. Vivemos em um mundo ao avesso, onde projetos valem mais que relacionamentos, pessoas valem menos que coisas e quem tem dinheiro tem sempre a última palavra. No final das contas, valorizamos coisas e usamos pessoas, quando na verdade deveríamos usar coisas e amar pessoas.

Embora tenha tardado muito em refletir, o personagem de Jhonny Deep finalmente se dá conta de que o mais importante na vida não é ter dinheiro, mas ter família, amigos verdadeiros, pessoas em quem confiar. Aos 42 anos, no interior de uma prisão estadunidense, George percebe que sua ambição lhe levara em derrocada, e chega até mesmo a sentir saudade da vida simples que levava em Massachussets, ao lado do pai. Contudo, este sentimento não lhe pode restituir os anos idos, nem a filha que ele tanto amava.

Se há uma grande verdade ilustrada nesta trágica história, é que a confiança em riquezas é coisa vã. Ter dinheiro é bom, mas cultivar um relacionamento saudável é muito melhor. O amanha é coisa incerta, portanto, jamais permita que a ambição te afaste das pessoas que realmente se importam com você.

Pense nisso!

O meu louvor não é extravagante

O louvor da sua igreja é extravagante? Não? Então você está fora do mover de Deus. É exatamente isso que algumas pessoas têm dito àqueles que não aderiram a um dos mais novos métodos de adoração.

Segundo os adeptos desta grave distorção teológica, adoração extravagante é adorar a Deus com liberdade para pular, gritar, correr, além de fazer o possível para chamar a atenção de Deus. Para os seguidores desta nova prática, sempre que ousamos fazer algo novo e extravagante para Deus, agradamos ao Senhor. Um exemplo claro deste tipo de adoração é a canção "estravagante sou" composta pelo Ministério Sarando a Terra Ferida"


"Com extravagância venho te adorar
Meu coração anseia por te encontrar
Quero exaltar teu santo nome
Vem com tua glória aqui
Encher este lugar...
...Como miriam pra ti dançarei
Como davi pra ti saltarei
Eu faço parte do povo escolhido
Pra te adorar
Extravagante sou e pra sempre serei!
Extravagante!"

Pois é, infelizmente o que essa galera quer é pular, saltar, correr, virar cambolhata, diversão, circo e show.

Para o adorador extravagante, o verdadeiro adorador voa como águia, ruge como leão, salta como coelho, canta de costas para o público, além de rolar pelo chão quando tocado por Deus. Para os adoradores extravagantes o que vale é romper com os paradigmas religiosos, manifestando através do louvor congregacional uma adoração desprovida de frieza espiritual. Segundo estes, tudo é válido desde o riso incontido ao choro histérico por parte dos adoradores.

Em nenhum momento as Escrituras Sagradas nos ensinam a cantar extravagantemente. O Novo Testamento não nos concede respaldo teológico para que entoemos cânticos cuja inspiração seja de cunho delirante. Sinceramente estou cansado destas invencionices transloucadas fabricadas por individuos interessados em "roubar" a glória de Deus.

Prezado amigo, alguma coisa precisa ser feita URGENTEMENTE. Não dá para continuarmos achando que estamos experimentando um avivamento em nosso país. Chega desta loucura gospel, não quero mais ouvir canções teologicamente distorcidas, cujo conteúdo é uma afronta ao Soberano Deus.

Definitivamente eu não sou extravagante.

Cristianismo contemporâneo

A Glória de Cristo

Mateus 17.1-9; Marcos 13.24-27; Hebreus 1.1-3; Apocalipse 22.4, 5

Temos a tendência de pensar em glória como algo a ser atingido por vitórias extraordinárias num esporte, de realizações comerciais ou por meio da fama pessoal. Na Bíblia, porém, glória tem a ver com o brilho radiante que emana da transcendente majestade de Deus. Em momentos cruciais, o esplendor da di­vindade de Jesus irrompeu de dentro do manto de sua humanidade.

A glória de Cristo talvez nunca tenha se tornado tão evidente quanto na Transfiguração. A palavra grega para transfiguração é metamorphoomai, da qual se deriva nossa palavra metamorfose. Denota uma mudança de forma, como, por exemplo, a transformação que ocorre quando uma crisálida se trans­forma numa borboleta. O prefixo trans significa literalmente "através de". Na transfiguração, um limite ou barreira foi transposta. Podemos chamar de cruzar a linha entre o natural e o sobrenatural, entre o humano e o divino. A transfiguração cruzou a fronteira das dimensões e entrou na esfera de Deus.

Na Transfiguração, uma luz radiante brilhou de Jesus. Essa luz foi a ma­nifestação visível de que a barreira tinha realmente sido transposta. Existem algu­mas similaridades entre esta manifestação de glória e o brilho no rosto de Moisés quando retornou do monte Sinai com os Dez Mandamentos. As diferenças, con­tudo, são significativas. A face de Moisés brilhou com glória refletida. Cristo não refletiu simplesmente o brilho da glória divina, mas sua glória é o resplendor da glória divina. Neste sentido, sua glória claramente transcende a glória refletida no rosto de Moisés.

Cristo, portanto, não refletiu uma luz, mas ele mesmo era a fonte da luz. A Transfiguração era uma mostra do que os cristãos iriam experimentar na Nova Jerusalém. Em Apocalipse 21.23, João explica que a cidade celestial não terá necessidade do sol ou da lua para iluminá-la. A glória de Deus a iluminará. O Cordeiro será sua luz. João escreve: "Contemplarão a sua face, e na sua fron­te está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap 22.4, 5).

Não deveríamos ficar surpresos pelo fato de a glória de Cristo ter brilha­do na Transfiguração. A surpresa deveria ser pelo fato de que ele voluntariamen­te escondeu sua glória por amor dos seus filhos.

Sai desse CORPO e entra no PORCO!

Os caça-fantasma gospel são uma galera da pesada. Tenho medo deles. Sério! A criatividade dessa gente é "absoluta". Não bastasse os espetáculos da Igreja Universal do Reino de Deus, que promove suas sessões de descarrego onde são exorcisados os demônios da doença, do desemprego, da miséria (menos o da avareza... lógico!), agora tem gente fazendo o desencapetamento suíno!

O golpe é o seguinte: O cara (de cedro!) leva um porco no caixote para dentro da igreja e lá ordena a todos os Exus, Marias padilhas e Zés pilintras que saiam do corpo da vítima e entrem no PORCO! E o maluco profeteiro ainda dá a base bíblica, dizendo que a prática é endossada pelo evangelho de Marcos (Mc 5.11-12).
É, meu amigo. Os tempos são difíceis! Muito fácil usar o coitado do porco como amuleto, mas o fato é que a passagem do evangelho de Marcos representa um acontecimento isolado... É um evento único nas Escrituras. Jesus livrou muitas pessoas de espiritos opressores, e nunca precisou de um porco para fazê-lo. Mesmo em Marcos 5.11-12, fica claro que quem desejou entrar nos porcos foram os demônios.

O maluco-beleza ainda se apresenta como a maior autoridade em exorcismos! Haja paciência! Pela cara e trejeitos, essa figura deve ser dissidente da IURD.

Tenho pena do povo, que vai com fé a este circo de horrores, em busca de conforto para sua alma aflita. Aliás, é por isso que eu não paro de denunciar esses sacripantas, mercenarios da fé... exploradores, macumbeiros-gospel, discípulos modernos de Geazi, amantes do vil metal! Homens reprovados, vasos de ira reservados para a perdição eterna!

Que Deus tenha misericórdia dessa gente.

Terra Nova e a sua enorme capacidade de fabricar heresias.

O Apóstolo Renê Terra Nova, tem ensinado aos seus discipulos que o cristão deve preservar a identidade do seu líder. Para o Paipóstolo, o liderado nunca deve questionar a identidade de seu mentor. Segundo o Patriarca apostólico no dia em que João Batista fez isso, perdeu a cabeça. "Ele que havia preparado o caminho de Jesus, que era primo de Jesus, mas que perdeu o legado da identidade de Jesus, quando entrou na rota da suspeita da identidade de seu líder. “Herodes questionou a identidade de Jesus e foi comido por bichos. João Batista questionou a identidade de seu líder Jesus e por isso perdeu a cabeça. Todo aquele que duvida da identidade do líder perde a legitimidade e o legado da liderança de Jesus”, disse o Apóstolo."

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? onde está na Bíblia que João Batista perdeu a cabeça por ter questionado a identidade de Jesus? E quem disse que João Batista duvidou da divindade de Cristo? Sinceramente isso me cheira a manipulação religiosa das brabas! A impressão que tenho, é que o senhor Terra Nova, está a procura de pretextos para não ser questionado por ninguém, daí a argumentação de que João Batista morreu por ter duvidado do seu líder.

Pois é, como inúmeras vezes compartilhei neste blog, confesso que tenho estado impressionado com a capacidade de alguns dos evangélicos em criar coisas novas.

Infelizmente em alguns dos nossos arraiais o que mais encontramos é o aparecimento de estruturas monárquicas, onde apóstolos em nome de Deus mandam e desmandam na vida alheia. Tais homens, como ditadores da fé, têm feito do rebanho de Cristo propriedade particular. Para piorar a situação em estruturas como estas, é absolutamente comum exigir dos crentes, submissão total. Junta-se a isso o fato de que em nome de Deus, os coronéis da fé rogam “pragas e desgraças” para aqueles que em algum momento da vida se contrapuseram a seus sonhos e vontade.

Pois é cara pálida, cuidado com a rebeldia até porque, segunda a doutrina "terranovesca" aquele que ousar questionar o seu líder, poderá perder a cabeça.

Dias dificeis os nossos!

O Show tem que Parar

“Quando Pedro ia entrando na casa, Cornélio dirigiu-se a ele e prostrou-se aos seus pés, adorando-o. Mas Pedro o fez levantar-se, dizendo: "Levante-se, eu sou homem como você". ( Atos 10:25-26 )

Este fim de semana, numa daquelas infinitas e entediadas trocas de canal na TV, eis que surge uma imagem inusitada: Valdomiro Santiago entrando ao vivo em sua igreja, numa espécie de corredor polonês ( muito parecido com um lutador de boxe entrando para uma luta). Enquanto ele passava, havia uma grande aglomeração de pessoas ao seu redor tocando-o, esfregando fotos, lenços, toalhas e outros papéis no seu rosto suado e pelo seu corpo, tudo isso embalado por sua banda, que tocava uma música de louvor (a quem?) misturados a lágrimas e brados por parte dos fiéis.

Fiquei atônito, pois olhando nos olhos do “apóstolo do século XXI”, pude notar o contentamento e satisfação que ele sentia, de cabeça erguida, caminhar cadenciado, olhar compenetrado e com todo o jogo de câmeras por parte dos produtores do seu programa. Ao chegar à escada do púlpito, um homem com ponto no ouvido ( provavelmente alguém da direção ) fala algo no seu ouvido, ele sobe determinado e nas suas primeiras palavras, com todo o show pronto, não tive mais estomago pra ver e voltei a assistir o Globo Rural.

Isso não é novidade, eu sei, mas não consigo me acostumar com essas estrelas do mundo gospel. Uma vez fui num culto com a minha esposa e minha filha onde o pregador famoso entrou na igreja cercado de quatro “seguranças armários” que ficaram todo o tempo ao seu lado, e na pregação ocuparam os acessos ao púlpito. Como disse Jesus na parábola do “rico e Lázaro”, eles realmente estão recebendo sua “glória” aqui na terra. Eles são o centro do Show Business gospel, e a grande maioria age para que sua imagem seja cada vez mais evidenciada, com seus jatinhos, ônibus personalizados, grandes divulgações, programas de TV e muito marketing.

Nessas horas meu refúgio é lembrar com saudosismo dos primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos. Temos um Pedro revestido de poder que prega pra uma grande multidão onde se convertem cerca de três mil pessoas. Claramente um dos líderes da igreja primitiva, em seguida participa da cura de um coxo que estava à porta do templo. Após grandes pregações é levado ao Sinédrio, e mais tarde é preso junto com os outros apóstolos e liberto da prisão. Esse é o mesmo Pedro que em suas palavras cura Enéias e em uma oração sua, Dorcas é ressuscitada. E quando esse mesmo Pedro chega diante de Cornélio, e este prostra-se ousando adorá-lo, ele o faz ( não pede ) levantar-se dizendo: “Levante-se, eu sou homem como você”.

Que saudade tenho dos verdadeiros Apóstolos, que não eram parte de um show da fé, mas homens desbravadores e cheios do Espírito que sabiam que o único que deve ser adorado, evidenciado, aclamado e ter o seu nome lembrado nesta terra é Deus.

Os piores erros dos cantores evangélicos

Enumero aqui alguns problemas com os cantores brasileiros à título de aprimoramento, uma critica construtiva.

Um dos erros mais comuns é a influência. Influência não significa plágio. Influencia é quando um músico admira um outro músico e começa a compor, cantar ou tocar "na linha" do admirado. Aqui, o que vemos é plágio. Todo homem canta igual ao André Valadão, Alex Gonzaga ou Kleber Lucas e toda mulher igual a Ana Paula Valadão, Cassiane ou Aline Barros. É desgastante ouvir plágio.O mundo evangélico precisa de originalidade. Tenha suas influencias, mas cultive seu próprio estilo.

Outro erro muito comum é a postura. A maioria dos cantores evangélicos se comportam como artistas e não como servos. A postura é a de um ídolo e não de um irmão que recebeu um talento. Isso é decisivo para a comunicação do Evangelho através da música. A forma como você conduz seu ministério contagia ou afasta pessoas de Cristo.

Achar que barulho é sinal de relevância. Alguns cantores acham que incitando o povo a fazer barulho, levando-os a histeria coletiva estarão promovendo um mover de Deus. Isso não é verdade. Barulho não é sinal de relevância. Nosso culto precisa ser racional, isso é, lógico. Precisa ser inteligível. A gritaria é extravasar de emoção e não sinal de espiritualidade.

Tratar irmãos e irmãs como fãs. Cantor evangélico não pode alimentar idolatria nas pessoas, mas precisa ser exemplo de simplicidade e serviço. Hoje, as notícias que temos são as piores. cantores que saem do "show" e rumam pro motel com suas fãs, cantores que esnobam as pessoas que querem conversar com eles e por aí à fora.

O erro clássico do cantor evangélico é negociar seu talento. Em nome da fama e do dinheiro ele deixa a gravadora mexer na essência de sua composição e até ditar a composição que ele deve gravar. Alguns chamam isso de profissionalismo, eu chamo de falta de personalidade. Além disso cobram cachês astronômicos para ministrar. Na minha igreja não tem vez... Se quiser, expõe o CD e o que vender, vendeu.

Pois é, esses são apenas alguns dos erros mais comuns entre os cantores evangélicos, existem muitos outros, mas resolvi expôr apenas esses.

Teologia do pajé


Quando a chuva descer e o deserto florescer (Toque no altar); Uma chuva diferente está se formando no céu (Cassiane); Faz chover (Fernandinho); Chuva de avivamento (Alda Célia); Som da chuva (Soraya Moraes); Quero ver chuva de poder, eu quero ver chuva de unção (Pâmela); Chove, chove chuva, chuva de poder (Eyshila); to na benção é chuva de amor (Unção Ágape).

Ufa, nem mesmo o pajé pediu tanta chuva assim!

Aliais o que se tem pedido de chuva em nossos cultos não está no gibi. Cantores diferentes, com ritmos distintos e variados, mediante intermináveis repetições imploram ao Senhor dos Céus que derrame um enorme aguaceiro sobre essa terra tupiniquim.

Como bem afirmou João Alexandre em sua canção “É proibido pensar”, essa geração procura alguém que possa resolver seus problemas entoando canções do mesmo tema, meras repetições...

Reflitamos irmãos com sinceridade, será que como dizem as nossas canções estamos vivendo a plenitude de um grande avivamento? Será que a tão profetizada chuva de bençãos e poder tem caído sobre a igreja brasileira?

Assim como o compositor Paulo Cezar do grupo Logos, eu também nestes dias sinto um verdadeiro espanto em meu coração, em constatar que o evangelho já mudou. Quem ontem era servo agora acha-se Senhor e diz a Deus como Ele tem que ser ...

Pois é, parece que nos últimos anos, a igreja brasileira se perdeu no caminho em direção ao trono da graça. Isto porque, as letras de algumas de muitas de nossas composições, além de empobrecidas teologicamente, são simplistas, repetitivas e sem óleo.

Faço coro as palavras de Paulo Cesar, eu quero de volta o verdadeiro evangelho que exalta a Deus. O evangelho que desvenda os nossos olhos, que desamarra todo nó que já se fez. Eu quero o evangelho que mostra o homem morto em seu pecar sem condições de levantar-se por si só, a menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está. Eu quero o evangelho que o servo não diz ao seu Senhor o que fazer, determinando ou marcando hora para acontecer.

Aos Pregadores da Prosperidade: (12) Recomendem Cristo como Lucro


Minha maior preocupação a respeito dos efeitos do movimento da prosperidade é que ele deprecia a Cristo fazendo-O menos central e menos satisfatório que Seus presentes. Cristo não é mais exaltado por ser o provedor de riquezas. Ele é mais exaltado por satisfazer a alma daqueles que se sacrificam para amar os outros no ministério do evangelho.
Quando recomendamos Cristo como aquele que nos torna ricos, nós glorificamos as riquezas, e Cristo se torna um meio para o fim que realmente queremos — a saber, saúde, riqueza e prosperidade. Mas quando recomendamos Cristo como aquele que satisfaz nossa alma para sempre — mesmo quando não há saúde, riqueza e prosperidade — então Cristo é exaltado como mais precioso que todos aqueles presentes.

Vemos isso em Filipenses 1:20-21. Paulo diz: “É minha ardente expectativa e esperança de que [...] será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” A honra a Cristo acontece quando nós o valorizamos tanto que morrer é lucro. Porque morrer significa “partir e estar com Cristo” (Filipenses 1:23).

Esta é a observação que falta na pregação da prosperidade. O Novo Testamento aponta para a glória de Cristo, não para a glória de Seus presentes. Para deixar isso claro, ele coloca toda a vida cristã abaixo do estandarte da alegre abnegação. “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8:34). “Estou crucificado com Cristo” (Gálatas 2:19).

Mas, apesar de a abnegação ser uma estrada difícil que leva à vida (Mateus 7:14), é a mais alegre de todas as estradas. “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo” (Mateus 13:44). Jesus diz que encontrar Cristo como nosso tesouro torna todas as outras posses alegremente dispensáveis. “Transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.”

Eu não quero que os pregadores da prosperidade parem de chamar as pessoas à alegria máxima. Pelo contrário, eu suplico a eles que parem de encorajar as pessoas a buscarem sua alegria nas coisas materiais. A alegria que Cristo oferece é tão grande e tão durável que nos habilita a perder a prosperidade e ainda assim regozijar. “Vós aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável” (Hebreus 10:34). A graça de ser alegre na perda de prosperidade — este é o milagre que os pregadores da prosperidade deveriam buscar. Este seria o sal da terra e a luz do mundo. Isto exaltaria a Cristo como extremamente valioso.

Aos Pregadores da Prosperidade: (11) Separem-se dos Mercadores


O apóstolo Paulo nos dá um exemplo do quão cauteloso ele era para não dar a impressão de que estava no ministério por dinheiro. Ele disse que os ministros da palavra têm o direito de viver do ministério. Mas então, para mostrar-nos o perigo nisso, ele se recusa a usar plenamente esse direito.
“Na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo. [...] Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida? Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo.” (1Coríntios 9:9-12)

Em outras palavras, ele renunciou a um direito legítimo justamente para não dar a ninguém a impressão de que o dinheiro era a motivação de seu ministério. Ele não queria dinheiro de seus neófitos: “Nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha” (1Tessalonicenses 2:5).

Ele preferia trabalhar com suas mãos ao invés de dar a impressão de que estava mercadejando o evangelho: “De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes; vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber” (Atos 20:33-35).

Ele sabia que havia mercadores da palavra de Deus que pensavam que “a piedade é fonte de lucro” (1Timóteo 6:5-6). Mas ele se recusava a fazer qualquer coisa que o pusesse naquela categoria: “Nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2Coríntios 2:17).

Muitíssimos pregadores da prosperidade não apenas dão a impressão de que estão “mercadejando a palavra de Deus” e fazem da “piedade uma fonte de lucro”, mas realmente desenvolvem uma teologia fictícia para justificar suas extravagantes exibições de riqueza.

Aos Pregadores da Prosperidade: (10) Ensine-os o Ide

Uma mudança fundamental aconteceu com a vinda de Cristo ao mundo. Até aquele tempo, Deus focou sua obra redentora em Israel com obras eventuais entre as nações. Paulo disse: “Nas gerações passadas, [Deus] permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos” (Atos 14:16). Ele os chamou de “tempos da ignorância.”
“Não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (Atos 17:30).

Agora o foco passou de Israel para as nações. Jesus disse: “O reino de Deus vos será tirado [Israel] e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos [seguidores do Messias]” (Mateus 21:43). Um endurecimento veio sobre Israel até que o número total das nações entrasse (Romanos 11:25).

Uma das principais diferenças entre essas duas épocas é que, no Antigo Testamento, Deus glorificou amplamente a si mesmo ao abençoar Israel, de modo que as nações pudessem ver e saber que o Senhor é Deus.

“Faça ele [o Senhor] justiça ao seu [...] povo de Israel, segundo cada dia o exigir, para que todos os povos da terra saibam que o SENHOR é Deus e que não há outro” (1Reis 8:59-60).

Israel não foi enviada como uma “Grande Comissão” para ajuntar as nações; pelo contrário, ela foi glorificada para que as nações vissem sua grandeza e viessem a ela. Então, quando Salomão construiu o templo do Senhor, foi espetacularmente abundante em revestimentos de ouro. (1Reis 6:20-22)

E quando ele mobiliou o templo, o ouro mais uma vez se tornou igualmente abundante. (1Reis 7:48-50)

Salomão levou sete anos para construir a casa do Senhor. E então levou treze anos para construir sua própria casa (1Reis 6:38 e 7:1). Ela também era abundante em ouro e pedras de valor (1Reis 7:10).

Então, quando tudo estava construído, o nível de sua opulência é visto em 1Reis 10, quando a rainha de Sabá, representando as nações gentias, vai ver a glória da casa de Deus e de Salomão. Quando ela viu, “ficou como fora de si” (1Reis 10:5). Ela disse: “Bendito seja o SENHOR, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel; é porque o SENHOR ama a Israel para sempre, que te constituiu rei” (1Reis 10:9).

Em outras palavras, o padrão no Antigo Testamento é uma religião venha-ver. Há um centro geográfico do povo de Deus. Há um templo físico, um rei terreno, um regime político, uma identidade étnica, um exército para lutar as batalhas terrenas de Deus, e uma equipe de sacerdotes para fazer sacrifícios animais pelos pecados.

Com a vinda de Cristo tudo isso mudou. Não há centro geográfico para o Cristianismo (João 4:20-24); Jesus substituiu o templo, os sacerdotes e os sacrifícios (João 2:19; Hebreus 9:25-26); não há regime político Cristão porque o reino de Cristo não é deste mundo (João 18:36); e nós não lutamos batalhas terrenas com carruagens e cavalos ou bombas e balas, mas sim batalhas espirituais com a palavra e o Espírito (Efésios 6:12-18; 2Coríntios 10:3-5).

Tudo isso sustenta a grande mudança na missão. O Novo Testamento não apresenta uma religião venha-ver, mas uma religião vá-anunciar. “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28:18-20).

As implicações disso são enormes para a forma que vivemos e a forma que pensamos a respeito de dinheiro e estilo de vida. Uma das implicações principais é que nós somos “peregrinos e forasteiros” (1Pedro 2:11) na terra. Nós não usamos este mundo como se ele fosse nosso lar de origem. “A nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20).

Isso leva a um estilo de vida em pé de guerra. Isso significa que nós não acumulamos riquezas para mostrar ao mundo o quão rico nosso Deus pode nos fazer. Nós trabalhamos duro e buscamos uma austeridade em pé de guerra pela causa de espalhar o evangelho até os confins da terra. Nós maximizamos o esforço de guerra, não os confortos de casa. Nós criamos nossos filhos com a visão de ajudá-los a abraçar o sofrimento que irá custar para finalizar a missão.

Então, se um pregador da prosperidade me questiona sobre as promessas de riqueza para pessoas fiéis no Antigo Testamento, minha resposta é: Leia seu Novo Testamento com cuidado e veja se você encontra a mesma ênfase. Você não irá encontrar. E a razão é que as coisas mudaram dramaticamente.

“Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1Timóteo 6:7-8). Por quê? Porque o chamado a Cristo é um chamado para participar de seus sofrimentos “como um bom soldado de Cristo Jesus” (2 Timóteo 2:3). A ênfase do Novo Testamento não são as riquezas que nos atraem para o pecado, mas o sacrifício que nos resgata dele.

Uma confirmação providencial de que Deus planejou esta distinção entre uma orientação venha-ver no Antigo Testamento e uma orientação vá-anunciar no Novo Testamento, é a diferença entre o idioma do Antigo Testamento e o idioma do Novo. Hebraico, o idioma do Antigo Testamento, não era compartilhado por nenhum outro povo no mundo antigo. Era unicamente de Israel. Isto é um contraste surpreendente com o Grego, o idioma do Novo Testamento, que era o idioma de comércio do mundo romano. Então, os próprios idiomas do Antigo e do Novo Testamentos sinalizam a diferença de missões. O hebraico não era apropriado para missões no mundo antigo. O grego era perfeitamente apropriado para missões no mundo romano.

Aos Pregadores da Prosperidade:(9) Encorajem o Valor do Sofrimento

O Novo Testamento não apenas deixa claro que o sofrimento é necessário para os seguidores de Cristo, ele também se empenha em explicar o porquê e quais são os propósitos de Deus nisso. É crucial que os crentes conheçam esses propósitos. Deus os revelou para nos ajudar a entender porque sofremos e para nos passar como ouro pelo fogo.

Digo aos pregadores da prosperidade: Incluam os grandes ensinos bíblicos em suas mensagens. Recém-convertidos precisam saber por que Deus ordena que eles sofram.


1. Sofrimento aprofunda a fé e a santidade.

2. Sofrimento faz seu cálice crescer.

3. Sofrimento é o preço de encorajar os outros.

4. Sofrimento preenche o que falta nas aflições de Cristo.

5. Sofrimento fortifica o mandamento missionário do “ide”.

6. A supremacia de Cristo é manifesta no sofrimento.

Aos Pregadores da Prosperidade: (8) Não Escondam o Custo


O que falta na maioria das pregações da prosperidade é o fato de que o Novo Testamento enfatiza a necessidade de sofrimento muito mais do que o conceito de prosperidade material.
Jesus disse: “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa” (João 15:20). E outra vez disse: “Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais [difamam] aos seus domésticos?” (Mateus 10:25).

Paulo fez lembrar aos novos crentes em suas viagens missionárias que “através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:22). E disse aos crentes em Roma que seu sofrimento era uma parte necessária do caminho para a herança eterna.

“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8:16-18).

Pedro também disse que o sofrimento é o caminho natural para a bênção eterna de Deus.

“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1 Pedro 4:12-14).

O sofrimento é o custo natural da piedade. “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3:12). Estou ciente de que estas palavras sobre o sofrimento se revezam entre um sofrimento mais generalizado como parte da queda (Romanos 8:18-25) e um sofrimento específico devido às hostilidades humanas.
Os pregadores da prosperidade deveriam incluir em suas mensagens um ensino significativo sobre o que Jesus e os apóstolos disseram a respeito da necessidade do sofrimento. Importa que ele venha, Paulo disse (Atos 14:22), e prestamos um deserviço não contando isso cedo aos jovens discípulos, causamos-lhes um prejuízo. Jesus disse isso mesmo antes mesmo da conversão, para que os prováveis discípulos já contassem com o custo: “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:33).

Aos Pregadores da Prosperidade: (7) Preservem o Sal e a Luz


O que há nos cristãos que faz deles o sal da terra e a luz do mundo? Não são as riquezas. O desejo por riquezas e a busca de riquezas têm sabor e aparência do mundo. Desejar ser rico nos torna como o mundo, não diferentes. Justo no ponto onde deveríamos ter um sabor diferente, temos a mesma cobiça maliciosa que o mundo tem. Neste caso, não oferecemos ao mundo nada diferente do que ele já crê.
A grande tragédia da pregação da prosperidade é que uma pessoa não tem que ser acordada espiritualmente para abraçá-la; ela precisa apenas ser gananciosa. Ficar rico em nome de Jesus não é o sal da terra ou a luz do mundo. Nisto, o mundo simplesmente vê um reflexo de si mesmo. E se eles são “convertidos” a isso, eles não foram realmente convertidos, mas apenas colocaram um novo nome numa vida velha.

O contexto na fala de Jesus nos mostra o que o sal e a luz são. São a alegre boa vontade de sofrer por Cristo. Eis o que Jesus disse:

“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo.” (Mateus 5:11-14)

O que fará o mundo saborear o sal e ver a luz de Cristo em nós, não é que amemos as riquezas da mesma forma que eles amam. Pelo contrário, será a boa vontade e a habilidade dos cristãos de amar aos outros em durante o sofrimento, a todo tempo exultando porque seu galardão está nos céus com Jesus. “Regozijai-vos e exultai [nas dificuldades]... Vós sois o sal da terra.” Salgado é o sabor da alegria nas dificuldades. Esta é a vida inusitada que o mundo pode saborear como diferente.

Tal vida é inexplicável em termos humanos. É sobrenatural. Mas atrair pessoas com promessas de prosperidade é simplesmente natural.

Aos Pregadores da Prosperidade: (6) Eliminem os Perigos de Asfixia

Jesus adverte que a Palavra de Deus, o Evangelho, o qual tem por objetivo nos dar vida, pode ser sufocado até a morte pelas riquezas. Ele diz que ele é como uma semente que cresce entre espinhos: “São os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com... riquezas... da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer” (Lucas 8:14).

Os pregadores da prosperidade deveriam advertir seus ouvintes de que há um tipo de prosperidade financeira que pode sufocá-los até a morte. Por que quereríamos encorajar as pessoas a buscar exatamente aquilo que Jesus adverte que pode nos deixar sem frutos?

Aos Pregadores da Prosperidade: (5) Promovam a Fé em Deus


A razão pela qual o autor de Hebreus nos diz para estarmos contentes com o que temos é que o oposto implica em menos fé nas promessas de Deus. Ele diz: “Seja a vossa vida sem amor ao dinheiro. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hebreus 13:5-6).
Por um lado, podemos confiar no Senhor como nosso auxílio. Ele proverá e protegerá. E nesse sentido, há certa medida de prosperidade que Ele nos dará. “Vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” (Mateus 6:32). Mas, por outro lado, quando se diz: “Seja a vossa vida sem amor ao dinheiro. Contentai-vos com as coisas que tendes” pois Deus promete nunca nos deixar, isso deve significar que podemos facilmente nos mover da confiança em Deus para nossas necessidades, para o usar Deus para nossas vontades.

A linha entre “Deus, me ajude” e “Deus, me enriqueça” é real, e o autor de Hebreus não quer que a ultrapassemos. Os pregadores deveriam ajudar seu povo a se lembrar e reconhecer essa linha ao invés de falar como se ela não existisse.

Aos Pregadores da Prosperidade: (4) Desenvolvam Donatários Generosos

“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.” (Efésios 4:28). Isso não é uma justificativa para ser rico de modo que possa dar mais. É um chamado para fazer mais e guardar menos, e então você poderá dar mais. Não há razão para que uma pessoa que prospera mais e mais em seus negócios deva ampliar a extravagância de seu estilo de vida indefinidamente. Paulo diria: Cubra suas despesas e doe o resto.

Não posso determinar o seu “cobrir”, mas em todos os textos que temos visto nesta série, há um impulso em direção à simplicidade e à generosidade extravagante, não a posses extravagantes. Quando Jesus disse: “Vendei os vossos bens e dai esmola” (Lucas 12:33), Ele pareceu sugerir não que os discípulos fossem abastados e pudessem dar de sua abundância. Parece que eles tinham tão pouco patrimônio líquido, que tinham que vender algo para terem algo para dar.

Por que os pregadores iriam querer encorajar as pessoas a pensarem que elas deveriam possuir riquezas para serem donatários generosos? Por que não encorajá-los a manterem suas vidas mais simples e serem ainda mais generosos em suas doações? Isso não acrescentaria em sua generosidade um forte testemunho de que Cristo — e não as posses — é seu tesouro?

Aos Pregadores da Prosperidade: (3) Advirtam Contra Investimentos Fracos

Jesus adverte contra o esforço para acumular tesouros na terra; ou seja, Ele nos manda ser donatários, e não proprietários. “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam” (Mateus 6:19-20).

Sim, todos nós guardamos alguma coisa. Jesus admite isso. Ele não espera, exceto em casos extremos, que nosso desejo de ofertar signifique que não seremos mais capazes de dar. Haverá um tempo em que daremos nossa vida por alguém, e então não seremos mais capazes de ofertar. Mas ordinariamente, Jesus espera que vivamos de tal forma que haja um padrão contínuo de trabalho, ganho, vida simples e doação contínua.

Mas dada a tendência intrínseca à ganância em todos nós, Jesus sente a necessidade de advertir contra “acumular tesouros na terra”. Isso se assemelha a ganho, mas leva apenas à perda (“traça e ferrugem corroem e ladrões escavam e roubam”). Meu apelo é que a advertência de Jesus encontre um forte eco nas bocas dos pregadores da prosperidade.

Aos Pregadores da Prosperidade:(2) Salvem as Pessoas do Suicídio

O apóstolo Paulo admoestou contra o desejo de ser rico. E por implicação, advertiu contra pregadores que incitam o desejo de ser rico ao invés de ajudar as pessoas a se livrarem disso. Ele alertou: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1Timóteo 6:9-10).

Essas são palavras muito sérias, mas não parecem encontrar um eco na pregação do evangelho da prosperidade. Não é errado para o pobre querer medidas de prosperidade para que tenha o que precisa, e possa ser generoso e dedicar tempo e energia a tarefas que exaltem a Cristo em vez de lutar para sobreviver. Não é errado buscar ajuda em Cristo para isso. Ele se importa com nossas necessidades (Mateus 6:33).

Mas todos nós — pobres e ricos — estamos em constante perigo de firmar nosso amor (1João 2:15-16) e nossa esperança (1Timóteo 6:17) nas riquezas ao invés de em Cristo. Esse “desejo de ser rico” é tão forte e tão suicida que Paulo usa a linguagem mais forte para nos alertar. Minha súplica é para que os pregadores da prosperidade façam o mesmo.

Aos Pregadores da Prosperidade: (1) Não Tornem o Céu Mais Difícil

12 Conselhos aos Pregadores da Prosperidade:  Este é o primeiro

Jesus disse: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” Seus discípulos ficaram espantados, tão quanto ficariam frente ao “Movimento da Prosperidade”. Então Jesus elevou ainda mais o espanto deles, dizendo: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.” Eles responderam em descrença: “Então, quem pode ser salvo?” Jesus disse, “Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível.” (Marcos 10:23-27)

Isso significa que o espanto dos discípulos tinha fundamento. Um camelo não pode passar pelo fundo de uma agulha. Isso não é uma metáfora para algo que requer muito esforço ou humilde sacrifício. Não dá para ser feito. Sabemos disso porque Jesus disse Impossível! Foi a palavra Dele, não a nossa. “Para os homens, é impossível.” O ponto é que a mudança de coração exigida é algo que o homem não pode fazer por si mesmo. Deus precisa fazê-lo — “... contudo, não [é impossível] para Deus.”

Não conseguimos nos fazer parar de valorizar o dinheiro acima de Cristo. Mas Deus pode. Isso são boas novas. E isso deveria ser parte da mensagem que os pregadores da prosperidade anunciam antes que incitem as pessoas a se tornarem mais como um camelo. Por que um pregador iria querer anunciar um evangelho que encoraja o desejo de ser rico, confirmando deste modo as pessoas em seu desajuste ao reino de Deus?

Novos Evangélicos ou antigos protestantes?

A revista Época desta semana (7/8/10) traz reportagem de capa sobre a reação de diversos segmentos da igreja evangélica ao crescimento das igrejas neopentecostais.

O título é Os Novos Evangélicos e a capa é ilustrada com uma foto da construção de uma réplica do templo de Salomão que está sendo realizada pela Igreja Universal em São Paulo.

O artigo representa um avanço na maneira como a mídia em geral trata os evangélicos, como se fossem todos farinha do mesmo saco. E farinha imprestável. Estes grupos neopentecostais cresceram tanto e influenciaram tanto a mídia e a opinião pública que viraram o padrão. Eles é que são os “evangélicos”. Quem não é como eles e quer mudanças é visto como o novo, a novidade.

 Ricardo Alexandre, o articulista, reuniu depoimentos de líderes evangélicos de diversos segmentos (incluiu um sociólogo ateu) e mostrou como todos eles concordam numa coisa: sua rejeição às doutrinas e práticas das igrejas neopentecostais e o desejo por uma mudança profunda nos atuais rumos da igreja evangélica brasileira.

Neste ponto, nada a reparar. De fato, de pentecostais a episcopais, reações contrárias a estas igrejas, consideradas como seitas por algumas denominações históricas, têm sido veiculadas abertamente por meio de blogs e livros. Já estava na hora da grande mídia ouví-las e entender que nem todos que fazem reuniões onde o nome de Cristo é citado são necessariamente evangélicos ou mesmo cristãos.

A reportagem está correta. É preciso deixar claro que estes grupos neopentecostais estão deturpando o Evangelho de Cristo.

Megalofobia e megalomania

A diferença entre megalofobia e megalomania é muito grande. Os que sofrem da megalofobia têm medo doentio de coisas grandes. Os que sofrem de megalomania têm paixão doentia por coisas grandiosas demais.

O paciente do delírio de grandeza entende que ele é uma personalidade preeminente num meio específico. Por exemplo, no ambiente do poder, no ambiente científico, no ambiente artístico, no ambiente financeiro, no ambiente religioso.

Naturalmente, o megalomaníaco é presunçoso. Mas nem todo presunçoso é megalomaníaco. Há pessoas intoleravelmente soberbas que sofrem de um distúrbio ético e não mental. Elas são relaxadas quanto à prática da humildade e não a conservam. Se o vaidoso não se cuidar, nada impede que ele venha a se tornar megalomaníaco. Assim como o bebedor ocasional de vinho pode tornar-se num dependente de álcool.

A auto-exaltação é tão humana e tão perigosa que Deus achou por bem não retirar o espinho que havia na carne de Paulo para impedir que o apóstolo se exaltasse “por causa da grandeza das revelações” (2 Co 12.7). A soberba descontrolada endoidece e obriga o vaidoso a falar bobagens. O rei do Egito, por exemplo, declarou: “O [rio] Nilo é meu; e o fiz para mim mesmo” (Ez 29.3). A tradição diz que Simão, aquele mágico de Samaria que queria comprar o Espírito Santo para ter mais poder (At 8.18,19), teria pulado do pináculo do templo à vista de uma enorme multidão na certeza de que faria uma proeza que Jesus não teve coragem de fazer.

O crente deve prevenir-se tanto da megalofobia como da megalomania, tanto da timidez como da arrogância. As Escrituras o obrigam a fugir de ambos os extremos. Não deve ter medo do Golias que há por aí nem das “portas amplas e promissoras” que Deus vai abrindo diante de seus olhos (1 Co 16.9). Mas deve ter medo da auto-avaliação demasiadamente generosa.

O modelo do salmista deve ser observado:

“Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas demais para mim”  (Sl 131.1).

Melhor abrir uma igreja que abrir um buteco. Será?

 
Dizem que no Brasil as igrejas estão aumentando, e a experiência pessoal comprova a tese: basta um breve passeio pelas ruas e avenidas dos nossos grandes centros para constatar a enorme quantidade e variedade de igrejas evangélicas. Assombrosas também são as razoes porque as mesmas são fundadas; quase sempre, um desentendimento ou rejeição de uma doutrina superficial, que abre as portas para a divisão do grupo e culmina na criação de uma nova denominação, que irá funcionar em uma garagem alugada.

Toda esta “multiplicação” de igrejas (penso que divisão seria a palavra mais adequada em muitos casos) tem gerado um outro problema, que é a falta de pastores qualificados para tais funções. Nas igrejas tradicionais, é necessário que o vocacionado ao ministério pastoral seja treinado em um seminário formal. Falta, porém, o ensino prático e ministerial. Nas pentecostais não é necessário possuir diploma de teologia, mas ele precisa ser ordenado, e a ordenação geralmente depende de algum pastor presidente ou do reconhecimento da convenção de ministros. Em muitos casos, o nepotismo e a política de interesses fica evidente. Nas neopentecostais, não sei exatamente como funciona, mas confesso que as vezes tenho a impressão que são selecionados aqueles que possuem maior lábia! Além disso, há em nosso país uma infinidade de igrejas independentes, quase sempre de linha pentecostal ou neopentecostal, dissidentes das igrejas pentecostais históricas, nas quais não existem critérios para a ordenação.

A falta de preparo ministerial e teológico, que já era problema nas igrejas pentecostais e neopentecostais, torna-se ainda mais grave, abrindo passagem para situações absurdas como se pode ver no vídeo à seguir:


Diante de tudo o que tem sido exposto, penso que é hora de rever aquela velha máxima, sempre repetida pelos crentes que defendem o atual estado das coisas, e que quando são confrontados com o sistema capenga que predomina nas novas agremiações evangélicas (que de evangelho muitas vezes não possuem nada), repetem o já desgastado bordão: “Ah, mas é melhor abrir uma igreja do que um buteco”. Mas será que isso é verdade? Do ponto de vista mercadológico, acredito que sim, pois o tal “evangelho” tem se mostrado um negócio promissor, onde é possível se obter um ótimo retorno financeiro com o menor investimento possível.

Seguindo meu devaneio, chego a pensar que se no lugar de cada igreja neopentecostal houvesse um bar, o prejuízo para o evangelho seria menor, pois ao menos aqueles que se encontram nos bares da cidade sabem que são ignorantes quanto ao evangelho, podendo ser alcançados através de nossos esforços missionários. Já os membros das igrejas neopentecostais, coitados, pensam que sabem tudo e ficam extremamente doloridos se alguém lhes mostra a verdade. Assim, se eu tiver que escolher entre alguém perdido, mas acessível, e alguém perdido e alienado, fico com a primeira opção, pois é muito mais fácil evangelizar um bêbado que sabe que está perdido do que convencer um idólatra da IURD, uma vez que o segundo não bebe, não fuma e dá o dízimo, coisas que segundo o sistema vigente podem assegurar a salvação da alma.

Sendo assim, acho que vou orar para que cada igreja apóstata feche as portas e que em seu lugar seja aberto um aconchegante buteco, e “de quebra”, peço a Deus para que os pseudocrentes auto-suficientes e engomadinhos que vivem correndo atrás de unção e fazendo barganha com deus (sim, propositalmente descrito com letra minúscula, pois um deus que se vende não vale quanto pede) caiam do pedestal gospel onde estão e enfiem a cara na cachaça! Quem sabe depois disso, quando eles estiverem todos bêbados e perdidos, decidam dar lugar à mensagem do evangelho? A idéia parece interessante, por várias razoes. Eu, por exemplo, jamais fui impedido de compartilhar o evangelho dentro dos bares das cidades onde estive. No entanto, falar de evangelho aos amigos neopentecostais está cada vez mais difícil.