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Pastores Voadores!

Dizem que um homem pode ser medido pela grandiosidade dos seus sonhos. Se é mesmo assim, um seleto grupo de ministros do Evangelho anda sonhando alto – literalmente. Desde o ano passado, diversos pastores brasileiros andam cruzando os céus em aviões próprios, um luxo antes somente reservado a altos executivos, atletas milionários e sheiks do petróleo. A justificativa para as aquisições, algumas na faixa das dezenas de milhões de dólares, é quase sempre a mesma: a necessidade de maior autonomia e disponibilidade para realizar a obra de Deus, o que, no caso dos grandes líderes, demanda constantes deslocamentos pelo país e exterior a fim de dar conta de pregações e participações em palestras e eventos de todo tipo. Eles realmente estão voando alto.

O empresário e bispo Edir Macedo, dirigente da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) tem feito a ponte aérea Brasil – Estados Unidos a bordo de um confortável Global Express, avaliado no mercado aeronáutico por US$ 50 milhões (cerca de R$ 85 milhões). Para comparar, o preço é semelhante ao do Rafale, o caça-bombardeiro francês que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sonha comprar para as Forças Armadas brasileiras. Equipado com sala de estar, dois banheiros, minibar e lavabo, além de um confortável sofá, o jato permite deslocamentos dos mais confortáveis até os EUA, onde Macedo mantém residência, e tem autonomia suficiente para levá-lo à Europa ou à África. O Global, adquirido em setembro numa troca por um modelo mais antigo, veio juntar-se à frota da Alliance Jet, empresa integrada ao grupo Universal e que já possuía um Falcon 2000 e um Citation X, juntos avaliados em 40 milhões de dólares.

Edir Macedo justifica o uso de aviões particulares dizendo que precisa levar a Palavra de Deus pelas nações onde a igreja atua, que já são mais de 120, e também para evitar transtornos aos passageiros dos aviões comerciais, pois sua pessoa costuma atrair muita atenção da mídia. Pode haver também outros motivos. Foi em voos particulares que a Polícia Federal descobriu, em 2005, que deputados e empresários ligados à Iurd transportavam dinheiro em espécie, no episódio que ficou conhecido como o caso das malas. Os valores, explicou a igreja na época, teriam sido arrecadados nos cultos e eram transportados dessa maneira por questão de segurança e praticidade até São Paulo e Rio de Janeiro, onde a denominação tem sua administração.

Já o missionário R.R.Soares, mais discreto que o cunhado Macedo, não fez alarde da aquisição do turboélice King Air 350, em novembro, fato noticiado pela revista Veja.. Avaliado em cerca de R$ 9 milhões, a aeronave transporta oito passageiros. Como tem uma agenda das mais apertadas, Soares viaja praticamente toda semana pelos mais de mil templos que sua Igreja Internacional da Graça de Deus tem no país, além de realizar cruzadas e gravar programas diários para a TV. Ele realmente tem pensado alto: a igreja também mantém parceria com a empresa de aviação Ocean Air, através da qual um percentual sobre cada passagem comprada por um membro da Graça reverte para a denominação.

“Conquista” – O que chama a atenção no aeroclube dos pastores são as justificativas espirituais para a compra das aeronaves. Renê Terra Nova, apóstolo do Ministério Internacional da Restauração em Manaus (AM) e um dos grandes divulgadores do movimento G12 no Brasil, conta que o seu Falcon é fruto de profecias de grandes homens de Deus como o pastor e conferencista americano Mike Murdock. Em abril de 2009, durante um evento em que ambos estavam, Murdock incentivou uma campanha de doações a fim de que Terra Nova pudesse realizar seu “sonho”. Após chamar Terra Nova à frente, ele mesmo anunciou que ofertaria R$ 10 mil reais, atitude logo seguida por dezenas de pessoas. O avião foi comprado em julho. Dizendo-se “constrangido” com a atitude, Terra Nova admitiu que aquele era seu desejo e que se submetia ao que considerava a vontade de Deus. “O Senhor é testemunha que este avião não é para vaidade, mas para estimular que outros ministérios a que também tenham aviões e, juntos, possamos voar para as nações da terra, pregando o evangelho de Jesus. Assim está estabelecido”, diz o líder em seu site.

“Conquista” e “resultado da fé” também foram as expressões usadas pelo pastor Samuel Câmara, da Assembleia de Deus de São José dos Campos (SP), para comemorar a compra de seu King Air C90, de quatro lugares. O religioso, que durante anos liderou a Assembleia de Deus em Belém (PA) – onde montou a Rede Boas Novas, conglomerado de rádio e TV que cobre vinte estados brasileiros –, se diz muito grato a Deus pela bênção, avaliada em R$ 8,5 milhões. Ele espera juntar-se a outros líderes para montar “uma esquadrilha de aviões para tocar o mundo todo”. Ano passado, Câmara também esteve no noticiário pelas denúncias que fez contra supostas irregularidades nas eleições para a presidência da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB).

Mas a aquisição aérea que mais chamou a atenção, dentro e fora do meio evangélico, foi concretizada pelo famoso pastor e apresentador de TV Silas Malafaia, da Assembleia de Deus da Penha, no Rio. Possuir uma aeronave própria era um objetivo anunciado pelo líder já há algum tempo, inclusive em seu programa Vitória em Cristo, um dos campeões de audiência na telinha evangélica. Além dos insistentes pedidos por ofertas para manter-se no ar, Malafaia constantemente tocava no assunto avião em suas falas. O empurrão que faltava foi dado pelo pastor americano Morris Cerullo, outro profeta da prosperidade proprietário de um luxuoso Gulstream G4. Num dos programas, levado ao ar em agosto, Cerullo admoestou os telespectadores a desafiar a crise global e participar de uma campanha de doações ao colega brasileiro – um chamado “desafio profético”, no valor de 900 reais, estipulado graças a uma curiosa aritmética que associava a cifra ao ano de 2009.

Aparentemente surpreso, Silas Malafaia assentiu com o pedido. Não se sabe quanto foi arrecadado a partir dali, mas o fato é que em dezembro o pastor anunciou que o negócio foi fechado por cerca de US$ 12 milhões, cerca de 19 milhões de reais. Trata-se de um jato executivo modelo Cessna com pouco uso. Um “negócio espetacular”, na descrição do próprio. Bastante combatido pela maneira ostensiva com que pede ofertas para seu ministério, o pastor Malafaia, que dirige também a Editora Central Gospel, recorre à consagrada oratória para se defender: “Quem critica não faz nada. Você conhece alguma coisa que algum crítico construiu? Crítico é um recalcado com o sucesso da obra alheia.”

Igreja Mundial: Milagres e Milhões !!!


"Uma das histórias que mais me impressionou (sic) foi de um homem que morreu. Como se diz no Nordeste, ele estava na pedra. A família já tinha recebido atestado de óbito. A filha dele chegou em mim na igreja, me abraçou e disse: “Se o senhor disser que ele está vivo, ele viverá”. O que houve ali foi pela fé dela. Comovido, respondi: “Então, está vivo”. Quando ela voltou para casa, estavam se preparando para velar o corpo e receberam a notícia de que o homem havia voltado à vida. Os médicos tentaram justificar, mas não conseguiram entender como o coração dele voltou a bater. Foi uma ressurreição"

O relato acima foi feito em 2009 pelo líder evangélico Valdemiro Santiago de Oliveira numa de suas raras entrevistas, concedida a uma publicação evangélica chamada Eclésia.

Alto, negro, extrovertido, de fala rouca cheia de erros de português e forte sotaque mineiro, Valdemiro, de 46 anos, é o criador, líder absoluto e autoproclamado “apóstolo” da Igreja Mundial do Poder de Deus. Caçula entre as neopentecostais, a igreja foi fundada em 1998, em Sorocaba, interior de São Paulo. Mineiro de Palma, região de Juiz de Fora, Valdemiro gosta de se definir como “homem do mato” ou “um simples comedor de angu”. Na pregação diária de bispos e pastores e no boca a boca de milhares de fiéis, é reverenciado como milagreiro. Além de afirmar ressuscitar os mortos, cultiva a fama de curar de aids, câncer, cegueira, surdez, tuberculose, hanseníase, paralisia, alergias, coceiras e dores em qualquer parte do corpo e da alma. Num domingo com três cultos, Valdemiro chega a apresentar mais de 30 testemunhos de cura. ÉPOCA tentou falar com Valdemiro durante dois meses. As solicitações foram feitas por meio de assessores e bispos e diretamente a ele, na saída de cultos. Em duas ocasiões, ele prometeu dar entrevista, mas nunca agendou.

Dissidência da Igreja Universal do Reino de Deus, a Mundial é a menos organizada das evangélicas. Seus templos têm instalações precárias. A pregação é classificada por alguns como “primitiva”. Há gritos, choros e performances espalhafatosas. Até suas publicações são visivelmente mais pobres que as das concorrentes. Apesar de fazer quase tudo no improviso, a Mundial já é considerada o maior fenômeno religioso do Brasil desde a criação da Igreja Universal, em 1977, sob a liderança do bispo Edir Macedo. Mais que isso, a Mundial começa a se firmar como ameaça ao império que a Universal ergueu no campo das neopentecostais.

Carismático, intuitivo, meio desafiador, meio fanfarrão, Valdemiro comanda uma estrutura que, de acordo com números da igreja, reúne 2.350 templos, cerca de 4.500 pastores e tem sedes em mais 12 países. Só em aluguéis de imóveis para cultos a Mundial gasta R$ 12 milhões por mês, segundo estima o diretor de compras da igreja, Mateus Oliveira, sobrinho de Valdemiro. Em número de templos, a Mundial superou duas de suas três concorrentes neopentecostais: a Internacional da Graça, do missionário R.R. Soares, e a Renascer, do casal Estevam e Sônia Hernandes. Nos últimos dois anos, a Mundial praticamente multiplicou por dez seu tamanho (em 2008, eram 250 templos). Mantido o atual ritmo de crescimento, ela ultrapassaria a Universal até 2012. A igreja de Edir Macedo afirma ter 5.200 templos e 10 mil pastores.

Uma característica nova na expansão da Mundial está naquilo que o sociólogo Ricardo Mariano, estudioso de religião na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, chama de “pescar no próprio aquário evangélico”. Estudos sugerem que a maior parte dos seguidores da Mundial veio de outras neopentecostais, principalmente da Universal. Poucos eram do meio católico, tradicional fornecedor de fiéis para denominações evangélicas. “Calculo que mais de 50% dos membros da Mundial saíram da Universal, uns 30% da Internacional da Graça e o resto das demais evangélicas ou outras religiões”, diz Paulo Romeiro, professor de teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor de um livro sobre a igreja.

Na cúpula da Mundial, a presença de ex-membros da Universal é expressiva. Estima-se que 90% dos bispos e até 80% dos pastores tenham sido formados por Edir Macedo. O próprio Valdemiro tem origem na Universal, onde atuou por 18 anos. O apetite com que a Mundial avança sobre a Universal aparece até na distribuição geográfica dos templos. Valdemiro tem predileção por instalar igrejas em imóveis que já foram ocupados pela Universal.

Parte do encanto de Valdemiro está na imagem messiânica que ele construiu em torno de si, contando histórias mirabolantes. A mais espetacular está no livro O grande livramento: ele descreve um naufrágio que sofreu em Moçambique em 1996, quando ainda era da Universal. Valdemiro diz que ele e três conhecidos foram vítimas de uma sabotagem, que fez a embarcação afundar a 20 quilômetros da costa. A partir daí, a história ganha ares cinematográficos.

Valdemiro na época pesava 153 quilos (anos depois, ele faria uma cirurgia de redução de estômago). Ele diz que deu os únicos três coletes aos colegas e começou a nadar a esmo. Diz ter nadado oito horas “contra forte correnteza”, “ondas gigantes” e cercado por “tubarões-brancos assassinos” e “barracudas agressivas”. Na travessia, prossegue sua narrativa, um pedaço de sua perna foi arrancado e seus olhos foram queimados por “águas-vivas gigantes”. Quando finalmente chegou à praia, diz ele, dormiu na areia e acordou nos braços de dois estranhos, “africanos seminus”. “Tive a clareza de que os anjos do Senhor haviam me visitado e me dado o livramento”, diz. Dos três companheiros, dois morreram e um foi resgatado. Na época, jornais noticiaram o naufrágio, mas muita gente na igreja duvidou do relato. Um bispo foi à África fazer uma sindicância, mas isso não sanou as dúvidas.

Valdemiro também conta outros três causos de “livramento”. Diz que, numa ocasião, caiu do 8º andar de uma obra, mas nada sofreu. Afirma também que, passeando de carro “na África”, uma bomba de um campo minado explodiu “arremessando nosso carro uns 3 metros para o alto”. Diz ainda que sofreu uma tentativa de assassinato, mas os “matadores profissionais” erraram os cinco tiros. “Assustados, jogaram o rifle para dentro do carro e fugiram”, afirma.

Assassinos de Isabela Nardoni: Condenados!

Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, acusados de assassinar a menina Isabella, de 5 anos, finalmente foram condenados. O juri aplicou à Alexandre a pena de 31 anos, e Carolina, madrasta da menina, foi sentenciada à cumprir 26 anos e 8 meses de prisão.

A morte de Isabella chocou o país em 2008. Na noite de 29 de março daquele ano, a menina foi asfixiada e arremessada da janela do 6º andar de um prédio na Zona Norte da capital paulista onde o pai morava. A mídia tratou o tema com severidade e explorou ao máximo o drama dos familiares de Isabella, convertendo o "casal Nardoni" na dupla de viloes mais odiada do país.

É claro que um crime horrível como este merece punição, e em um caso como este a pena máxima aplicada aos assassinos é a única medida cabível. Porém, não é demais salientar que a mídia explorou o caso com tanta avidez, que acabou por manipular a turba de populares, os quais esquecendo dos crimes hediondos cometidos todos os dias e cabíveis de igual punição, tais como pedofilia, incesto, violência, assassinato de crianças e descaso para com os grupos carentes, fechou os olhos para o resto dos acontecimentos do mundo enquanto acompanhava o julgamento de Alexandre e Ana Carolina.

Casos como este nos remetem ao poder dos meios de comunicação. As diferentes mídias tem o poder de informar, ajudar e sociabilizar, mas também podem manipular pessoas e formar opiniao. O caso Nardoni nos deu uma pequena idéia do que pode acontecer se a grande mídia se voltar com toda a sua força contra a igreja. Escândalos para ser divulgados é que nao faltam!

Sexo Virtual


É impressionante o número de cristãos sinceros que são atingidos pela febre digital de consumo de sexo. Já perdi a conta de quantos relatos ouvi e de quantas pessoas tiveram sua vida sexual destruída por conta disso. Tudo começa como uma diversão. olha um site aqui, vê um filme ali, até que se entra em salas de bate papo e se começa a assumir uma outra identidade, a de prostituto(a) virtual.

As pessoas começam a liberar seus instintos mais primitivos e colocar para fora suas fantasias mais bizarras. Quando você para pra olhar ao redor, não sobrou mais nada, virou vício, e o camarada está trocando uma boa noite de amor com sua mulher por um momento de masturbação em frente ao monitor.

Deus pode e quer mudar esse quadro na sua vida. Ele tem poder para isso. Mas é necessário entrega total dos pontos, colocar as cartas na mesa e assumir o fundo do poço. Só assim, arrependendo-se dia a dia das práticas sexuais virtuais é que alcançaremos a libertação total. Se por um acaso, você recair, saiba que você tem um advogado no céu junto ao pai, Jesus Cristo, o justo! Não desista, ore apesar da vergonha, não aceite a culpa que o diabo quer impor a você, apenas prossiga, Deus tem a cura para esse vício!

Imaturidade cristã


As igrejas hoje estão mais repletas de carentes do que de crentes.

Estou querendo dizer que, nesses dias de renascimento do cristianismo medieval e de recrudescimento das superstições evangélicas, há aqueles que se aproximam de Deus muito mais como crianças em busca de satisfação para seus caprichosos desejos infantis do que como pessoas de fé interessadas em amadurecer espiritualmente para melhor conhecer a vontade do Senhor e aplicá-la de maneira eficaz no viver diário.

Revelando uma colossal imaturidade, a multidão de carentes só se importa em testemunhar prodígios maravilhosos e milagres fantásticos, em conquistar prosperidade financeira ao estilo do capitalismo mais ganancioso e materialista, em obter curas imediatas tão somente para os males físicos enquanto os males do caráter permanecem intocáveis, em entorpecer-se com cânticos repetitivos de forte apelo emocional que mais se assemelham a mantras hipnóticos, em presenciar espetáculos deprimentes de supostos possessos sendo humilhados diante da congregação e da audiência televisiva, em ouvir animadores de auditório travestidos de pregadores com declarações fervorosas, e coisas do tipo.

Essa gente sobrecarregada de carências, frustrações, complexos e neuroses torna-se ainda mais neurótica, complexada, frustrada e carente quando cai nas garras de manipuladores eloquentes que bem sabem como explorar seus sentimentos e emoções, impondo rédeas sufocantes e conduzindo o rebanho manhoso aos pastos ressecados e às tranquilas margens do pântano.

São, na verdade, bebês chorões. São crianças birrentas com excesso de vontades e melindres. Nada que o amadurecimento da fé não resolva. Mas preferem continuar na infância espiritual, com chupetas e mamadeiras, fraldas e babadores, chocalhos e ursinhos de pelúcia. Em vez de autênticos pastores, querem babás. Em vez de comida sólida, querem leite e papinha. Em vez de aprender a andar, querem continuar engatinhando.

Isso é uma combinação explosiva: de um lado, liderados cheios de carência; de outro, líderes vazios de caráter.

Só podia dar no que se vê por aí: uma perfeita acomodação sado-masoquista entre igrejas que exploram e crentes explorados, ou entre pastores que manipulam e ovelhas manipuladas.

As igrejas são creches que refletem o ideal de Peter Pan, onde ninguém cresce. Permanecem todos como meninos. Os meninos perdidos da Terra do Nunca.

O sujo falando do Mal Lavado!!!


Em um discurso de nove minutos, o pastor pentecostal Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, atacou a Igreja Universal do Reino de Deus por conta da chamada "guerra das TVs".

Dizendo-se enviado por Deus na missão de defender o povo evangélico da guerra entre as emissoras, Malafaia comparou a Record com um "império do mal", diz a coluna. A Globo foi poupada no discurso do pastor.

"Como é que uma igreja investe milhões numa TV só pra ganhar audiência? Todo tipo de imoralidade numa TV bancada com dinheiro de oferta e de dízimo?", diz Malafaia durante o vídeo.

"Eu estou aqui abismado, e a igreja evangélica está sendo botada em uma guerra em que nós não temos nada com isso. Lá atrás, quando eu defendi vocês, nós tínhamos um ideal, porque a outra emissora era imoral, era contra a família, e qual é a diferença hoje?", continua o pastor.

Malafaia ainda aproveitou o vídeo para mandar um recado pessoal para Edir Macedo, líder da Universal. "Vou te dizer... Lúcifer, Satanás... Eles caíram por três motivos, irmão: soberba, multiplicação do seu comércio e poder. Estou vendo a história se repetir com vocês."

- Malaveia enviado de "deus" na guerra das TVs! E ainda por cima acusando o "outro" de cobiça, multiplicação de comércio, prosperidade e ambição!

O mesmo "mala" que ontem estava fazendo "venda casada" de unção de prosperidade & Bíblia da Vitória por 900 paus? Em flagrante formação de quadrilha de apostasia com o Morris Ceroulas?

São por estas e por outras que não se acha óleo de peroba na região da Penha no Rio de Janeiro!

Chega de engano santo!


Certa feita, assistia a um culto quando o pastor bradou:

– O Diabo não brinca em serviço, irmãos!

A irmãzinha, obviamente desatenta, ao perceber o tom de voz elevado do pregador, não titubeou: – Glória a Deus! Aleluuuuuia!

Eu e minha amada esposa nos entreolhamos como quem perguntava um para o outro: “Ué, e desde quando mencionar uma ‘qualidade’ do diabo é motivo para glorificar?”

A cena, absolutamente verídica, ilustra bem uma realidade triste de nossas igrejas: a palavra que se prega, para alguns, é menos importante que a performance do pregador. Ou seja, frases de efeito e uma voz bem impostada, com suposta “autoridade”, faz mais efeito que um bom embasamento bíblico.

Amados, não fomos feitos seres pensantes por acaso. A palavra não nos ensina a calar a voz diante de teatralizações espirituais e “revelamentos” sem fundamento. O apóstolo Paulo nos alerta sobre os falsos profetas e destaca a prudência daqueles que examinam, na Palavra, tudo o que ouvem (At 17:11, 1Ts 5:21). A seu discípulo Timóteo, ele recomenda o bom manejo da palavra da verdade (2Tm 2:15). O próprio Jesus nos alerta que homens fariam maravilhas (lê-se manifestações sobrenaturais) e expulsariam demônios em seu nome, mas que estes não tinham parte com Ele (Mt 7:15-27). O que diferenciam os falsos dos verdadeiros profetas não são os milagres, mas os frutos, os bons frutos.

Incomoda-me perceber como mercadores da fé estufam seus bolsos de dinheiro à custa da ingenuidade dos crentes. É triste ver a idolatria em nosso meio. Fico perplexo ao ver pregadores endeusados, novidades e modismos invadindo as igrejas sem o devido exame ou básico apelo ao dom do discernimento. Chateia-me também os legalistas fazendo cara feia para um determinado ritmo de música ou tipo de roupa usada pelos cristãos do século XXI, como se Deus estivesse preocupado com isso [não estou descartando a decência, logicamente].

Pregadores itinerantes vendem milagres com suas performances teatrais e, com extrema facilidade, a igreja “pega fogo” [crente adora uma novidade]. Irmãos, fogo que não traz transformação de vida é fogo estranho. Sei que não vou receber tapinhas nas costas por fazer alguns alertas aqui. Mas prefiro dar a cara à tapa a ficar inerte. Sei que estou a anos luz do servo que o Senhor espera de mim. E também estou longe do conhecimento que preciso e gostaria de ter. Mas tenho a convicção de que o Espírito Santo está abrindo a mente e os olhos de uma nova geração de revolucionários. Crentes afinados com a Palavra, preocupados com o próximo, com o social, com salvação de vidas e que não se deixam enganar.



Cristianismo de Marionetes: Bonecos sem vida nas mãos de líderes corruptos


Estamos vivendo na época dos crentes marionetes. Em um país onde apenas uma parcela ínfima da sociedade adquiriu o gosto pela leitura, era de se esperar que uma religião que demanda fidelidade a um livro – ainda que seja um livro sagrado – encontraria problemas para se desenvolver de forma saudável. É claro que eu conheço as estatísticas recentes que mostram o crescimento vertiginoso dos evangélicos, mas essas pesquisas também nos revelam que a maior parte desse crescimento se dá na ala neopentecostal, em meio a igrejas que exploram ao máximo a fé mística, ubandista, idólatra e xamânica do povo brasileiro – sincretizando essas religiões e condensando-as em uma forma de culto muito diferente do culto racional de Romanos 12, e que por pura teimosia insiste em serem chamadas “igrejas evangélicas”. É claro que essas crenças não passam pelo crivo bíblico, de modo que para sustentá-las não basta apenas distorcionar as palavras da Bíblia: é preciso literalmente abandoná-la para levar à cabo essa religião idólatra, utilitarista e manipuladora.

Devido à multiplicação dos chamados “movimentos contraditórios” (um eufemismo para seitas), a Bíblia tem sido conservada apenas como acessório, um adorno para o púlpito, mas a bem da verdade, uma peça sem serventia. Cada vez menos se recorre a ela para basear opiniões, de forma que até o conhecido bispo-empresário chegou ao ponto de lançar uma campanha televisiva em favor do aborto, causando gande confusão no meio evangélico. Se por um lado o telebispo foi mais longe que todos os demais, por outro lado precisamos reconhecer que ele não está só: ele fez escola. Muitos telepastores e telepregadores tem seguido os seus passos. Essa semana estava lendo acerca de um telepastor (aquele que faz chapinha, sabe?) que formou uma caravana e se dirigiu para Israel, a fim de queimar os pedidos de oração que os “fãs” enviam para o seu programa. Outro pregador, que já foi um verdadeiro militante apologista, e que batia de frente com os modismos, heresias e falácias neopentecostais, mudou de trincheira e agora defende com unhas e dentes a teologia da prosperidade, preferindo a mensagem de “Vitória em Cristo” do que aquela da “Salvação por Cristo”.

Quero deixar claro que jamais afirmei ser o dono absoluto da verdade, antes anuncio que a Bíblia é verdadeira e me oponho veementemente a esse cristianismo analfabeto. Ora, o cristianismo sem Bíblia é como um casamento sem conjuge! É nela que encontramos a ética do reino, as promessas de Deus e suas demandas, as palavras inspiradoras de Cristo nos evangelhos, a doutrina cristã sistematizada por Paulo e a mensagem apologética de Pedro e Judas. Ela é o maior documento que o cristianismo possui. Ignorar a Bíblia é ignorar os atos de Deus na história da salvação, e conseqüentemente a nossa própria história. Mas infelizmente o que vejo hoje é um cristianismo sem Bíblia, sem Cristo, sem dogma e sem mensagem salvadora. Um cristianismo consumista, capitalista, utilitário, espíritista, relativista e pragmático. Os seguidores desse cristianismo caricato são marionetes nas mãos dos lobos devoradores, sendo constantemente manipulados para o benefício dos líderes que enchem os bolsos com o dinheiro dos “fiéis”, comprando aviões de 30 milhões de dólares, construindo mansões em Campos do Jordão, ou investindo em cavalos árabes “puro sangue”. Enquanto isso, os crentes se prestam aos mais absurdos papéis: banhando-se com sabonete de arruda, participando de sessões de descarrego, fazendo despachos, comprando produtos “made in Israel” e movimentando esse marcado milionário que é a industria da iconolatria evangélica.

É assim que cresce a igreja evangélica brasileira: enferma. Ela é uma igreja obesa, com o colesterol alto e diabetes. É uma comunidade doente, mas não é a única culpada da sua saúde precária. Falharam os seus pastores em administrar-lhe uma dieta saudável, e ainda falham ao dar-lhe veneno em lugar de remédio. É verdade que a igreja evangélica está crescendo, porém esse não é um crescimento saudável.

Quando era criança, me apaixonei por marionetes. Lembro-me que no jardim de infância meus olhos brilhavam durante as apresentações do grupos de títeres. Porém, o tempo foi passando e um dia eu descobri que a voz que eu ouvia não era a voz do boneco: havia alguém escondido atrás da cortina movendo os pobres personagens sem vida. Desse dia em diante, perdi totalmente o interesse por marionetes. Os membros dessas novas igrejas são meros títeres, massa de manobra na mão dos perversos, dominadores e exploradores da fé alheia. São os lobos vorazes que manipulam os bonecos inertes a fim de satisfazer suas necessidades e seus sórdidos interesses. Nossos membros são marionetes: a voz que ouço em suas defesas “apologéticas”, definitivamente não é deles. Já ouvi essa voz antes e aprendi a reconhecer o som por detrás do boneco de madeira. Eles não podem me enganar, pois aprendi cedo, aos 5 anos de idade, a discernir a voz que comanda o sistema.

Que tipo de cristão é você?

Fé, sem dúvida é uma palavra da moda. “É preciso ter fé...” tantos dizem. Já outros afirmam que ”sem fé não se chega a lugar nenhum”. Mas a verdade é que ninguém vive sem fé, todos cremos em muitas coisas e em uma quantidade enorme de pessoas e conceitos. Seja na ciência ou mesmo em nossos pais, crer em alguma coisa ou acreditar em certas informações são a base da nossa vida prática. Mas até onde vai a sua fé? O que você está disposto a fazer por aquilo que você crê? Pensando nisto gostaria de refletir sobre três ‘personagens’ na história de Cristo e ver com quem sua fé mais se identifica.

O primeiro personagem é o povo, sempre presente em todas as histórias bíblicas; é o personagem inconstante - hoje quer uma coisa, amanhã exatamente a contrária. No domingo de ramos diz: “bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mt 21;9) e na sexta-feira da paixão, eles, porém gritavam: Crucifica-o! Crucifica-o! (Lc 23;21). Num dia estão prontos a fazer de Jesus rei, no outro o esbofeteiam e cospem.

O segundo é Pilatos, o governante da província da Judéia; a Bíblia conta que ele, com medo do tumulto e assustado pela advertência de sua esposa, apenas lavou as mãos — literalmente — e mesmo sabendo que Jesus era inocente o entregou à cruz, atendendo ao pedido do povo, inflamado pelos sacerdotes (Mt 27;24). Ele acreditava em Jesus, mas não tinha compromisso, não se envolveria na causa de Cristo.

O terceiro personagem é Maria, a mãe de Jesus; ela viu tantos milagres como o povo, e obviamente acreditava na inocência de Jesus, como Pilatos, mas diferentemente dos outros dois personagens, mesmo assustada muitas vezes — afinal ela era virgem quando achou-se grávida pelo Espírito Santo (Lc 1;29) — Maria manteve-se firme. Desde a primeira oportunidade sujeitou-se ao filho que também era seu Senhor, reconhecendo que somente pela vontade dele a tristeza por uma festa de casamento mal sucedida podia ser revertida (Jo 2,3). Maria seguiu Jesus de perto por todo o seu ministério, em toda a via crucis e ainda pouco antes de sua morte, ali estava ela junto à cruz (Jo 19;25), atenta, sem medo ou vergonha de ouvi-lo e obedecê-lo.

Em qual desses personagem você se vê? Interessado mas inconstante? Conhecedor, mas descompromissado? Ou servo atento e obediente? Até aonde vai a sua Fé? Um fim de semana? Um susto ou tumulto? Ou ela te leva à cruz, à sua CRUZ?

Evangelismo com responsabilidade


Ontem ouvi um testemunho de uma pessoa que se "converteu" há pouco tempo. Bem, sabendo o que viria nos próximos minutos, confesso que tive uma vontade enorme de ir embora, mas como sou brasileiro e não desisto nunca, me mantive sentado,certo de que poderia ser diferente, que eu iria ouvir desta vez uma legítima conversão. Bem, no final me dei mal.

Todas as vezes que escuto algo do gênero, novamente me faço perguntas sobre a maneira como a evangelização é feita hoje ( se é que podemos chamar de evangelização ). Aliás, evangelização no nosso modelo significa convidar as pessoas a ir aos cultos, e depois que ela levantar a sua mão e aceitar a Jesus, carimbamos o seu passaporte pro céu. E ai?

Há uma idéia disseminada no meio da igreja que nosso papel é salvar almas, e isso faz com que com meia dúzia de conceitos superficiais sobre Deus, e a promessa que Ele vai fazer sua vida melhor, te dar dinheiro, curar uma enfermidade, trazer a pessoa amada, salvar casamentos seja chamado de Evangelização. O resultado final é uma “pseudoconversão” superficial, que tem como resultado pessoas frustradas e decepcionadas com o não cumprimento das promessas feitas, queixando-se das injustiças de Deus, o que leva muitas pessoas a se afastarem da igreja ( tema que já foi matéria da revista Eclesia). Quando o afastamento não ocorre temos um segundo grupo de pessoas que ficarão tão obstinadas a esperar para alcançar tais promessas que nunca sairão das periferias do conhecimento sobre Deus. Poucas dessas pessoas irão se desenvolver e absorver o cerne do Evangelho e terão realmente as suas vidas transformadas.

Entendo hoje que nosso papel como igreja não é apenas salvar almas, mas salvar vidas. Temos que ter como igreja a capacidade de resgatar as pessoas e restaurar a sua dignidade, sua vontade de viver e de se humanizar. Nosso Evangelismo não deve correr em cima de promessas vazia sobre Deus, mas na verdadeira promessa que Ele nos ama e estará conosco em todos os momentos das nossas vidas, mesmo nas piores situações que encontraremos nela ( “... ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque TU estás comigo...” ). Devemos deixar de lado nossa obstinação por segurança, no qual transformamos nossos cultos em Shows da fé, e nos derramarmos com tudo o que somos no relacionamento e conhecimento de Deus, de maneira tal que possamos nos humanizar e ser como Jesus amando aquele que não amamos, trazendo justiça num mundo minado que está tomado por injustiças. Nossa conversão não se dá no momento em que vamos rigorosamente aos domingos a igreja, mas no momento que o Evangelho se torna “boas novas” em nossas vidas, de maneira tal que é impossível, após absorver as verdades do Reino e seus valores, que eu seja a mesma pessoa. Sou tocado pelo Evangelho quando minha vida passa ser um instrumento de trazer o bem. Tenho que ter a convicção de que o Evangelho não me dá nenhuma garantia que a minha vida será melhor que a das demais pessoas, mas que ele me dá a certeza de que passe o que passar estarei para sempre com Deus.

O que temos hoje na igreja? Na maioria, pessoas que não sabem qual é seu papel neste mundo, que consideram cristianismo o pragmatismo religioso pregado todos os dias nos nossos programas televisivos. Por isso, coisas como a teologia da prosperidade superabundam nos corredores evangélicos. Temos muitos evangélicos, mas poucos que podem ser chamados cristãos. Devemos repensar nosso conceito de Evangelismo, porque com foco em quantidade, sem dar o devido cuidado as pessoas, estaremos apenas sendo superficiais em nossa missão como igreja.

Silas Malafaia camaleão gospel

Camaleão é o nome dado a todos os animais pertencentes à família Chamaeleonidae, uma das mais conhecidas famílias de lagartos. É um réptil conhecido por mudar a sua cor para se adaptar a um ambiente ou a uma situação. Tanto o macho quanto a fêmea são agressivos. Ao sentir-se acuado, foge ou defende-se com dentadas e chicoteando com a cauda.

Silas Malafaia é o camaleão gospel. Em 1995, o então bigodudo e cover do cantor Belchior, defendeu a Igreja Universal do Reino de Deus com unhas e dentes, posicionando-se ao lado do bispo Macedo em sua luta contra a rede globo.

Qual o motivo de tudo isso? Bem, não quero afirmar nada, mas corre por aí que em 1995, Silas Malafaia teria recebido uma grana preta da IURD para emprestar sua credibilidade ao bispo.

Acontece que em 2008 a coisa mudou de figura. Pintou no pedaço um tal de apóstolo Valdemiro Santiago, ex-pastor da IURD e famoso por causa da sua sudorese ungida. Agora, coligado com o Moreno Suado, Silas usa seu espaço na TV para atacar seu ex-coleguinha, Edir Macedo. E a pergunta que fica no ar é a seguinte: Quanto o Silas mordeu do Valdemiro Somilagre para jogar estrume na rede Record, e morder a mão do bispo, que durante tanto tempo lhe garantiu o “pão”?.

Outro episódio que contribuiu para essa imagem de camaleão foi a postura do Silas Malafaia com relação ao movimento G-12. Tempos atrás, por ocasião da chegada do movimento no Brasil, o pastor desceu a ripa no sistema celular, dizendo que era coisa do capeta e que a visão dos 12 era uma estratégia de satanás para destruir a Igreja. Anos depois, o mesmo Silas aparece aos beijos e abraços com o cara que instituiu o G-12 no Brasil, apóstolo Renê Terra Nova!

E para fechar o nosso dossiê Malafaia, vale recordar que ele ganhou popularidade no final da década de noventa e começo de milênio por causa da sua oposição à teologia da prosperidade, doutrina pseudo-religiosa que ensina o crente a fazer barganhas com Deus. Hoje, Silas se tornou um dos maiores expoentes dessa doutrina no Brasil, vendendo até mesmo uma bíblia comentada que dá dicas sobre como ter prosperidade fácil por meio de negociatas com o Todo-Poderoso!

Há muitas outras coisas a dizer acerca da conduta dúbia deste senhor, mas para não azedar a sua segunda-feira, nós vamos parar por aqui. Apenas quero usar estas linhas para registrar a minha indignação para com este cidadão chamado Silas Malafaia, o camaleão gospel, vergonha da Assembléia de Deus e de todos os evangélicos sérios que não rezam pela cartilha de Mamom.

Um GEZUIS estranhamente familiar


Nasceu no Palácio de Herodes em Jerusalém, centro do poder judaico. Veio para o que era seu, e os seus o receberam, e com muitas pompas!

Aos doze anos já discutia novas rotas comerciais e estratégias de conquista com os conselheiros reais.

Seu primeiro milagre aconteceu num pomposo casamento na realeza. Transformou a água em suco de caju, não por haver faltado bebida na festa, mas apenas para dar uma gorjeta do seu poder. Poderia tê-la transformada em vinho, vodka, ou até whisky, se quisesse. Mas preferiu não escandalizar a ala mais conservadora e fundamentalista dos religiosos.

Aos 30 anos, foi batizado na piscina da cobertura do palácio, por um dos profetas badalados da época. Enquanto descia às águas, viu-se uma águia, símbolo de conquista, sobrevoar sua cabeça, e uma voz que bradou de algum lugar: Este é o cara! Vai e arrasa!

Saiu dali e foi para uma região praiana, tirar quarenta dias de férias antecipadas. Não precisou ser tentado em nada, pois nunca se negou bem algum. Transformou pedras em pizza, só pra se divertir. E ainda fez malabarismo no pináculo do templo, pra tirar uma onda com os sacerdotes. No final das férias, subiu um monte bem alto, avistou os reinos deste mundo e disse pra si mesmo: Tudo isso me darei!

Quando aproximado por algum gentio, do tipo daquele centurião que tinha um servo enfermo, dizia-lhe: Dá um tempo! Não vim pra vocês, seus impuros, idólatras e ignorantes. E mais: Nunca vi tanta petulância! Onde já se viu? Pedir por um serviçal! Além de gentio, é burro!

Ao deparar-se com um cobrador de impostos desonesto, que subira numa árvore só pra lhe ver, Gezuis lhe disse: Como é que é, meu irmão! Vamos ou não vamos dividir esta grana? Desce logo, que tô com pressa! Hoje convém me hospedar no melhor hotel da região.

Ao ser tocado por uma mulher hemorrágica, esbravejou: Tira essa louca daqui! Não sabe que a Lei proíbe qualquer aproximação de uma pessoa em seu estado? Imunda!

Por onde passava, seus discípulos estendiam um cordão de isolamento, para que leprosos, morféticos, cegos, endemoninhados, e todo tipo de gente asquerosa não ousassem se aproximar do Rei da cocada preta.

Diferente era o trato que dispensava aos fariseus e religiosos da época.

Venham a mim, todos os que querem alguma vantagem da religião. Vocês serão cabeça e não cauda. Comerão o melhor da terra! Unam-se a mim, e eu lhes farei milionários. Aprendam comigo, que sou malandro e esperto de coração. Espertos são os que riem da desgraça alheia. Espertos são os que gostam de ver o circo pegar fogo. Espertos são os que têm fome e sede de sucesso. Eu saciarei seu ego!

Quando procurado por um jovem rico, disse-lhe, sem o menor pudor: Quer sociedade? Vamos rachar esta grana? Vai ter um lugar especial no meu reino, garoto...

E quando entrou em Jerusalém montado naquele exuberante corcel branco 0 km? Foi tremendo! Não tinha pra ninguém!

- Cruz? Que cruz? Tá doido? Cruz é pra gente como Jesus, aquele nazareno nascido numa manjedoura. Eu vim pra ter vida, e vida com abundância. Quem quiser vir após mim, passa tudo o que tem pra minha conta, e me siga. Ou tudo ou nada! Ou dá ou desce!

Revolucionário? Que nada! Graças a um conchavo político feito às escuras com o Império Romano, Gezuis garantiu para si a sucessão de Herodes, e viveu muitos e muitos anos.

Ao morrer, farto de dias, Gezuis confiou seu legado a um grupo de discípulos seletos, que juraram que sua mensagem jamais seria esquecida, e que ao longo dos séculos, sempre haveria quem a promovesse em sua própria geração. Partiu ordenando que cada um dos seus discípulos lhe beijasse os pés, em sinal de submissão. E que aprendessem a se servir uns dos outros, e ainda se servir dos poderes constituídos, sem jamais criticá-los ou censurá-los.

Promessa feita, promessa cumprida.

Basta ligar a TV, o rádio, ou mesmo acessar a internet, para se dar conta de quantos discípulos de Gezuis ainda dão eco à sua voz.

O Verdadeiro Palhaço e o Falso Palhaço


Toda vez que um circo se instalava em minha pequena cidade o meu coração ficava em alvoroço. Naquele tempo não existia carros com alto-falantes para anunciar eventos pelas ruas. As apresentações das peças noturnas do circo eram anunciadas por um palhaço de longas pernas de paus, que elevava o seu corpo a altura dos telhados das casas. A gurizada que acompanhava o palhaço pelas principais ruas da cidade, respondendo em coro as suas perguntas carregadas de humor, tinham direito a um ingresso para assistir as peripécias dos meliantes circenses durante uma noite escolhida por eles durante a temporada do circo, que geralmente não ultrapassava os oito dias.

Tinha lá os meus dez ou doze anos de idade, quando tive a oportunidade de ouvir pela primeira vez a palavra “espetáculo”. Lembro-me bem dos gritos esfuziantes do palhaço.

“Hoje tem espetáculo?” ─ bradava ele numa espécie de megafone feito de lata.

“Tem sim senhor!” – respondíamos em uníssono.

“Vai haver marmelada? ─ emendava o palhaço, dando passadas longas com suas pernas de paus cobertas por um pijamão intensamente colorido.

“Vai sim senhor! ─ gritávamos, todos em uma só voz.

Tínhamos que decorar as respostas do jeito que o palhaço nos ensinara, sem gaguejar ou sair do tom, numa cantilena repetitiva. As demais estrofes da opereta eu não me lembro agora.

Mas a palavra “espetáculo” ficou gravada indelevelmente em minha mente.

Não é que hoje, aos meus quarenta e sete anos de idade, toda vez que vejo os telepastores executando suas diabruras e retetês nos supostos programas evangélicos pela Televisão, me vem à lembrança os meus tempos de menino em que corria aplaudindo e repetindo os refrões previamente decorados, seguindo o palhaço de pernas de paus, para ganhar um ingresso de uma noite no circo de lona esburacada.

Acho, que devido os tele-evangelistas serem tão engraçados em suas piruetas e mungangas, e que apesar de não se pintarem nem se vestirem com roupas extravagantemente coloridas, evocam lá do meu inconsciente um outro espetáculo ─ o da figura do palhaço de pernas de pau, que alegremente fazia a propaganda do seu circo nas ruas íngremes de minha cidade.

Assistindo aos programas dos supostos homens de deus, na TV, eu me sinto como se estivesse no meio da plateia ensandecida e histérica gritando bordões e dando palmas para Jesus.

Não seria esse o motivo pelo qual Freud denominou a religião de uma ilusão infantil, ou infantilismo?

O que me atrai, ou o que me faz ligar a Televisão para assistir os espetáculos “Show da Fé”, o “Programa da Vitória do Silas” entre outras peças ridículas do evangeliquês universal, senão, o desejo inconsciente que em mim ficou gravado do tempo que corria embevecido atrás do palhaço de gigantes pernas de paus?

Naquele tempo o que me atraia muito era ver o palhaço verdadeiro caminhar com raro equilíbrio em cimas das pernas de paus gigantes, sem titubear. Talvez, o que me faz deter por alguns momentos diante das figuras do telepastores nos seus risíveis programas seja o prazer de reviver ou trazer à tona aqueles tempos que não voltam mais.

Mas cadê as pernas de pau que me atraiam tanto, nos palhaços de outrora?

Ah! já sei: elas na certa sofreram um deslocamento, ou transmutação (processo de transferência de natureza psicológica). O rosto do apresentador “evangélico” que me prende o olhar, está com certeza simbolizando as pernas de paus do palhaço do tempo de minha meninice. Ah! Agora, sinto que tudo se encaixa direitinho. Entendi perfeitamente a razão pela qual sempre saio revoltado para o meu quarto de dormir, após os programas gospel, ocasião em que fico repetindo para mim mesmo: “Esses bandidos são uns são uns caras de pau’”.

Quando acaba a pantomima televisiva, dirijo-me ao leito, sem deixar de sentir reverberar em mim o vozerio do palhaço gospel manipulando sua platéia com gastos bordões:

─ Repitam comigo agora!

─ Deuuuuuuuus!

─ Deuuuuuus ─ repete a platéia de olhos fechados e punhos erguidos

─ Vai me dar a Vitória Financeira. É hooooooooje! – berra o ator pregador

─ Vai me dar a Vitória Finaceeeeeeiraaa – repete sem pensar a multidão entorpecida.

─ Mais altoooooooooo!! Parece que aqui só tem crente frouxo – dispara o sofista pregador.

São em momentos como esse que, tomado de intensa indignação, acabo por desligar a televisão, abruptamente.

Acho que Freud explica as razões de minha revolta: Talvez, a parte divina do meu inconsciente faz com que eu não suporte ver homens que se dizem representantes de Deus, desvirtuar na maior “Cara de Pau” o palhaço profissional e honesto do meu tempo de menino. A minha revolta está aí explicada, inconscientemente exteriorizada em forma de repulsa pelo espetáculo dos falsos palhaços gospel, que de forma canhestra, deturpa ou falseia as alegres noitadas em que me divertia com um palhaço de verdade, na minha tenra infância.


P.S:  No dia 27 de março comemora-se o dia do Circo. Aproveito o ensejo para deixar registrada aqui a minha homenagem aos grandes, sinceros e verdadeiros palhaços brasileiros que fizeram a alegria de muitos, como Carequinha, Arrelia e Piolin, de saudosa memória. Ao mesmo tempo em que deixo o meu repúdio aos falsos palhaços da prosperidade pentecostal que protagonizam diariamente um espetáculo de baixo nível, cobrando ingressos extorsivos pela pregação de mentiras e falsos milagres num suposto nome de Deus.






Pastores da Igreja Mundial são presos por tráfico de armas


Dois pastores da Igreja Mundial do Poder de Deus foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), acusados de tráfico internacional de armas. As prisões começaram a ser feitas nesta quarta-feira (11/03), na BR-262, entre Miranda e Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Os pastores levavam sete fuzis desmontados escondidos na tapeçaria do carro. Em depoimento, o responsável pelo carregamento disse que as armas vieram da Bolívia e seriam entregues no Morro do Martins, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Pelo transporte, o grupo receberia R$ 20 mil.

Ao receberem a ordem de prisão, Neto e Freitas informaram aos policiais que outro pastor estava em Campo Grande aguardando a chegada deles. Em seguida, a PRF prendeu Francisco Ferreira de Moura, de 31 anos. Os três confessaram que receberiam R$ 20 mil para transportar as armas para o Rio.

Os fuzis apreendidos são do modelo M15 e calibre 5.56, de fabricação norte-americana e utilizado pelas tropas dos Estados Unidos no Iraque. Um disparo desse tipo de arma é capaz de furar a uma distância de até um quilômetro um colete à prova de balas.

Fonte:  http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/posts/2010/03/11/pastores-sao-presos-com-fuzis-que-vinham-para-rio-273698.asp

Agora, compare com esta outra notícia, de 2003:

Beneficiado por um alvará de soltura, foi posto em liberdade, nesta quarta-feira, o bispo evangélico Waldemiro Santiago Oliveira, de 39 anos, da Igreja Mundial, preso durante uma blitz em Sorocaba (cem quilômetros a oeste de São Paulo), por levar no porta-malas do carro uma escopeta, duas carabinas e munição.

Outras duas armas e mais munição foram apreendidas em vistoria à casa do bispo. Foram apreendidos, no total, 148 cartuchos.

Waldemiro Santiago Oliveira  alegou que as armas eram de caça e estavam sendo levadas para um amigo, numa fazenda próxima. Os policiais deram voz de prisão ao bispo, indiciado em flagrante por porte ilegal e, em razão das características das armas, sem direito a fiança. Ele poderá responder também por crime ambiental, se ficar comprovado que usava as armas para caçar, como declarou aos policiais.

Fonte:  http://www.estadao.com.br/arquivo/cidades/2003/not20030423p6799.htm

O Mercado da Música Gospel !

Desde que alguém descobriu que gravar músicas cristãs, evangélicas, gospel (ou chame como quiser) dava muito dinheiro, a coisa toda se perdeu. Criou-se um mercado que para sobreviver precisa de lucros, e isso a qualquer custo. Não precisa ser cristão. Não precisa crer no que se canta. Não precisa ter compromisso. E, pasmem, nem sequer precisa cantar bem! Precisa apenas dizer as palavras certas no momento certo, na igreja ou convenção certa e pronto! Os cd´s e dvd´s vão sendo vendido ás turras e a conta bancária vai engordando. Mas onde começa tudo isso?

Começa na cabeça dos pastores desse pessoal. Começa na liderança da Igreja onde eles congregam. Sim, porque conceitos são ensinados e absorvidos, não caem do céu. Esse pessoal é estimulado a ser "cantor" do Senhor, e colocam na cabeça deles que o sonho maior a ser conquistado é gravar o cd/dvd, e assim será mais fácil "conquistar o Brasil". Esses líderes moldam a mente e o coração dos pupilos, a ponto de mesmo sem entender nada da matéria, vemos que tal cd/dvd teve a sua produção executiva pelo pastor/bispo/apóstolo fulano de tal.Os pastores e líderes na verdade dão corda ao desejo de fama desses pobres discípulos, que acabam caindo na tentação e trilham o caminho da "fama evangélica".

Soma-se a isso nós, um bando de tontos que ouvimos, compramos, assistimos, gravamos, pagamos e divulgamos esse mercado nojento da música gospel/evangélica/cristã, que de santa não tem nada. Nós temos culpa nisso tudo. Pagamos milhares de reais para que esses caras cantem em nossas igrejas, damos a "oportunidade" e o microfone para que eles ensinem (e mal!) os nossos irmãos. Pagamos suas passagens de avião; atendemos às suas absurdas exigências para participarem por 30 minutos contados no relógio das nossas atividades. Nós somo os culpados. Se eles existem é porque nós consumimos.

Evangélicos supersticiosos!

Não seria o uso de elementos como galhinho de arruda, sal grosso e copo d'água na liturgia uma volta ao misticismo medieval, tão condenado pelos reformadores? A teologia da maldição hereditária não seria um vilipêndio à doutrina da graça e uma superstição religiosa em sua essência? Lamentavelmente, é nítida a existência de casos de superstição entre evangélicos, mas isso é resultado da ausência de orientação bíblica. Nas igrejas onde o povo recebe o ensino sistemático e sadio da Palavra de Deus raramente existe isso.

Alguns casos de supersticiosidade entre evangélicos são menores, outros são mais graves. Alguns exemplos do primeiro tipo são deixar a Bíblia aberta no Salmo 91 para afastar desgraças; utilizar a expressão 'Tá amarrado!' de forma séria, como uma espécie de precaução espiritual; abrir a Bíblia aleatoriamente para 'tirar um versículo' que funciona como a orientação de Deus para tomarmos uma decisão; trocar a leitura sistemática e regular da Bíblia pela 'caixinha de promessas'; reputar que a oração no monte tem mais eficácia do que a feita dentro do quarto ou na igreja; dormir empacotado para que Deus, ao nos visitar à noite, não se entristeça; e acreditar que objetos ou algum suvenir de Israel (pedrinhas, água do Rio Jordão, folhas) têm algum poder especial.

O protestantismo foi um dos grandes catalisadores do fim da superstição da Idade Média, que havia sido implementado por um catolicismo cada vez mais decadente. É só reexaminarmos a história e veremos que, antes da Reforma, o mundo medieval era cheio de fantasmas, duendes, gnomos, demônios, anjos e santos. O povo era ignorante, extremamente supersticioso e não tinha acesso à leitura. A própria Igreja Católica Romana fomentava e explorava isso. Foram os evangélicos que combateram tudo isso, inclusive apoiados pelos humanistas da época.

Um exemplo de caso grave de superstição é o caso da teologia da maldição hereditária, que declara insuficiente a obra de Cristo na vida da pessoa, pois afirma que, depois de salvo por Jesus, o cristão deve desenterrar o seu passado e o de seus familiares para quebrar uma a uma todas as possíveis maldições que acometeram seus antepassados e que ainda repousariam sobre ele, se não a libertação não será completa. Além de não ter base bíblica (2 Co 5.17), essa teologia defende um princípio quase reencarnacionista, estabelecendo um carma na vida da pessoa a partir de seus parentes. (...) Fujamos de toda a sorte de superstição. Que nossa fé seja absolutamente bíblica.

Silas Malafaia compra avião de 12 milhões de dólares

Rachem a cara e queimem a língua todos vocês que disseram que a bíblia de 900 reais não trazia prosperidade! Sim, eu confesso que estava enganado. A bíblia do Cerrullo, de fato, prospera!

O que me levou a esta conclusão foi a compra de um aeromodelo pelo telepastor e vice-presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus, "excelentíssimo" pastor Silas Malafaia. Parece que a farra dos 900 reais, somado à intimidação que o Cerrulo fez na TV, levou milhares de pessoas a ofertarem para o ministério, e ele, sábio e prudente, aplicou o dinheiro onde havia mais necessidade.

Segundo testemunhas, ao pregar em uma igreja de brasileiros em Boca Raton, Silas cofessou ter feito um negócio espetacular, ao comprar um dos maiores jatos executivos do mercado por um preço ridículo! Uma “galinha morta”. Uma aeronave com pouquíssimo uso, que se fosse nova, sairia por 18 milhões de dólares! Como a aeronave era de “segunda mão”, ele fechou o negócio pela bagatela de 12 milhões de dólares. O avião usado do Silas Malafaia custa o dobro do preço do avião novo do telemissionário RR Soares, Samuel Câmara e do Paipóstolo Renê Terra Nova.

Com tanta necessidade em terras tupiniquins, com milhares de crentes passando dificuldade nos bolsões da fome no Brasil, confesso que até pensei na possibilidade do senhor Silas usar esse dinheiro para levar educação, alimento e salvação a estas pessoas. Mas infelizmente ele preferiu investir em comodidade, igualando-se aos outros ícones da prosperidade já mencionados neste espaço virtual.

A tudo isso, quero apenas externar minha indignação às Assembléias de Deus por acalentar em seu seio um homem que comprovadamente não honra à sã doutrina, sendo um disseminador de heresias no âmbito pentecostal. Conheço pessoas da Assembléia de Deus, que foram excluídas por causa do cumprimento do cabelo, por usar calça jeans e por causa do uso de jóias. Já vi crentes sendo excluídos por tomarem um copo de cerveja, enfim, já vi toda sorte de exclusão boba e absurda, sem nenhum respaldo bíblico.

No entanto, ao olhar para a Bíblia, vejo que o critério que Paulo usava para exclusão era imoralidade e heresia. Silas Malafaia é um homem que, segundo os padrões escriturísticos, não deveria sequer fazer uso do púlpito, no entanto, é não apenas tolerado como também aclamado pela denominação como seu maior representante. E poucos – bem poucos – são os pastores que ousam refutar as praxes infelizes deste ícone da teologia da prosperidade.

Os "apóstolos" modernos !!!

Acredita-se que no mundo existam cerca de 10 mil “apóstolos”. Na verdade, nunca se viu tantos apóstolos como neste inicio de século. Em cada canto, em cada esquina, em cada birosca encontramos alguém reivindicando o direito de ser chamado de apóstolo.

De acordo com a coalizão internacional de apóstolos presidida por Peter Wagner, a segunda idade apostólica começou em 2001. Para Wagner, o movimento apostólico é o movimento mais importante da igreja mundial após a reforma protestante.

O movimento de restauração e o movimento apostólico:

O chamado movimento de restauração defende a tese de que Deus está restaurando a igreja. Para estes, após a morte dos primeiros apóstolos, a igreja de Cristo paulatinamente experimentou um processo de declínio espiritual culminando com a apostasia vivenciada pelos seus adeptos no período da idade média.

Com o advento da Reforma Protestante, os defensores desta teologia afirmam que Deus começou a restaurar a saúde da igreja. Segundo estes Lutero foi responsável pela redescoberta da salvação pela graça, Finney pelo vigor do avivamento, Azuza, pelo ressurgimento do batismo com Espírito Santo com evidência em falar em línguas estranhas, e agora em pleno século XXI, estamos vivendo a restauração do ministério apostólico. Os teólogos desta linha de pensamento afirmam que a restauração dos apóstolos é uma das últimas coisas a serem feitas pelo Senhor antes de sua vinda. Segundo estes, os apóstolos de hoje possuirão em alguns casos maior autoridade do que os apóstolos do primeiro século, até porque, para os defensores desta corrente de pensamento a glória da segunda casa será maior do que a primeira.

Pois é, para estes o ministério apostólico não morreu. Na verdade, tais teólogos advogam que o ministério apostólico é perpétuo e que o livro de Atos ainda continua a ser escrito por santos homens de Deus que mediante a sua autoridade apostólica agem em nome do Senhor.

Ora, inevitavelmente isto me faz lembrar os mórmons e a Igreja dos Santos dos Últimos Dias que ensinam que o corpo de escritos inspirados por Deus não se fechou, e que Deus tem muita coisa nova para dizer e para revelar aos seus santos através de seus apóstolos.

Infelizmente, assim como os mórmons, os adeptos do movimento apostólico consideram a Bíblia uma fonte importante, embora não única de fé. Para os apostólicos deste tempo, Deus através de seus profetas pode revelar coisas novas, ainda que isso se contraponha a sua Palavra. Basta olharmos para as doutrinas hodiernas que chegaremos à conclusão que os apóstolos do século XXI, acreditam entrelinhas que suas revelações são absolutamente diretivas e inquestionáveis.

Existem apóstolos nos dias de hoje? Segundo a bíblia quais deveriam ser as credenciais de um apóstolo?

1. O apóstolo teria que ser testemunha do Senhor ressurreto. Em Atos vemos os apóstolos reunidos no cenáculo conversando sobre quem substituiria a Judas. No cap. 1:21-22 lemos: “É necessário pois, que, dos homens que nos acompanham todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós , começando no batismo de João, até ao dia em que dentre vós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição”. Paulo diz que viu Jesus ressurreto: “Não sou, porventura livre? Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, Nosso Senhor?” (I Co 9:1).

2. O apóstolo era alguém a quem foi dada autoridade para operar milagres. Isso fica bem claro em II Co 12:12 - “Pois as credenciais do meu apostolado foram manifestados no meio de vós com toda a persistência, por sinais prodígios e poderes miraculosos”. Era como se ele dissesse: “Como vocês podem questionar meu ofício de apóstolo se as minhas credenciais foram apresentadas claramente entre vós”. Sinais, milagres e prodígios maravilhosos.

A luz destas afirmações para, pense e responda sinceramente: Será que diante destas prerrogativas os famosos apóstolos brasileiros podem de fato reivindicar o título de apóstolo de Cristo?

Por acaso algum deles viu o Senhor ressurreto? Foram eles comissionados por Cristo a exercerem o ministério apostólico? Quantos dos apóstolos brasileiros ressuscitaram mortos? E suas doutrinas? Possuem elas autoridade para se contraporem aos ensinamentos bíblicos?

Pois é, infelizmente os "apóstolos" tupiniquins não possuem respostas a estas perguntas, o que corrobora com o posicionamento da ortodoxia evangélica que acredita que o ministério apostólico cessou com a morte dos apóstolos no primeiro século. Sem a menor sombra de dúvidas considero a utilização do título "apóstolo" por parte dos pastores brasileiros como uma apropriação indevida de um ministério que não existe mais.

Os Levitas e o parabéns pra você

Você já percebeu qual a qualidade da nossa música evangélica? Ainda não, pois quando você atualizar seu repertório vai se decepcionar e muito. As versões para o português já encheram a cabeça. Sempre as mesmas coisas, exploram Michael W. Smith ao extremo, o cara deve viver de orelha quente lá na casa dele.

Já não surge um camarada como Sérgio Pimenta, Janires, Asaph, essa galera ta em extinção. Músicas que toquem ao coração, nem pensar. O negócio hoje é sacudir a massa ou ficar rindo o tempo todo na unção do anjo da risada.

O misticismo tomou conta de nossos compositores que só cantam coisas complexas aos ouvidos de quem quer curtir boa música. São os quatro seres viventes para cá, a entronização do trono de Deus para lá, é a corsa pulando para cá, o leão rugindo pra lá, uma zorra total.

Hoje, só ouço "lixo" gospel. Tenho desprazer em comprar CD's. As letras só falam em determinar, ordenar, e quase sempre exaltam o já exaltado ego humano. Trazem a tal "bandeija da vitória", falam do "anjo com a unção", mencionam a "humilhação dos inimigos", além de "prosperidade e restituição".


Estava analisando a falta de criatividade e inspiração dos caras e cheguei a conclusão de onde está o erro. Ele está no fechamento da igreja para a boa música. Já faz tempo que a igreja instituiu o discurso que diz “levitas não podem ouvir música mundana” a pergunta é por quê? Se não podem ouvir música mundana, na hora do “Parabéns para você” eles devem se retirar e recusar profanar o santo oficio do levita.

O problema do referencial evangélico é que devido ao surgimento das adorações (extravagantes, ousadas, dos quatro seres...) ficou esquecido o legado dos grandes artistas cristãos. Daí a turma não teve alternativa a não ser debandar e ouvir os chamados e temidos “músicos seculares”.

Tenho uma opinião sobre isso. Pode até existir música profana, mas sustentar isso generalizando seria ignorar grandes obras primas da música como “Nessun dorma” de Puccinni, canção da América de Milton nascimento e uma série de outras canções que mexem com nosso ser. Tenhamos bom senso!

Tudo isso me incomoda !!!

Algo me incomoda muito nas igrejas evangélicas.

Gosto de primar pela verdade sem subterfúgios, sem meias palavras. É bom explicitar que o que direi não revela qualquer crítica aos pentecostais de qualquer denominação, mesmo porque essa diferenciação entre pentecostais e tradicionais se não é inexistente está bem tênue.

Incomodam-me certas atitudes, alguns costumes inseridos na igreja a pretexto da busca de uma espiritualidade "diferenciada", uma espiritualidade "real", sinônimo do "verdadeiro" sobrenatural de Deus. Essa tal espiritualidade é evidenciada e materializada por poucos dentro da igreja, mas facilmente verificável pela altissonante maneira com que dão "glórias a Deus" e "aleluias". Não que eu tenha qualquer tipo de preconceito contra essas manifestações. É que o incômodo se manifesta quando observo que são sempre "os mesmos". Nesse momento tais atitudes podem levar-me a pecar, uma vez que no meu íntimo não consigo apreender qualquer autenticidade nas tais manifestações...

Incomoda porque é algo como uma "ave maria" rezada ou recitada por católicos: não transmite verdade. Incomoda mais ainda quando observo que, além de ser sempre os mesmos, as mesmas figurinhas carimbadas, são também os que vendem uma grande espiritualidade para os irmãos. Os mesmos que vão aos "montes" para "interceder", materializando uma verdadeira proximidade física com o Criador, a exemplo daqueles que inauguraram a "babel". O meu medo é que Deus imploda as suas "torres"...

Esses irmãos "ungidos" - eles querem ser vistos assim - desfilam pela igreja como se fossem seres semi-celestiais. Quando se assenhoreiam do microfone e postam-se no púlpito, como que sofrem uma transfiguração: assumem um novo brilho, uma nova tonalidade de voz, até certos "sotaques" diferenciados. Em suma, ficam mesmo irreconhecíveis.

Incomoda, ah como isso incomoda...

Normalmente os tais ungidos são também aqueles mesmos que abraçam todas as novidades "doutrinárias", especialmente se com "tonalidades" neopentecostais. Buscam novos "sinais e prodígios", mas pouco sabem da Palavra inerrante. Necessitam da emoção, do arrepio, do êxtase, sob pena de não se reconhecerem como "movidos pelo espírito". Consideram-se muito mais espirituais do que aqueles que apenas reconhecem no Criador o Todo-Poderoso, o Senhor de suas vidas, o motivo das suas miseráveis existências, pois "estes tais" são apenas "crentes racionais", frios.

Tudo isso incomoda, confesso...

São esses mesmos que escancaram as portas das igrejas e denominações (mesmo históricas) para as "novidades": atos proféticos, evangelhos da autoajuda, autoestima, triunfalismo, prosperidade, etc. E eles nunca aprendem, ainda quando vivem o erro que se torna manifesto; ainda quando as suas condutas pretéritas se transformam em nada no futuro. Mesmo quando o "profeta" é desmascarado eles ainda querem o "mover", buscando esse "avivamento" insaciável, porque a Palavra já não mais lhes basta. A Espada da Verdade não causa arrepios, tremores, rugidos, sons ininteligíveis.

A busca é mesmo incessante, já é preciso ver, ao invés de sentir somente. Necessitam "materializar" a fé em "óleos" para ungir, como se Deus estivesse naquela substância; querem a luta dualista com satanás e seus demônios, lutando nessa guerra titânica, onde são plenamente "observados" pelos irmãos e reconhecidos como uma quase "casta" superior.

Incomoda, sim, incomoda...

Tenho falado com a minha esposa que chegará o dia, infelizmente, em que será difícil congregar em uma igreja realmente comprometida com a Verdade bíblica. Uma igreja que, para buscar os dons, não tenha que se conspurcar com a mentira ; uma igreja em que a pregação do Evangelho de Cristo seja a centralidade e não o marginal, seja a essência e não o complemento.

O que me consola e ainda me sustenta é saber que a Igreja de Cristo, a invisível, está além das paredes, está em cada coração tocado pela graça irresistível, em cada vida transformada, em cada atitude de veneração autêntica; sem mostras, sem palavreados patéticos, sem fleumas no púlpito, sem o culto da aparência para receber o brilho dos holofotes.

Essa Igreja invisível, Corpo de Cristo, não me incomoda, mas, ao contrário, me alimenta com alimento sólido e substancial.

A todos aqueles que fazem parte deste Corpo, desta Igreja, recebam o meu abraço, sintam-se irmanados e em verdadeira comunhão naquEle que nos salvou!

Cristãos que teimam em recosturar o véu

Parece que parte dos evangélicos brasileiros necessitam desesperadamente de coisas novas em seus ministérios. Na verdade, inúmeros destes, Insatisfeitos com as Escrituras Sagradas, precipitaram-se por caminhos escusos em busca de uma nova revelação. Tais pessoas transformaram-se em entusiastas caçadores de novidades, cuja expectativa é descobrir algo novo o qual os impulsionem a uma nova dimensão de vida cristã. Junta-se a isso, que parte destes, necessitam desesperadamente de “dançar conforme a musica” , moldando-se por modismos irracionais, os quais contribuem significativamente para o adoecimento da igreja.

O movimento judaizante é a nova febre da atualidade. Isto porque, alguns dos evangélicos têm introduzido praticas vetero-testamentárias nos cultos e liturgias de nossas igrejas. Na verdade, tais pessoas têm declarado que tal método doutrinário é uma revelação de Deus a igreja contemporânea, cujo slogan é “Sair de Roma e voltar para Jerusalém”

Estes modernos fariseus têm disseminado praticas tais como:

•Tocar de costas para a congregação, por considerar os ministros de musica “levitas de Deus”.

•Usar o Shofar, para liberar unção ou invocar a presença divina.

•Guardar o sábado fezendo dele o dia do Senhor.

•Observar TODAS as festas Judaicas.

•Usar o Kipá e o Talit, que são as vestimentas que os judeus praticantes usam para ir a sinagoga.

•Usar excessivamente símbolos judaicos tais como, a bandeira de Israel, o Menorah ou a Estrela de Davi dentre tantos outros mais.

Caro leitor, não existem pressupostos bíblicos para que a igreja de Cristo, queira “recosturar” o véu do templo. Entretanto, alguns dos crentes atuais teimam em transformar em realidade aquilo que deveria ser uma simples sombra. Foi o Apostolo Paulo quem afirmou: "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados. Estas são sombras das coisas futuras; a realidade, porém, encontra-se em Cristo", Colossences 2.16-17.

As leis cerimoniais judaicas, os ritos sacrificiais, as festas anuais, foram abolidas definitivamente por Cristo na cruz do calvário(o significado de cada uma delas se cumpriu em nosso Senhor). Por esse motivo, mesmo os judeus que se convertem hoje ao cristianismo estão dispensados das leis cerimoniais judaicas. É por esta razão que crentes em Jesus, não fazem sacrifícios de animais, não guardam o sábado, não celebram as festas judaicas, e nem tampouco fazem uso do shofar.

Nossa mensagem, vida e testemunho deve ser Cristo, o Evangelho pregado deve ser o evangelho de Cristo, nossa mensagem central deve ser para a gloria e o engrandecimento do nome de Cristo.




7 Características da nova liderança neopentecostal

Comecei a observar a tendência da igreja brasileira e os rumos que tomou. Com o surgimento dos movimentos pentecostais novos, comumente chamados de neopentecostais, algumas características se tornam evidentes na liderança dessa parcela eclesiástica.
Contrariamente às recomendações de Pedro aos líderes da igreja de que o líder deve ser (1) testemunha (mártir) dos sofrimentos de Cristo; (2) de que não deve exercer o pastoreamento por constrangimento, isto é, obrigado a pastorear como se a igreja dependesse dele; (3) de que não deve andar de olho no dinheiro alheio (sórdida ganância) e (4) de que não deve ser dominador do povo, ou do rebanho porque este é de Deus, muitos dos atuais líderes da igreja, especialmente os que ostentam o título de apóstolos agem no sentido oposto. Procure ler o texto de 1 Pedro 5.1-4

A seguir colhi sete características dessa liderança atual – que não é apenas da liderança neopentecostal, mas também de muitos líderes de igrejas pentecostais históricas.

1. Autoritarismo. Tais líderes advogam a si o direito de ter a palavra final em questões doutrinárias e de práticas cristãs. Creem que podem criar novos padrões de ensinamento e neles atrelar a congregação. Era assim também no passado quando pastores de denominações pentecostais decidiam o que o povo devia usar, o que pensar e em como viver. Felizmente algumas denominações amadureceram e abandonaram tais práticas que vêm sendo adotadas com grande ardor pelos novos líderes pentecostais. As pessoas são orientadas a viverem conforme o pensamento do líder e de maneira a agradá-lo. A “doutrina” ou ensinamento apostólico foi por eles aperfeiçoado, porque tirou do povo o direito à vida e de decidir o que fazer e de como viver.

2. Dominadores do rebanho. Hoje os apóstolos, bispos, presbíteros e pastores – não importa o título que ostentem – decidem se os membros devem celebrar o Natal, os alimentos que devem comer, as festas que podem participar, os DVDs que devem assistir e quais igrejas ou congregações podem visitar.

Tal autoritarismo não é próprio apenas de igrejas neopentecostais, mas também de alguns que se dizem “igreja” sem nome; comunidades cristãs, etc. que mantêm sob regras rígidas o comportamento e o estilo de vida de seus membros, ou discípulos. É possível ver este autoritarismo em várias denominações também. Nunca ouse pensar ou agir de maneira que contrarie seu líder! O líder é o novo paradigma ou modelo de fé a ser seguido, e não os modelos da Bíblia.

3. Ganância financeira e luxúria. A ostentação de riqueza, o ganho fácil e a confortável vida movida a aviões particular, helicópteros e festas não é própria apenas dos neopentecostais, mas também de outros segmentos da igreja – uma dessas igrejas, até bem tradicional, em que seu líder se locomove para a casa da montanha de helicóptero, enquanto exige que seus membros nem televisão possuam!

Enquanto milhares de obreiros residem em casas modestas no meio de sua comunidade, ao nível do povo que pastoreiam, vivendo na simplicidade, buscando o mínimo de conforto, outros se afastam do meio do rebanho e passam a viver em condomínios inacessíveis ao povo. Sua congregação não tem acesso a casa deles – diferentemente de quando nossa casa estava aberta aos irmãos. Essa é a nova cara da liderança eclesiástica da igreja brasileira.

4. Usam o púlpito como arma de ataque. Por trás do carisma que lhes é peculiar tais ministros fazem o que querem com o povo; se justificam, demonstram humildade e santidade e aproveitam para atacar sutilmente os que lhe desobedecem as ordens. Frases como “aconteceu tal coisa porque não ouviu o homem de Deus” é comum ouvir de seus lábios. É a justificação de uma aparente santidade. As pessoas precisam vê-los como homens de Deus, líderes espirituais íntegros; no púlpito diante de seu povo riem, choram, profetizam, pulam, gesticulam e pregam mensagens de prosperidade. Assim, conseguem encobrir do rebanho suas verdadeiras intenções, para que este não se interesse em saber como é a vida deles no dia a dia de sua vida particular.

E grande parte dos crentes defende o estilo de vida de seus líderes, e se dobra perante eles como faziam os escravos diante de seus senhores.

5. A sacerdotização do ministério. Alguns desses novos líderes criaram a nova casta de “levitas” que são os que cuidam do louvor da igreja, mas criaram também a “família sacerdotal” que é composta do líder e de seus familiares, num atentado grotesco ao verdadeiro sacerdócio de Jesus Cristo. Muitos, ainda que reneguem publicamente tal conceito, ostentam-no no ensino aos seus líderes, isto é, estes são orientados a considerá-los sacerdotes de Cristo a serviço do povo. “Nós somos sacerdotes” de Deus para cuidar do rebanho, dizem, quando biblicamente toda a igreja é povo sacerdotal!

6. O reino deles é deste mundo. A nova liderança dos neopentecostais tem outro foco que não é o reino de Deus futuro, mas o reino deles, agora. Eles têm prazer nas coisas do mundo. Seu império particular e o império de sua denominação ou de suas comunidades constituem o reino deles na terra. Enquanto todos os demais trabalham para a vinda do reino, esses novos líderes creem que estão no reino, e que já são príncipes de Cristo aqui na terra. E para viver como príncipes, formam seu séquito de seguidores que os servem humildemente. Enquanto Jesus apontava para a chegada iminente do reino de Deus, a nova liderança da igreja crê que vive o reino, aqui e agora!

Por isso intrometem-se na política, pensando que por ela governarão na terra e trarão o governo de Cristo aos homens. E, da mesma forma que entram na política e buscam para si títulos políticos, se prostituem com o sistema e podem ser vistos agradecendo a Deus pelas graças recebidas, como no caso dos deputados evangélicos neopentecostais do Distrito Federal. Estes são a pontinha do iceberg, porque existem milhares de pastores vendidos ao mundo e que recebem polpudas somas de dinheiro para transformar sua congregação em curral eleitoral.

7. Acreditam que o juízo dos crentes não é para eles; porque estão acima dos demais. Por isso, perderam o temor de Deus e nem imaginam o que lhes espera no dia do juízo de Cristo, quando todos haveremos de prestar contas. Quando se perde o temor de Deus leva-se uma vida desenfreada de pecado, escondida sob o manto da espiritualidade e da vida piedosa.

Criticam a Balaão mas vivem como ele, profetizando em nome de Deus, mas de olho nos bens de Balaque – porque são insaciáveis financeiramente. São estes os novos líderes que à semelhança de Coré, Datã e Abirão defendem seu sacerdócio e proclamam que também “têm direitos espirituais”, como nos dias de Moisés. À semelhança de Caim pecam voluntaria e conscientemente, esquecendo que já receberam na testa o sinal de Deus que os manterá sob juízo e condenação.

À luz dessas sete características é possível identificar o tipo de igreja que se frequenta, o tipo de líder que se obedece e decidir se deve seguir o caminho do discipulado cristão ou se fará parte do novo reino dos deuses da terra.

"Não toqueis no ungido do Senhor”: desmascarando essa falsa doutrina

(1 Samuel 24.3-12)  “Não toqueis no ungido do Senhor”. Essa é a resposta de nove entre dez crentes que crêem em tudo o que lhe pregam sem serem bereianos, quando confrontados com críticas ou acusações contra pastores, apóstolos (?) e demais líderes eclesiásticos. Não importa se as provas do crime são claras, para esses crentes não nos cabe julgar nem analisar o que a liderança da igreja faz de errado: cabe aos crentes, segundo essa falsa doutrina, agir como Davi em relação à Saul: simplesmente não fazer nada, e esperar que Deus resolva o negócio e faça a justiça. E enquanto nada se faz, esses líderes criminosos continuam roubando, matando e destruindo o rebanho de crentes em suas mãos, e trazendo escândalo para o Evangelho, afastando de vez os não-crentes do afã de conhecerem a Verdade de Cristo.

Mas enfim, Davi realmente disse em várias passagens de 1 Samuel que não se deve tocar no ungido do Senhor. E aí?

Em primeiro lugar, temos que deixar bem claro sobre qual ungido Davi se referia. Ele se referia a Saul, atual rei de Israel, porém já destronado por Deus, que havia ungido Davi em seu lugar. Portanto, a primeira coisa que temos que ter em mente é que não se tratava de qualquer ungido, mas de Saul.

Em segundo lugar, temos que entender essa unção que Saul recebeu. Em 1 Samuel 8, lemos que o povo queria um rei no lugar dos antigos juízes que governavam Israel. Deus não tinha esse desejo, pois o querer um rei era um desejo do povo de que Deus já não reinasse mais sobre eles. Porém Deus resolveu satisfazer Israel, e escolheu Saul como rei.  (1 Samuel 10.1-9 )

E Saul ficou cheio do Espírito Santo, e em 1 Samuel 11.15 finalmente Saul é proclamado rei. Porém a unção que Saul recebeu era apenas para reinar, não para ser sacerdote ou líder espiritual do povo. Essa função era para algumas pessoas específicas, como o profeta Samuel. Não cabia a Saul as funções sacerdotais, sendo esse um dos pecados que o fez perder o reinado em Israel. (1 Samuel 13.5-14)

O outro pecado de Saul ocorreu em 1 Samuel 15, quando desobedeceu à ordem do Senhor ao não destruir o melhor do rebanho dos amalequitas, com a desculpa de que usaria o rebanho como sacrifício, onde Samuel disse que é melhor obedecer do que sacrificar.

Assim, em 1 Samel 16 lemos o Espírito do Senhor deixando Saul e passando a habitar Davi, o novo rei ungido. (1 Samuel 16.11-14.)

Ou seja, Saul deixou de ter o Espírito Santo, mas continuou sendo rei de Israel por vários anos. Nesses anos, o Espírito Santo estava com o novo ungido, Davi, que porém ainda não havia sido reconhecido rei pelo povo. Dessa forma, Davi servia ao rei Saul e foi perseguido por seus exércitos, e aí chegamos à passagem que abriu esse artigo, quando Davi teve real chance de aniquilar Saul, mas não o fez por considerá-lo ungido do Senhor.

Realmente, o que impediu Davi de se levantar contra Saul não foi o poder do Espírito Santo no antigo rei, pois este já o tinha deixado e Saul não passava de um endemoniado. Porém, mesmo endemoniado, Saul continuava sendo rei, e em razão desse título que Davi o poupou. Uma vez ungido rei, sempre rei. Deus tirou Saul do reinado, porém isso só se concretizou com sua morte, não havendo rebelião para que isso acontecesse e Davi tomasse o poder em seu lugar. A unção de rei permaneceu com Saul por toda a sua vida, mas o Espírito de Deus não.

Entendido tudo isso, vamos agora analisar a doutrina do “não toqueis no ungido” nos dias de hoje. Por que ela não é válida?

Entendido tudo isso, vamos agora analisar a doutrina do “não toqueis no ungido” nos dias de hoje. Por que ela não é válida?

Como visto, a unção a qual Davi se referia dizia respeito ao direito de reinar sobre Israel, não sobre possuir funções eclesiásticas. As funções de governo do Estado e eclesiásticas eram bem divididas naquele tempo, embora Israel fosse um Estado teocrático. Portanto, a não ser que algum líder de igreja seja também rei nomeado por Deus (olha eu dando idéia para novos títulos, que Deus me perdoe) em sua localidade, nenhum líder religioso atual se enquadra nesse quesito.

Sobre como devemos agir em relação ao líderes religiosos e qualquer cristão, a Bíblia é bastante clara:

“E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” Atos 17.10-11

“Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo.” - 1 Coríntios 5.9-13

Chega desse engano do “não toqueis no ungido do Senhor”, engano esse que tem transformado a igreja em covil de salteadores. O rebanho tem que aprender a buscar na Palavra se o que seus líderes pregam é verdade ou não, tem que aprender a raciocionar, a analisar, a meditar dia e noite na Palavra, mas é isso mesmo que os lobos em pele de cordeiro não querem que aconteça, e por isso acorrentam suas ovelhas em falsas doutrinas que visam cegar e conformar o rebanho à sua própria vontade, não à de Deus. Deus nos enviou Cristo para que fôssemos libertos, mas onde há liberdade se nem ao menos podemos criticar um líder eclesiástico por seus falsos ensinos ou sua má conduta, com a desculpa que de o fulano é “ungido”? O Apóstolo (de verdade) Paulo era bem ungido, disso não há dúvidas, mas nem por isso ficou chateado ao ser confrontado pelo povo de Beréia em seus ensinamentos. Por que os apóstolos (?) e líderes dos dias de hoje ficam melindrados, e até amedrontam suas ovelhas com a promessa de inferno para o “pecado de rebeldia” que seria se levantar contra um “ungido” do Senhor? E por que as ovelhas, que também têm unção (já que recebem o Espírito Santo desde sua conversão), ao contrário dos líderes religiosos, podem e são fortemente exortadas (se seu dízimo for baixo, claro) quando encontradas em erro?

Isso é estelionato gospel, e dos bons. Graças à essa mentira (a própósito, quem é o pai da mentira mesmo?) vemos igrejas destruídas por pertencerem (a palavra é essa mesma) a líderes criminosos, que adulteram as Escrituras a seu bel-prazer e agem como se a justiça de Deus e dos homens não valesse para eles. Enquanto isso, às ovelhas cabe apenas se conformar, “Deus quer assim”, “quem faz a justiça é Ele”, “só nos cabe orar”.

Povo de Deus, vamos abrir os olhos!!! Temos que orar, a justiça é de Deus, mas Ele usa homens e mulheres para que Sua justiça seja feita nessa terra!!! Se Lutero pensasse assim, ainda hoje estaríamos comprando indulgências (se bem que essa prática perniciosa continua ocorrendo nos dias de hoje, na forma de lenços suados, rosa ungida, sabonete ungido, etc)!!! Como povo de Deus, temos que ser carvalhos de justiça principalmente em nosso meio, tirando os lobos que querem devorar nossas ovelhas!!! Se não o fizermos, não sobrará ovelha nenhuma no final da história, pois todas serão enganadas…

O “não toqueis no ungido do Senhor” é uma desculpa muito da mal feita para líderes que têm algo a esconder. Quando um líder pregar isso para você, fique ainda mais atento, pois quem está na luz não tem medo de ser julgado, afinal nada se encontrará que o desabone; ao contrário, quem está em trevas não quer que o candeeiro seja colocado em cima da mesa e ilumine o ambiente, pois isso trará à luz toda a podridão escondida em nome de Deus.