Toda definição doutrinaria teológica precisa ser transportada do campo da reflexão para a prática funcional da vida, de modo que, um dos desafios dos cristãos sempre foi aplicar de forma concreta aquilo que normalmente inicia-se como discurso.
Historicamente o ambiente religioso sempre produziu os radicais (zelosos, ortodoxos, inflexíveis) e os liberais(extravagantes, relativos, heterodoxos). Enquanto os radicais levantam a bandeira do conservadorismo, os liberais lutam por reformas radicais nas formas, modelos e interpretações doutrinarias.
Quando pensamos em radicais religiosos, logo imaginamos um grupo de pessoas, cuja cartilha doutrinaria contém frases como: “não pode”, “é errado”, “isso é profano”. E quando imaginamos o grupo dos liberais, inevitavelmente pensamos em outro discurso: “claro que pode”, “não seja radical”, “isso é relativo”. Enquanto que para o radical “nada lhe convém”, para o liberal “tudo lhe é lícito”.
O problema é que o radicalismo religioso deturpa a liberalidade e beleza da vida, enquanto que, o liberalismo religioso ignora e banaliza a radicalidade que devemos ter em relação ao pecado.
Segundo os textos bíblicos, Deus nunca fez questão do radicalismo ou liberalismo religioso, mas antes, definiu em que momento os seus filhos deveriam ser radicais ou liberais.
O conselho Divino é de radicalidade absoluta diante de tudo aquilo que envolva pecado: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Hb 12.4. Porém, com relação a vida o aconselhamento Divino é que sejamos o máximo de liberais possíveis: “...Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”. Jo 10.10
De modo que, o principio do evangelho através de Cristo Jesus é este:
Radicalidade absoluta com o pecado e liberalidade extrema com a vida.
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