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Violência contra crianças: quem é o grande culpado?



O clamor dos noticiários televisivos, com suas cenas chocantes de crianças vítimas de abuso sexual ou físico, provoca os resultados esperados: indignação popular.

Mas ninguém se detém para pensar que a mesma televisão que pede ações contra tais abusos erotiza sistematicamente adultos e crianças e os doutrina na violência, sem que esse abuso psicológico, no caso das crianças, seja punido ou mesmo classificado como crime.
Pelo contrário, mobilizados pelos jornalistas, o povo pressiona governo e legisladores para criarem mais leis contra abusos sexuais contra crianças.
As leis que estão aí não funcionam?

Na verdade, há leis em excesso. Mas esse excesso de leis, quando tenta lidar com as famílias intactas e as famílias não intactas, muitas vezes entra em caos, pois está sob obrigações politicamente corretas de tratar todos os tipos de ajuntamentos domésticos, por mais deformados que sejam, como “família.” Não tratar todos igualmente como “família” seria crime de “preconceito” e “discriminação.”

Assim, a mulher solteira com diferentes filhos de diferentes homens que vivem por aí engravidando mulheres é tão “família” quanto o homem e a mulher casados com filhos dentro do casamento. Outros desajustes domésticos também são considerados “família,” inclusive casos em que um homem e uma mulher, casados ou não, trazem cada um uma coleção de filhos de outros relacionamentos ou casamentos.

As vítimas inocentes desse caos são sempre as crianças, pois esses ajuntamentos domésticos fora do padrão tradicional são muito mais propensos à violência e abusos.
Historicamente, as civilizações civilizadas sempre entenderam que o único modelo de família que funciona é a família natural: marido e esposa casados com filhos dentro do casamento.

Entretanto, o modelo natural e histórico não tem defensores na grande mídia, que, aliás, tem seus próprios modelos.
Novelas trazem papéis cada vez mais bizarros para os ajuntamentos domésticos, com recheios de traições, adultérios e perversões sexuais, que são tratados muitas vezes como mera e inócua opção sexual. Tais bizarrices podem ser úteis para atrair audiência, mas seus efeitos no mundo real são catastróficos.

Os homens e as mulheres que imitam a perversão televisiva dentro de suas casas desfiguram sua própria identidade. Passam seu dia-a-dia vendo sexo explícito, violência e deboche aos padrões morais, muitas vezes perto de crianças. E quando a violência e os abusos explodem em seus lares, embalados pelo bombardeio diário de propaganda de violência e sexo, as grandes redes de televisão lavam as mãos e clamam por mais leis. Não, não leis contra o bombardeio originado em seus estúdios, mas contra a “família.”
A promoção do sexo fora dos padrões do casamento traz violência social, inclusive o abuso sexual de crianças. A Bíblia, por exemplo, diz: “Não contaminarás a tua filha, fazendo-a prostituir-se; para que a terra não se prostitua, nem se encha de maldade.” (Levítico 19:29 ACF) Essa passagem diz claramente que a terra se enche de maldade quando a prostituição é permitida. Quantas gerações de crianças não foram contaminadas por modelos sexuais na televisão?
Xuxa, que influenciou milhões de crianças no Brasil,
aparece aqui em cena de filme pornográfico
com menino de 12 anos


Essencialmente, as grandes redes de televisão exaltam a prostituição (sexo recreativo) em suas novelas e filmes. E quando a terra se enche de maldade (inclusive abuso físico e sexual contra as crianças) como consequência, agem como se não soubessem quem foi que promoveu e exaltou o sexo recreativo.
A natureza não perdoa os ajuntamentos domésticos que seguem os modelos “familiares” das novelas e filmes. E as redes de televisão também não perdoam, sempre desviando o foco da sua óbvia culpabilidade e exigindo mais leis para engordar o já inchado repertório de leis.
Leis contra o bombardeio de sexo e violência seriam úteis, mas atingiriam o coração da subsistência da indústria televisiva, que se engorda financeiramente injetando depravação na mente de suas audiências, inclusive crianças.

Leis que obrigassem as redes de televisão a cessar toda programação de indução às falsas entidades familiares seriam ótimas, mas seriam péssimas para os programas de baixo nível, que usam o que há de mais vulgar para alcançar visibilidade.
Leis que obrigassem as programações televisivas a parar de exaltar o adultério e o sexo fora do casamento seriam indispensáveis, mas iriam contra a “ética” vivida em seus estúdios.

Leis desse tipo são boas e fundamentais. Mas só não são aprovadas porque não fazem bem aos bolsos dos empresários da televisão. O que importa para eles é o dinheiro, nem que o preço seja a destruição da família natural e a imposição de ajuntamentos domésticos desajustados como padrão familiar, com um rastro de crianças abusadas.
Esse tem sido, durante décadas, o preço mais caro do sujo enriquecimento da televisão brasileira.

Para distrair o público dessa dura realidade, os noticiários televisivos clamam por mais e mais leis para colocar as famílias intactas, não os estúdios, como alvos das ações punitivas governamentais.

No Brasil, não há governo nem lei para punir redes de televisão que devoram lares e crianças em suas ganâncias e depravações.
Não há clamores por leis contra os empresários predadores da tela e seu vício de fazer da família brasileira bode-expiatório das consequências da erotização e violência moral que reinam na televisão brasileira.
 

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