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Manifesto evangélico ou manifesto de "alguns" evangélicos?

Alguns pastores que votam em Dilma Rousseff assinaram um manifesto em apoio à candidata petista.Até aí tudo bem, pois estamos em uma democracia e as pessoas votam em quem desejam. Mas qual é o grande problema do manifesto? O texto começa dizendo:

Nós, evangélicos e evangélicas, brasileiros, eleitores e cidadãos comprometidos com a verdade e a justiça, manifestamos profeticamente as nossas rejeições e defesas diante da onda de conservadorismo que se abateu sobre o país nesse processo eleitoral.

Ora, quem deu o direito a esses pastores de falarem em meu nome e no seu nome. Ora, sou evangélico e não me sinto representando pelo pensamento desse manifesto. Ninguém pode falar “em nome dos evangélicos”. Portanto, é vergonhoso o título “Manifesto Evangélico”.

E o manifesto ainda insinua que Dilma Rousseff é vítima de boatos. Ora, tirando aquele boato de que ela teria falado que “nem Cristo tira minha vitória”, todo o resto é verdade. Falar que a posição pró-aborto é “mentira de internet” simplesmente brinca com a inteligência das pessoas que já acompanharam as entrevistas da ex-ministra. Por que ela não assume o que pensa? Seria mais digno.

O manifesto defende o “fortalecimento do Estado laico”. Ora, os evangélicos que são contra o petismo e seus métodos por acaso sonham com uma teocracia cristã-evangélica? Que acusação mais ridícula. Eu sempre falei: O Estado deve ser laico, nunca religioso, nem secular. Deve respeitar todas as religiões e os não religiosos. Não deve privar a fé de manifestação pública e nem impor um credo para a nação. O Estado laico conversa com ateus e cristãos, não exclui ninguém. Mas pelo jeito tem evangélico que sonha com um Estado onde a fé é jogada fora da arena pública.

Deixo aqui meu protesto.

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