Siga este blog também

Caio Fábio fala sobre sua sentença de prisão por causa do Dossiê Cayman

Não estamos aqui emitindo juízos condenatórios sobre o Caio. A postagem deste vídeo, tem como objetivo noticiar, e não atestar a autenticidade da acusação, o cabe somente à justiça. No entanto, a história do Dossiê Cayman é antiga, recorrente, e o próprio Caio já havia se referido a ela. Trata-se de um dossiê com supostas provas contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no qual ele era acusado de evasão de divisas. Para quem não sabe, “Evasão de Divisas” é, grosso modo, mandar grana para o exterior sem declarar, sonegando assim os impostos sobre renda. Esse documento, se verdadeiro, seria uma arma eleitoral nas mãos dos adversários políticos de FHC.

Naquele tempo Caio Fábio estava no ápice da sua popularidade, e apesar de não ter sido jamais político, estava muito envolvido com políticos da oposição, como a Benedita da Silva e parecia simpatizar com ideais partidários do PT (algo do que ele anos depois disse ter se arrependido). Pois foi nessa época que, segundo Caio, os documentos haviam chegado às suas mãos. Segundo o então pastor presbiteriano e hoje líder do “Caminho da Graça”, líderes influentes do PT começaram a pressioná-lo, ligar pra casa dele, pedindo que ele levasse esses documentos a publico. Pese que, naquele tempo, Caio era uma das figuras mais respeitadas do meio evangélico, a despeito dos pecados cometidos e confessados por ele neste mesmo período, no livro das suas “Confissões”. Desse modo, uma acusação desse teor, levada a tona pelo pastor que “fabricava esperança” e tinha espaço na Rede Globo, admirado por crentes e por aqueles que não eram evangélicos poderia ser um trunfo eleitoral.

Caio diz ter cedido à pressão e levado os documentos a publico. Se rolou dinheiro na jogada, coisa típica das mamatas e negociatas políticas, ninguém sabe ou pode provar. Ao que ele diz, a exposição dos documentos se deu por convicção ideológica (acreditar ou não, depende do critério de cada um).

Agora, o que consta neste processo, ou melhor, o que não consta e nunca constou, é “quem foi o autor do dossiê e como ele foi parar nas mãos do reverendo Caio”. E por causa disso, ele agora está sendo acusado (e agora condenado) por ter forjado, ele mesmo, as falsas provas do referido dossiê.

Nenhum comentário:

Postar um comentário