Há apoio bíblico para as resoluções pessoais? Como todas as demais coisas valiosas, podemos abusar disso e torná-la uma negociação presunçosa com o Todo-Poderoso. Mas não deve ser assim.
Podemos examinar nosso próprio coração, reconhecer a fraqueza da carne e dizer ao Senhor: “Sei que, entregue a mim mesmo, farei uma bagunça de minha vida. Não creio que tenho, em mim mesmo, a capacidade de cumprir as promessas e votos que faço ao Senhor. Agradeço-Te pela promessa bíblica de que Tu encherás meu coração de temor, para que eu não Te abandone (Jeremias 32.40), e de que Tu realizarás em mim o que é agradável diante de Ti (Hebreus 13.21).
Em seguida, apresento cinco perigos do computador e cinco resoluções que todos devemos fazer.
1. Perigo: a armadilha da curiosidade constante
O computador pessoal oferece intermináveis possibilidades de descobertas. Até o ambiente básico de um sistema operacional pode consumir horas, dias e semanas de digitação e investigação curiosa. Sistema de cores, protetores de tela, atalhos, ícones, configurações, gerenciamento de arquivos, calculadora, relógio, calendário. Além disso, existem os inúmeros softwares que consomem semanas de nosso tempo, enquanto nos seduzem a examinar sua complexidade. Tudo isso é bastante enganador, dando-nos a ilusão de poder e eficiência, mas deixando-nos com o sentimento de vazio e nervosismo, ao final do dia.
Resolução: limitarei estritamente meu tempo de experiência no computador e me dedicarei mais à verdade do que à técnica.
2. Perigo: o mundo vazio da (ir)realidade virtual
Quão triste é ver pessoas inteligentes e criativas desperdiçando horas e dias de sua vida criando cidades, exércitos e aventuras que não têm nenhuma conexão com a realidade. Temos uma vida para viver. Todos os nossos poderes nos foram dados pelo Deus real, a fim de serem usados no mundo real, que nos leva ao céu real ou ao inferno real.
Resolução: gastarei minha energia construtiva e criativa não na irrealidade da “realidade virtual”, e sim na realidade do mundo real.
3. Perigo: relações “pessoais” com meu computador
Diferentemente de qualquer outra invenção, o computador pessoal é quase semelhante a uma pessoa. Você joga contra ele. Há programas que conversarão com você sobre a sua personalidade. O computador falará com você; sempre estará à sua disposição. É mais esperto do que seu cachorro. O grande perigo é que nos sentimos realmente à vontade com essa “pessoa” eletrônica e administrável e, pouco a pouco, nos afastamos dos relacionamentos imprevisíveis, frustrantes e, às vezes, dolorosos com pessoas humanas.
Resolução: não substituirei o risco dos relacionamentos pessoais pela segurança eletrônica e impessoal.
4. Perigo: o risco da paixão secreta
Casos sexuais começam em momentos de privacidade, quando as pessoas estendem a conversa e compartilham sua alma. Isso pode acontecer na absoluta reclusão de sua correspondência eletrônica particular. Pode ser imediato e “ativo” ou demorado e “recordado”. Você pode imaginar que “isso não é nada” — até que ele ou ela aparece em sua cidade. Isso já aconteceu tantas vezes.
Resolução: não cultivarei um relacionamento pessoal com alguém do sexo oposto, além de minha esposa. Se eu sou solteiro, não cultivarei esse relacionamento com a esposa de outrem.
5. Perigo: a pornografia eletrônica
Mais insidiosa do que os vídeos censurados como impróprios para menores de 18 anos, podemos não somente assistir, mas também nos unirmos à perversidade na privacidade de nosso escritório. A pornografia interativa lhe permitirá “praticá-la” ou levá-los a “praticá-la” com o seu mouse. Nunca a vi. Nem jamais tive essa intenção. A pornografia eletrônica mata a alma. Afasta-nos de Deus. Despersonaliza as pessoas. Abafa a oração. Ignora a Bíblia. Barateia a alma. Destrói o poder espiritual. Corrompe tudo.
Resolução: nunca abrirei qualquer programa para obter estímulo sexual; não comprarei, nem descarregarei ao meu computador qualquer material pornográfico.
Computadores, a Internet e o e-mail são dons notáveis de Deus. Sim. Mas, são também ameaças aos nossos compromissos, nossos corações e nossas famílias — assim como o são o telefone, o rádio, a televisão e os inúmeros jogos eletrônicos. Todos os dons de Deus podem ser transformados em ídolos e armas de rebelião contra o Doador. Mas não deve ser assim.
Em vez disso, devemos perguntar como o salmista: “Que darei ao senhor por todos os seus benefícios para comigo?” (Salmos 116.12) E devemos responder, como ele o fez: “Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do senhor. Cumprirei os meus votos ao senhor, na presença de todo o seu povo” (vv. 13-14).
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