Crônicas do Shofarista é uma série de posts sem previsão de acabar, onde um ex-neopentecostal e ex-membro de uma igreja apostólica e gedozista contará experiências extremamente bizarras vividas no tempo que desconhecia o evangelho puro e simples. Embora assine os textos com pseudônimo, o Shofarista (ou será Shopharista, com pêagá?) existe de verdade e as histórias contadas são todas reais.
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Olá amigos!
Antes de mais nada, permita-me apresentar: Meu nome é Shofarista, e estou aqui neste Blog para narrar algumas histórias muito interessantes sobre minha vida, principalmente sobre temas relacionados ao que vivi no neopentecostalismo. Nada de caça às bruxas, apenas reflexões sobre temas – no mínimo estranhos – que permearam minha existência ao longo de alguns anos…
“As Fantásticas Crônicas do Shofarista” são histórias diversas sobre fatos verídicos, porém locais e pessoas terão seus nomes alterados, assim sendo, coincidências serão obras do acaso, e nem adianta repreender em nome de Gezuiz! As crônicas serão aleatórias, não seguirão cronologia (embora possa acontecer), e trarão cenários onde muitos se identificarão por motivos diversos: 1) por estar ainda mergulhado no misticismo religioso gospel (ficarão nervosos, possivelmente…); 2) por ter saído deste meio e conhecendo a Graça de Deus se identificarão comigo (estes rirão); 3) os que nunca tiveram contato com as modas e que se verão chocados com tamanha criatividade das ‘lideranças’ em criar quinquilharia mágico-mística-esotérica-ungida-gospel (estão sentir-se-ão alienígenas).
Mas por que raios ‘Shofarista’?! Tá bom, tá bom, eu explico: vivíamos num mover das grandes visagens de multiplicamento de almas e contas correntes, e neste tempo precisávamos romper com as estruturas, sair de Roma e voltar para Jerusalém, como diriam os semi-deuses que reinam pela sinagogas gospels da tupiniquinlândia. E gritou-se em nossa comunidade: hei, precisamos de um shofar! Vamos importar um direto de Israel! Contatamos o importador (será?) que nos vendeu o chifre ungido pela bagatela de meio milheiro de reais. O trem fedia muito seu moço, demais!!! Saía até umas carepinhas podres de dentro do chifre de antílope.
Jogamos de tudo dentro dele: óleo ungido, sal grosso, deixamos no sol, usamos ácido sulfúrico (quase), mas o fedor era incrível, e não saia nem com reza braba ou ato profético! Quando me lembro que colocava a boca ali, penso em como não tive uma infecção…
Tocar o chifre era demais, me deixou superstar não somente na congregação local, lá na cidade de São Trololó do Sul, nos rincões dos pinheirais, mas na circunvizinhança também. EU ERA O CARA!!! Uhu!
Como diziam para nós: “O Shofar é a voz profética de Deus na terra! Ao toque do Shofar muralhas cairão!”. É varão, a canela é de fogo, mas o ouvido é tapado.
Até que eu conhecesse a Bíblia, demorou um pouco, e é nesta senda que vamos andar. Nem todas as crônicas falarão do chifre em si, teremos histórias a.C e d.C (antes do chifre e depois do chifre) que são de fazer os reformadores rolar na tumba! Cacilda-la-lá!
Convoco-te, como autoridade ex-tocadora de Shofar, a nos seguir e acompanhar este mover. E se você for rebelde, receberá o juízo do Shofarista.
Semana que vem você descobrirá com quantas pedras se faz uma macumba gospel.
Até lá!
Seu doce amigo, Shofarista.
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